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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

EVALDO BRAGA, 40 ANOS DE SAUDADE

Hoje completa-se quatro décadas que o cantor e compositor carioca Evaldo Braga precocemente nos deixou vítima de um acidente automobilístico na BR-3 (Rio de Janeiro - Juiz de Fora), atual BR-040.

Por Bruno Negromonte




O final da década de 60 e início da década seguinte talvez tenha sido o período mais profícuo para a música que muitos costumam rotular como brega. Vem dessa época os primeiros registros fonográficos de nomes como Nelson Ned, Odair José, Paulo Sérgio, o pernambucano Reginaldo Rossi, o mineiro José Ribeiro, além de outros nomes do gênero ou que acabaram sendo enquadrados no gênero e permanecem até os dias atuais. Presente nessa lavra de artistas populares surge um que destaca-se pela voz aguda e letras simples.


Nascido na cidade fluminense de Campos dos Goytacazes, muitos biógrafos defendem a versão que o cantor e compositor foi encontrado em uma lata de lixo, porém atualmente  a história mais divulgada é a de que o artista foi fruto de uma relação extra conjugal de seu pai. Dizem que Evaldo Braga (que não chegou a conhecer a sua mãe biológica, pois soube depois que ela havia morrido queimado quando ele ainda era criança) nunca foi querido pela esposa de seu pai. Devido a essa situação passou boa parte de sua adolescência em um colégio interno (o Instituto Profissional XV de Novembro), localizado em Quintino, Rio de Janeiro, mais conhecido como SAM (Serviço de Assistência a Menores, que mais tarde tornaria-se FEBEM).




Ainda na FEBEM, o jovem Evaldo expressava o desejo de chegar ao estrelato como cantor, e  isso é relatado por seu colega de internato Dario Peito de Aço, o Dadá Maravilha, que também deixava claro o desejo de tornar-se um renomado jogador de futebol. O mais interessante desses desejos é que ambos conseguiram alcançar os seus respectivos objetivos.


Antes de tornar-se o renomado cantor que hoje conhecemos Evaldo Braga exerceu diversas atividades, entre as quais foi engraxate e lavador de carros de uma gama de artistas na porta das rádios e gravadoras existentes no Rio de Janeiro. Essa última ocupação citada o propiciou conhecer diversos artistas, como foi o caso do cantor Nilton César, que lhe concedeu uma oportunidade de ingressar no meio artístico atuando como divulgador do intérprete de "A namorada que sonhei".


Já inserido no meio artístico tem a oportunidade de conhecer o pernambucano Edson Wander e compõe (juntamente com Reginaldo José Ulisses) a canção "Areia no meu Caminho", gravada por Wander em seu primeiro disco no ano de 1968. Posteriormente teve músicas gravadas por Paulo Sérgio, um dos artistas que o ajudaram na carreira musical. O sucesso enquanto compositor acabou o tornando conhecido no meio e isso gerou a oportunidade de conhecer o produtor e compositor Osmar Navarro, que o convidou para gravar um disco na gravadora Polydor.


Conseguiu atingir o estrelato através do gênero pejorativamente intitulado de brega e sua carreira começou a ganhar notoriedade enquanto cantor em 1969, quando regularmente apresentava-se no programa Discoteca do Chacrinha. O sucesso veio muito rápido e o jovem artista não possuía estrutura emocional para avassaladora notoriedade e isso o fazia, de certo modo, bastante inseguro. Essa insegurança era perceptível principalmente quando chegava a ele críticas acerca do seu trabalho. Comentários como - Olha aqui. O cara diz que não canto nada, né? Manda ele ver quantos discos eu estou vendendo. Diz pra ele.” eram comuns. O artista chegou a afirmar em um jornal que não fazia música para a elite e sim para aqueles que moravam na Zona Norte, que eram as pessoas que realmente entendia o que ele queria transmitir em suas músicas. E essa justificativa talvez seja a mais plausível quando vemos suas canções até hoje ser entoadas boca do povo.

Em 1971 lança o álbum intitulado "O ídolo negro", este título gerou-o o apelido pelo qual ficou popularmente conhecido e chegou as paradas de sucesso com diversas canções presentes no disco. No ano posterior veio o "Volume 2", disco que o consagrou como um dos maiores nomes da música popular até os dias atuais. Vem desse disco sucessos eternizados na voz das grandes massas como a sua parceria com Carmen Lúcia "Sorria, sorria" (seu maior sucesso até os dias atuas, 41 anos depois), "Eu não sou lixo", de sua autoria com Pantera e a canção "Mentira", de Osmar Navarro.




Evaldo Braga morreu em um acidente automobilístico próximo ao município de Três Rios, com apenas 25 anos de idade, no ano mais promissor, segundo ele mesmo, de sua curta carreira. Segundo populares, a tragédia aconteceu quando o motorista tentou fazer uma ultrapassagem perigosa, e o Volkswagen TL do cantor foi atingido em cheio por um caminhão Scania que vinha no sentido contrário. É importante ressaltar que, no momento do acidente, Evaldo Braga não dirigia o carro, mas seu motorista, Vanderlei, que morreu na hora. Evaldo ainda foi levado com vida ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios, mas, como perdeu muito sangue, morreu de anemia aguda. Na época do seu sepultamento o Cemitério S. João Batista na cidade do Rio de Janeiro, lotou. A comoção teve que ser contida com o apoio da tropa de choque da PM local. E ainda nos dias atuais, após décadas de sua morte, seu túmulo, no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, é um dos mais visitados no dia de finados, quando milhares de fãs a ele rendem homenagens, levando flores e cantando seus sucessos.

Detalhe: Evaldo era superticioso. Não andava sem uma espécie de guia enrolada em sua mão direita. No dia de sua morte, uma fã havia lhe arrancado a tal guia.



