Cantor e compositor pernambucano desabafa em vídeo e faz apelo aos artistas. "Precisamos refletir e oferecer uma música de qualidade"
"Gostaria de dizer que nós precisamos refletir e oferecer uma música de qualidade, que eleva", desabafa Nando Cordel. Foto:Paulo Paiva/DP
O cantor e compositor pernambucano Nando Cordel, 62 anos, publicou um vídeo nas redes sociais, neste sábado (20), com críticas à qualidade da música brasileira atual, considerada por ele "um lixo musical". "Nós compositores estamos fazendo um trabalho muito triste atualmente na música popular brasileira. Uma música que está em um nível baixíssimo. Cheia de pornografia, cheia de convites para cair na gandaia. É uma música que está profundamente na lama, na lama podre", declara.
No desabafo, o compositor de De volta pro aconchego chama a atenção para o conteúdo das letras e influências na educação de crianças e jovens. "Essa música está atrofiando a mente das pessoas. Mexendo com as crianças e jovens. Na realidade, a música pode mudar a vida das pessoas completamente", explica.
Nando ainda fala sobre o poder de transformação que a música tem na sociedade. "A música veio para fazer o bem e embelezar as almas, e não para alienação total, como está acontecendo agora.
A gente precisa acordar e não deixar essa música dissolver a ética e a moral".
O artista, com mais de 25 discos gravados, ainda faz um apelo a todos os compositores: "Gostaria de dizer que nós precisamos refletir e oferecer uma música de qualidade, que eleva, que pode fazer você feliz. Pense numa música de paz e faça uma música melhor", conclui.
O vídeo repercutiu na página do Facebook oficial do cantor e já recebeu mais de 2 mil compartilhamentos, incluindo o do poeta caruaruense Petrúcio Amorim. "Assino em baixo meu irmãozinho Nando. Valeu!", escreveu.
Os internautas parabenizaram o artista pela atitude. "Concordo com tudo e também estou bem desanimado com o rumo que a música brasileira tomou", disse um internauta. "Nando, se eu já era seu fã, fiquei mais ainda. Sou músico, toco em bares e restaurantes e não tenho prazer nenhum em trabalhar, porque o que o público pede é degradante na maioria das vezes", desabafou outro.
Assista:
Fonte: Diario de Pernambuco
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