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terça-feira, 9 de julho de 2013

PABLO CASTRO LANÇA O CD AUTORAL 'ANTERIOR', QUE TRAZ MÚLTIPLAS REFERÊNCIAS ESTÉTICAS

Depois de dividir disco com amigos, Pablo prepara trabalho de voz e violão

Por Eduardo Tristão Girão


Já se passaram 10 anos desde a estreia em disco do cantor e compositor belo-horizontino Pablo Castro, hoje com 36 anos. O trabalho em questão é o CD 'A outra cidade', dividido com outros dois importantes representantes de sua geração, Kristoff Silva e Makely Ka. Só agora o artista chega a seu primeiro álbum solo, batizado de 'Anterior'. São 13 canções, incluindo tanto material daquela época quanto terminado pouco antes da gravação.

Com produção musical assinada pelo próprio Pablo, o disco foi gravado entre 2007 e 2009 na capital mineira. Mesmo separados por uma década, analisa o artista, 'A outra cidade' e 'Anterior' guardam algum parentesco: “Ambos têm alternância estilística, de toadas a pop rock, passando por música mais moderna. Sempre gostei dessas soluções híbridas, mas não para fazer qualquer mistura com qualquer estilo. Fora que têm muito arranjo, muito colorido musical. Não são low profile, têm muito discurso”.

Cerca de 25 músicos participaram da gravação, como João Antunes (guitarra), Juliana Perdigão (voz, clarinete), Thiakov (baixo e violão), Maurício Ribeiro (piano e teclado), Analu (percussão), Marcos Braccini (flauta) e Bruno Santos (bateria e percussão). Pablo assina seis canções sozinhos, entre elas a faixa-título, que abre o trabalho: “Essa foi das mais recentes, condensa sentido maior e com aspectos originais, como a harmonia. Fora a letra, com mais perguntas que respostas”.

Pablo dividiu os arranjos com oito músicos, entre os quais João Antunes, o pianista Rafael Martini (cordas em 'O sétimo selo') e Avelar Jr., que, não por acaso, foi o arranjador de boa parte do disco 'A outra cidade'. “Vivemos um eldorado de instrumentistas e compositores. É impossível que os discos atuais não revelem essa geração. Quis gente da mesma geração e com a mesma dedicação. Todo mundo muito criativo e destravado, sem se perder em guerra de egos”, diz.


Autoria

Luiz Henrique Garcia, amigo dos tempos de colégio, é seu parceiro mais frequente em 'Anterior'. Juntos assinam 'Baião nosso de cada dia', 'Ponto oriental' e outras três. “Ele é um superletrista, mas que não anda tanto no meio dos músicos. É professor de história e ainda não compõe com tanta gente, apesar de ser experimentado”, elogia Pablo. Com Kristoff Silva e Makely Ka escreveu 'O grande verão' e 'Samba do apocalipse', respectivamente.

“Na verdade, não tenho tantas parcerias. Parte importante da minha obra é a busca por desenvolver a linguagem da canção, fazendo letra e música. A maior parte da minha obra é de letra e música minhas. Os pés estão em Gilberto Gil, Edu Lobo, música nordestina. É bem variado o espectro”, observa.

Pablo garante já ter repertório para gravar mais um disco e que quer entrar em estúdio ainda este ano. “Provavelmente, será menos ambicioso do ponto de vista de produção, mais minimalista. Acho lindo o tanto de vida que o último disco tem, mas gostaria de curtir também algo mais próximo do que pode ser feito no palco”, adianta . Talvez seja só de voz e violão.

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