Discografia Oficial

Evaldo Braga - O Ídolo Negro (1971)
Ficha Técnica:
Direção de Produção: Jairo Pires - Eustáquio Sena
Direção de Estúdio - Mazola
Técnicos de Gravação: Mazola - Toninho
Estúdio: C.B.D.P.
Arranjos: Waltel Branco
Foto: Tobias
Capa: Aldo Luiz

Faixas:
01 - Eu desta vez vou te esquecer (Lucky People)
02 - Eu nunca pensava
03 - Por que razão
04 - Meu delicado drama
05 - Hoje nada tens pra dar
06 - Só quero
07 - Meu Deus
08 - Vem Cá
09 - Quantas Vezes
10 - Eu Amo Sua Filha, Meu Senhor
11 - A Cruz Que Carrego
12 - Não Atenda



Evaldo Braga - O Ídolo Negro - Volume 02 (1972)


Ficha Técnica:
Direção de Produção: Jairo Pires – Guti
Direção de Estúdio: Guti
Técnico de Gravação: Celinho
Estúdio: Somil
Arranjos: Waltel Branco – Perucci
Foto: Ricardo de Cumptich

Faixas:
01 - Sorria, Sorria
02 - Eu Não Sou Lixo
03 - Esse Alguém
04 - Mentira
05 - Você Não Presta Pra Mim
06 - Noite Cheia de Estrelas
07 - Esconda O Pranto Num Sorriso
08 - Te Amo Demais (Heart Over Mind)
09 - Não Vou Chorar
10 - Tudo Fizeram Prá Me Derrotar
11 - A Vida Passando Por Mim
12 - Alguém Que É De Alguém
13 - Já Entendi


Mis Canciones en Castellano (1972)



Faixas:
01 - Por Que Razón
02 - 
Cuantas Veces
03 - Mis Penas y Mi Dolor
04 - La Cruz De Mi Vida
05 - Dios Mio
06 - Ven Acá
07 - Amo a Su Hija Señor
08 - 
No Atiendas
09 - Por Increíble Que Parezca
10 - Hoy No Tienes Para Dar
11 - Yo Quiero
12 - Por Una Vez Mas



Evaldo Braga - Disco Póstumo (1973)

Ficha Técnica:
Direção de Produção: Jairo Pires – Guti
Coordenação de Produção: Fernando Adour – Haylton Souza
Técnicos de Gravação: Ary Carvalhaes – Celinho – Paulo Sergio – Luiz Claudio – João Moreira
Estúdio: Somil/Phonogram
Arranjos: Waltel Branco – Perucci
Corte: Joaquim Figueira
Lay-Out: Aldo Luiz
Ilustração de Capa: Luiz Benício


Faixas:
01 - Eu Me Arrependo
02 - Por Incrível Que Pareça
03 - Quisera Eu
04 - Minha Decisão
05 - A Triste Queda
06 - Por Uma Vez Mais
07 - Eu Desta Vez Vou Te Esquecer (Lucky People)
08 - Eu Ainda Amo Vocês
09 - Meu Delicado Drama 
10 - Porque Razão
11 - A Cruz Que Carrego
12 - Noite Cheia de Estrelas
13 - Nunca Mais, Nunca Mais
14 - Eu Não Sou Lixo


Texto da contracapa:

Dedicatória – Disco Póstumo

Evaldo,
Com seu sorriso largo, sua música e sua vontade de vencer, você esteve pouco tempo entre nós. E ficou para sempre.
Aliados e testemunhas de sua luta para dar o melhor de si e conquistar a admiração e o respeito das multidões, nós sempre encontramos dentro do “ídolo negro” dos auditórios, o homem comum e humilde, a criança pobre, o artista disciplinado e o amigo sincero que você foi sempre. No desespero do início, no aceso da luta e na alegria da vitória.

A sua música povoou de emoção milhares de corações e, cantando suas dores e alegrias, você a fez um pouco de cada um que a ouviu e sentiu.
Para as multidões você será sempre o “Ídolo Negro”. Mas para cada coração, para cada rosto anônimo que o amou de longe, sua voz ficará como a do amigo que dividiu a imensa tristeza e as poucas alegrias de uma vida de lutas e sofrimentos com cada um que ouviu seu canto.

O canto de Evaldo Braga ficará para sempre. Porque ficam para sempre as dores de amor, a solidão, o desespero e a alegria pura e simples de um homem puro e simples, de um grande artista.
Evaldo Braga nasceu no dia 28 de setembro de 1947 em Campos, Estado do Rio e nunca conheceu seus pais: foi abandonado na rua e encontrado por uma senhora do Juizado de Menores que o encaminhou ao SAM (Serviço de Assistência ao Menor), hoje FUNABEM, onde viveu seus primeiros vinte anos.

Evaldo trabalhou numa empresa funerária e numa companhia de aviação e, quando se viu sem possibilidades de conseguir outro emprego, foi engraxar sapatos na porta da Rádio Mayrink Veiga, conhecendo então vários artistas. E foi Isaac Zaltman, que apresentava o programa “Hoje é Dia de Rock”, quem lhe deu a primeira oportunidade. Pouco depois a rádio fechou e Evaldo não tinha sequer onde morar.
Ele dormia nos estúdios da Rádio Metropolitana quando o disk jockey Roberto Muniz conseguiu para Evaldo ajudar na divulgação de Lindomar Castilho. Mas foi na Rádio Globo que encontrou Osmar Navarro, que lhe conseguiu a primeira gravação. O disco não chegou a fazer sucesso.

Foi na Polydor que Evaldo conseguiu seu primeiro grande sucesso, o compacto “Só Quero” que, comandou as paradas do país inteiro e vendeu mais de 150 mil cópias. Seguiram-se, sempre com sucesso, o LP “O Ídolo Negro” volume 1 e 2.
Aos 25 anos, no dia 31 de janeiro de 1973, num acidente automobilístico na estrada Rio-Belo Horizonte, morria Evaldo Braga, encerrando-se tragicamente uma carreira curta mas vitoriosa.

Cia. Brasileira de Discos Phonogram.

BEBOSSA KIDS CANTA MPB E CAI NA FOLIA NO RIO


Com um repertório rico em ritmos como baião, samba, maracatu, reggae, rock e pop, o BeBossa Kids sobe o palco da Sala Baden Powell no próximo dia 3 de fevereiro, às 17h.

São seis vozes, Seis vozes a capela, sendo três mulheres e três homens, acompanhadas por percussão, sem nenhum instrumento harmônico dando suporte. Seis cantores que além de cantarem, atuam cenicamente. Cinqüenta minutos bem divertidos.

