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sábado, 25 de maio de 2013

ATRELADO A SOFISTIFICAÇÃO, O PROJETO CCOMA TRAZ UM MISTO DE OUSADIA E VANGUARDISMO

Jazz, música eletrônica e muita brasilidade. Vos apresento o Projeto CCOMA, um duo que preza pela qualidade sonora a partir de um experimentalismo que vem dando certo.

Por Bruno Negromonte



A música brasileira é vista ao redor do mundo como uma das mais profícuas existentes no planeta. Esse é um dos fatores que faz nosso país ser mundialmente respeitado e reconhecido como um dos maiores celeiros musicais do existentes ao redor do mundo, e quando nos detemos à música instrumental é que as coisas de fato ganham visibilidade. Esse reconhecimento foi sendo construído ao longo dos anos, mais precisamente a partir do século XVIII através do nome do nome do compositor Carlos Gomes, perpassando por Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, João Pernambuco entre outros não menos relevantes nomes até desembocar no século XXI com uma gama sonora impressionante, onde o virtuosismo divide espaço com elementos eletrônicos, propiciando aos ouvidos dos admiradores da boa e velha música encontros até pouco tempo atrás inimagináveis. Quem pensaria na fusão de elementos sonoros aparentemente tão distintos tais quais a música eletrônica e o jazz a algum tempo atrás? Talvez isso fosse considerado até pouco tempo atrás como utópico, uma vez que  a integração de elementos sonoros tão aparentemente divergentes resultaria em algo desagradável aos nossos ouvidos. No entanto, como hoje podemos ver, tudo não passou de um ledo engano; pois a evolução deu-se de modo harmonioso e hoje é possível aliar o mais rudimentar dos tambores às mais evoluídas tecnologias existentes. E neste novo panorama musical é possível afirmar que vem da região sul um dos grandes expoentes existentes em nosso país.

Advindos do estado do Rio Grande do Sul, mais precisamente da cidade de Caxias do Sul (cidade à cerca de 128 km da capital gaúcha), o Projeto CCOMA surgiu em 2004 a partir da ideia de dar vazão ao experimentalismo de dois amigos em um laboratório sonoro que corrobora, de certo modo, com o nome escolhido para o projeto, visto que o propósito era "bater de frente" com situação de estagnação induzida pela mídia de massa em nossa cultura uma vez que o nome do duo é indissociável ao estado de inconsciência profunda. No entanto há a necessidade de se levar em consideração que tal termo possui mais alguns relevantes significados que encaixam-se de modo muito peculiar visto que coma também é o espaço entre um semitom e outro das notas musicais, além de significar vírgula em espanhol. "queremos possibilitar um espaço, um momento, para as pessoas reflitam mais sobre a nossa música.", diz Roberto Scopel quando questionado o sobre o porquê desse batismo em forma de protesto.

Como já citado anteriormente, o Projeto CCOMA trata-se de um duo formado pelos músicos Roberto ScopelSwami Sagara. O músico Roberto é trompetista desde os 10 anos de idade quando começou sua trajetória musical influenciado por sua família. Por volta de 2003, formou-se no Conservatório Pablo Komlós, especializando tanto no estilo Erudito quanto no Popular. De modo bastante sucinto, pode-se dizer que a sua trajetória musical conta com a participação em concertos com orquestras sinfônicas e apresentações ao lado de grandes nomes da música brasileira, entre eles Leila Pinheiro, Guilherme Arantes, Ivan Lins e Zeca Baleiro além de outros projetos. Já Sagara, atua a mais de duas décadas como músico e além de percussionista é também produtor e baterista. Talvez pela larga experiência hoje ele sinta-se tão à vontade para dar ênfase a esse experimentalismo que já tornou-se marca registrada dessa dupla que traz arraigada em seu som tantas peculiaridades.


Dessa combinação de elementos sonoros tão distintos surgiu esse hibridismo entre a música instrumental e a eletrônica, fazendo um som que foge aparentemente de qualquer paradigma nesta união de bits, trompetes e elementos percussivos que resulta em uma espécie de 'future jazz', visto que une o tradicional ritmo norte americano à uma simbiose interessante, onde as experimentações rítmicas dão vazão a novas óticas musicais.  O modo high tech como ambos encaram até os mais primitivos ritmos a partir de elementos percussivos tais quais tambores e artefatos inusitados somados a influências do rabian-beats, elektro-bossa, electro-tango, Mile Davis e uma boa dosagem de música brasileira faz desse efervescente caldeirão denominado de "Future Jazz" um dos grandes destaques da música instrumental contemporânea brasileira.

A estória em disco desta dupla teve início em 2009 com o lançamento do disco “Das CComa Projekt”, porém a visibilidade maior só veio no disco posterior, quando Roberto e Swami foram indicados ao longo do ano passado ao 23º Prêmio da Música Brasileira, concorrendo na categoria “melhor álbum eletrônico”. Nesta mistura de "saravá eletrônico com Miles Davis" (como se auto definem definem) eles estão na estrada divulgando o seu mais recente trabalho cujo título faz jus a sonoridade da dupla. Batizado de "Peregrino", o disco conta com a assimilação sonora, rítmica e melódica de diversas culturas ao redor do mundo. O som vai das diversas culturas existentes na América do sul, passando pela cultura Turca e indiana até desaguar na influência do jazz e da música brasileira. Nessa miscelânea onde instrumentos como o theremin e a zurna juntam-se ao exótico hang drum e trompetes em uma verdadeira celebração do elemento som nas dez faixas autorais existentes no álbum, um disco que conta com a adesão de nomes como Zeca Baleiro, Di Melo (O Imorrível), Luciano Sallun (Pedra Branca), Paulo Johann, Corina Piatti, Diogenes Baptisttella e João Luiz Oliveira.

Di Melo está presente no afrobeat “Xangô é Rei”, uma canção imbuída de brasilidade onde os vigorosos metais e tambores afro revestem-se de uma sonoridade pop a partir de elementos tecnológicos em uma verdadeira, parafraseando os cantores e compositores Gilberto Gil e Caetano Velosobitmacumba”. O disco tem continuidade com faixas como Grand Bazar” (uma canção que pincela elementos sonoros indianos, porém não deixa de fazer jus a classificação atribuída a ela: a word music). De influência moura o disco ainda apresenta “Bukowina”.

O gênero mais representativo do nosso país é representado através de “Partido-alto-canhoteiro” (uma alusão a partir de um dos estilos existentes do samba.) Outro ritmo reverenciado é a tradicional milonga (gênero musical de forte influências na América platina e que se faz presente também no Rio Grande do Sul, estado de origem dos músicos.). O ritmo aqui é apresentado a partir da faixa Milonga para los perros” como pode-se conferir no video-clipe acima. As mais tradicionais raízes musicais brasileiras também surgem a partir de “Iracino e Cerolvita”, um baião vanguardista embebecido no tradicional maracatu e complementado por uma dosagem de música eletrônica. O disco ainda conta com “Amazonica fever”, Música surda”, Caminho do meio” e para atestar a universalidade e ecletismo da dupla a canção Cosmopolita”, que conta com a participação de Zeca Baleiro e que ganhou recentemente um clipe



Em 2009 o cineasta colombiano Daniel Vargas e o Projeto CCOMA produziram um média metragem com imagens produzidas em países como Grécia Colômbia, Brasil, Alemanha e Uruguai, Inglaterra e França onde diversos músicos dão os seus respectivos depoimentos sobre como é a vida de músico e suas respectivas dificuldades diante das novas perspectivas do mercado fonográfico, das novas tecnologias existentes diante dos antigos meios de fazer música entre outras dualidades existente na profissão. O Documentário encontra-se na íntegra logo acima para que possamos tirar nossas respectivas conclusões.


