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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

NOITES TROPICAIS - SOLOS, IMPROVISOS E MEMÓRIAS MUSICAIS (NELSON MOTTA)*



O espetáculo era deslumbrante, arrebatador do início ao fim, as músicas, os músicos, os figurinos, os movimentos, o conceito, Elis em seus grandes momentos de intérprete, num repertório de altíssimo nível e grande abertura musical. Marília adorou, gostou de tudo, achou Elis maravilhosa. Mas me surpreendeu de novo quando me disse que tínhamos que ir
aos camarins para cumprimentar Elis. Fiquei gelado. Estava feliz com o que tinha visto e ouvido, e aliviado que o show tinha terminado, mas ir falar com Elis — junto com Marília — era das últimas coisas que eu queria. Mas fui. Encontramos César Mariano, velho amigo, a quem cumprimentei efusivamente. Elis estava trancada no camarim, mas ouvindo a voz de Marília abriu uma fresta na porta e chamou-a para dentro. Durante alguns minutos longuíssimos César e eu, em silêncio incômodo, ouvimos apenas os risos e gargalhadas das duas divas no camarim. Quando Elis abriu a porta, ainda rindo com Marília, cumprimentei-a nervoso e entusiasmado, ela agradeceu com dois beijinhos, puxou Marília pelo braço e continuou rindo e contando sua história.

No fim do ano, uma grande perda: desmascarado em sua identidade secreta por uma reportagem do Jornal do Brasil’ sobre a Censura, Julinho da Adelaide teve morte súbita e cívica. E Chico voltou à cena, produzindo com Paulo Pontes a poderosa Gota d’agua, uma versão carioca da tragédia grega Medéia, estrelada por Bibi Ferreira e toda escrita em versos, muitos deles extraordinários, de grande força e dramaticidade. “Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa, e qualquer desatenção, faça não, pode ser a gota d’agua.” No verão de 76, em Búzios, conheci um roqueiro capixaba, um bicho muito louco e
de simpatia esfuziante, que usava o nome de guerra de Flávio Spiritu Santo. Ele tinha uma banda de rock e veio com um papo de fazermos um festival em Saquarema, junto com um campeonato de surf, disse que conhecia o prefeito, que já tinha um local (um estádio de futebol) e que, sendo fora do Rio, seria mais fácil fazer, menores as exigências burocráticas. O prefeito estava afinzão, garantia. Pegamos um carro e fomos a Saquarema, com suas casinhas brancas, seu mar azul, sua igrejinha, seu campinho de futebol cercado por um muro, o nosso “estádio”. Na volta para Búzios, começava a nascer o festival Som, Sol e Surf. Para logo depois do verão, com Rita Lee, Raul Seixas, a banda heavy paulistana Made in Brazil, recomendada por Ezequiel Neves, os gaúchos do Bixo da Seda, que estavam fazendo nome nos undergrounds roqueiros, a — obrigatória — banda de Flávio Spiritu Santo e a estréia de uma grande blueseira, uma garota que tinha morado em Londres, tocava piano e cantava com uma voz rouca e rascante: Ângela Ro-Rô.