No repertório, músicas de Gilberto Gil, Vinícius de Moraes, Paulo Tati e Sanda Perez (Palavra Cantada,) Pixinguinha, Lucina e outros.

Além do repertório do show "Cantando o Sete" o show terá uma parte dedicada ao repertório de carnaval para os pequenos caírem na folia!

O Bebossa Kids é:
Lívia Nestrovski (Voz)
Laura Lagub (Voz)
Corina Viana (Voz)
Maurício Detoni (Voz)
Cauê Nardi (Voz)
Zeca Rodrigues (Voz)
Fabiano Salek (Percussão)

Direção Cênica: Vera Lopes

Direção Musical: Zeca Rodrigues

Produção executiva: Escritório Cultural / Saladesom Records

Assessoria de imprensa: Balaio Brasil / Célio Albuquerque

Veja aqui vídeos do Bebossa Kids:

Serviço:
Dia 03 de fevereiro às 17h
Sala Baden Powell
Av Nossa Senhora de Copacabana, 360
Ingressos: R$ 30,00

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

"O DIA DA SAUDADE" NA VOZ DE PATRICIA MELLODI. GRÁTIS PARA DOWNLOAD POR 24 HORAS



Nesta quarta-feira, 30 de janeiro, a cantora e compositora Patricia Mellodi lança sua nova música, O Dia da Saudade.

A data não foi escolhida por acaso, 30 de janeiro é realmente o Dia da Saudade. Essa palavra existe apenas nas línguas portuguesa e galega e serve para definir o sentimento de falta de alguém ou de algum lugar. Saudade é também definida como “a sensação de incompletude, ligada à privação de pessoas, lugares, experiências, prazeres já vividos e vistos, que ainda são um bem desejável", segundo o dicionario Houaiss.

Com esse sentimento Patricia Mellodi compôs “O dia da saudade”, e escolheu o dia 30 de janeiro para lançar o seu single na internet com download gratuito. Essa canção tem ares de antigamente, uma saudade poética e melódica, com doçura e tristeza, que trata da saudade dos tempos de paixão, e se veste na produção musical e no arranjo de Gilsinho Portela, interprete oficial da Portela, que dá à canção toda elegância e a melancolia do samba.

Patricia Mellodi é uma artista do selo Saladesom Records. Já tem quatro CDs lançados e foi indicada a prêmios como Prêmio da Música Brasileira. Também teve suas canções “Sem amor”, “Não” (novela Aquele Beijo), como tema de novelas da TV Globo. Nas rádios já emplacou sucessos como é o caso de “Ultimas palavras”, canção que esteve entres as mais executadas no segmento qualificado segundo a Crowley no ano de 2012. 

O novo single “O dia da saudade” estará disponível por 24 horas para download gratuito no site: www.saladesom.com.br


Conheça mais da artista no site www.patriciamellodi.com.


Ouça:

domingo, 27 de janeiro de 2013

A CRÔNICA, A MÚSICA E A POESIA COSMOPOLITA DE SAMUEL CARNERO

Cantor, poeta e compositor, Samuel Carnero mostra em melodias crônicas e poesias autorais.

Por Bruno Negromonte


De família extremamente musical, Carnero faz-se um multi artista sem deixar-se perder nesta pluralidade. Como poeta, soube usar dessa aguçada sensibilidade, transformado-a em um dos ingredientes primordiais na elaboração de sua arte. Como cronista trouxe peculiaridades interessantes a partir de uma ótica leve e descontraída. E assim, imbuído dessas características, Samuel soube fundir muito bem tais elementos em sua sonoridade e agora em 2012 acabou de lançar o cd "Eu não posso parar", trabalho este que nasceu de modo independente e que vem sendo divulgado pelos canais alternativos existentes, principalmente a partir das redes sociais. No Youtube, por exemplo, o primeiro vídeo clipe já vem sendo difundido e traz como característica um lirismo quase pueril que funde-se a uma visão cosmopolita (já que retrata a ambientação na qual o artista está inserido).

Composto por onze faixas, "Eu não posso parar" trata-se de uma abordagem sonora bastante peculiar, que procura retratar em melodias conceitos e dilemas de um sujeito que tem uma relação bastante intrínseca também com as letras. Essa intimidade com versos e melodias vem de longas datas, quando Samuel Carnero no alto dos seus 3 anos ganhou do pai uma pequena vitrola. Sua lembrança mais remota vem das canções sussurradas ao  seu ouvido por seu pai. Essas músicas estavam presentes em uma fita K7 e por muito tempo fez a alegria do pequeno Samuel. Não sabia seu pai que os versos escritos por Vinícius de Moraes como "Lá vem o pato pata aqui pata acolá... lá vem o pato para ver o que é que há...", assim como outros, tocariam tão fundo em seu filho e, de certo modo, transformaria a sua vida.

Também houve incentivo do lado materno,  sua mãe (que também é pianista) o presentou aos 6 anos com um instrumento pra lá de exótico para muitos, mas na visão de uma criança bastante divertido. A cítara ganha juntamente com algumas partituras de músicas natalinas e infantis. Daí vieram incentivos de outros membros da família como o da tia Nely, que além de ser professora de piano clássico foi ela que propiciou o primeiro contato do artista com o violão. Esse envolvimento com a música talvez se dê devido a geração que antecede seus tios e pais, pois segundo relatos de sua avó materna é uma história que vem de sua época. Isto talvez explique a quantidade de parentes envolvido com as artes e a sua total propensão para o universo da música.