Maiores informações:
Site Oficial - http://www.projetoccoma.com
Facebook - https://www.facebook.com/ProjetoCCOMAOficial
E-mail - produtora@projetoccoma.com
Twitter - https://twitter.com/ProjetoCCOMA
Soundcloud - https://soundcloud.com/projetoccoma
Blog - http://projetoccoma.blogspot.com.br/

Blog do documentário - http://docprofissaomusico.blogspot.com.br/

sexta-feira, 24 de maio de 2013

60 ANOS

Três nomes de destaque dentro da música popular brasileira recentemente completaram 60 anos. Um, exímio instrumentista, traz no gene o melhor do cancioneiro brasileiro; outro, nascido no Rio de Janeiro, teve seu primeiro disco lançado há exatamente 35 anos e por fim ela, que teve seu último registro fonográfico em 2002.


Raul Mascarenhas


Iniciou a carreira profissional em 1971, integrando orquestras de baile e atuando no grupo de Johnny Alf.

Em 1972 e 1973, morou em Nova York, onde estudou Michael Brecker, Bob Mover e Steve Grossman.

Viveu em Paris em 1974 e 1975. Nesse período, trabalhou com o sexteto Pau Brasil na casa noturna Via Brasil e participou do grupo de Tânia Maria.

Em 1976, liderou o grupo de música brasileira Ipanema Quintet, em Frankfurt.

Em 1977, de volta ao Brasil, atuou em shows e gravações com Gal Costa. Em seguida, trabalhou com vários outros artistas, como Fafá de Belém, Maria Bethânia, Moraes Moreira e Gilberto Gil, com quem vem trabalhando desde 1984.

Lançou, em 1988, o LP “Raul Mascarenhas”, com as faixas “Bem verão” e “Um dia mellow”, ambas de Rique Pantoja, “Depois de amanhã” (Cristóvão Bastos), “Horizontes” (Nico Assumpção), “Podia ser você” (Ricardo Silveira), “Sax-appeal” (Celso Fonseca), “Clandestino” (Zé Lourenço) e “Lilibye Blues”, esta de sua autoria. O disco contou com a participação dos músicos Ricardo Silveira (guitarra), Celso Fonseca (guitarra), Heitor TP (guitarra), Rique Pantoja (teclados), Cristóvão Bastos (teclados), Marinho Boffa (teclados), Zé Lourenço (teclados), Sizão Machado (baixo), Jorjão (baixo), Nico Assumpção (baixo), Jurim Moreira (bateria), André Tandeta (bateria), Cláudio Infante (bateria), Robertinho Silva (percussão) e Wanderley Silva (percussão). Co-produzido com Marcelo Falcão, o disco teve direção artística de Liminha.



No ano seguinte, atuou no “Projeto Brahma Extra – Grandes Músicos”, que gerou disco homônimo, do qual participou com a faixa “Bem verão”, ao lado do tecladista Rique Pantoja.

Em 1990, lançou o CD “Sabor Carioca”, com suas composições “Sambaleleu”, “Menina” e a faixa-título, além de “Vôo livre” (Rique Pantoja), “Super-homem - A canção” (Gilberto Gil), “Seu Tenório” (Cláudio Guimarães), “Thanks Zawinul” (William Magalhães) e “Brigas nunca mais” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes). O disco contou com a participação de Gilberto Gil (violão na faixa “Super-homem - A canção”) e dos músicos Ricardo Silveira (guitarra), Celso Fonseca (guitarra), Cláudio Guimarães (guitarra), Torcuato Mariano (guitarra), Rique Pantoja (teclado), William Magalhães (teclado), Paulo Esteves (teclado), (piano e teclado), Guilherme Vergueiro (piano), Jorge Luiz Gomes (bateria), Jurim Moreira (bateria), Robertinho Silva (bateria), Cláudio Infante, Élcio Cáfaro (bateria), Jorge Helder (baixo elétrico), Luiz Alves (contrabaixo), Zé Carlos Bigorna (sax alto), Bidinho Spínola (trompete), Serginho Trombone (trombone) e Armando Marçal (percussão). Os arranjos foram assinados por Serginho Trombone, Rique Pantoja e Paulo Esteves.

Participou, em 1995, do “Songbook Instrumental Antonio Carlos Jobim”, na faixa “Takatanga”, ao lado do pianista Marinho Boffa.

No ano seguinte, gravou a faixa “Elo partido” (Luis Moura e Delcio Carvalho), no CD “Afinal”, de Delcio Carvalho.

Em 1997, lançou, com Mauro Senise, o CD “Pressão alta”, com as faixas “Dois Irmãos” e “Em família”, ambas de Paulo Russo, “Liliácias” (Cristóvão Bastos), “Xantipas” (Jota Morais), “Oba-lá-lá” (João Gilberto), “Inútil paisagem” (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), “Partida leve” (Antônio Adolfo), “Passos de jegue” (Roberto Araújo), “Amor em paz” (Tom Jobim), “Arroz de festa” (Dom Salvador) e a faixa-título (Gilson Peranzzetta).

Em 1998, fixou residência na França, onde participou como saxofonista solista da Orquestra do Sporting de Mônaco de 2001 a 2003.

Ao lado do grupo Conexão Rio, formado por André Cechinel (piano e teclados), Fernando Barroso (baixo), Fernando Clark (violão e guitarra), João Franzen (sax alto) e Paulo Diniz (bateria), lançou, em 2004, o CD “Coisa feita”, registrando exclusivamente obras de João Bosco: “Preta Porter de tafetá”, “Latin lover”, “Incompatibilidade de gênios”, “Dois pra lá, dois pra cá” e “Bala com bala”, todas com Aldir Blanc, “Coisa feita” (c/ Aldir Blanc e Paulo Emílio), “Desenho de giz” e “Quando o amor acontece”, ambas de João Bosco e Abel Silva, “Saída de emergência” (c/ Antônio Cícero e Waly Salomão), “Papel Machê” (c/ Capinan) e “Jade”. Produzido por André Cechinel e Fernando Clark, o disco contou com a participação de João Bosco e dos músicos Ney Conceição (baixo), Armando Marçal (percussão) e Di Steffano (percussão).

Dividindo residência entre São Paulo e Paris, apresenta-se regularmente em formações variadas, acompanhando vários artistas, como Cátia Werneck e Marcio Faraco. Atua também, em shows e gravações, com Jean Marc Jafet, e com o guitarrista Jean-Yves Mestre e a cantora Nina, no Grand Hotel 3-14, em Cannes.

Faz parte do conjunto Terra Brasilis.



Renato Terra


Em 1978, lançou o LP “Renato Terra”, contendo suas canções “Bacará” e “Pena eu não saber”, ambas com Antônio Gil, “Cem milhões” (c/ Clarinha e Luis Mendes Júnior), “Fatos e fotos” (c/ Luis Mendes Júnior), “Eu preciso encontrar você”, “Vinte anos”, “Vou sair pelo mundo”, “Se você soubesse”, “Helena” e “Aconteceu”.

Gravou, em 1981, mais um LP com o título “Renato Terra”, com suas composições “Lá em Mauá”, “Tente entender” e “Sol da manhã”, todas com Casinho Terra, “Raio de sol” (c/ Alexandre Agra e Paulo Soledade Filho), “Bem ou mal” (c/ Antônio Gil), “Pra novamente ser feliz” (c/ Alexandre Agra e Ricardo Cantaluppi), “Não deixe de ser (Caminhante)” (c/ Paulo Soledade Filho), “Divina dama” e “Estrela Mãe”, além de “Bem-te-vi” (Dalto e Cláudio Ferreira).