Chamada de Ro-Rô pela sonoridade de sua gargalhada, Ângela era uma garota inteligente e desbocada, que me fascinou desde a primeira vez que a vi cantando. Era muito louca, tinha um jeito agressivo e irônico de falar e era engraçadíssima. Eu a via como uma janis-joplin sem heroína, a cantora rebelde e escrachada que faltava no rock brasileiro. Minha cunhada Sandra Pêra era sua amiga e a levou à nossa casa no Joá. Seus olhos verdes me lembraram tanto os de Maysa que, mais que uma janis-joplin, eu via Angela como uma maysa-rock, me
senti meio nervoso e intimidado com ela e, querendo ser simpático e hospitaleiro, com tensa casualidade, ofereci-lhe um baseado. Ela riu debochada: “Não tenho mais idade pra essas coisas. Me dá um uísque puro sem gelo.” Fiquei maravilhado ouvindo Ângela tocar e cantar, fiquei ,louco com “Meu mal é a birita” e outras músicas dela, adorei ouvi-la cantar “Me and Bobby McGee”, o clássico jopliniano. Convidei-a para participar do festival de Saquarema, ela gostou, aceitou, mas pediu, com voz irônica e infantil, se pendurando no meu braço: “Grava comigo antes que eu acabe, seu Nérso.” Angela tinha vinte e poucos anos e estava apenas começando. E o festival não só seria gravado como filmado, a coisa tinha se tornado
uma grande operação. Não seria um filme precário como o Ritmo alucinante do Hollywood Rock, feito improvisadamente, com péssimo som, que vale só pelo discurso e a performance de Raul. Seria um filme de verdade, com três câmeras, direção do competente Gilberto Loureiro, um grande som, como garantia o técnico americano Don Lewis, um doidão que trabalhava na Som Livre e que seria nosso homem na mesa. 

Conseguimos um sócio para o filme, um amigo de um amigo, filho de um figurão da República, que colocaria o dinheiro para as despesas iniciais e conseguiria o financiamento da produção pela Embrafilme. Com seu pedigree, era muito provável. De fato, a película foi comprada, o equipamento alugado, a equipe contratada. O festival começou mal — não começando. Com tudo pronto, no fim da tarde uma tempestade desabou sobre Saquarema e o show foi suspenso. Quando a tempestade deu uma amainada e fui ao “estádio”, vi que, mesmo que a chuva parasse, estava tudo encharcado e não havia alternativa, o show estava cancelado. No salão do “quartelgeneral”, artistas, técnicos e jornalistas esperavam ansiosos uma decisão. A chuva não parava. Me lembrei de duas caixas com garrafinhas “individuais” — como as de Coca-Cola pequena — de champanhe Moët Chandon, compradas num contrabandista e embarcadas secretamente, reservadas para festejar o fim do festival. No salão lotado, comuniquei que o show estava cancelado, mas que as entradas vendidas para o primeiro dia valeriam para o segundo e último: seriam oito horas de som, duas noites pelo preço de uma. E já que tínhamos tantos músicos ali, faríamos uma festa por estarmos juntos, para celebrar o grande show do dia seguinte. Mandei abrir as caixas de champanhe e brindei com Raul, Roberto de Carvalho, Ângela Ro-Rô, Ezequiel Neves e Ney Matogrosso. Com uma explosão de alegria foram abertos os trabalhos, guitarras gritaram, e a festa começou. Quem chegasse naquela noite ao salão da colônia de férias que alugamos para instalar por quatro dias a produção e os artistas, mais de cem pessoas, não entenderia nada. Como o tecladista suíço Patrick Moraz, do cultuado supergrupo Yes, que chegou do Rio com sua mulher brasileira, de carro com motorista, e se espantou: “Mas o show não foi cancelado? Vocês não tiveram o maior prejuízo? Estão comemorando o quê?”
Para um suíço, foi chocante. Se bem que Patrick não fosse suíço mas, como fiquei sabendo depois, egípcio, residente na Suíça. Substituto de Rick Wakeman como tecladista do Yes — que era uma das mais cultuadas bandas inglesas de rock progressivo no início da década, ideal musical de Os Mutantes, do Terço e do Vímana —, Patrick gravou dois discos com o Yes já decadente e o grupo acabou. Em Londres se apaixonou e se casou com uma brasileira, a bela morena Liane Monteiro, irmã de minha amiga Liége. Veio para o Brasil com ela, foi morar numa casa no Joá e resolveu produzir um grupo brasileiro de rock para acompanhá-lo em turnês pela Europa como banda de apoio. Escolheu o Vímana, de Lulu Santos, Ritchie e Lobão. Sob sua direção, o grupo ensaiava dia e noite, também na perspectiva da produção de um compacto da banda. Para jovens músicos brasileiros de rock progressivo, trabalhar com o tecladista do Yes era um sonho — que depois se transformaria em pesadelo. Principalmente para Patrick Moraz. Quando a festa terminou, o sol começava a nascer e era domingo em Saquarema. De manhã fomos ao “estádio” para ver o tamanho da encrenca, mas tudo estava bem, a rapaziada de som e luz havia protegido bem os equipamentos, estava tudo funcionando, o palco — imenso — estava molhado mas sólido. Sua construção havia esgotado o estoque de madeira de Saquarema e o pessoal da montagem teve que comprar nas cidades vizinhas. E, melhor ainda, um vento forte vindo do mar secava rapidamente o chão e o palco. “O rock vai rolar!”, gritamos alegres.