Quase todas as composições do disco ficaram a cargo do próprio cantor, com exceção de 4 faixas, que escritas a quatro mãos têm a parceria de amigos e da mãe do artista, Roseli HelenaEnquanto autor, Samuel Carnero traz em sua bagagem a apurada linhagem a qual pertence e nos apresenta temas como a irreverente "Selva de cerveja".  Já o blues "A balada da Fejuca" descreve a degustação de uma bela feijoada seja na quarta-feira para retomar plenamente satisfeito ao trabalho, seja no sábado acompanhado de uma caipirinha e uma boa música. O disco continua com as românticas baladas "Habib" e "Perdão outra vez, Luciana". Já "Ideal", que vem como música escolhida para a produção do clipe, mostra como podemos "fazer a mente" de diversos modos distintos como pode-se enumerar ao assistir ao vídeo acima. A produção ainda conta com faixas como "Whispering in your ear",  o country "Vitrine da alma" e o o reggae "Lírios". Além das baladas "O eterno não se desfaz" e "Eu não posso parar", faixa homônima ao título ao trabalho. O disco encerra com a faixa "Amor", poema altruísta que ganha leve melodia e retrata um artista multifacetado. Na tecitura sonora de "Eu não posso parar" encontramos nos arranjos, guitarras e violão de Ronaldo Rayol, o baixo de Eric Budney, teclados de Moisés Alves Nahame Casseb no comando da Bateria e, além é claro, do próprio Carnero.




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Contato - (11) 9 8433 2081 / samuelcarnero@facebook.com
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Download grátis do CD "Eu não posso parar":
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Músicas: www.reverbnation.com/samuelcarnero
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Colaborador nos blogs:
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sábado, 26 de janeiro de 2013

LUIZ GONZAGA É CEM: HOMENAGEM DE FERNANDO MENDES

Uma das mais surpreendentes homenagens que Luiz Gonzaga recebeu em vida lhe foi prestada pelo cantor romântico Fernando Mendes. Ele, tal qual Luiz Gonzaga, veio do interior (Conselheiro Pena/MG), aonde nasceu em 07/05/1950.

Menino estudioso, para prosseguir nos estudos ganhou uma bolsa num concurso de redação, cujo tema era a música “Construção”, de Chico Buarque. Talentoso, ingressou numa universidade e se formou em Administração de Empresas aos 22 anos.

Resolveu ser artista quando recebeu um violão de presente do pai por ocasião dos seus quinze anos. Aos dezessete anos junto com alguns amigos fundou o conjunto “Blue Boys”. Já nesse tempo era fã de um cantor chamado Luiz Gonzaga que viria a conhecer mais tarde e este também se tornou seu fã.

Em 1970, aos 20 anos, se mandou para o Rio de Janeiro para tentar vencer como cantor e compositor. Cantou por um bom período na Boite Plaza. Em 1971, conheceu o diretor de promoções da gravadora Copacabana que o indicou para um diretor da rival Odeon. Lá gravou seu primeiro disco em 1972 e “estourou” com a música “A Desconhecida” em 1973. Em 1973 ainda, conheceu Luiz Gonzaga no famoso programa de Haroldo de Andrade, ocasião em que este lhe disse que “A Desconhecida” já ocupava o segundo lugar no programa de Samir Abou Hana em Recife. Na verdade, o compacto com a música vendeu mais de 400 mil cópias e o LP mais de 60 mil.

Em 1973, fez muito sucesso com “Recordações” e “Caminho Incerto” e em 1974 com “Ontem, Hoje e Amanhã”. Nesse mesmo ano teve uma música censurada pela ditadura, “Meu Pequeno Amigo”, que fazia alusão ao seqüestro do menino “Carlinhos”, me parece que até hoje não esclarecido pelas autoridades competentes.

Em 1975, foi a vez de fazer um sucesso estrondoso com a música “Cadeira de Rodas”, música que fez o LP que a continha vender 250 mil cópias em poucos dias de lançado. Em 1976, seus sucessos foram “Sorte Tem Quem Acredita Nela” e “A Menina da Calçada”. De gosto musical sofisticado, gravou “Valsinha”, de Chico Buarque e Vinícius de Moraes, e uma seleção de vários sucessos de nomes famosos da MPB.

Em 1978, suas músicas “Sádico Poeta” e “Eu Vim da Roça” foram destaques do lançamento daquele ano. Esta última agradou muito a Luiz Gonzaga, em cujo estúdio compareceu para gravar com Fernando Mendes aquela que seria uma das homenagens mais inesperadas que recebeu: o “Baião Collection”.

Luiz Gonzaga, que era amigo de Fernando Mendes e mais do que isso, incentivador da sua carreira, jamais esperaria que ele aprontasse daquele jeito, “obrigando-o” a gravar em parceria, não no gênero forró, mas em ritmo de discoteca, ano em que essa moda começou a vingar no Brasil. O que se percebe dessa gravação são dois artistas de muito talento em um registro que além de musical contém muita coisa de humor.



Esse registro fonográfico de Luiz Gonzaga com Fernando Mendes prova que o Rei do Baião não era careta coisíssima nenhuma. Alguns preciosistas e puritanos do forró condenam essa parceria, porém devo dizer que adoro. Se antes eu já gostava do Fernando Mendes, depois que ele se juntou a seu Luiz, eu achei isso um barato. Grande Fernando!

Depois disso, em 1979, Fernando gravou aquela página sonora que o “eternizaria” no seio da música romântica brasileira: “Você Não Me Ensinou A Te Esquecer”, regravada inclusive por Caetano Veloso para a trilha sonora do filme “Lisbela E O Prisioneiro”.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

MARISA GATA MANSA, 10 ANOS DE SAUDADES

Há dez anos o Brasil perdia uma cantora que ganhou o carinhoso apelido de gata mansa por causa de seu jeito calmo de falar.


Por Bruno Negromonte



Dificilmente alguém identificaria a cantora Marisa Vertullo Brandão por seu nome de batismo, já que na vida artística ela procurou adotar  junto ao seu primeiro nome o apelido carinhoso dado pelo jornalista Djalma Sampaio.

A pequena Marisa parece que já estava predestinada a virar cantora, pois em sua família há muitos apreciadores de música e isso a propiciou contato com tal arte muito cedo. Essa acessibilidade acabou tornando-a cantora e a fez gravar o seu primeiro 78 rotações quando ainda tinha 15 anos. Essa sua primeira gravação, datada de 1953, continha as faixas "Grande Mágoa" de autoria do Clóvis Santos e a música "Você esteve com meu bem?", de João Gilberto e Russo do Pandeiro. O cantor e compositor que pouco tempo depois tornaria-se uma das referencias mais marcantes da Bossa Nova deu a canção a artista quando soube que ela lançaria este seu primeiro registro pela RCA Victor. Em 1954 resolve  abranger a sua carreira tornando-se intérprete de jazz, porém sem deixar a música popular de lado, pois neste mesmo ano gravou os sambas "Só eu não", de Monsueto, Raul Marques e M. Fernandes, e "Quem me fez chorar", de Caboclo, Carino e Gustavo. Vale trazer ao conhecimento do público leitor que foi nessa mesma década que ela resolve adotar como nome artístico o apelido ganho no início dos anos 50 e atua como crooner do Golden Room do Copacabana Palace (RJ) durante quatro anos.