Em 1983, lançou o LP “Nova luz”, no qual registrou suas canções “Último vagão”, “Limiar do amor”, “Só por existir” e “Flor do campo”, todas com Fred Nascimento, “Amar é” (c/ Guilherme Lamounier) e “Quebra-gelo” (c/ Alexandre Agra e Guilherme Lamounier), além de “Sacramento (Minas Gerais)” (Casinho Terra) e “Tudo azul” (Luis Guedes e Thomas Roth), esta última com a participação de Luis Guedes e Thomas Roth.



Gravou, em 1986, o LP “Baby, Baby” contendo suas composições “Pra novamente ser feliz” (c/ Maurício Mello), “Toda madrugada” (c/ Claudinha e Paola Prado), “Caroline” (c/ Claudinha), “Armação” (c/ Alexandre Agra e Paola Prado), “Tic-tac” (c/ Tavinho Paes), “Sem você” (c/ Gastão Lamounier e Claudinha) e a faixa-título, de sua exclusiva autoria, além de “Coração chinês” (Fred Nascimento), “Sempre em paz” (Paulinho Soledade) e “Nossa rua” (Gilson e Carlos Colla).

Em 1994, lançou o CD “Renato Terra”, com suas canções “Meu grande amor” (c/ Cezinha), “Eu você só nós dois” (c/ Claudinha), “Amar não é” (c/ Marcinha), “Amor muito louco”, “Paixão esquecida (Gisela)”, “Surpresa”, “Tão longe (Caio e Kim)”, “Surpresa II”, “Mudando pra melhor” e “Estrela desgarrada”.

Gravou, em 1997, o CD “Renato Terra”, com as faixas “Lá Em Mauá I” e “Lá em Mauá II”, ambas com Casinho Terra, “Coisa de momento” (c/ Gastão Lamounier e Claudinha), “Eu espero” (c/ Luis Mendes Júnior), “Descoberta” (c/ Alice Tamborindeguy e Marcinha), esta com a participação de Leo Gandelman, “Dia de festa”, “Vencedor” e “Meio inteiro”, além de “Maromba” (Gastão Lamounier), “Nome e Sobrenome” (Pedro "Periquito” e Gastão Lamounier) e “Enfermeiro” (Casinho Terra), esta com a participação do Coral do Pinel.

De sua discografia constam ainda participações nos seguintes discos: “Te contei? – Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Pena eu não saber”), “O amor é nosso - Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Bem-te-vi”), “Obrigado doutor - Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Tente entender”), “Final feliz – Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Quebra gelo”), “Globo de Ouro vol. 7” (faixa “Lá em Mauá”), “Se liguem nessas!” (faixa “Flor do campo”), “Selva de Pedra – Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Toda madrugada”), “Viver outra vez (Campanha no combate à Aids)” (faixa “Viver outra vez”, ao lado de Guilherme Arantes, Erasmo Carlos, Marcelo, Adriana, Márcio Greyck, Emílio Santiago, Dalto, Tim Maia, Neguinho da Beija-Flor, Elza Soares, Jane Duboc, Rosana, Jerry Adriani, Sylvinho e Osmir Neto), “12 grandes sucessos de Cláudio Rabello” (faixa “Bem te vi”) e “A viagem – Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Meu grande amor”).

De 1998 a 2006, dedicou-se a trabalhos em seu estúdio, no Rio de Janeiro, para TV Globo, TVs a Cabo (NET/GloboSat), Fundação Roberto Marinho, Coca-Cola e Prêmio TIM de Música, compondo jingles, vinhetas (Globo News), abertura de programas de TV (Planeta Xuxa) e ainda trilhas sonoras de comerciais e novelas, bem como filmes de longa metragem, entre os quais “Bossa nova”, de Bruno Barreto, “Sonhos e desejos”, de Marcelo Santiago, e “Os desafinados”, de Walter Lima Jr.



É de sua autoria o jingle oficial do evento “Feira Cultural do Brasil”, realizado na Alemanha durante a Copa do Mundo de Futebol de 2006.

Ao longo de sua carreira, trabalhou e gravou com vários artistas, como Milton Nascimento, Djavan, Gal Costa, Maria Bethânia, Wagner Tiso, Beto Guedes, Chico Buarque, Tim Maia, Leo Gandelman, Fábio Jr, Victor Biglione, Erasmo Carlos, João Carlos Assis Brasil e Sandy, com atores e atrizes brasileiros, como Rodrigo Santoro, Alexandre Borges, Selton Mello, Evandro Mesquita, Vera Fisher, Claudia Abreu e Alessandra Negrini, e com diretores de Cinema e TV, como Wolf Maia, Bruno Barreto, Domingos de Oliveira, Fábio Barreto, Walter Lima Jr. e Denise Saraceni.

Em 2008, lançou o CD e DVD “Renato Terra & Amigos”, gravado ao vivo no Teatro Tobias Barreto, em Aracajú, com a participação de Marcos Sabino, Claudia Telles, Biafra, Jerry Adriani e Marcelo.





Lucinha Lins

Cresceu no bairro da Tijuca e, na adolescência, com um grupo de amigos apaixonados por música, Lucinha Lins formou o MAU (Movimento Artístico Universitário) – onde começou a cantar e conheceu o músico e compositor Ivan Lins.

No começo dos anos 70, já casada com Ivan Lins, Lucinha participou dos shows do cantor como vocalista e percussionista. Paralelamente, Lucinha Lins cantou em festivais de música brasileira e começou a gravar jingles. Vieram, então, os comerciais de televisão, que acabaram por revelar o belo rosto escondido atrás daquela bela voz.

Como cantora, venceu o Festival MPB Shell 81 com a canção "Purpurina". Também imortalizou a canção "Narizinho" no seriado Sítio do Pica-Pau Amarelo na versão de 1977. Meses depois de ganhar o festival de 1981 e receber uma estrondosa vaia do público presente à final do festival no Maracanãzinho, o qual preferia a segunda colocada, "Planeta Água", de Guilherme Arantes, Lucinha Lins estreava o espetáculo “Sempre, Sempre Mais”, ao lado de Cláudio Tovar, com quem viria a se casar, com enorme sucesso. O musical ficou dois anos em cartaz. Lucinha Lins foi eleita a musa do verão carioca e estava em todos os lugares: na capa da revista Veja, nos programas de televisão, nos discos e no cinema, com o filme Saltimbancos Trapalhões, sucesso absoluto de bilheteria.



Como atriz de TV, estreou na série Plantão de Polícia. Posteriormente trabalhou na série Sítio do Picapau Amarelo como a personagem Rapunzel e foi uma das protagonistas da minissérie Rabo-de-Saia, com direção de Walter Avancini, onde vivia uma das três mulheres do personagem de Ney Latorraca. Viveu ainda a personagem Mocinha, na novela Roque Santeiro (1985). Mas seu papel mais lembrado pelo publico e pela critica foi Estela, da novela A Viagem, onde ela brilhou em cenas de grande intensidade dramática e mostrou ser uma das mais talentosas atrizes do Brasil.

Novamente em parceria com Cláudio Tovar, seu segundo marido, Lucinha Lins produziu musicais infantis como “Sapatinho de Cristal”, “Simbad de Bagdá” e “Caixa de Brinquedos”. O sucesso desses espetáculos foi tanto, que a Rede Manchete de televisão convidou o casal para criar e apresentar um programa infantil: “Lupu Limpim Claplá Topô” - inesquecível para quem foi criança em meados dos anos 80.

Como atriz e cantora, participou de vários musicais no teatro, como “O Corsário do Rei” de Edu Lobo e Chico Buarque, “Splish-Splash”, “O Fantópera da Asma”, “Rosa, um Musical Brasileiro” e muitos outros. Em 2003, em agosto, estreou no papel de Vitória Régia, uma das protagonistas da remontagem do musical “A Ópera do Malandro”, de Chico Buarque, dirigida por Charles Moeller e Cláudio Botelho, o maior sucesso de público e crítica dos últimos anos no Rio de Janeiro, onde teve oportunidade de contracenar com seu filho Claudio Lins e seu marido Claudio Tovar. Com essa montagem, foi indicada ao Prêmio Shell de melhor atriz, em 2003.

