Depois do Galo da Madrugada tem-se início a maratona de apresentações nos mais distintos polos espalhados por toda a cidade ao longo do carnaval
Por Fábio Nunes
O título desta pauta é um trecho da canção "É hora do frevo", canção composta por Capiba em 1970 e que hoje ilustra de modo pra lá de pertinente esta pauta referente à mesma festividade reverenciada pelo compositor a quase meio século atrás. jus ao slogan da gestão municipal da cidade do Recife que aforma que "Nada é igual". A esfuziante alegria que toma conta das pessoas na cidade é incomparável, um tipo de calor que só quem tem a oportunidade de brincar o carnaval mais democrático existente no país conhece: um fervor atípico e contagiante, onde aquele que gosta do carnaval acaba fervendo, frevendo, frevando. Vem daí a origem do nome do contagiante ritmo pernambucano, da corruptela do verbo ferver. "Efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas como pelo Carnaval", de acordo com o Vocabulário Pernambucano de Pereira da Costa. Pois bem, mais de cem anos se passaram desde a origem da palavra e o ritmo mostra-se cada vez mais presente na cultura pernambucana mostrando-se como o carro chefe desta linda e democrática festa, de modo que também deixa-se abarcar por outros ritmos e gêneros. E essa diversidade pode-se acompanhar na capital nos distintos polos existentes na cidade do Recife. São dezenas polos com centenas de artistas entre locais e nacionais, mas com uma proposta de mostrar cada vez mais um carnaval pernambucano pautado a partir de suas atrações em um total de quase 100% local. Nomes como Otto, Lenine, Geraldo Azevedo e Alceu Valença dividirão palcos com atrações como Jorge Aragão, Jota Quest, O Rappa (que aproveitará a oportunidade para registrar em DVD a sua apresentação), Emicida e tantos outros em uma verdadeira miscigenação sonora e cultural em palcos como o existente no Marco Zero, a Praça do Arsenal, o Pátio de São Pedro, além das dezenas de polos existentes nos bairros que compõem a cidade como os existentes em Jardim São Paulo, Várzea, Chão de estrelas e tantos outros. No corredor do frevo diversas orquestras darão início ao desfile que durarão até a terça-feira; sem contar que no centro da cidade ainda desfilará as agremiações carnavalescas, maracatus e caboclinhos diversos. Em toda a cidade, ecletismo é a palavra da vez. Por isso afirmo com convicção: "Quem quiser me ver me procure aqui mesmo quando chega o carnaval..."
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