Em meados de 56 conhece aquela a quem dedicaria diversos espetáculos, cantaria e gravaria praticamente toda a produção: a cantora e compositora Dolores Duran. Marisa a conheceu em certa ocasião quando foi escolhida para  substituir Dolores como cantora no Bacará. Seu contato com Dolores, a quem desde o início foi muito ligada, facilitou seu acesso ao movimento da bossa nova, onde depois de inserida passou a se apresentar no notório Beco das Garrafas, reduto boêmio e musical carioca nacionalmente conhecido por ter revelado grandes nomes da música popular brasileira na década de 50 e 60.

Foi nesse período de apresentações no Beco das Garrafas que teve a oportunidade de conhecer o escritor, poeta e compositor pernambucano Antônio Maria, cujo repertório, assim como o de Dolores Duran, adotou para suas interpretações grande parte.

Por intermédio do apresentador Flávio Cavalcanti chegou a TV Tupi, onde dividiu com Moacyr Silva a apresentação do programa "Convite à música". Foi a partir deste programa que teve a oportunidade de conhecer outros grandes nomes do cancioneiro nacional tal qual Sérgio Ricardo, Dick Farney e Johnny Alf.

Ainda na década de 50, mais especificamente em 1958 gravou dois 78 rotações (um com o o fox "You do something to me", de Cole Porter, e o choro "Que é? Que é?", de Bororó e Evagrio e o segundo com dois clássicos da música popular brasileira:  "Chega de saudade", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, e o samba canção "Castigo", de Dolores Duran). Além de dois LP's em parceria com Moacyr Silva (Convite a música volumes 01 e 02), cujo o título era o mesmo do programa apresentado na tv.



Em 1959 teve a oportunidade de gravar o seu primeiro LP cujo título era "A suave Marisa". Desse álbum ganhou relevante notoriedade a faixa "A noite do meu bem", clássico da MPB composto pela compositora e amiga Dolores Duran. Por falar em Dolores, a compositora que  marcou a história da música popular brasileira e tão precocemente faleceu, compôs em homenagem a Marisa a canção "Não me culpe" (Não me culpe/ Se eu ficar meio sem graça/ Toda vez/ Que você passa por mim) e neste mesmo ano faleceu. Trágico acontecimento se deu no dia 24 de outubro, depois de artista ter apresentado-se na boate Little Club, ter participado de uma festa no requintado Clube da Aeronáutica e ter passado para beber também no no Kit Club. Sofreu um infarto fulminante e veio a falecer aos prematuramente aos 29 anos. Neste mesmo ano Marisa participa do tributo à Dolores organizado pela gravadora Copacabana intitulado "A música de Dolores". Nesse LP interpretou as músicas "Castigo"; "Se eu tiver"; "Pela rua" e "Olhe o tempo passando". 

Ao longo da década seguinte casou-se com o o compositor e pianista César Camargo Mariano, que compôs para ela a música "Marisa", tema da cerimônia religiosa de ambos. Como fruto desse relacionamento nasceu o baixista Marcelo Mariano, artista que atualmente acompanha o cantor e compositor Djavan. 

Nesta década chegou a gravar canções como "Um novo céu", de Fernando César e Ted Moreno, e o samba "Operação amor", de Jaime Florence e Augusto Mesquita, "Chora tua tristeza", de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini, e "Céu e mar", de Johnny Alf (cuja interpretações encontram-se no LP coletânea "5 estrelas interpretam a Bossa Nova - Elizeth Cardoso, Marisa, Carminha Mascarenhas, Morgana e Luciene Franco" da gravadora Copacabana, de 1963) e  "Cantiga de quem está só", do compositor Jair Amorim (do LP "Tudo de mim - Poemas e canções de Jair Amorim", lançado em 1964 em homenagem da gravadora Copacabana ao compositor Jair Amorim no qual 11 composições foram interpretadas por diferentes artistas).

Em 1972, gravou um compacto simples com a canção "Viagem", de autoria de João de Aquino e Paulo César Pinheiro Esta canção que tornaria-se um marco na carreira de Marisa foi composta por Paulo César quando este tinha 14 anos e pode ser considerada como uma de suas primeiras composições, se não a primeira. Nesta mesma década retomou as homenagens à amiga Dolores Duran em espetáculos como "Dolores, 20 anos depois", "A noite de meu bem" e "Tributo a Dolores Duran."




A partir dos anos 80 a produção fonográfica da cantora foi ficando cada vez mais escassa. Na década de 1980 fez apenas dois LP's: "Marisa Gata Mansa" (1980) e "Leopardo" (1982). Esse segundo disco deu origem ao show homônimo com produção e direção de Ruy Pereira na sala Funarte e que foi considerado pelos críticos do Jornal do Brasil como o show do ano.



Só quinze anos depois foi que voltou a gravar. Em 1997 lançou o seu primeiro CD, pela gravadora CID, cujo título "Encontro com Antônio Maria" já mostra que trata-se de um justo tributo a ao amigo. Do disco destaca-se as faixas "Samba de Orfeu" e "Manhã de Carnaval", ambas de Antônio Maria e Luís Bonfá.


Vale destacar a sua ativa participação em projetos musicais, como os projetos "Seis e meia", dirigido por Hermínio Belo de Carvalho e Albino Pinheiro, e "Pixinguinha". Apresentou-se em todas as capitais e diversas cidades do interior do País.


Vítima de uma isquemia cardíaca, faleceu aos 69 anos, devido a uma insuficiência respiratória aguda no dia 10 de janeiro de 2003.


