SEM UNANIMIDADE, CARNAVAL DE 2017 FOI MARCADO POR DIVERSOS HITS

'Deu Onda', 'Olha a Explosão' e 'Loka' estiveram entre as mais tocadas

Período em que as ruas estão ocupadas pelo povo e no qual ecoam músicas de variados estilos, numa profusão sonora cujos denominadores comuns são batidas marcantes e melodias que grudam na mente do ouvinte. A cada ano, uma dessas canções reina absoluta no ranking das mais tocadas e define a folia (muitas vezes, inclusive, ficando restrita apenas a ela). O ano de 2017, no entanto, foi atípico neste sentido. A disputa pela posição de Música do Carnaval foi concorrida sem que nenhuma das candidatas assumisse o posto de forma inquestionável. 

Talvez a mais próxima de alcançar esta supremacia tenha sido mesmo Deu Onda, de MC G15. A canção, que já vinha ganhando força meses antes da Festa de Momo, podia ser ouvida em praticamente todo canto, dos principais pólos aos mais afastados. Para o Youtube, a música, cujo vídeo que tem mais de 136 milhões de visualizações, foi o hit definitivo do Carnaval.

Talvez quase tão tocadas quanto foram Olha a Explosão, de MC Kevinho, e Me Libera Nega, de MC Beijinho. Quem circulou por Olinda, sabe: na Cidade Alta era praticamente impossível passar sem ouvir os funks. Por falar em sucesso nas ladeiras (e em Pernambuco como um todo), MC Troinha comprovou que está pronto para se tornar febre nacional e emplacou diversas músicas, em especial Balança, Balança.

Comprovando a força do sertanejo, cada vez mais próximo do pop, Simone e Simaria ultrapassaram nichos e emplacaram a faixa, Loka, com participação de Anitta. A cantora carioca também emprestou seus vocais para outro fenômeno, a canção Você Partiu Meu Coração, de Nego do Borel, ao lado de Wesley Safadão. Ainda entre as mais tocadas do Carnaval de 2017, eram inescapáveis Marília Mendonça e Naiara Azevedo.

DIVERSIDADE

A grande surpresa, porém, foi Todo Dia, de Pabllo Vittar. Nela, a drag queen e o rapper queer Rico Dalasam entoam: “Não espero o Carnaval chegar para ser vadia, sou todo dia”. Sucesso nas boates LGBT, a composição logo tomou as ruas, sendo entoada por celebridades como Ludmilla e Daniela Mercury, com quem Pabllo dividiu um trio em Salvador. Como uma espécie de hino da diversidade e do empoderamento, a faixa conquistou do hétero à trans, passando pelas várias tonalidades da sexualidade, tão mais fluidas no Carnaval, e capturou como poucas o espírito do período.

Fonte: JC Online