Mas Lucinha também fez papéis dramáticos em peças de teatro que não eram musicais, como é o caso de "Intimidade Indecente", peça de Leilah Assumpção, em que Lucinha substituiu Irene Ravache e Vera Holtz no papel principal, ao lado de Otávio Augusto, que substituiu Marcos Caruso.



Atualmente, Lucinha é contratada da Rede Record de Televisão, onde fez a novela Vidas Opostas e em 2008, interpretou uma vilã na novela Chamas da Vida.

Depois de vinte anos sem gravar um disco solo, participando apenas de trilhas sonoras e de discos de outros intérpretes, Lucinha Lins regressou ao mundo fonográfico com um songbook inteiramente dedicado à compositora brasileira Sueli Costa. O disco foi lançado em novembro de 2002, pela Biscoito Fino. Nele, Lucinha interpreta 17 músicas com letras dos parceiros Abel Silva, Capinam, Aldir Blanc, Vitor Martins, Ana Terra, Cacaso, Paulo César Pinheiro e Tite de Lemos. A interpretação de Lucinha Lins ganhou um reforço e tanto: a arte dos músicos Paulo Russo no contrabaixo, Mauro Senise nos sopros, Ricardo Silveira na guitarra, João Cortez na bateria mais Gilson Peranzzetta, no piano acústico, nos arranjos e na regência. A produção é de Zé Luiz Mazzioti.

Fonte:
Wikipedia
Dicionario da MPB

quinta-feira, 23 de maio de 2013

GERALDO TIMÓTEO ERA O "CARA" DA DISCO 7, TRADICIONAL LOJA DE DISCOS DO RECIFE


No mercado de lojas de discos há mais de 50 anos, o vendedor recifense guarda boas lembranças do tempo da loja do Centro.

Por Gilvandro Filho

Geraldo é  figura muito conhecida por quem gostava de comprar discos de vinil na Disco 7 / Igo Bione/JC Imagem


O recifense Geraldo Timóteo da Silva, 70 anos, casado, cinco filhos, quatro netos (“família inteira tricolor”), é uma figura muito conhecida por quem tem mais de 40 anos e gostava de comprar discos de vinil e frequentar a Disco 7, um dos redutos da cultura e da boemia da cidade. Trabalhou em quase todas as grandes lojas de discos. Conviveu com artistas e era referência para quem procurava um bom LP, nacional ou importado. Ainda na ativa, Geraldo trabalha hoje em uma loja de discos e instrumentos musicais do Shopping Recife. Uma rotina que cumpre com a mesma presteza e elegância dos tempos do Casarão 7. Geraldo conversou com o jornalista Gilvandro Filho.

GF – No mercado de venda de discos, o que era melhor do que hoje?
Geraldo Timóteo Silva – Tudo tem seu tempo, mas antes era muito bom. Tínhamos grandes lojas. Trabalhei na maioria: Rozenblit, Modinha, Aky Discos, Parlophone, Verdi e Rubi. E, é claro, na Disco 7. O público gostava de música boa e tinha mais tempo. Muitos passavam meia hora, uma hora, vendo e ouvindo discos, conversando, trocando informações para depois fazer a sua compra. Hoje, ninguém passa 10 minutos.

GF – Que lembranças você traz da Disco 7 e das lojas onde trabalhou?
GTS – Ah, teve muita coisa boa. Os amigos que fiz, como Washington França, Hugo Martins e Airton Cavalcanti, todos seus colegas (jornalistas), além de Osmário e Leão, que eram os proprietários da loja. O Clube do Jazz, com um pessoal que gostava e entendia o que escutava, como Alício Graciano e Tomás Edson. As próprias lojas de discos eram pontos de encontro de gente de música. A Disco 7, no Casarão, reduto de boêmios. A Modinha, na esquina da Rua da União, a Aky Discos, ali no “quem me quer” (esquina do Cinema São Luiz), ou a própria Rozenblit. Também havia os músicos que iam às lojas comprar discos.

GF – Que artistas costumavam frequentar as lojas de discos e por quê?
GTS  Além de comprar, eles iam lá ver como estavam as vendas dos seus discos. Convivi com Nelson Ferreira, que era uma simpatia, com Capiba... Alceu Valença ia à Disco 7 de vez em quando. Claudionor Germano, que é um dos maiores cantores desse Estado e o povo só conhece por causa do Carnaval. E outros nomes que sumiram e que eram grandes artistas, como a olindense Onilda Figueiredo. Eles chegavam, atendiam o público, davam autógrafos... 

GF – Há quanto tempo está no ramo?
GTS  Perdi as contas. Só na Disco 7 passei dez anos. Devo ter mais de 40 nesse mercado. Comecei na década de 60, nas lojas Rozenblit, que era chamada “a loja do bom gosto”. Lá, antes da comprar, as pessoas ouviam os discos numa cabine de vidro, com poltrona, cinzeiro, cafezinho e ar-condicionado, um luxo para aquela época. 

GF – Tem ido à Rua 7 de Setembro?
GTS  Passo por lá de vez em quando, mas dá pena. Aquilo está uma bagunça. Ali era uma parte importante da vida do Recife, com a Livro 7, de Tarcísio Pereira, sempre cheia, com artistas, escritores, poetas, jornalistas, uma festa. Hoje, passar na rua me dá uma dor no coração. Como é que deixaram ficar daquele jeito? E o pior é que não aparece um refeito, ninguém que queira salvar não só aquele pedaço do Recife, mas o próprio Centro. Você quer coisa pior do que a Av. Guararapes, onde já teve o Savoy e o Trianon? É lamentável.

GF – E a música? O que você gosta mais de ouvir e de vender?
GTS  Sou apaixonado pela boa música, aquela que é feita e tocada por músico. Aí, sim, dá prazer ouvir. Veja o jazz, o blues, a música erudita. Para fazer esse tipo de música é preciso ser músico. Ou por acaso é qualquer um que toca Beethoven?

quarta-feira, 22 de maio de 2013

70 ANOS

Dois nomes sacramentados na música brasileira completam em 2013 sete décadas de existência.


Climério


Nascido em Angical do Piauí, no Piauí, Climério Ferreira é considerado por muitos como um dos principais parceiros de Dominguinhos. Sua primeira composição gravada pelo parceiro foi "Chega morena", parceria também com Guadalupe, em 1979. A segunda gravação aconteceu em 1982, "Riso cristalino". Entre outras parcerias gravadas por Dominguinhos estão "Homenagem a Lindu" e "Prece a Luiz", a primeira em homenagem a Lindolfo Barbosa do Trio Nordestino e a segunda a Luiz Gonzaga. Em 2001 teve a composição "Luz de candeeiro" gravada pelo parceiro Dominguinhos no CD "Lembrando de você". Tem composições gravadas por Fagner, como "Conflito", parceria com Petrúcio Maia e "Tiro certeiro", com Clodô e Clésio. Nara Leão gravou "Por um triz", parceria com Clodô e Clésio. Gravou seis LPs: "São Piauí", produzido por Ednardo, "Chapada do Corisco", produzido por Raimundo Fagner, "Ferreira", produzido por Dominguinhos e "A profissão do sonho" e "Afinidades" produção sua com Clodô e Clésio. Teve músicas gravadas também por Tim Maia, Elba Ramalho, Ednardo, Amelinha, Silvinha Araújo, Guadalupe, Mastruz com Leite, Trio Virgulino e outros.
Gravou também de forma independente o CD "Canção do amor tranquilo".


