Dentro da música popular brasileira os grupos vocais sempre se destacaram de maneira pontual. Podemos enumerar aqueles que de fato fizeram história no MPB. Dentro dos destacáveis encontra-se este que hoje abordo aqui em nossa coluna. Os Anjos do Inferno destaca-se dentro do nosso cancioneiro por ser um dos primeiros existente no país. O primeiro disco do grupo foi lançado em 1937, mas já em 1934 Oto Alvez Borges (irmão do compositor Paulo Borges), funda o grupo. Dois anos depois, Oto Borges sai do grupo para poder trabalhar no Banco do Brasil. Com esse desfalque, os Anjos do Inferno oportuniza a entrada de Léo Vilar, cantor e compositor que já tinha uma história dentro da música e mercado fonográfico brasileiro. Contratados pela gravadora Columbia, lançam o primeiro 78 rpm em fevereiro de 1937 com a marcha "Morena complicada", de Kid Pepe e o samba "Amei demais", de Kid Pepe e Siqueira Filho. O nome da trupe surgiu como ironia à orquestra Diabos do Céu, dirigida por Pixinguinha e muito popular nos anos 30. Ainda nos anos de 1930 o grupo passou por outras modificações com as saídas do pandeirista Antônio Barbosa, substituído por Alberto Paz, do violão-tenor José Barbosa, substituído por Aluísio Ferreira e do pistão-nasal Milton Campos, que cedeu o lugar a Harry Vasco de Almeida. Há um fato curioso sobre Léo Vilar antes deste ingressar no grupo: Em 1930 ele cantou "Eu dava tudo" numa prova na gravadora Columbia, no final da prova recebeu uma proposta de cantar na Rádio Mayrink Veiga, convite este que foi prontamente aceito. Após a apresentação, Léo Vilar foi contratado na hora e ficou na Mayrink Veiga por quatro anos. Sem contar que ao ir tentar a carreira na Bahia, não teve muita sorte. Sem oportunidades, teve que dormir três dias pelos bancos das praças de Salvador.
No entanto, foi nos anos de 1940 que o grupo se consolidou como um dos mais expressivos do país a partir de seus arranjos modernos, há quem afirme que eles foram os precursores da bossa nova, pois foram os primeiros a gravar grandes clássicos do movimento, como Doralice e Bolinha de sabão. Seus sucessos foram tamanhos que chegaram a ser contratados por algumas das principais emissoras de rádio do país, atuaram em diversos cassinos, gravaram marchas que estouraram de norte ao sul do Brasil e chegaram a excursionar pela América Latina e Estados Unidos, onde tocaram com o nome mais representativo da música brasileira no Exterior naquele momento: Carmen Miranda. É dessa década os registros de canções como o samba "Brasil pandeiro" (composição de Assis Valente) e Você foi a bahia?" (composição Dorival Caymmi). Estas duas canções ao longo das décadas seguintes ganharam inúmeras versões e acabaram tornando-se clássicos do cancioneiro popular brasileiro. Além destas, foram responsáveis também por gravações de canções como "Acontece que eu sou baiano" e "Vestido de bolero", de Dorival Caymmi e que ganharam registro do grupo em 1944. Em 1948 todos os membros do grupo com exceção de Léo Vilar foram para os Estados Unidos para substituir integrantes do Bando da Lua, então Léo Vilar colocou uns ex-integrantes do grupo Os Namorados, eles são: Chicão, Miltinho e Nanai. Miltinho, anos depois, ganharia as paradas de sucesso em carreira solo a partir de canções como "Mulher de trinta", por exemplo. Considerado por boa parte da crítica um dos conjuntos vocais que mais lançaram músicas de qualidade na primeira metade do século XX, os Anjos do Inferno escreveram (e muito bem escrito) um capítulo interessante da música popular brasileira reverberando essa importância em outros países como Argentina e México (onde ficaram por quatro anos trabalhando em clubes noturnos e shows. Lá, atuaram em 11 filmes, sendo que em oito deles trabalharam com Ninón Sevilla, grande estrela mexicana dos anos 1940 na Pelmex. Dentre esses filmes estavam "Pecadora", "Perdida", "Senhora tentação" e "Aventura").
No entanto, foi nos anos de 1940 que o grupo se consolidou como um dos mais expressivos do país a partir de seus arranjos modernos, há quem afirme que eles foram os precursores da bossa nova, pois foram os primeiros a gravar grandes clássicos do movimento, como Doralice e Bolinha de sabão. Seus sucessos foram tamanhos que chegaram a ser contratados por algumas das principais emissoras de rádio do país, atuaram em diversos cassinos, gravaram marchas que estouraram de norte ao sul do Brasil e chegaram a excursionar pela América Latina e Estados Unidos, onde tocaram com o nome mais representativo da música brasileira no Exterior naquele momento: Carmen Miranda. É dessa década os registros de canções como o samba "Brasil pandeiro" (composição de Assis Valente) e Você foi a bahia?" (composição Dorival Caymmi). Estas duas canções ao longo das décadas seguintes ganharam inúmeras versões e acabaram tornando-se clássicos do cancioneiro popular brasileiro. Além destas, foram responsáveis também por gravações de canções como "Acontece que eu sou baiano" e "Vestido de bolero", de Dorival Caymmi e que ganharam registro do grupo em 1944. Em 1948 todos os membros do grupo com exceção de Léo Vilar foram para os Estados Unidos para substituir integrantes do Bando da Lua, então Léo Vilar colocou uns ex-integrantes do grupo Os Namorados, eles são: Chicão, Miltinho e Nanai. Miltinho, anos depois, ganharia as paradas de sucesso em carreira solo a partir de canções como "Mulher de trinta", por exemplo. Considerado por boa parte da crítica um dos conjuntos vocais que mais lançaram músicas de qualidade na primeira metade do século XX, os Anjos do Inferno escreveram (e muito bem escrito) um capítulo interessante da música popular brasileira reverberando essa importância em outros países como Argentina e México (onde ficaram por quatro anos trabalhando em clubes noturnos e shows. Lá, atuaram em 11 filmes, sendo que em oito deles trabalharam com Ninón Sevilla, grande estrela mexicana dos anos 1940 na Pelmex. Dentre esses filmes estavam "Pecadora", "Perdida", "Senhora tentação" e "Aventura").
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