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quarta-feira, 25 de março de 2015

BIBLIOTECA DIGITAL DE MÚSICA REÚNE 230 FAIXAS





Por Ailton Magioli


O No ar há desde fevereiro, no endereço www.cinemusic.com.br, a Biblioteca Digital de Música para Cinema, Vídeo e Multimídia, criada pelo músico Andersen Viana, pretende atrair a atenção de artistas interessados em trilhas para suas criações. Autor de trilhas sonoras para espetáculos de teatro (Gardel, uma lembrança, de Manuel Puig) e de dança (Suíte floral, da Cia. Eliana Cobett), além de uma para o longa-metragem Corações ardentes, de Paulo Augusto Gomes, o músico, que é irmão de Marcus Viana, reconhecido autor de trilhas para novelas, acaba de disponibilizar 230 faixas de sua autoria, compostas desde 1978 até o ano passado.

“Quem quiser utilizar o material para fazer uma compilação, faz contato com a gente, assina um termo de compromisso e paga valores acessíveis”, garante Andersen, cujo projeto foi viabilizado através do Fundo de Projetos Culturais da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, que disponibilizou para o artista cerca de R$ 70 mil para a produção do portal. “Claro que para utilização do material em uma campanha de publicidade os valores serão outros”, diz o música, cuja ideia inicial foi atender os diretores de teatro, cinema e dança, além de profissionais de Power Point.

“Tenho feito isto ao longo dos anos. Gravo o material, eles ouvem e, à medida que se interessam por ele, fazem contato para que possamos disponibilizá-lo”, explica Andersen Viana, salientando que a assinatura do áudio será só para fruição. “Feito o contrato, o cliente irá receber um link para baixar a obra.”

Novidade no Brasil, as bibliotecas do gênero já são comuns na Europa e em outras regiões. “Eu mesmo participo de bibliotecas da Inglaterra, onde isso já é uma prática”, afirma Andersen. Segundo contabiliza, com as 230 faixas disponibilizadas inicialmente ele teria cerca de 18 discos, considerando-se que atualmente um disco é composto por 13. A expectativa do músico, que já é fornecedor de bibliotecas internacionais, é de que a aceitação do serviço seja boa no Brasil. “Lá fora há bibliotecas que já disponibilizam até 50 mil faixas.”

Viana prevê que “essa ideia deverá mexer com o brio dos estúdios, já que irá facilitar muito a vida das companhias de teatro e de produtoras de cinema que não vão mais precisar contratar ninguém para criação, produção e gravação de suas trilhas. Está tudo pronto”.

Irmão do também músico Marcus Viana, Andersen Viana é Ph.D em música pela Universidade Federal da Bahia e atua como maestro-compositor, produtor cultural e professor da Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes, de Belo Horizonte. Andersen iniciou os estudos com o pai, Sebastião Viana, que foi assistente e revisor de Heitor Villa-Lobos, estudando, posteriormente, em instituições musicais do Brasil, Itália e Suécia.

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