Discografia 



78 RPM (RCA Victor) (1953)

01 - Você Esteve Com O Meu Bem (João Gilberto - Russo do Pandeiro)
02 - Grande Mágoa (Clóvis Santos)



78 RPM (Sinter) (1954)
01 - Só Eu Não (Silva Correia - Diplomata - Monsueto)
02 - Quem Me Fez Chorar (Gustavo - Cirino - Caboclo)


78 RPM (RCA Victor) (1956)
01 - Unchained Melody (North - Zaret)
02 - Rock Around The Clock (M. C. Freedman - J. de Knight)



78 RPM (Copacabana) (1958)
01 - You Do Something To Me (Cole Porter)
02 - Que É Que É (Bororó - Evagrio Lopes)




Convite à Música (Copacabana) - Com Moacyr Silva (1958)

Faixas:
01 - You do Something To Me (Cole Porter) (Com Marisa Gata Mansa)
02 - Não Vou Pra Brasília (Billy Blanco) (Com Moacyr Silva)
03 - Leva Meu Samba (Ataulfo Alves) 
(Com Marisa Gata Mansa)
04 - Puladinho na Gafieira (Edmundo Maciel) 
(Com Moacyr Silva)
05 - Cry Me a Rider (Arthur Hamilton) 
(Com Marisa Gata Mansa)
06 - Recado de Olinda (Luis Bandeira) 
(Com Moacyr Silva)
07 - O Apito no Samba (Luis Bandeira) 
(Com Moacyr Silva)
08 - Ruega Por Nosotros (Ruben Fuentes - Alberto Cervantes) 
(Com Marisa Gata Mansa)
09 - Vogueando (Maurílio Santos) 
(Com Moacyr Silva)
10 - Que É Que É (Bororó - Evagrio Lopes) 
(Com Marisa Gata Mansa)
11 - Sugestivo (Moacyr Silva) 
(Com Moacyr Silva)
12 - Unbelievable (I. Gordon - Jay Livingston) 
(Com Marisa Gata Mansa)




Convite à Música nº 2 (Copacabana) - Com Moacyr Silva (1958)

Faixas:
01 - Chega de Saudade (Tom Jobim - Vinicius de Moraes) (Com Marisa Gata Mansa)
02 - Arrasta Pé (Maurício Santos)  (Com Moacyr Silva)
03 - Assim (Clóvis Santos)
 (Com Marisa Gata Mansa)
04 - All The Way (Cahn - Van Heusen) (Com Moacyr Silva)
05 - Quero-te Assim (Tito Madi)
 (Com Marisa Gata Mansa)
06 - Mistura Fina (Luis Bandeira) (Com Moacyr Silva)
07 - Onde Estará Meu Amor (Lina Pesce)
 (Com Marisa Gata Mansa)
08 - Você Passou (Nazareno de Brito - Alcyr Pires Vermelho)
 (Com Moacyr Silva)
09 - Castigo (Dolores Duran)
 (Com Marisa Gata Mansa)
10 - Stella By Starlight (V. Young - N. Washington)  (Com Moacyr Silva)
11 - Me Segura (Luis Bandeira)
 (Com Marisa Gata Mansa)
12 - Se Alguém Telefonar (Alcyr Pires Vermelho - Jair Amorim)  (Com Moacyr Silva)
13 - E Nada Mais (César Siqueira - Maria Rita)
 (Com Marisa Gata Mansa)




78 RPM (Copacabana) (1958)
02 - Chega De Saudade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
02 - Castigo (Dolores Duran)




78 RPM (Copacabana) (1959)
01 - A Noite Do Meu Bem (Dolores Duran)
02 - Tempo Ao Tempo (Augusto Mesquita - Jaime Florence)



A suave Mariza (Copacabana) (1959)

Faixas:01 - Nana Meu Neném (Osmar Navarro)
02 - A Noite do Meu Bem (Dolores Duran)
03 - Você Não Sabe Amar (Dorival Caymmi - Carlos Guinle - Hugo Lima)
04 - Tempo ao Tempo (Augusto Mesquita - Jaime Florence "Meira")
05 - Amar Em Segredo (Luis Cláudio - Fernando César)
06 - Se Eu Tiver (Ribamar - Dolores Duran)
07 - Olhe o Tempo Passando (Édson Borges - Dolores Duran)
08 - Deixe Que Ela Se Vá (Evaldo Gouveia - Gilberto Ferraz)
09 - Pela Rua (Ribamar - Dolores Duran)
10 - Favela (Tijuca - Jasson Fernandes)
11 - Barquinho de Papel (Carlos Lyra)
12 - Se Houver Você (Fredy Chateaubriand - Vinicius de Carvalho)




A Suave Mariza (COMPACTO) (Copacabana) (1959)

Faixas:
01 - A Noite do Meu Bem (Dolores Duran)
02 - Favela (Tijuca - Jasson Fernandes)
03 - Amar Em Segredo (Luis Cláudio - Fernando César)
04 - Tempo ao Tempo (Augusto Mesquita - Jaime Florence "Meira")


Canções e Saudade de Dolores (Copacabana) - com Denise Duran (1960)

Faixas:
01 - Tome Continha de Você (Dolores Duran - Édson Borges) (Com Marisa Gata Mansa)
02 - Céu Particular (Dolores Duran - Billy Blanco) (Com Denise Duran)
03 - Leva-me Contigo (Dolores Duran) (Com Marisa Gata Mansa)
04 - Quem Foi (Dolores Duran - Ribamar) (Com Denise Duran)
05 - Não Me Culpe (Dolores Duran) (Com Marisa Gata Mansa)
06 - Por Causa de Você (Tom Jobim - Dolores Duran) (Com Marisa Gata Mansa)
07 - Idéias Erradas (Ribamar - Dolores Duran) (Com Marisa Gata Mansa)
08 - Olhe o Tempo Passando (Édson Borges - Dolores Duran) (Com Denise Duran)
09 - Fim de Caso (Dolores Duran) (Com Marisa Gata Mansa)
10 - Noite de Paz (Dolores Duran) (Com Denise Duran)
11 - Estrada do Sol (Tom Jobim - Dolores Duran) (Com Marisa Gata Mansa)
12 - Solidão (Dolores Duran) (Com Marisa Gata Mansa)


Marisa simplesmente (Copacabana) (1961)

