Cantora e compositora, que tinha o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, faleceu na tarde de ontem, sábado, (9/maio)
Por Mateus Araújo
"Estou morrendo", repetiu duas vezes Dona Selma do Coco durante entrevista ao Jornal do Commercio, em 2013, para o caderno especial sobre os Patrimônios Vivos de Pernambuco – publicado naquele ano. “(Agradeço) o prestígio que (as pessoas) têm por mim e o valor que dão ao meu trabalho. Um muito obrigado e um ‘tchá’”, disse a cantora num trecho do vídeo gravado na sua casa, no Largo do Amparo, Olinda. Neste sábado, às 16h50, a ex-tapioqueira e uma das mais queridas e populares artistas pernambucanas morreu, aos 85 anos, deixando fãs, amigos e familiares sem sua simpatia e a gargalhada eternizada em canções: “Rá-rá”.
Dona Selma estava internada no Hospital Miguel Arraes, no Grande Recife, desde o dia 11 de abril, após cair no banheiro de casa ao sentir uma tontura. Ao dar entrada na unidade, além de uma fratura no fêmur, ela foi diagnosticada com uma infecção urinária (controlada pelos médicos). Segundo seus familiares, Selma também estava com um dos rins paralisado e teve um aneurisma. No dia 23, a cantora fez uma cirurgia no fêmur e, em seguida, foi para a UTI, chegando a ser entubada. No dia seguinte, apresentou melhora e recebeu visita dos parentes. Neste sábado, ela não resistiu e morreu. Selma do Coco criou 13 sobrinhos e teve apenas um filho, Zezinho, que morreu em 2010 – desde então, Selma vivia abalada.
Confira o vídeo produzido para o Especial Pernambuco Vivo, veiculado em 2013.
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