Lafayette

Já o carioca Lafayette Coelho Varges Limp foi Integrante da célebre turma da Matoso, da Tijuca, composta por jovens que depontariam no cenário da música popular brasileira marcando especialmente os anos 1960/70, como Wilson Simonal, Roberto e Erasmo Carlos, Jorge Bem e Tim Maia. Em 1958, formou com alguns amigos o conjunto "Blue Jeans Rock", no qual participava como pianista. Porém, só obteria sucesso na década seguinte, quando integrou o conjunto "Sambrasa", já como organista. Com arranjos de sua autoria para sucessos do rock, o grupo obteve sucesso chegando a acompanhar , Jerry Adriani, Wanderléa, Roberto e Erasmo Carlos,no auge da Jovem Guarda, com quem gravou "Terror dos Namorados". Em 1966, gravou "Lafayette apresenta os sucessos", o primeiro de mais de 30 LPs pela CBS, na qual ficaria até 1980. Seus discos apresentavam versões instrumentais arranjadas por ele para sucessos da época, incluindo trilhas sonoras de filme. Devido à boa vendagem dos seus LPs, recebeu da gravadora um disco de ouro e foi agraciado com o Troféu Chico Viola. Recentemente, lançou um CD em que interpreta apenas músicas de Roberto Carlos. Apontado como o organista oficial da Jovem Guarda por muitos que afirmam que a sonoridade daquele movimento não seria a mesma sem Laffayette e seu órgão Hammond B-3, que pode ser ouvido nos discos do Rei dos anos 1960, com destaque, entre outros, para "Quero que vá tudo pro inferno" e "Não quero ver você triste assim", participou de discos importantes de vários nomes da Jovem Guarda, além do trio Roberto Eraasmo e Wanderléa, como Trio Esperança, Golden Boys e Renato e seus Blue Caps.



Em 2004, aos 62 anos, tocando em bailes e restaurantes de Niterói foi resgatado pelos jovens músicos do grupo "Os Tremendões" que o encontraram tocando forró em um shopping da Zona Norte do Rio. Admiradores da música dos anos 60 em geral, convidaram-no para tocar com eles, surgindo assim o grupo Lafayette e os Tremendões, que tem Melvin no baixo e Marcelo Callado na bateria. O grupo estreou no Teatro Odisséia, na Lapa, em dezembro de 2004. Em 2005, em comemoração aos 40 anos da Jovem Guarda, o grupo apresentou temporada de shows também no Teatro Odisséia, em que receberam convidados como Leoni e a roqueira mexicana Julieta Venegas. Nesse ano, fizeram diversos shows em locais variados, adotando o nome de Lafayette e os Tremendões. Em fevereiro de 2007, às vésperas do carnaval, encerrou, com Os Tremendões, temporada na casa de shows Estrela da Lapa, no Rio de Janeiro, após encher a casa por diversas quintas-feiras. Sem deixar o rock moderno de lado, interpretaram hits da Jovem Guarda como "As curvas da estrada de Santos", "Splsh splash", "Garota papo firme" e a inédita "O pão duro" de Getúlio Cortes. Em 2012, realizou apresentação, ao lado dos Tremendões, no programa "Encontro com Fátima Bernardes", na Rede Globo de Televisão, ao lado de Jerry Adriani, Wanderléa, Marcelo Fróes e a banda Del Rey, numa emissão que teve como intenção relembrar a época da Jovem Guarda.


Fonte: Dicionário da MPB

A HISTÓRIA MUSICAL DO RÁDIO NO BRASIL

Uma curiosidade nesta lista de 1953 são duas canções que figuram entre as mais executadas do ano. A música "João Valentão", composição do soteropolitano Dorival Caymmi encontra-se na segunda colocação com a interpretação do próprio autor e também está presente na sexagésima segunda colocação na interpretação do cantor paulista Osny Silva. A outra canção é "Xote das meninas", dos pernambucanos Luiz Gonzaga e Zé Dantas, que figura na lista com o vigésimo quarto lugar na interpretação do próprio autor e quinquagésimo primeiro lugar na voz do ator e cantor Ivon Cury. Eis as canções mais executadas nas rádios nacionais há exatamente 60 anos atrás:

001 - Risque (Linda Batista)
002 - João Valentão (Dorival Caymmi)
003 - Cachaça Não é Água (Carmen Costa e Colé)
004 - De Cigarro em Cigarro (Nora Ney)
005 - Eu Sou a Outra (Carmen Costa)
006 - Barracão (Heleninha Costa)
007 - Too Young (Nat King Cole)
008 - Aquela Mascarada (Orlando Silva)
009 - João Bobo (Ivon Curi)
010 - Cuco (Pascoal Melilo)
011 - Fósforo Queimado (Angela Maria)
012 - Sodade Matadeira (Titulares do Ritmo)
013 - A Fonte Secou (Raul Moreno)
014 - Perdido de Amor (Dick Farney)
015 - The Song From "Moulin Rouge" (Percy Faith)
016 - Zé Marmita (Marlene)
017 - Serenata do Adeus (Roberto Luna)
018 - Maria Loura (Trio de Ouro)
019 - É Tão Gostoso, Seu Moço (Nora Ney)
020 - Bandolins ao Luar (Osny Silva)
021 - Aquarela Cearense (Trio Nagô)
022 - Só Vives Pra Lua (Angela Maria)
023 - Ave Maria (Augusto Calheiros)
024 - O Xote das Meninas (Luiz Gonzaga)
025 - Orgulho (Angela Maria)
026 - I Believe (Frankie Laine)
027 - Se Eu Morresse Amanhã (Aracy de Almeida)
028 - Folha Morta (Dalva de Oliveira)
029 - April In Portugal (Les Baxter)
030 - Guarânia da Lua Nova (Luiz Vieira)
031 - Camisola do Dia (Nelson Gonçalves)
032 - Forró em Limoeiro (Jackson do Pandeiro)
033 - Canção da Alma (Carmen Costa)
034 - Castigo (Gilberto Milfont)
035 - Terry's Theme From "Limelight" (Frank Chacksfield)
036 - Marvada Pinga (Inezita Barroso)
037 - É Só (Gilberto Alves)
038 - Como És Linda Sorrindo (Augusto Calheiros)
039 - Ebb Tide (Frankie Chacksfield)
040 - Mulatinha Sarará (Trio Nagô)
041 - Orora Analfabeta (Jorge Veiga)
042 - Anna (Silvana Mangano)
043 -Foi Despacho (Marlene)
044 - Risque (Osny Silva)
045 - Luzes da Ribalda (Nora Ney)
046 - Negro Telefone (Trio de Ouro)
047 - Disco Voador (Palmeira e Biá)
048 - O Menino de Braçanã (Luiz Vieira)
049 - Dançando Com Você (Orlando Corrêa)
050 - Perdoar (Trio de Ouro)
051 - O Xote das Meninas (Ivon Curi)
052 - Por Teu Amor (Jorge Goulart)
053 - Queria Ser Patroa (Adelaide Chiozzo)
054 - Anel de Noivado (Trio Gaúcho)
055 - Mulher Rendeira (Cascatinha e Inhana)
056 - Belezas do Sertão (Augusto Calheiros)
057 - Se Eu Morresse Amanhã de Manhã (Dircinha Batista)
058 - Sebastiana (Jackson do Pandeiro)
059 - A Guy Is A Guy (Doris Day)
060 - Violino Cigano (Osny Silva)
061 - Catira (Inezita Barroso)
062 - João Valentão (Osny Silva)
063 - É Ilusão (Angela Maria)
064 - A Mulher Que Ficou na Taça (Francisco Alves)
065 - Agulha no Palheiro (Doris Monteiro)
066 - Se Eu Errei (Risadinha)
067 - Alguém Como Tu (Dick Farney)
068 - Com Pandeiro na Mão (Adeliade Chiozzo)
069 - Amor de Hoje (Ivon Curi)
070 - As Time Goes By (Ray Anthony)
071 - Meu Vício é Você (Nelson Gonçalves)
072 - Bar da Noite (Nora Ney)
073 - Because You're Mine (Mario Lanza)
074 - Cabocla Pureza (Augusto Calheiros)
075 - Any Time (Eddie Fisher)
076 - Brejeiro (Carolina Cardoso de Menezes)
077 - Jambalaya (Hank Williams)
078 - Como o Tempo Judiou (Orlando Corrêa)
079 - Deixa-me (Nora Ney)
080 - É de Toda Mulher... (Francisco Carlos)
081 - E Ele Não Vem (Leny Eversong)
082 - Exaltação à Cor (Orlando Silva)
083 - Felicidade (Nora Ney)
084 - Canção do Trolinho (Duo Brasil Moreno)
085 - Flamboyant (Silvio Caldas)
086 - Fogão (Guio de Moraes e Seus Parentes)
087 - Frevo da Rua Nova (Zaccarias e Sua Orquestra)
088 - Hei de Amar-te Até Morrer (Cristina Maristany)
089 - Meu Figurino (João Dias)
090 - Os Óculos da Vovó (Léo Romano)
091 - Máscara da Face (Dircinha Batista)
092 - Sistema Nervoso (Orlando Corrêa)
093 - Minha Prece (Francisco Carlos)
094 - Jezebel (Leny Eversong)
095 - Boas Festas (Papai Noel) (Hebe Camargo e Os 4 Amigos)
096 - Samba Que Eu Quero Ver (Os Milionários do Ritmo)
097 - Lama (Dolores Duran)
098 - Onde Anda Você? (Nora Ney)
099 - Serenata ao Luar (Titulares do Ritmo)
100 - Jambalaya (Marlene)

