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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

FERNANDA PORTO, 50 ANOS



1965 - Em 31 de dezembro de 1965, nasce em Serra Negra (SP), cidade onde seus pais Lucia e Adalberto tinham uma casa de veraneio. Nascida aos sete meses, volta para São Paulo aquecida numa caixa de caqui e permanece 28 dias na encubadeira. 

1970 - No jardim de infância no Colégio Santa Marcelina, em São Paulo, tem as suas primeiras aulas de flauta doce. A curiosidade em relação à música é aguçada depois de escolhida pela professora Nicole para representar a classe numa gravação. 

1973 - Começa a ganhar instrumentos musicais dos avós paternos e dos seus padrinhos Margot e Cláudio. O primeiro foi o xilofone, depois vieram a sanfoninha, sax de plástico, violão e pequenos instrumentos de percussão. 

1975 - No ginásio, ganha um festival de composição com um tema para Maria de Nazaré. Dá aulas de flauta doce para os colegas no recreio. Em casa, costuma ouvir a mãe tocar as valsas de Chopin e também pede para assistir as aulas de piano da irmã mais velha, Lucia Leão. Participa da primeira bandinha se revezando no piano, violão e flauta transversal. 

1977 - Assiste ao primeiro show de sua vida, em São Paulo, no Ginásio Anhembi, com Elis Regina, João Bosco e Ivan Lins, numa apresentação organizada pela Rádio Jovem Pan. É ali que toma a decisão de ser pianista. Os próximos shows que vai com o pai são de Oscar Peterson, Ella Fitzgerald, Dave Brubeck, Astor Piazzola, Burt Bacarach. Entre os brasileiros, Tom Jobim, Chico Buarque e Gal Costa. 



1979 - Aos quatorze anos, no primeiro colegial, toma conhecimento da existência da faculdade de música. Mas o teste de aptidão exigia a formação em algum instrumento. Para concluir em apenas dois anos o repertório de oito anos do curso completo de piano, Fernanda pede ajuda a sua vizinha, a pianista Maria Cecília Truffi. Atravessa madrugadas estudando música. Na carteira do colégio Oswald de Andrade, desenha um teclado com giz que permite fazer a leitura de partituras durante as aulas regulares. 

1980 - Torna-se tecladista de duas bandas amadoras. Mas depois de mostrar as suas composições, acaba sendo convencida a tornar-se também a cantora do grupo. Aos poucos, começa a assimilar a nova idéia, o que era difícil, pois se sentia extremamente tímida, até mesmo para tocar um instrumento. 

1981 - Entra para a Faculdade de Música Santa Marcelina, no curso intitulado Bacharelado em Piano. Mas percebe que o seu interesse pelo piano erudito era parcial e se transfere para o curso de Composição e Regência. A professora de Harmonia e diretora do curso de música, Laura Abraão, decide encaminhá-la para as aulas de H.J. Koellreutter, de quem era assistente. O curso era para os alunos do quarto e não do primeiro ano, mas Koellreutter abre uma exceção para Fernanda. Mas para admiti-la, o maestro alemão a desafia a compor uma música de uma nota só e sem fórmula de compasso. Tem início um processo intenso de experimentação e busca de novas formas de linguagem para a música contemporânea. 

1983 - É selecionada para o papel principal do musical Amapola, de Reginaldo Faria. Mas para acompanhar o ritmo dos ensaios noturnos sofre resistência familiar e se vê fora da montagem. 

1984 - Monta a primeira banda de música popular na faculdade. Ao mesmo tempo, prossegue com os estudos de canto lírico. Nas aulas com Leila Farah aprende a desenvolver as potencialidades da voz de soprano ligeiro. Canta várias árias de óperas, como Rigoletto e Verdi, Messias de Handael, Bachianas n. 5 de Villa Lobos. É a única cantora paulista classificada do Concurso Jovens Concertistas, no Rio de Janeiro (Sala Cecília Meirelles). 

1985 - Faz o primeiro contato com a linguagem do vídeo ao compor a trilha sonora para Tons, argumento de Lina de Albuquerque baseado em conto de Edgard Allan Poe e apresentado no Festival Videobrasil, em São Paulo. 

1988 - É selecionada para o musical As Bacantes, de José Celso Martinez Corrêa. Passa a dar aulas de canto para o elenco e compõe, junto com o diretor, a segunda parte operística da peça. Contudo, não consegue cumprir as exigências de horários de ensaio, pois canta e toca piano à noite nos hotéis Transamérica e Maksoud Plaza, em São Paulo. Desliga-se do espetáculo. 

1990 - Realiza a sua primeira série de shows no circuito cultural de São Paulo, passando por casas como as extintas Madame Satã e Espaço Off, Centro Cultural São Paulo, Sesc Pompéia e Consolação. Os shows se apoiam em repertório autoral. 