Faixas:
01 - Chorou Chorou (Luis Antônio)
02 - Toma Lá Dá Cá (Toni Vestane)
03 - Cantiga de Quem Está Só (Jair Amorim - Evaldo Gouveia)
04 - Chora Tua Tristeza (Luvercy Fiorini - Oscar Castro Neves)
05 - Gostei Gamei (Ronaldo Bôscoli -Chico Feitosa)
06 - A Canção dos Seus Olhos (Pernambuco - Antônio Maria)
07 - Como Vai Você (Armando Cavalcanti - Klécius Caldas)
08 - Fiz o Bobão (Haroldo Barbosa - Luis Reis)
09 - Cansei de Ilusões (Tito Madi)
10 - Menina Feia (Oscar Castro Neves - Luvercy Fiorini)
11 - Amor Em Paz (Tom Jobim - Vinicius de Moraes)
12 - Esquecendo Você (Tom Jobim)




Litte Club Apresenta Marisa (Copacabana) (1961)


Faixas:
01 - Chuva Para Molhar o Sol (Agostinho dos Santos - Édson Borges)
02 - Croquemitufle (Gilbert Bécaud)
03 - Onde Estava Eu (Armando Cavalcanti - Victor Freire)
04 - Ternura Antiga (Ribamar - Dolores Duran)
05 - Quando Vien La Sera (Testa - Rossi)
06 - Deixa o Nosso Amor (Normando - Ronaldo Bôscoli)
07 - Noves Fora Zero (Toni Vestane)
08 - Ninguém É de Ninguém (Umberto Silva - Toso Gomes - Luis Mergulhão)
09 - I'm Gonna Live Till I Die (Hoffman - Kent - Curtis)
10 - Céu e Mar (Johnny Alf)
11 - Só Em Teus Braços (Tom Jobim)
12 - Jonny Guitar (Victor Young)



78 RPM (Copacabana) (1961)
01 - Um Novo Céu (Ted Moreno - Fernando César)
02 - Operação Amor (Jaime Florence "Meira" - Augusto Mesquita)



Em cada estrela uma canção (Copacabana) - Com Carminha Mascarenhas e Hernany Filho (1961)


Faixas:
01 - Foi a Noite (Newton Mendonça - Tom Jobim) (Com Ernâni Filho)

02 - Canção do Pescador (Newton Mendonça) (Com Marisa Gata Mansa)
03 - Canção do Azul (Newton Mendonça) (Com Marisa Gata Mansa)
04 - Só Saudade (Newton Mendonça - Tom Jobim) (Com Ernâni Filho)
05 - Caminhos Cruzados (Newton Mendonça - Tom Jobim) (Com Marisa Gata Mansa)
06 - Seu Amor Você (Newton Mendonça) (Com Marisa Gata Mansa)
07 - Luar e Batucada (Newton Mendonça - Tom Jobim) (Com Ernâni Filho)
08 - Discussão (Newton Mendonça - Tom Jobim)(Com Carminha Mascarenhas)
09 - Meditação (Newton Mendonça - Tom Jobim)(Com Carminha Mascarenhas)
10 - O Tempo Não Desfaz (Newton Mendonça) (Com Ernâni Filho)
11 - Desafinado (Newton Mendonça - Tom Jobim)(Com Carminha Mascarenhas)
12 - Samba de Uma Nota Só (Newton Mendonça - Tom Jobim) (Com Carminha Mascarenhas)


Marisa (Equipe) (1965)

Faixas:
01 - Eu Só Queria Ser (Vera Brasil - Mirian Ribeiro)
02 - Ciuminho (César Camargo Mariano - Marisa Gata Mansa)
03 - Chuva (Durval Ferreira - Pedro Camargo)
04 - Sonho de Carnaval (Chico Buarque)
05 - Só Uma Canção (Carlos Castilho - Geraldo Vandré)
06 - Lena (César Camargo Mariano - Marisa Gata Mansa)
07 - Estrela do Mar (Marino Pinto - Paulo Soledade)
08 - Imenso do Amor (Durval Ferreira - Humberto Reis)
09 - Gostar Ou Não Gostar (Carlos Lyra)
10 - Estória de Você (Walter Santos - Tereza Souza)
11 - Despedida de Maria (Carlos Castilho - Geraldo Vandré)
12 - Manhã de Nós Dois (César Camargo Mariano - Marisa Gata Mansa)


COMPACTO (Odeon) (1972)


Faixas:
01 - Viagem (João de Aquino - Paulo César Pinheiro)
02 - Depois De Tanto Amor (Paulinho da Viola)
03 - Estiada (Ivor Lancellotti - Marco Antônio Pinheiro)
04 - Samba do Estácio (César Costa Filho - Jair Amorim)



COMPACTO (Odeon) (1972)
Faixas:
01 - Viagem (João de Aquino - Paulo César Pinheiro)
02 - Samba do Estácio (César Costa Filho - Jair Amorim)


COMPACTO (Odeon) (1972)
Faixas:
01 - Romântico do Caribe (Gonzaguinha)
02 - Cadeira Vazia (Luis Carlos Sá - Zé Rodrix - Guarabyra)



Viagem (Odeon) (1973)

Faixas:
01 - Viagem (João de Aquino - Paulo César Pinheiro)
02 - Ta-hí (Pra Você Gostar de Mim) (Joubert de Carvalho)
03 - Cadeira Vazia (Luis Carlos Sá - Zé Rodrix - Guarabyra)
04 - Ingênuo (Pixinguinha - Benedito Lacerda - Paulo César Pinheiro)
05 - Perguntas (Joyce)
06 - Sodade Matadeira (Dorival Caymmi) / Viagem (João de Aquino - Paulo César Pinheiro)
07 - Saia do Meu Caminho (Custódio Mesquita - Evaldo Ruy)
08 - Taberna da Glória (Renato Rocha) (Com Renato Rocha)
09 - Doce Melodia (Abel Ferreira)
10-  Romântico do Caribe (Gonzaguinha)
11 - Quem Chorou Fui Eu (Milton de Oliveira - Haroldo Lobo)
12 - Um Dia (Caetano Veloso) / Menino de Braçanã (Luis Vieira - Arnaldo Passos) / Upa Upa (Meu Trolinho) (Ary Barroso)




Marisa (Odeon) (1974)