GONZAGA LEAL DÁ VAZÃO AO LADO COMPOSITOR EM 'DE MIM'

Texto escrito para o espetáculo "E o que mais aflore" ganha melodia de Jota Veloso e acaba tornando-se embrião do novo álbum do artista.

Por Bruno Negromonte


O mais recente projeto do cantor (e agora compositor) Gonzaga Leal não poderia ganhar título mais sugestivo. O álbum que se chamará "De mim", fazendo alusão a primeira composição do artista pernambucano em parceria com um cantor e compositor da mais alta estirpe: Jota Velloso. Para quem não o conhece, Jota é sobrinho dos irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia.

Neste oitavo projeto prestes a ser concluído, Gonzaga mantem-se pontuando algumas características que vem marcando seus trabalhos anteriores, dentre as quais a escolha de um seleto repertório e a celebração da amizade a partir da participação de nomes do cenário musical local e nacional. "De mim", por exemplo, contará com a adesão de nomes das cantoras Marília Medalha, Cida Moreira e do maestro, instrumentista e arranjador Jaime Alem; sem contar com a forte presença da cena musical pernambucana. Além de nomes recorrentes nos trabalhos do artista como o do instrumentista, maestro e produtor Cláudio Moura.

Depois de um hiato de quase quatro anos em sua discografia (desde que lançou em 2009  "E o que mais aflore"), Gonzaga pretende lançar este novo trabalho no início do segundo semestre.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

PAULO MOURA, 80 ANOS

Se vivo estivesse, Paulo Moura, um dos nomes mais expressivos da música instrumental brasileira, estaria completando 80 anos ao longo de 2013.




Iniciou sua carreira profissional tocando em gafieiras e nos cafés da Praça Tiradentes. 

Em 1951, passou a atuar com a orquestra de Osvaldo Borba e, mais tarde, integrou a Zacharias e Sua Orquestra. 

Seu primeiro registro fonográfico foi com a orquestra que acompanhou Dalva de Oliveira na gravação de "Palhaço" (Nelson Cavaquinho). 

Em 1953, acompanhou Ary Barroso no México, fez parte do Conjunto Maciel e integrou a Orquestra Cipó, na Rádio Tupi. 

De 1954 a 1956, fez parte do Conjunto Guio de Moraes, com o qual se apresentou na boate Régine. 

Em 1956, gravou seu primeiro disco como artista solista, um 78 rpm contendo o "Moto perpetuo", de Paganini. 

Em seguida, formou uma orquestra para bailes, com a qual atuou no Brasil Danças e gravou o LP "Paulo Moura e sua Orquestra para Bailes".

Em 1958, assinou a direção musical de um espetáculo apresentado em países socialistas, com Dolores Duran, Nora Ney, Jorge Goulart, Maria Helena Raposo e o Conjunto Farroupilha.

Em 1958 e 1959, trabalhou como arranjador e orquestrador na Rádio Nacional. 

Em 1959, entrou para a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, como clarinetista, Também nesse ano, gravou o LP "Paulo Moura interpreta Radamés Gnattali". 

Em 1960, apresentou-se na Argentina com a Orquestra de Severino Araújo. Nesse mesmo ano, lançou o LP "Tangos e boleros". 

Como saxofonista, fez parte do conjunto Bossa Rio, com o qual se apresentou, em 1962, no Festival de Bossa Nova, realizado em Nova York e, em 1964, gravou no LP "Edison Machado é samba novo". 

Ainda nos anos 1960, lançou os LPs "Paulo Moura Hepteto" (1968) e "Paulo Moura Quarteto" (1969). 

Em 1971, gravou o LP "Fibra" e apresentou-se na Grécia.



Em 1975, gravou com o percussionista Thiago de Mello, nos Estados Unidos. 

Lançou, em 1976, o LP "Confusão urbana, suburbana e rural", com o qual se apresentou no exterior. 

No ano seguinte, gravou os discos "O fino da música", com Canhoto e seu Regional, Fina Flor do Samba, Raul de Barros e Conjunto Atlântico, "Choro na Praça", com Waldir Azevedo, Zé da Velha, Abel Ferreira, Copinha e Joel Nascimento, e "Altamiro Carrilho, Abel Ferreira, Formiga e Paulo Moura interpretam Vivaldi, Weber, Puncell e Villa-Lobos". 

Na década de 1980, lançou os discos "Consertão" (1982), com Elomar, Arthur Moreira Lima e Heraldo do Monte, "Mistura e manda" (1983), "Clara Sverner e Paulo Moura" (1983), "Encontro" (1984), com Clara Sverner (piano), Turíbio Santos (violão) e Olívia Byington (voz), "Gafieira Etc & Tal" (1986), "Vou vivendo" (1986), com Clara Sverner, "Quarteto Negro" (1987), com Zezé Motta, Djalma Correia e Jorge Degas, e "Clara Sverner e Paulo Moura interpretam Pixinguinha" (1988). 

No dia 13 de maio de 1988, conduziu a Orquestra Sinfônica de Brasília na apresentação de uma composição para percussão e orquestra, de sua autoria, no "Concerto da Abolição", espetáculo em comemoração ao Centenário da Abolição da Escravatura, seguindo para apresentações na Bahia, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, interpretando exclusivamente músicas de compositores brasileiros negros. 

Lançou, em 1991, o CD "Paulo Moura e Ociladocê interpretam Dorival Caymmi", e, em 1992, os CDs "Dois irmãos", com Raphael Rabello, e "Rio Nocturnes". 

Em 1992, foi contemplado com o prêmio Sharp, na categoria Melhor Instrumentista Popular, e recebeu o prêmio de Melhor Solista no Festival Mozart, em Moscou. 