Do “estádio” fui ao “aeroporto” buscar a estrela Rita Lee, que vinha do Rio em avião particular. O aeroporto era um pasto, a torre de comando, uns garotos que recebiam uns trocados para espantar as vacas na hora do pouso. O avião era um Cessna com um motor resfolegante, que alugamos a preço de banana de um certo comandante Noar (literalmente, era seu nome de batismo), que tínhamos conhecido e contratado no Hollywood Rock para passar faixas promocionais na praia. Noar era fã de Rita, a maior, talvez a única estrela do rock brasileiro. Seus discos vendiam, suas músicas tocavam no rádio, seus shows atraíam multidões de jovens. Com sua empresária Mônica Lisboa, Rita chegou, lindíssima, muito pálida e com os cabelos vermelhos longos e esvoaçantes. Naquele cenário parecia mais uma estrela de um filme dos anos 40 do que de uma banda de rock. Filmamos tudo. Nossa última chance eram o filme e o disco do evento, já que o prejuízo na bilheteria com o cancelamento de um show era irrecuperável, mesmo que o “estádio” superlotasse à noite.

O dia maravilhoso levou os surfistas e roqueiros ao mar, trouxe uma onda de calor para a cidadezinha. Mas mesmo assim não pude deixar de sentir aquela vaga melancolia que todo brasileiro sente no fim da tarde de domingo. A hora do mega-show se aproximava e o público, embora animado, não enchia nem metade do “estádio”. E pelo que se via, não havia mais muita gente para chegar: do lado de fora, só uns poucos doidões, definitivamente duros, que não iam mesmo pagar para entrar.Rock concert com platéia a meia-bomba é patético, pensei, mas pelo menos podemos melhorar a figuração para o filme. E mandei abrir os “portões”. E também, pela rádio local, convidamos a cidade inteira para a boca-livre roqueira. Mas todo mundo em Saquarema já estava vendo “Os Trapalhões” na TV e ninguém ouviu nem veio. O público foi médio e os shows, de uma maneira geral, também: nem mesmo Raul e Rita brilharam. O magro estava cansado e sem gás, em abstinência compulsória devido a abalos no fígado. Rita também, cheia de graça, comandando uma ótima banda e cantando grandes músicas, mas no palco pareceu frágil e sem vigor, com a performance custando-lhe um grande esforço. Ângela Ro-Rô, sóbria e tensa, cantou com garra mas a reação do público ficou longe do que eu esperava. As outras bandas, que animaram a garotada com puro rock and roll, eram pouco conhecidas: filme e disco corriam sério perigo. Afinal, quem se interessaria por um filme e um disco de um festival que não deu certo, que não foi um grande evento de massa e nem teve grandes performances?

