Começou sua carreira como cantora infantil no programa "A raia miúda", de Renato Murce, na Rádio Nacional, apresentado diretamente do Teatro João Caetano (RJ). Em seguida, passou a se apresentar no "Programa do guri", de Silveira Lima, na Rádio Mauá. Dois anos depois, apresentou-se no programa "Papel carbono", de Renato Murce. De lá foi para a Rádio Tupi e, participando do programa "Salve o baião", na Rádio Tamoio, conheceu Luiz Gonzaga que a apelidou de "Princesinha do Baião". No seu primeiro disco, um 78 rpm, gravado pela Columbia em 1954, cantou dois baiões, "Você não sabe" (Eny de Castro Perret) e "Trabalha, Mané" (João Luís da Silva e João da Silva). No final dos anos 50, foi convidada por Silvinha Telles para substituí-la como cantora do Hotel Plaza (RJ). Na casa noturna, dividiu o palco com Luís Eça, João Donato, Baden Powell e Milton Banana, entre outros músicos. Em 1960, gravou duas faixas com as músicas "Sambop" (Durval Ferreira e Maurício Einhorn) e "A fábula que educa" (Silvino Júnior, Orlandivo e Eumir Deodato), no LP, da Copacabana, "Nova geração em ritmo de samba", do qual participaram também Marilúcia, Silvino Júnior e Eumir Deodato. Ainda em 1960, convidada por Ronaldo Bôscoli, apresentou-se no show "A noite do amor, do sorriso e da flor", na antiga Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro. Participou, também, do programa "Brasil 60", de Bibi Ferreira, levado ao ar pela TV Excelsior (SP). Ainda nos anos 60, começou a divulgar o repertório da bossa nova em casas noturnas de São Paulo, primeiro na Baiúca, depois no Cambridge, atingindo o sucesso como atração no Juão Sebastião Bar, para depois inaugurar a boate Ela, Cravo e Canela, com Pedrinho Mattar, no espetáculo Um show de show. Em 1964, gravou "Claudette é dona da bossa", seu primeiro LP solo, lançado pela gravadora Mocambo, em que se destacam as músicas "Garota de Ipanema", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e "Tristeza de nós dois", de Durval Ferreira, Bebeto e Maurício Einhorn. No ano seguinte, gravou "Claudette Soares", LP que incluiu, entre outras, a canção "Primavera", de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes. Em 1966, apresentou-se, com Taiguara e o Jongo Trio, no espetáculo "Primeiro tempo 5 x 0", dirigido pela dupla Mièle e Bôscoli, realizado na boate Rui Bar Bossa e depois no Teatro Princesa Isabel (RJ). Do show resultou o LP homônimo, lançado pela Philips no mesmo ano.
Ainda em 1966, foi premiada com o Troféu Euterpe de melhor cantora do ano e participou do I Festival Internacional da Canção (RJ), interpretando "Chorar e cantar", de Vera Brasil e Sivan Castelo Neto. No ano seguinte, contratada pela Rede Record, apresentou-se no programa "Jovem Guarda" interpretando "Como é grande o meu amor por você", de Roberto e Erasmo Carlos. Em 1968, gravou um disco somente com músicas de Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Um ano depois, gravou o LP "Quem não é a maior tem que ser a melhor", lançado pela Philips. Em 1970, participou do V Festival Internacional da Canção, interpretando "Mundo novo, vida nova", de Gonzaguinha. No ano seguinte, apresentou-se, com Agildo Ribeiro e Pedrinho Mattar, no show "Fica combinado assim", realizado no Teatro Princesa Isabel (RJ). Ainda nesse ano, ficou nas paradas de sucesso durante 56 semanas consecutivas, com a canção "De tanto amor", de Roberto e Erasmo Carlos, incluída em LP lançado pela Philips. Em 1972, casou-se com o músico Júlio César Figueiredo, e fixou-se definitivamente em São Paulo, recebendo nos anos 90 o título de cidadã paulistana. No final dos anos 70, idealizou o projeto de gravação de uma série de LPs com Dick Farney. Gravou apenas dois discos da série, devido ao falecimento do cantor. Com a morte do amigo, afastou-se, aos poucos, da carreira artística, retomando-a nos anos 90, após seu divórcio. Apresentou-se no Teatro Rival (RJ), com os espetáculos "Nova leitura", em 1991, e "Não há mulheres iguais", uma homenagem às maiores compositoras brasileiras, de Chiquinha Gonzaga a Rita Lee, em 1992. No ano seguinte, homenageou Vinicius de Moraes com o show "Claudette Soares interpreta Vinicius". Em 1996, acompanhada pela orquestra de cordas "Cellos em Sampa", estreou no Memorial da América Latina de São Paulo, com o espetáculo "Claudette en-canta Taiguara: Geração 70". Comemorando 50 anos de carreira, lançou, em 2000, o CD "Claudette Soares ao vivo". O disco contou com a participação de Roberto Menescal, Garganta Profunda, Claudinha Telles, Velha Guarda da Mangueira, Lucinha Lins, Regininha, Daniel Gonzaga, Paulinho da Viola, Jorge Benjor, Fábio Júnior e Fafá de Belém, entre outros convidados. Em 2002, apresentou-se, com Leandro Braga, na casa noturna Mistura Fina, em show de lançamento do CD "Claudette Soares & Leandro Braga". Em 2007 Claudette lançou o CD "Foi a Noite", dedicado ao repertório de Tom Jobim. Em 2011 a cantora grava o CD "A Dona da Bossa Ao Vivo".
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