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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

10 ANOS SEM CÉSAR FARIA

Resultado de imagem para cesar fariaUm dos principais violonistas do país. Foi funcionário público da Justiça Federal. Atuou como músico por cerca de 70 anos. Pai do sambista Paulinho da Viola e avô da cantora Eliane Faria. Segundo seu filho Paulinho da Viola, "Ele era um dos últimos remanescentes da arte do violão de acompanhamento".

Iniciou a carreira artística artística na década de 1930, atuando em conjuntos regionais. No começo da década de 1960, fundou com Jacob do bandolim o conjunto Época de Ouro, um dos mais importantes grupos de choro do país e que foi de fundamental

importância no movimento de resistência do choro na década de 1960, época em que a bossa nova imperava nos meios de comunicação. Se exibiu com o conjunto com freqüência para personalidades estrangeiras, nos célebres saraus promovidos por Jacob do Bandolim na casa deste em Jacarepaguá. Em 1961, participou da gravação do LP "Chorinhos e chorões" lançado por Jacob do Bandolim na RCA Victor, e que contou com a participação dos músicos que viriam a formar o conjunto Época de Ouro. Desse LP fizeram parte, entre outros, os choros "Assanhado", de Jacob do Bandolim, "É do que há", de Luis Americano, e "Proezas de Sólon", de Pixinguinha e Benedito Lacerda. Em 1961, gravou o primeiro LP com o conjunto Época de Ouro: "Primas e bordões", também pela RCA Victor, LP no qual foram interpretadas músicas como "Teu beijo", de Mário Alvares, "Falta-me você", de Jacob do Bandolim, "Araponga", de Luis Gonzaga, "Minha gente", de Pixinguinha, e "Meu chorinho", de Jonas Silva, entre outras. Em 1968, como integrante do grupo Época de Ouro participou, com Elizeth Cardoso e Zimbo Trio, de um show memorável no Teatro João Caetano, promovido pelo Museu da Imagem e do Som, gravado ao vivo e lançado em dois LPs pelo próprio MIS, produzidos por Ricardo Cravo Albin, então diretor da instituição e idealizador do show. Depois da morte de Jacob do Bandolim, em 1969, o grupo se desfez por alguns anos, voltando a atuar em 1973 sob seu comando contando com Damásio no lugar de Carlinhos e Deo Rian substituindo Jacob. Ao todo gravou mais de quinze discos com o conjunto Época de Ouro. Em 1973, participou com o conjunto època de Ouro do show "Sarau", a convite de Paulinho da Viola, evento realizado no Teatro da Lagoa e dirigido por Sérgio Cabral, marcando a redescoberta do choro na década de 1970. Em 1974, como integrante do Epoca de Ourom participou do antológico LP "Conjunto Época de Ouro", no qual foram registrados clássicos do choro, como "Noites Cariocas", de Jacob do Bandolim, e "Choro negro", de Paulinho da Viola. Em 1976, participou do LP "Memórias chorando" lançado por Paulinho da Viola. Em 1979, participou do LP "Waldir Azevedo ao vivo" gravado ao vivo e pela Continental numa homenagem aos 30 anos de Waldir Azevedo na gravadora Continental. Em 1994, viajou com grupo Època de Ouro por todo o Brasil com o projeto "Brasil Musical", ao lado do pianista Arthur Moreira Lima, e em seguida foi a Frankfurt, na Alemanha, para uma série de apresentações, também com o Época de Ouro. Atuou durante décadas com o filho Paulinho da Viola tocando em disco e shows do sambista. Faleceu de ataque cardiáco em sua casa em Copacabana.

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