Ele era apenas ele, em cima do chão, embaixo do céu. Se o sol esquentasse, protegia-lhe o chapéu. E quando o céu era de lua, deixava que a rua se encompridasse e nela ficava a andar, pra cima e pra baixo, até que chegasse um outro sol… Seu chapéu, protetor, resistia a tantos raios de sol quanto no céu brilhassem; seu olhar não se cansava de tantas luas quanto no céu enluarassem seus sonhos, salpicando-lhes de estrelas… A estes nunca abandonou, ainda que fossem apenas sonhos ou, mesmo por isso, por só isso serem. Valia a pena ser assim: é o que dizia o andarilho de terras distantes, tão longe do mar, tão próximo dos céus, tão verdadeiro e muito além das luas de um hoje preguiçoso que teimava em não querer ser amanhã.
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