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quarta-feira, 8 de junho de 2016

AS SETE CORDAS ETERNAS (10 ANOS DE SAUDADES)

Por Mayara Fujikake




Maio é um mês especial para quem gosta de música brasileira e é fã de um nome marcante na história do violão. Mês de nascimento (5 de maio de 1918) e morte (27 de maio de 2006) de Horondino José da Silva, o Dino 7 cordas.

Por isso, faremos uma singela homenagem e contaremos um pouco sobre a carreira musical do grande Dino.

O violonista foi autodidata com a música e começou a aprender violão com o instrumento do pai. Ele tirava tudo de ouvido, escutando rádio e copiando.


Dino foi referência do luthier em seu início musical. “Como todos os que entram no universo do choro, eu conheci as gravações do mestre Dino logo nos primeiros contatos com o gênero, pois ele está presente na absoluta maioria das gravações importantes dos anos 40 aos 80″, diz Lineu.

Voltando ao Dino, em 1935, ele conheceu o flautista Benedito Lacerda, líder do mais prestigiado conjunto regional da época, no ano seguinte, entrou no Regional Benedito Lacerda e sua carreira começou a decolar.

Nesta época, Dino ainda tocava com seis cordas, até que ele se encantou pela sétima corda aderida por Tute, o Artur de Souza Nacimento, reconhecido violonista da época. Dino então encomendou um violão com o luthier Silvestre, na loja Bandolim de Ouro, com a sétima corda de violoncelo – técnica utilizada até hoje.


Inovação no violão

O violonista foi o principal responsável pelo desenvolvimento da técnica e linguagem chamada nas rodas de choro do contraponto melódico nas cordas mais graves do violão, chamada de “baixaria”.

Para Lineu, seu estilo único marcou uma era. “Ele criou uma linguagem de violão de acompanhamento, levando ao extremo a capacidade de fazer contraponto, mesclando acordes e baixarias.”


Motivação das sete cordas

Dino 7 cordas foi a primeira inspiração do luthier vinda das rodas de choro e continuou inspirando-o até os dias de hoje. Recentemente, Lineu Bravo criou o violão Sete Cordas de Aço Modelo Rogério Caetano. “Um violão que também não deixa de ser uma reverência ao Dino 7 cordas”.

“Dino deixou uma escola como legado, uma linguagem muito bem sedimentada que dá um sotaque ao choro e ao samba”, finalizou o luthier.


Curiosidade

Quem o incentivou Dino a colocar o “7 cordas” em seu nome artístico foi Jacob do Bandolim. Mas Dino tinha uma peculiaridade. Em suas composições, utilizava o nome de batismo Horondino Silva.

Chorinho com Dino 7 Cordas (Horondino da Silva) + Déo Rian (Bandolim) + Paulinho da Viola + César Faria (Violão)


Fonte: Funarte

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