Lançou, em 1993, com Nivaldo Ornelas, o CD "Instrumental no CCBB", e, em 1996, com Wagner Tiso, o CD "Brasil Musical. Série Música Viva". 

Entre 1996 e 1998, foi presidente da Fundação Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. 

Lançou, em 1998, com Os Batutas, o CD "Pixinguinha", pelo qual recebeu o Prêmio Sharp, nas categorias Melhor CD Instrumental e Melhor Grupo Instrumental, e, em 1999, com Cliff Korman, o CD "Mood ingenuo". 

Em 2000, sua "Fantasia Urbana para Saxofone e Orquestra Sinfônica" foi apresentada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, recebeu o Grammy Latino, na categoria Melhor Disco de Música Regional (ou de Raízes Brasileiras), pelo disco "Pixinguinha", gravado com o grupo Os Batutas. Lançado no exterior pela Blue Jackel Records, o disco figurou entre as indicações da loja virtual Barnes & Noble. 

Em 2001, participou do projeto Rio Sesc Instrumental, dividindo o palco com Yamandu Costa. Nesse mesmo ano, lançou, pela Pau Brasil, o CD "Paulo Moura visita Gershwin & Jobim", gravação ao vivo de um show realizado em 1998 na inauguração do Teatro Sesc Vila Mariana, em São Paulo, com um septeto instrumental formado por Jerzy Milewsky (violino), Jota Moraes (piano), Cliff Korman (teclados), Nelson Faria (violão e guitarra), Rodolfo Stroeter (baixo) e Pascoal Meirelles (bateria). 



Ao longo de sua carreira, assinou arranjos para orquestras sinfônicas e para artistas da área popular, como Milton Nascimento, João Bosco, Ney Matogrosso e Marisa Monte, entre outros.

Em 2003, lançou o CD "Estação Leopoldina".

No ano seguinte, lançou, com o violonista Yamandú Costa, o CD "El negro del blanco".

Participou do documentário "Brasileirinho", do finlandês Mika Kaurismaki, uma das atrações da mostra Forum do Festival de Berlim, em 2005. Neste mesmo ano, estreou turnê nacional e internacional do espetáculo "Homenagem a Tom Jobim", ao lado de Armandinho, Yamandú Costa e Marcos Suzano.

Em 2006, lançou, com João Donato, o CD "Dois Panos para Manga", concebido em uma reunião na casa do diretor de TV Mario Manga. Nesta oportunidade, foi sugerida aos dois artistas a gravação de um disco que registrasse alguns dos temas degustados pelos freqüentadores do Sinatra-Farney Fã Club na década de 1950. No repertório, "Minha saudade" (João Donato e João Gilberto), "On a Slow Boat to China" (Frank Loesser), "Swanee" (George e Ira Gershwin), "That Old Black Magic" (Harold Arlen e Johnny Mercer), "Tenderly" (Walter Gross e Jack Lawrence), "Saudade mata a gente" (Antonio Almeida e João de Barro), "Copacabana" (Alberto Ribeiro e João de Barro) e ainda "Pixinguinha no Arpoador" e "Sopapo", duas composições inéditas assinadas pelos dois artistas. Nesse mesmo ano, foi lançado o CD “Gafieira Jazz”, compilação de dois álbuns gravados na Itália com o pianista americano Cliff Korman.

Lançou, nos anos seguintes, os CDs “Samba de latada” (2007), em parceria com Josildo Sá, “Pra cá e pra lá – Paulo Moura trlha Jobim e Gerschwin” (2008), e “AfroBossaNova” (2009), em parceria com Armandinho.

Faleceu no dia 12 de Julho de 2010, no Rio de Janeiro.

Em 2012, foi lançado o livro biográfico “Paulo Moura: um solo brasileiro” (Casa da Palavra), de autoria de Halina Grymberg.

Fonte: Dicionário da MPB

domingo, 19 de maio de 2013

30 ANOS SEM PERTERPAN

Considerado por alguns críticos um quase sempre refinado melodista, José Fernandes de Paula, mais conhecido como Peterpan, partiu a exatamente 30 anos.



Destacou-se como compositor de marchinhas e sambas para o carnaval. Teve composições gravadas por Aracy de Almeida, Quatro Ases e Um Coringa

Um e seus principais parceiros foi Afonso Teixeira, com quem compôs entre outras o sambas "Lenda do lago", "Quem disse que eu não caso" e "Resignação".

Já no final da década de 1930, começou a compor. Em 1937, teve a batucada "O batuque começou", com Oscar Lavado, gravada na Victor por J. B. de Carvalho. Em 1938, fez com Ariovaldo Pires a marcha "Oh! Bela!" gravada por Alvarenga, Bentinho e Capitão Furtado e sua charanga na Odeon. Nesse ano, teve gravados na Victor os sambas "Era ela", com Russo do Pandeiro, por Sílvio Caldas e "Nosso amor não convém", com Príncipe Pretinho, por Carlos Galhardo. Em 1939, Odete Amaral gravou na Victor o choro "Quando eu vejo" e Ranchinho, também na Victor, o samba-canção "Nosso amor vai morrer".

No ano seguinte, teve gravadas por João Petra de Barros na Victor a valsa "Última inspiração", que fez bastante sucesso e a marcha "Olha ela", com Russo do Pandeiro. Nesse ano, Aracy de Almeida gravou o samba "Tudo foi surpresa", com Valzinho. Teve duas composições gravadas pelo Quarteto de Bronze em 1941, a marcha "Firim-fim fonfon", com Milton de Oliveira e o samba "Vamos dançar", com Vilarino. Em 1943, fez com Afonso Teixeira a marcha "Quem disse que eu não caso?" gravada por Aracy de Almeida na Odeon e com Valdemar de Abreu, o Dunga, o samba "Os teus olhos falam" gravado por Déo na Continental. No ano seguinte seus sambas "Lenda do morro", com Afonso Teixeira e "Dinheiro, saúde e mulher", com Ari Follain foram gravados pelos Quatro Ases e Um Coringa na Odeon.



No carnaval de 1945, destacou-se com "Eu quero é sambar", parceria com Alberto Ribeiro e gravada por Dircinha Batista pela Continental. Nesse ano, os Quatro Ases e Um Coringa gravaram na Odeon o samba "Canção nacional", com Ari Monteiro; Emilinha Borba na Continental a marcha "Ganhei um elefante", com Russo do Pandeiro e os sambas "Se eu tivesse com que...", com Afonso Teixeira; "Como eu sambei", com Afonso Teixeira e "Você e o samba ", com Ari Monteiro e João Petra de Barros, também na Continental a marcha "Moça bonita", com Afonso Teixeira e o samba "A vingança o palhaço", com João de Barro. Também nesse ano, registrou sua única gravação, acompanhando de sua orquestra com as valsas "Lena e o lago" e "Raio de sol depois da chuva", de sua autoria.

Em 1946, Emilinha Borba gravou na Continental o samba "Madureira", com Jorge de Castro. Em 1947, sua cunhada Emilinha gravou pela Continental a marcha "Tico-tico na rumba", em parceria com Haroldo Barbosa, os sambas "Já é de madrugada", com Antônio Almeida e "Se queres saber", um de seus maiores sucessos e a marcha "Telefonista". Nesse ano, seu samba "Resignação", com Afonso Teixeira foi gravado por Aracy de Almeida na Odeon e a marcha-frevo "Todo homem quer", com José Batista, foi lançada por Luiz Gonzaga na RCA Victor. Fez com René Bittencourt os sambas "Quem quiser ver, vá lá" e "Meu branco" gravadas por Emilinha Borba. Duas de suas marchas foram gravadas em 1949, "Cabeleira de verão", parceria com Ari Monteiro foi gravada na RCA Victor por Gilberto Milfont e "Negócio da China", com Afonso Teixeira por Ruy Rey na Continental.



