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domingo, 11 de dezembro de 2016

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS DA MPB

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Ao longo deste ano, completa-se duas décadas que o cantor e compositor Renato Russo faleceu. Ícone de um gênero musical que ganhou significativo espaço na cultura pop brasileira a partir dos anos de 1980, Russo esteve a frente de uma das bandas mais representativas dessa época, a Legião Urbana (banda formada em 1982 em parceria com Marcelo Bonfá e Paulo Guimarães). Antes da gravação do primeiro disco, passaram pela banda também nomes como Ico Ouro Preto e Eduardo Paraná, mas quando chegou a projeção nacional o grupo era formado por Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá, Renato Rocha, e é claro, Renato Russo. Após ler algumas matérias a respeito a "emblemática" e fatídica data, dentre elas uma do Estadão, resolvi abordar algumas curiosidades que cercam este, que ao lado de Cazuza (outro nome que faleceu também vítima de complicações decorrentes do vírus da Aids), representou em suas letras e canções as aflições de toda uma geração que começava a acreditar em uma nova conjuntura política e social como é possível atestar já no primeiro álbum da banda lançado em 2 de janeiro de 1985 com canções que viriam a ganhar o gosto popular a exemplo de "Geração Coca-Cola". Este primeiro da banda foi eleito o disco do ano pelos críticos da Revista Bizz (Editora Abril) e, anos depois, foi classificado na 40ª posição na lista dos 100 maiores discos da música brasileira pela Rolling Stone Brasil. Com este primeiro disco a banda conseguiu além da faixa já citada a emplacar mais dois hits: "Será" e "Ainda é Cedo". Sempre é válido o registro de que quem ajudou a divulgar o trabalho da banda junto à EMI-Odeon foi o músico Herbert Viana, da banda Paralamas do Sucesso, que já fazia parte do casting da gravadora EMI Odeon e conhecia o trabalho da Legião dos tempos de Brasília (tanto que no primeiro disco dos Paralamas há uma canção de autoria de Renato Russo cujo título é "Química").

Ao longo de 2016 o disco que deu início à carreira fonográfica da banda de Brasília completou três décadas de existência e em comemoração a Universal (detentora do acervo da EMI) relançou o disco em uma edição especial comemorativa. A edição dupla traz o CD original com as 11 faixas remasterizadas digitalmente e o segundo disco apresenta 18 gravações inéditas: são sete gravações diferentes das utilizadas no CD original, dois remixes, as três demos de 1983, uma gravação "pirata" de "Química", duas declarações do Renato Russo e entre outras. No entanto, como a proposta inicial não pode ser deixada de lado, vou me ater a abordagem do saudoso cantor e compositor e buscar apresentar para os amigos leitores algumas, digamos, curiosidades sobre o autor de clássicos do rock nacional, dentre elas a de que antes da carreira musical, Renato teve empregos curiosos. Dentre eles o de locutor na Rádio Planalto FM, onde apresentou um programa de jazz e, posteriormente, um só com músicas dos Beatles. Sem contar também, que logo após se mudar para Brasília, enato foi matriculado no curso Cultura Inglesa, onde estudou e acabou virando professor. Outra informação de cunho pessoal é a de que com apenas 15 anos, o líder da Legião Urbana foi diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Por conta disso, precisou implantar três pinos de platina na bacia. Na época, Renato ficou seis meses de cama quase sem se movimentar e a recuperação durou mais um ano e meio – que ele usou para ouvir muita música. Há muitas outras histórias que cercam a emblemática figura de Renato Russo tanto no aspecto pessoal quanto em relação a sua atuação a frente da Legião Urbana e como cantor solo que trarei em outras oportunidades. Por enquanto é isso que deixo a todos.

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