Mas era o que nos restava, junto com o alívio por tudo ter terminado bem, sem ninguém preso ou machucado. Apesar de tudo, comemoramos como uma vitória, o público tinha se divertido, os artistas estavam felizes, todo mundo foi pago. Sozinho na beira da lagoa de Saquarema, ouvindo ao longe a gritaria das comemorações, tomei um ácido e deixei para o dia seguinte as contas. O prejuízo da produção foi grande, mas não foi a pior notícia: o nosso produtor do filme sumiu, deixando as contas e as latas de negativos para revelar. Depois de ouvir a fita de áudio em São Paulo com o produtor Pena Schmidt, chegamos à conclusão que não tínhamos nada de muito bom ali. A crédito, os filmes foram revelados mas o resultado não entusiasmava; pensar em montá-lo seria uma loucura, mais uma. Estava praticamente quebrado, de novo. O que eu ganhava no jornal e na TV, que era muito, não cobria o que eu devia e o que precisava para viver. Só me salvei graças a um empréstimo-ponte avalizado por um tio querido. O jogo virou quando fui procurado por uma grande incorporadora, a SISAL, que tinha construído um shopping center na Gávea e que precisava de um projeto de casa noturna para tornar o lugar conhecido. O shopping era luxuoso e moderníssimo, já estava funcionando, mas estava deserto.

Eles não conseguiam vender nem alugar as lojas, ninguém sabia que ele existia, poucos sabiam o que era um shopping de verdade no Rio, em 1976. A coisa mais parecida que existia era o Shopping Center Copacabana, onde ficava o Teatro de Arena, com suas lojas vagabundérrimas e escadas rolantes que nunca rolavam. Eles me ofereceram a maior área disponível, reservada a um teatro, e construiriam o que eu quisesse, alugariam os equipamentos, anunciariam nos jornais. Parecia um negócio da China, na Gávea. Não se gastaria um tostão, mesmo porque não havia, eles bancariam tudo. E nós ficaríamos com o bar e a bilheteria e pagaríamos os músicos, técnicos e as despesas de funcionamento. Mas era preciso que a casa fosse um sucesso, que tornasse conhecido o Shopping da Gávea. Era sua única função. A boa notícia era que — ao mesmo tempo que eu poderia realizar o sonho de ter uma casa de música — seria impossível perder dinheiro, não havia nenhum risco. A ruim é que o espaço que eles estavam me oferecendo já estava comprado e teria que ser desocupado dentro de quatro meses, quando começaria a ser construído o Teatro dos Quatro, de Sérgio Britto. Era pegar ou largar. Para escrever uma coluna diária de quase meia página, sete dias por semana em O Globo, gravar, editar e apresentar ao vivo uma reportagem musical no telejornal “Hoje” de segunda a sábado, fazer matérias especiais para o “Jornal Nacional” e o “Fantástico” e ainda produzir eventos musicais, aluguei um pequeno
escritório num centro comercial na Praça General Osório, no coração de Ipanema.

Eram duas salas mínimas mas o andar era alto e se via, além das árvores da praça, o mar de Ipanema. O escritório era um entra-e-sai permanente de gente de música, trazendo informações, procurando espaço e oportunidades, pedindo conselhos, dinheiro e contatos com gravadoras, oferecendo sexo, drogas e rock’n’roll, querendo aparecer no jornal e na televisão, ou simplesmente enchendo o saco. Fora os amigos que apareciam só para bater papo, mas eram boas fontes de notícias. Quem penava pilotando os telefones e enfrentando os visitantes inesperados, atendendo os chatos, inconvenientes e doidões, era meu secretário Leonardo Netto, um jovem aspirante a ator que havia trabalhado com Marília na revista A vida escrachada de Joana Martini. Léo era alegre e animado, adorava o mundo do espetáculo e a vida noturna. Os principais colaboradores da coluna com notas e informações eram Scarlet Moon, uma jovem jornalista culta, irônica e bem relacionada, uma querida amiga; e um doidão maravilhoso que editava com Antônio Carlos Miguel a revista mensal Música do Planeta Terra (com eventuais colaborações de Caetano Veloso, Wally Salomão e Jorge Mautner). Júlio Barroso apareceu para me pedir um artigo para a sua revista e acabou contratado. Muitas vezes, quando eu viajava, ele Scarlet escreviam a coluna sozinhos. Acabaram namorando. Júlio era apaixonado por música negra, o primeiro brasileiro a dar importância e a divulgar o reggae jamaicano em sua revista, fã de John Lennon e Marcel Duchamp, de Dylan, William Buri roughs, Jack Kerouac e de todos os poetas beat, de todos os rebeldes literários e musicais, antenado nos poetas concretos e nas vanguardas internacionais. Era alto e magro, de pernas compridas e cabelos lisos e sempre despenteados, nariz fino e óculos de grau, uma personalidade calorosa e esfuziante, sempre com uma novidade, um comentário, uma piada.