Em 1950, compôs "Eu já vi tudo", com Amadeu Veloso, que Marlene e Emilinha gravaram em dupla pela Continental, desfazendo os boatos, difundidos pela imprensa da época, sobre a rivalidade entre as duas. Nesse ano, teve gravados na RCA Victor o samba "Garota do café", com Ari Monteiro, por Gilberto Milfont; o samba "Você não me beija", com Ari Monteiro e a valsa "Última inspiração", por Carlos Galhardo; a toada "Minha santa", com Ari Monteiro, por Gilberto Alves e o xote "Um vaqueiro na cidade", com Ari Monteiro, por Bob Nelson e seus rancheiros. Nesse ano, Aracy de Almeida gravou o samba "Falta do que fazer" e a rumba "Toca a rumba", parcerias com Ari Monteiro.

Em 1951, destacou-se com "Marcha do caracol", com Afonso Teixeira, lançada pelo grupo Quatro Ases e um Coringa, pela RCA Victor. No mesmo ano, seu samba "Se você se importasse" lançou para o estrelato a cantora Dóris Monteiro, que gravou o primeiro disco pela Todamérica. Teve ainda a "Marcha do relógio", com José Batista gravada na Odeon pelos Vocalistas Tropicais e os sambas "Ela tem que se humilher", com José Batista gravado por Nelson Gonçalves na RCA Victor e "Vou pedir ao Senhor" gravao pelo Trio Madrigal na Continental. Em 1952, os Vocalistas Tropicais gravaram o baião "Se é do norte é meu", com José Batista, na Odeon e os Quatro Ases e Um Coringa na RCA Victor a "Marcha da fumaça", com Afonso Teixeira. Na Continental Emilinha Borba gravou o samba "Fora do samba", com Amadeu Veloso e Paulo Gesta. Em 1953, em concurso promovido pela "Revista do Rádio" para eleger os melhores do ano, na categoria compositor, recebeu a segunda maior votação popular com 22.597 votos, perdendo por apenas 265 votos para Ary Barroso. Nesse ano, sua marcha "Polonesa", com Afonso Teixeira, foi gravada pelo Quatro Ases e Um Coringa na RCA Victor. No ano seguinte, sua valsa "Noite nupcial" foi gravada em dueto por César de Alencar e Emilinha Borba na RCA Victor. A mesma Emilinha Borba gravou na Continental o bolero "Noite de chuva", com José Batista e o samba-canção "Os meus olhos são teus", outro sucesso na época em que foi lançado.



Compôs o samba "Ninguém me compreende", gravado por Linda Rodrigues e o bolero "Que vamos fazer", gravado por Vera Lúcia, as duas na Continental em 1955. Nesse ano, teve mais três obras gravadas por Emilinha Borba, o cântico "Saudações aos peregrinos", o samba "Nova Canaã" e a "Toada do amor".

No ano seguinte, a mesma cantora gravou o fandango "Fandango", com Flora Matos e o "Samba moderno". Teve os samba "Só não vejo você" e "Não há remédio", com Mari Monteiro gravados em 1957 por Emilinha Borba que no ano seguinte gravou o também samba "Canção de agosto". Nuno Roland gravou em 1959 a marcha "Lua caprichosa" e o samba "É proibido assobiar", parcerias com Amado Régis.

O compositor chegou a assinar algumas composições como José Fernandes ou José Borba.

Em 1977, seu samba "Se queres saber", foi gravado por Nana Caymmi. Em 1983, esse samba-canção foi tema da mini-série da TV Globo "Quem ama não mata", numa interpretação da cantora Nana Caymmi.


Obra
A vingança do palhaço (com João de Barro)
Abraça-me
Apanhador de papel (com Afonso Teixeira)
Baião da roseira
Cabeleira de verão (com Ari Monteiro)
Canção de agosto
Canção nacional (com Ari Monteiro)
Ciúmes
Comida pesada
Como eu sambei (com Afonso Teixeira)
Dim-im-dim (com José Batista)
Dinheiro, saúde e mulher (Ari Follain)
É proibido assobiar (com Amado Régis)
Ela não quer (com Ari Monteiro)
Ela tem que se humilher (com José Batista)
Era ela (com Russo do Pandeiro)
Espanhola diferente (com Nássara)
Eu já vi tudo (com Amadeu Veloso)
Eu quero é sambar (com Alberto Ribeiro)
Faca de ponta (com Ivan Campos e Celso Albuquerque)
Falta do que fazer (com Ari Monteiro)
Fandango (com Flora Matos)
Feliz ano novo
Feliz natal (com Ghiaroni)
Firim-fim fonfon (com Milton de Oliveira)
Fita meus olhos
Fora o samba (com Amadeu veloso e Paulo Gesta)
Ganhei um elefante (com Russo do Pandeiro)
Garota do café (com Ari Monteiro)
Humilhação
Já é de madrugada (com Antônio Almeida)
Lenda do lago
Lenda do morro (com Afonso Teixeira)
Lírios do campo (com Ataulfo Alves)
Lua caprichosa (com Amado Régis)
Madureira (com Jorge de Castro)
Mais uma primavera
Marcha da fumaça (com Afonso Teixeira)
Marcha da viúva (com Afonso Teixeira)
Marcha do boneco (com José Batista)
Marcha do caracol (com Afonso Teixeira)
Marcha do lobo
Marcha do relógio (com José Batista)
Marcha-ré (com Amadeu Veloso)
Maria... de nada (com Cristóvão de Alencar)
Meu branco (com René Bittencourt)
Minha santa (com Ari Monteiro)
Moça bonita (com Afonso Teixeira)
Mulher dos 30 (com Garcez)
Na casa do Infezolino (com J. Kleber)
Não há remédio (com Mari Monteiro)
Não reclama (com Ari Follain)
Nasci pra você
Negócio da China (com Afonso Teixeira)
Ninguém me compreende
Ninguém me diga (com Jorge de Castro)
Noite de chuva (com José Batista)
Noite nupcial
Nosso amor não convém (com Príncipe Pretinho)
Nosso amor vai morrer
Nova Canaã
O batuque começou (com Oscar Lavado)
Olha ela (com Russo do Pandeiro)
Olha pro céu (com José Batista)
Os meus olhos são teus
Os teus olhos falam (com Valdemar de Abreu)
Papai me disse (com José Batista)
Polonesa (com Afonso Teixeira)
Porque não vens
Preto e branco (com José Batista)
Quando eu vejo
Quantas vezes
Que vamos fazer
Quem disse que eu não caso (com Afonso Teixeira)
Quem quiser ver, vá lá (com René Bittencourt)
Raio de sol depois da chuva
Rei caolho (com Afonso Teixeira)
Resignação (com Afonso Teixeira)
Samba moderno
Saudações aos peregrinos
Se é do norte é meu (com José Batista)
Se eu tivesse com que... (com Afonso Teixeira)
Se queres saber
Se você se importasse
Sem tamborim (com Rui Rodrigues)
Serapião (com Flora Matos)
Só não vejo você
Telefonista
Tico-tico na rumba (com Haroldo Barbosa)
Tirrim...tirrim... (com Afonso Teixeira)
Toada do amor
Toca a rumba (com Ari Monteiro)
Todo homem quer (com José Batista)
Tudo certo (com Jorge de Castro)
Tudo foi surpresa (com Valzinho)
Tumba-tumba (dança brasileira) (com Afonso Teixeira)
Última esperança (com Afonso Teixeira)
Última inspiração
Um vaqueiro na cidade
Vamos dançar (com Vilarino)
Você e o samba (com Ari Monteiro)
Você não me beija (com Ari Monteiro)
Vou pedir ao Senhor


Fonte:
Dicionário da MPB