1991 - Compõe a trilha sonora do filme Desterro, de Eduardo Paredes, e recebe o prêmio de melhor trilha sonora no Festival de Cinema do Maranhão. 

1993 - Realiza shows em que mescla repertório próprio com canções do pop brasileiro (Titãs, Cazuza, Rita Lee) e da MPB (Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil). 

Participa do projeto Conexão MIDI, no Sesc Consolação, em torno de compositores envolvidos com música e computador. Entre os participantes, Mitar Subotic, o Suba, acaba também se revelando como um dos pioneiros da música eletrônica no Brasil. No mesmo ano, compõe a trilha sonora e canta no filme 1999, de Toni Venturi. O tema original irá integrar mais tarde o seu primeiro CD, Fernanda Porto (2002). 



1994 - Compõe a trilha sonora do filme Vítimas da Vitória, de Berenice Mendes, e recebe o prêmio de melhor trilha sonora no Festival de Brasília. 

1995 - Compõe a trilha sonora do filme Ruído de Passos, de Denise Gonçalves, baseado em conto de Clarice Lispector. 

1996 - Compõe a trilha sonora do documentário O Velho - A História de Luiz Carlos Prestes, série de episódios para TV-GNT (Globosat). Parte da trilha sonora migra posteriormente para versão de cinema. Conhece o DJ Xerxes de Oliveira (XRS LAND) e tem o primeiro contato com o ritmodrum and bass. 

1998 - Viaja para Londres para pesquisar e conhecer de perto a cena drum and bass. Fat Boy Slim é o primeiro a reconhecer em seu trabalho a influência deste ritmo entre algumas das suas principais composições. 

1999 - Finaliza seu primeiro CD demo, um conjunto de canções com roupagem eletrônica, a maioria delas baseada no ritmo drum and bass. 

2000 - Divulga o demo entre vários DJs, entre eles DJ Patife. Patife faz um remix da música Sambassim (Fernanda Porto/Alba Carvalho) que acaba estourando nas pistas de Londres. 

2001 - Volta a Londres para lançar a música Sambassim junto com o DJ Patife. A música é escolhida para a faixa-título da primeira coletânea brasileira de drum and bass, Brasil EP, lançada pela V Recordings, a principal gravadora do gênero. Junto com os DJs Patife e Marky, faz uma versão eletrônica para a música Só Tinha de Ser com Você que entra na novela Um Anjo Que Caiu do Céu, da Rede Globo. Como já tinha acontecido em Sambassim, a sua voz invade as pistas antes mesmo de registrada no primeiro CD comercial. 

2002 - Após ter sido procurada por várias gravadoras da Europa, lança pela gravadora Trama o seu primeiro CD, intitulado Fernanda Porto. Recebe os prêmios Noite Ilustrada (melhor CD eletrônico) e Qualidade Brasil 2002 (melhor CD nacional). 

2003 - As músicas Tudo de Bom (Fernanda Porto/Lina de Albuquerque) e Amor Errado (Fernanda Porto/Edu Ruiz) viram hits nas rádios. A revista Veja destaca Fernanda como a primeira compositora capaz de consagrar o ritmo eletrônico no rádio, além de emplacar cinco hits num CD de estréia. Em fevereiro, ela parte para a primeira turnê na Europa. Em outubro, faz uma segunda turnê para lançar Fernanda Porto na Inglaterra, Suíça, Bélgica, Itália, França, Espanha, Holanda, Alemanha, Áustria e Portugal. É indicada ao Grammy Latino na categoriaBest New Artist. Também concorre ao Prêmio Multishow, na categoria Revelação. O videoclipe da música Sambassim vence o VMB da MTV. Entres os discos da categoria world music lançados na Europa, Fernanda Porto obtém o quarto lugar na cotação dos críticos e radialistas europeus que integram o Prêmio WMCE (World Music Charts Europe). É convidada especial de Marina Lima, no DVD Acústico MTV, em que canta com a cantora carioca e faz o arranjo da música Charme do Mundo. A vendagem de Fernanda Porto atinge mais de 120 mil cópias e se torna CD duplo de ouro. 

2004 - Durante a criação da trilha sonora do filme Cabra Cega, conhece Chico Buarque e grava com ele a sua versão eletrônica de Roda Viva. A música integra também um videoclipe e faz sucesso imediato nas rádios. Em dezembro, é lançado seu segundo CD, Giramundo, que leva o nome de uma das faixas (Giramundo, a música, de Fernanda Porto e Lina de Albuquerque). O CD traz participações do baixista e baterista do grupo americano Living Colours e do pianista e arranjador Cesar Camargo Mariano. Em junho, faz a terceira turnê na Europa.Giramundo, o CD, recebe o Prêmio Toshiba (Toshiba Cool Awards) de melhor álbum nacional pela revista Cool Magazine. O CD Fernanda Porto é lançado no Japão. 