Embora morasse com os pais e os irmãos num amplo apartamento na Vieira Souto, de frente para o mar, Júlio tinha uma alma popular e às vezes, por puro deleite, pegava um ônibus circular em Ipanema e ia ao Centro da cidade e voltava sem sair do lugar, maravilhado com a
paisagem urbana e humana, que via como um filme dentro e fora do ônibus. Depois do festival de Saquarema, o escritório ganhou novos agregados: o disc-jockey Dom Pepe, meu amigo de infância, um negro carioca de irradiante simpatia e elegante malandragem, que foi DJ da legendária Sucata. Depois de alguns anos morando em Londres, voltou ao Brasil e o chamei para ser o apresentador dos shows em Saquá; o gerente de produção Djalma Limongi, barbudo e comunista, que administrou as produções do vitorioso Hollywood Rock e do malfadado Som, Sol e Surf. Djalma não entendia nada de música, detestava rock, gostava de teatro e de política. Tentava organizar e equilibrar o que se ganhava e se gastava, não fumava, nem bebia, nem cheirava. Só cigarros, numa piteira negra. Mas convivia e conversava animadamente com todos os doidões que trabalhavam ou frequentavam o escritório, se ivertia com eles mas recusava todas as ofertas: “Eu não sou um careta, sou um viciado em viciados.” Tínhamos tudo e todos para fazer uma sonhada casa de shows e de dança, não uma boate ou um bar de rock, mas uma discoteca — a novidade do momento em Nova York.

O escritório explodiu de alegria quando voltei da reunião na SISAL com a proposta do Shopping da Gávea. Não só seria a salvação dos prejuízos de Saquarema como uma oportunidade de trabalho para todos nós, e melhor, de ganhar dinheiro com um lugar tão divertido que, se não fosse nosso, pagaríamos para frequentar. O problema era que o shopping estava vazio e não era conhecido, escondido num bairro residencial e tradicional, que se caracterizava por sua tranqüilidade e escasso comércio, sem nenhuma vida noturna. Mas afinal era esse o desafio. Por isso o pessoal do shopping estava apostando tanto, era preciso criar uma casa noturna tão atraente que levasse o público à então remota Gávea e tornasse conhecido o novo centro comercial. Voei para Nova York para curta e intensa viagem de estudos. Com minha prima Vera Rechulski, uma residente especialista em vida noturna, percorri de olhos e ouvidos atentos os points do momento, que não eram mais pequenos clubes enfumaçados de rock no Village, mas amplos espaços em Midtown, como o Infinity, cheio de néons e de luzes coloridas, com grandes bolas espelhadas que irradiavam feixes de luz sobre a multidão que enchia a enorme pista, ao som de disco music. Comprei uma bola espelhada, refletores, equipamento de som e discos, muitos discos de Gloria Gaynor, Andrea True Connection, Tavares, os hits do momento. Os dias de rock estavam ficando para trás, as noites eram de dança, de uma música com pulsação forte e contínua, feita de melodias simples e vocais elaborados, com arranjos luxuosos de cordas e metais, uma música com ênfase no ritmo e na sensualidade, feita exclusivamente para dançar.



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