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sábado, 17 de maio de 2014

LÚCIO RANGEL, 100 ANOS

Um dos mais intransigentes defensores da música popular brasileira tradicional, da qual era profundo conhecedor. Foi responsável pelo lançamento da Revista da Música Popular, do qual era editor, que teve curta duração (1954-1956), mas marcou época como um espaço de discussão dos principais temas relacionados à MPB. Nela colaboraram grandes nomes da literatura ou da pesquisa em música no Brasil (Manuel Bandeira, Sérgio Pôrto, Ary Barroso, Marisa Lira, Almirante, Guerra Peixe, Nestor de Holanda, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Haroldo Barbosa, Jota Efegê e muitos outros). Foi colaborador de vários jornais: A Manhã, Jornal do Brasil, Diário de São Paulo e Estado de Minas. Assinou seções especializadas em música em várias publicações (revista Manchete, A Cigarra, Senhor, Lady e outras). Publicou uma série de 10 artigos ("Discoteca mínima da música popular brasileira", entre janeiro e março de 1960, no suplemento dominical do Jornal do Brasil). Em 1962, publicou "Sambistas e chorões: aspectos e figuras da música popular brasileira", São Paulo, Francisco Alves. Ao começo de 1965, por solicitação do então governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda, vendeu sua discoteca, especializada em MPB, para o Museu da Imagem e do Som, que seria inaugurado ao fim daquele ano. Em 1966, convidado pelo primeiro diretor do MIS, Ricardo Cravo Albin, passou a integrar o Conselho Superior de MPB daquela instituição. Como membro do Conselho, foi um dos que passaram a escolher anualmente os vencedores dos Prêmios Golfinho de Ouro e Troféu Estácio de Sá, destinados aos melhores de cada ano. Nos anos 80, a Funarte instituiu um prêmio de monografias com seu nome, o Projeto Lúcio Rangel, através do qual foram publicados vários trabalhos de pesquisadores da MPB.

Fonte: Dicionário da MPB

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