2005 - Lança o CD da trilha sonora do filme Cabra Cega, de Toni Venturi, com participação especial de Chico Buarque, Toni Garrido, Ná Ozzetti e os integrantes da banda Living Colours, Will Calwoun e Doug Wimbish. Recebe prêmios de melhor trilha sonora nos festivais de cinema de Cuiabá, Maringá (II Festival de Cinema) e Belém do Pará (II Festcine). É convidada a participar do trio eletrônico de Daniela Mercury na Bahia. Participa do DVD Um barzinho, um violão (Universal) interpretando Sentado à Beira do Caminho (Roberto e Erasmo Carlos).Giramundo é lançado no Japão. 

2006 - Faz nova turnê em Portugal e grava no Tom Brasil o seu primeiro DVD/CD, Fernanda Porto ao Vivo, que inclui oito antigos sucessos e onze músicas inéditas. Participa do DVD Casa da Bossa, Homenagem à Tom Jobim, cantando a música Modinha. Giramundo é lançado nos Estados Unidos com excelente repercussão de crítica. 

2007 - Em março participa da série “Encontros” do Sesc Vila Mariana ao lado da cantora Luciana Mello e Cris Aflalo na homenagem ao compositor Chico Buarque. 

Participa da coletânea em homenagem a cantora Maysa - “Essa chama não vai passar”, interpretando a canção “Nego Malandro do Morro” lançada pela gravadora Biscoito Fino. Em abril desse mesmo ano participa do show em homenagem a Aracy de Almeida ao lado de Ná Ozzetti e Virgínia Rosa no Sesc Pinheiros – SP. Em Junho, divide o Palco com o cantor e compositor Chico Cesar no projeto “ Grandes Encontros da Música Brasileira” no Shopping Anália Franco. 

2008 - Em janeiro participa do Projeto “A Era Iluminada- Rock 80” (Sesc SP) interpretando sucessos da época ao lado de Roger (Ultraje a rigor), Beto Bruno (Cachorro Grande) entre outros. Em fevereiro ao lado de Fátima Guedes e Doris Monteiro realiza um show em homenagem a cantora Nora Ney (Sesc Pinheiros). Em abril, vai a Teresina para apresentar seu show no projeto “Seis e Meia” no Teatro 4 de setembro. 

2009 - Grava em seu próprio estúdio e lança seu quarto CD: Autorretrato (EMI), com quatorze canções inéditas, marcado pela volta à sonoridade eletrônica. Dessa vez, passeia por ritmos como: DownTempo, Breakbeat, Progressive House e Nu-Jazz. 

2010 - Show no Palco Principal na Virada Cultural de Manaus. Em agosto é convidada pela banda Big Beatles de Vitória ( ES ) para um show em homenagem aos garotos de Liverpool. Em outubro participa do Show de Lançamento de CD da Banda “São Paulo Ska Jazz” no Bourbon Street (SP). 

2011 - Realiza durante o ano todo uma série de12 shows pelas cidades do interior do estado no” Circuito SESI São Paulo”.Em fevereiro grava uma versão voz e piano da canção “Hoje” para o CD “ A voz da mulher na obra de Taiguara” para o selo “Jóia Moderna”. Em julho participa com a mesma canção na gravação do DVD homônimo no Memorial da América Latina. Realiza entre julho e agosto uma tour na Europa, participando em Portugal em Festival Internacionais como “ Marés Vivas” e o tradicional “Vilar de Mouros”. Novamente vai a Londres para um circuito de shows em Duo. 

Participa do projeto: “Cine Concerto” no Sesc Vila Mariana cria e executa ao vivo a Trilha Sonora para o filme “Dreams” de Akira Kurosawa. 

2012 - Em janeiro, Show Fernanda Porto Duo no Sesc Bom Retiro. Em fevereiro e março faz tour pela Europa, passando por Portugal, Itália e Inglaterra. Em junho, participa do: “Bourbon Jazz Festival Parati” com a banda São Paulo Ska Jazz. Em julho esteve em no Teatro Santos Dumont em São Caetano para apresentar um show em homenagem aos seus 10 anos de carreira. Está realizando um projeto nos primeiros domingos de cada mês no Shopping Butantã (SP): “Pocket Show com Bate Papo” onde além de cantar realiza entrevistas com diversas personalidades como o goleiro Zetti, o cantor e apresentador Ronnie Von e o navegador Amyr Kink, sempre abordando temas de interesse público. 

Atualmente está gravando um novo CD onde interpreta canções ao piano.

Fonte: Site Oficial

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