Luís Arruda Paes foi um dos grandes arranjadores e orquestradores na época das grandes orquestras (anos 50 e 60). Nascido em São Paulo, em 1926, o maestro morreu em Praia Grande em 1999, há exatos dez anos. Ele participou da inauguração da TV no Brasil, em 1950, e foi presença marcante nos programas “Um instante, maestro”, de Flávio Cavalcanti, e “Almoço com as Estrelas”, com Ayrton e Lolita Rodrigues.
Durante as décadas de 50, 60 e 70, trabalhou com os mais renomados intérpretes nacionais, além de ter composto, a pedido de Duke Ellington, um arranjo especial para a música “Sophisticated Lady”, a ser executada em espetáculo na Broadway.
Formada por 22 músicos, distribuídos em trombone, trompete, saxofone, piano, guitarra, baixo, bateria e tímpano, a Jazz Big Band conta com a gerência do maestro Mário Tirolli, a Jazz Big Band interpretará uma série de partituras originais com arranjos do maestro, como “Hino ao Músico”, de Chocolate e Nancy Wanderley, “A Bela do Baile”, de Leroy Anderson, “Fascinating Rhythm”, de George Gershwin, “”What is the thing called love” e “Seleção de Músicas Franvcesas”, de Cole Porter, “Concero nº 2 de Rachmaninoff”, de Sergei Rachmaninoff e “Fantasia de ‘Asa Branca’”, de Luiz Gonzaga e Humebrto Teixeira, entre outras.
Biografia do maestro
Arruda Paes iniciou a carreira artística atuando como pianista da orquestra da Rádio Tupi de São Paulo. Em seguida, passou a atuar como pianista da Orquestra de Zezinho, que se apresentava na TV Tupi de São Paulo. Em 1952, ainda na TV Tupi, começou a atuar como maestro. No mesmo ano, passou a fazer arranjos para orquestra na mesma emissora.
Em 1956, fez a trilha sonora para o filme "O sobrado", de Walter George Durst. No mesmo ano, gravou pela Odeon o seu primeiro LP, "Brasil – Dia e noite", considerado um acontecimento no fonográfico tanto sob o aspecto artístico como no comercial, sendo lançado também na Argentina, no México, nos Estados Unidos e no Japão.
Também no mesmo período, gravou com sua orquestra o samba canção "Copacabana", de João de Barro e Alberto Ribeiro e o baião "Caruaru", de Belmiro Barrela. No ano seguinte, lançou o LP "Brasil de norte e sul", também pela Odeon.
Em 1958, recebeu o Disco de Ouro, prêmio oferecido pela gravadora Odeon. Em 1959, lançou em 78 rpm "Nossa bandeira", de sua parceria com Guilherme de Almeida e "Paris Belfort", de Antônio Farigoul e Guilherme de Almeida. Ainda no mesmo ano, lançou com sua orquestra e coro o fox "Mulher", de Custódio Mesquita e Sadi Cabral, o fox canção "Nada além", de Custódio Mesquita e Mário Lago e o samba-canção "Eu sei que vou te amar", de Antônio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes. Também no mesmo ano, lançou o LP "Piano romântico".
Em 1960, gravou o LP "Brasil moreno". Em 1961, gravou com sua orquestra e coro as músicas "I love Paris", de Cole Porter e "Calcutá", de Heino Gaze. No mesmo ano, lançou o LP "Itália eterna". Em 1962, acompanhou com sua orquestra e coro as gravações de Zezinho da TV no trompete nos fox "Noites de Moscou" e "Love letters", pela RCA Victor.
Em 1963, lançou o LP "Brasil é samba". Por essa época, passou a dirigir uma orquestra com 30 componentes da qual fazia parte também o conjunto vocal "Os Modernistas".
Em 1966, gravou o LP "Brasil, dia e noite, vol. 2", lançado nos Estados Unidos sob o título de "Dawn is approaching", com destaque para "A banda", "Sonho de um carnaval" e "Olê Olá", de Chico Buarque. Permaneceu na TV Tupi como maestro e arranjador até 1980. A partir desse ano, transferiu-se para Praia Grande (SP), atuando como autônomo. Participou, como arranjador e regente, da Jazz Sinfônica de São Paulo, de 1989 a 1992. Assinou arranjos para gravações de vários artistas. Foi orientador de diversos maestros entre os quais, Chiquinho de Moraes e José Briamonte. Foi premiado sete vezes com o troféu Roquette Pinto, da TV Record (SP), tornando-se hors-concours.
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