Por Laura Macedo
Há exatos 45 anos, em 1973, nos deixava um dos maiores músicos de todos os tempos – Pixinguinha -, que compôs pérolas do nosso cancioneiro como “Carinhoso”, “Um a zero”, “Rosa”, “Cochichando”, “Ingênuo” e tantos outros. Não sem razão recebeu dos amigos e admiradores o epíteto de "Santo Pixinguinha". E, ironicamente, foi no lugar que são colocados as imagens dos santos de devoção (uma Igreja, mais precisamente a de Nossa Senhora da Paz, no bairro de Ipanema, Rio de Janeiro) que ele faleceu, numa segunda-feira de carnaval, no momento em que a famosa "Banda de Ipanema" passava desfilando na rua em frente.
Moacyr Luz e Paulo César Pinheiro dispensam apresentações. Amantes de Pixinguinha , compuseram a música “Som de Prata”. Nas palavras do próprio Moacyr a história dessa composição começou assim em uma mesa de bar:
- "Um santo, o Pixinguinha. E ainda foi morrer numa igreja. Um santo…
Olhei pro Paulinho com cara de parceria nova e ele sorriu. Eu fiquei com a incumbência de fazer a melodia. Dos versos, só o Paulinho. O samba ficou pronto no carnaval. Fui buscar a letra no Recreio dos Bandeirantes junto com dois amigos de São Paulo: Ricardo Garrido e Zé Luiz. Os versos, manuscritos, estão emoldurados e pendurados na parede do Pirajá. Na gravação desse samba um agradecimento à Carlos Malta. Esperamos ele voltar de uma temporada na Europa pra nos emprestar sua flauta, o som de prata, nesse registro. Ficou maravilhoso, cada contra-canto, cada incidental que reverenciasse o motivo dessa história, meu santo Pixinguinha".
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