Eduardo Dussek nasceu em Copacabana, RJ. Estudou música (piano), canto, teatro e arquitetura. Suas interpretações e composições unem bom humor e melodias elaboradas ao rock, samba, carnaval e à MPB.
Aos oito anos compôs sua primeira canção popular: “A baianinha”, uma marchinha carnavalesca em homenagem a Carmen Miranda, que conheceu em imagens vistas no Museu da Imagem e do Dom, no Rio, à primeira vista achando tratar-se de uma personagem de Walt Disney (rs).Desfeito o engano, foi esse episodio que o fez interessar-se por musica popular brasileira.(ate então era fâ dos Beatles).Começou carreira musical como pianista de teatro ( ver abaixo). Em meados dos anos 70, foi descoberto por Nelson Motta, o compositor e produtor Sergio Natureza e ( promovido por este ultimo), apadrinhado por Gilberto Gi. Teve sua primeira canção gravada na voz de Marilia Pêra: Alo Alô Brasil (parceria com Luis Antonio de Cássio e Roque Conceição) na qual ela, por coincidência, homenageava a pequena notável.(nota:Dussek declarou há alguns anos atrás: “não sou fã de Carmen Miranda, ele é que não do meu pé!)…rs.
Teve forte formação teatral, iniciando-se no palco aos 16 anos, como pianista da comedia musical “Desgraças de uma Criança”, com Marco Nanini, Marieta Severo e Camila Amado. Por isso, adotou desde o inicio, uma mistura eclética que une o humor à musica popular, circense, de teatro de revista e carnaval, sempre com um estilo ao mesmo tempo dramático, político ( contestador da repressão à ditadura de então) e debochado (influenciado pelo teatro besteirol dos anos 70 e 80, onde atuou no palco como ator e se uniu com o escritor Luis Carlos Góes, parceiro em diversas canções e vários musicais do gênero/ deles foram gravadas canções por astros da MPB, antes de ascenderem ao sucesso. Destacam-se: Ney Matogrosso, Zizi Possi e o grupo vocal “As Frenéticas).
Antes porem, Dussek , de formação clássica ( estudou piano, teoria musical, canto lírico, harmonia e chegou a cursar dois anos do curso d regência, abandonado em 1977) teve forte influencia da MPB tradicional da época de ouro, de Noel Rosa e Ari Barroso (foi agregado no antológico grupo Coisas Nossas), e sempre fora muito ligado às marchinhas carnavalescas de Lamartine e Braguinha que passou a misturar ao rock e o pop tropicalista do dos anos 70, junto com seu primeiro parceiro musical, diretor e orientador teórico, Luis Antonio de Cássio ( professor de artes e língua portuguesa, teatrólogo e diretor; com quem compôs “Cabelos negros” e Não explique, entre outras; além de ter sido o diretor de seus primeiros shows, antes de radicar-se em Paris, onde reside).
Apareceu pro grande publico no festival da TV Globo em 1980, com a musica “Nostradamus”, de sua autoria (um deboche sobre o Apocalipse), lançando em seguida seu primeiro disco ”Olhar brasileiro”, sem sucesso de vendagem, mas aclamado pela critica por sua salada bem humorada de ritmos e gêneros, através de uma visão carioca e eclética.
Participou ativamente do movimento do Rock Brasil na primeira metade dos anos 80, em uma debochada parceria com Leo Jaime e o grupo roqueiro João Penca e seus Miquinhos Amestrados. Juntos lançaram o disco “Cantando no banheiro”, que estourou com a canção “Barrados no baile” (que eles substituíram na TV, ao vivo, pela musica “Valdirene, a paranormal”, originariamente classificada no festival MPB-Shell de 82, desclassificando-os, mas lançando o rock nacionalmente). Foi seu período de mais sucesso popular por todo pais, lotando duas vezes o estádio do Maracanãzinho/RJ, com o mega hit radiofônico “Rock da Cachorra” (de Leo Jaime).
Logo depois influenciou-se pela musica brasileira extremamente popular, no disco neo-cafona “Brega chique”, de 1985, com convidados antagônicos, como Arrigo Barnabé e Lincoln Olivetti e Trio Parada dura, além de Julio Barroso, do grupo paulista Gang 90, teórico e parceiro do movimento de mesmo nome que o LP. Gravou neste disco, apenas com piano e voz, a bela canção “Serra da boa esperança”, que foi considerada a melhor versão deste clássico pela família de Lamartine Babo. Emplacou no gênero a canção “Domestica”, uma caricatura musical de bom apelo popular.
Flertou, em 87, com a musica romântica e comercial no final desta década, mas embora tenha conseguido alguns sucessos radiofônicos consistentes até hoje, sua carreira não se sustentou no gênero.
Foi só na segunda metade dos anos 90 que seu nome voltou à mídia, com sua participação como vilão da novela “Xica da Silva”, na Rede Manchete de TV, e com um musical escrachado e dramático sobre a vida de Carmen Miranda, “Adeus Batucada”, onde se utilizava de recursos de show–man, técnica utilizada por ele desde o início da carreira e que se tornou uma de suas marcas registradas. Escreveu nessa época uma biografia sobre ela e publicou um song-book com o repertorio da sambista luso-brasileira, que considera, deboches à parte, como sua fada madrinha ( foi grande amigo de Aurora Miranda, irmã da estrela).
Nos anos 2000, fez grande sucesso no musical sobre o carnaval carioca “Sassaricando”, de Sergio Cabral e Rosa Maria Araújo, dirigido por Claudio Botelho e lançou varias marchinhas carnavalescas no concurso do gênero, feito pelo Fantástico e pela Fundição Progresso.
Tem 25 musicas lançadas como tema de novelas televisivas e outras gravadas por vários artistas da MPB, entre eles Ney Matogrosso (“Folia no matagal” e “Seu Tipo”, com Góes, entre outras), Zizi Possi( “Eu velejava em você”, com Góes, e “Ave”, com Luis A. de Cássio“), Simone ( “Sou eu” e “Quem será”, com Isolda) Adriana Calcanhoto ( “Injuriado”), Cida Moreira (“Singapura”) e Emilio Santiago ( “Se houver algo entre nós”, com Góes) Edson Cordeiro ( Pop, pop, popular).Recentemente, teve realizado o seu sonho de ter uma musica gravada pela musa Maria Bethânia ( “Eu velejava em você”. Declarou à época , ter composto todo as suas canções românticas – com LC Goes, Cássio e a paulista Isolda, inspirado na cantora)
Paralelamente ao musical Sassaricando, atua há anos no show “Dussek de quinta”, mesclando seus antigos sucessos com musicas atuais, do cd “O Tao de Dussek”(gravado em 2009) , e hilariantes textos de comedia rasgada. Em 2009 relança seus sucessos através deste CD: “O tão de Dussek”, através de sua própria gravadora, a independe SOL MUSICAL ARTE. e em 2011 grava DVD produzido pelo canal Brasil ( TV) e gravadora Deck Disc, e desde então circula pelo país com o show homônimo ao DVD ( também lançado em CD “ai vivo” DUSSEK É SHOW.
Faz muitos shows institucionais personalizados para empresas, congressos, casa noturnas, instituições de cultura e fãs particulares, e no verão percorre o país, à partir do Reveillon com seu show DUSSEK NA FOLIA, repertorio carnavalesco de sambas, marchinhas e frevos com sua banda de 6 integrantes: A COPACABANDA.
Biografia de Eduardo Dussek atualizada em Outubro de 2014
Fonte: Site oficial do artista
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