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domingo, 20 de janeiro de 2013

BANDA DINDA - ENTREVISTA EXCLUSIVA

Como o advento da internet como meio de divulgação alguns artistas ganharam notoriedade a partir desta ferramenta e hoje colhem o fruto desse novo modo de exposição.

Por Bruno Negromonte


Dinda é uma banda que não precisou usar de clichês mercadológicos para alcançar o espaço que hoje tem. Grupo encabeçado pelo cantor e compositor João Bernardo que surgiu na cena índie carioca já ultrapassou os 240 mil views no Youtube. Com letras e melodias simples, o grupo vem divulgando o disco Ano que vem eu vou ser na avenida o palhaço que eu fui na sua vida”, álbum que foi abordado recentemente aqui no Musicaria Brasil sob o título de "A PROFÍCUA E SIMPLÓRIA SONORIDADE DA DINDA". Já articulando um novo projeto, gentilmente Matias e João concederam essa entrevista exclusiva falando sobre aspectos da carreira, influências, o sucesso do Youtube entre outros aspectos como vocês podem conferir abaixo. Boa leitura!


Parece que a banda surgiu a partir do desejo do João de trazer para um contexto mais de grupo aquilo que ele já fazia de maneira solo não é isso? Quanto aos integrantes, como surgiu a ideia dessa formação?

João Bernardo -  Minha ideia foi de chamar pessoas que se sentissem parte de uma banda e não tocando com um cantor, por isso a proposta da Dinda. Botei minhas canções pra jogo, e cada vez mais temos músicas e parcerias entre todos. A banda já teve algumas formações pra chegar na atual. O Matias está desde o iníco, já o conhecia de longa data, e acompanhava a carreira dele no Bondesom. Beto Callado foi indicado pelo baixista Bruno Di Lullo (Tono, Gal) e trouxe com ele o Marcelo de Sá. Rodrigo Jardim entrou por último pra assumir o baixo, que antes ficava dividido pelo Marcelo e pelo Beto.


Todos participam de projetos paralelos a Dinda? Como tem sido feito esta conciliação?

Matias - Na banda todos têm projetos paralelos, é normal isso acontecer. Os músicos têm livre arbítrio para participar do projeto artístico que quiserem.


Ano que vem eu vou ser na avenida o palhaço que eu fui na sua vida” não é um título muito longo? Como se deu o, digamos, batismo do disco?

João Bernardo - Com certeza, Um dos motivos da gente querer colocar, é porque era muito longo mesmo. É uma forma de instigar.


A Dinda mostra uma diversidade rítmica muito grande no álbum de estreia e isso talvez seja consequência das várias influências as quais os integrantes da banda foram submetidos. Há a possibilidade de citar algumas?

Matias - Tudo que está na gente consciente ou inconscientemente.


Vocês esperavam que o clipe da canção “Queria me enjoar de você” teria a quantidade de acessos que hoje possui? Quando foi que vocês se deram conta que ela estava tendo a “notoriedade virtual” que hoje ela tem?

Matias e João Bernardo - Desde o início deu pra ver esse potencial no vídeo, mas o legal é que já passaram quase dois anos e o movimento dele continua. Não foi só um amor de verão.


Na faixa “Amor amora” há a participação da pequena Maria Miranda de Moraes, uma criança tão carismática que acaba aguçando a curiosidade de muitos, como se é perceptível nos comentários do youtube, por exemplo. Quem é a Maria? Como ela chegou a ingressar neste projeto com essa participação?

João Bernardo - Ela é prima da minha mulher. E e muito esperta! Quis chama la pra cantar uma m'usica minha porque sabia que ela se sairia muito bem.


Quais foram o(s) procedimento(s) adotados para a escolha do repertório do disco?

João Bernardo - Foram as músicas que estavam com o arranjo mais definido.


Vocês estão lançando esse projeto pela Bolacha Discos (selo que pelo que parece nasceu já inserido nesse novo contexto mercadológico) a um preço bastante acessível. O sucesso do disco tem seguido o mesmo das redes sociais?

João Bernardo - As duas coisas estão caminhando bem, cada um no seu ritmo.


Hoje no Brasil a música independente ou lançada a partir de selos menores tem se evidenciado cada vez não só pela qualidade dos trabalhos mais por uma série de fatores que favorecem este cenário. A maior prova desta afirmação evidenciou-se na última edição do Prêmio da Música Brasileira (considerado como a principal premiação da música em nosso país), onde Herbert Lucena (artista independente pernambucano) ficou, entre tantos renomados artistas e gravadoras, entre os maiores contemplados do prêmio com um disco com nome tão longo quanto o de vocês (Não me peça que eu dê de graça tudo aquilo que eu tenho pra vender). Em contrapartida a questão do “jabá” é algo público e notório nas relações radiofônicas, por exemplo. Como é lhe dar com essas facilidades e estorvos em uma carreira no molde como a de vocês?

Dinda - As coisas estão sempre se transformando, a forma como a internet e a transmissão de conteúdo estão entrando na vida das pessoas tem alterado todo o processo da música. O saldo é positivo.


Quais são as expectativas para o ano de 2013?

Matias - Gravar um novo disco, fazer shows pelo Brasil e produzir mais conteúdo na internet.

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