Faixas:
01 - Chuva Gente e Carnaval (Ivor Lancellotti)
02 - Segredo (Herivelto Martins - Marino Pinto)
03 - O Samba Que Eu Lhe Fiz (Sueli Costa)
04 - Canção da Tristeza (Édson Borges - Dolores Duran)
05 - Escuta (Ivon Cury)
06 - El Ciego (Armando Manzanero)
07 - Aldebarã (Sueli Costa - Tite de Lemos)
08 - Confetes (Ivor Lancellotti)
09 - Só Saudade (Newton Mendonça - Tom Jobim)
10 - Três Lágrimas (Ary Barroso)
11 - Mundo Novo Vida Nova (Gonzaguinha)



COMPACTO (Odeon) (1974)
01 - Três Lágrimas (Ary Barroso)
02 - Escuta (Ivon Cury)


COMPACTO (Odeon) (1975)
01 - Outra Você Não Me Faz (Dona Ivone Lara)
02 - Pra Um Amigo Triste (Ivor Lancellotti / Marisa Gata Mansa)



Marisa, a Gata Mansa (Som/Copacabana) (1975)


Faixas:
01 - Por Causa de Você (Tom Jobim - Dolores Duran)
02 - Ternura Antiga (Ribamar - Dolores Duran)03 - Fim de Caso (Dolores Duran)04 - Cantiga de Quem Está Só (Jair Amorim - Evaldo Gouveia)05 - Céu e Mar (Johnny Alf)06 - Idéias Erradas (Ribamar - Dolores Duran)07 - Amor Em Paz (Tom Jobim - Vinicius de Moraes)08 - Estrada do Sol (Tom Jobim - Dolores Duran)09 - A Canção dos Seus Olhos (Pernambuco - Antônio Maria)
10 - Leva-me Contigo (Dolores Duran)
11 - Cansei de Ilusões (Tito Madi)
12 - Chora Tua Tristeza (Luvercy Fiorini - Oscar Castro Neves)




Encontro de Amor (Odeon) (1976)


Faixas:
01 - Começaria Tudo Outra Vez (Gonzaguinha)02 - Um Favor (Lupicínio Rodrigues)03 - Não Adianta Chorar (Fernando Luis da Costa)04 - Tributo a Dolores Duran:
Castigo (Dolores Duran)
Por Causa de Você (Dolores Duran / Tom Jobim)
Solidão (Dolores Duran)
A Noite do Meu Bem (Dolores Duran)
05 - Saudade Vai-te Embora (Julio de Souza)06 - Cobras e Lagartos (Sueli Costa / Hermínio Bello de Carvalho)07 - Sabiá Lá na Gaiola (Hervé Cordovil / Mário Vieira)08 - Chuva Gente Carnaval (Ivor Lancellotti) - com Ivor Lancellotti09 - Gota D'água (Chico Buarque)



COMPACTO (Odeon) (1976)
01 - Sabiá Lá na Gaiola (Hervé Cordovil - Mário Vieira)
02 - Chuva Gente Carnaval (Ivor Lancellotti) (Com Ivor Lancellotti)



Marisa Gata Mansa (Coomusa) (1980)


Faixas:
01 - O Que Será (À Flor da Pele) (Chico Buarque)
02 - Odaléia (Noites Brasileiras) (Gonzaguinha)
03 - O Amor É Chama (Marcos Valle - Paulo Sergio Valle)
04 - Perdão (Mauro Duarte - Maurício Tapajós - Paulo César Pinheiro)
05 - Cadeira Vazia (Lupicínio Rodrigues - Alcides Gonçalves)
06 - Força Vital (Vital Lima)
07 - Artistas (Thereza Tinoco)
08 - Gás Neon (Gonzaguinha)
09 - Tudo Acabado (J. Piedade - Osvaldo Martins)
10 - Nessa Vida (Ivor Lancellotti)
11 - Alvorecer (Dona Ivone Lara - Delcio Carvalho)
12 - Dente Por Dente (Vital Lima)



Leopardo (Açaí) (1982)

Faixas:
01 - Leopardo (Vital Lima)
02 - Sozinhos (Ivor Lancellotti - Delcio Carvalho)
03 - Estrela Cine-teatro (Rosa Passos - Fernando de Oliveira)
04 - Com a Cara do Dono (Vital Lima)
05 - O Negócio É Amar (Carlos Lyra - Dolores Duran)
06 -  A Estrela (Raul Travassos - Silva Ferreira)
07 - Caçador de Mim (Sergio Magrão - Luis Carlos Sá) *
08 - Plantando Sonhos (Antônio Adolfo - Paulinho Tapajós)
09 - Bonecos (Ivor Lancellotti)
10 - Quem Vem do Alto (Delcio Carvalho) (Com Emílio Santiago)
11 - Viagem (João de Aquino - Paulo César Pinheiro) *
12 - Estrada da Saudade (Luis Vieira - Max Gold)* 

* Fonogramas acrescidos ao disco ao ser reeditado em 1992, não presentes no original de 1982.


Encontro com Antônio Maria (CID) (1997)

Faixas:
01 - O Amor E A Rosa (Antônio Maria - Pernambuco)
02 - Preconceito (Antônio Maria - Fernando Lobo)
03 - Quando Tu Passas Por Mim (Antônio Maria - Vinicius de Moraes)
04 - Ninguém Me Ama (Antônio Maria - Fernando Lobo) (Com Reinaldo Gonzaga)
05 - Menino Grande (Antônio Maria)
06 - Samba De Orfeu (Antônio Maria - Luis Bonfá)
07 - Suas Mãos (Antônio Maria - Pernambuco)
08 - Canção Da Volta (Antônio Maria - Ismael Netto)
09 - Frevo Nº 2 Do Recife (Antônio Maria)
10 - Manhã De Carnaval (Antônio Maria - Luis Bonfá) (Com Emílio Santiago)
11 - Carioca 1954 (Antônio Maria - Ismael Netto)
12 - Se Eu Morresse Amanhã De Manhã (Antônio Maria)
13 - Valsa de Uma Cidade (Antônio Maria - Ismael Netto)
14 - A Canção Dos Seus Olhos (Antônio Maria - Pernambuco)