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sábado, 20 de outubro de 2012

A ESMERADA AGRESSIVIDADE MUSICAL DE RHANA ABREU

Cantora e compositora, Rhana Abreu traz arraigado em sua sonoridade o bom e velho Rock'n'roll  munido de  elementos harmônicos que dão ao som da artista o diferencial necessário para destacá-la como um dos  promissores nome do gênero.

Por Bruno Negromonte


No caudaloso universo de roqueiros existentes no planeta, se chegarmos a contabilizar a quantidade de mulheres que se destacam no gênero, chegaremos, sem sombra de dúvidas, que o númeo de mulheres são infinitivamente menor que a de homens, e se pararmos para observar o rock tupiniquim a quantidade torna-se abruptamente mais ínfima, merecendo destaque pouquíssimos nomes, tais como Celly CampelloRita Lee, Cássia Eller, Marina Lima e mais alguns que dispensam maiores apresentações.

Rita, uma das pioneiras do gênero, em 1966 juntamente com Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, surgiu a frente dos Mutantes, grupo de relevância importância para o movimento que naquele período se instaurava dentro da música popular brasileira: o tropicalismo. Posteriormente com Lúcia Turnbull formou as Cilibrinas do Éden, e logo em seguida a banda Tutti Fruti com a adesão dos músicos Luis Sérgio Carlini e Lee Marcucci . Daí em diante veio a carreira solo e a exitosa parceria com o compositor, produtor, músico e marido Roberto de Carvalho, que vem desde 1976.

Cássia Eller é outro nome de destaque no gênero, uma artista que apesar da curta carreira interrompida por uma prematura e inesperada morte, também destacou-se como um dos grandes nomes femininos do rock nacional. Seus primeiros registros fonográficos mostram uma roqueira visceral em álbuns como "Cássia Eller" (1990) e "O marginal" (1992). Já no palco, cada apresentação sua era de singular. De marcante presença no palco, Eller assumia inclusive a sua preferência por gravações ao vivo em excelentes espetáculos tais quais "Cássia Eller - Ao vivo" (1996), "Veneno vivo" (1998), "Acústico MTV" (2001) e "
Rock in Rio: Cássia Eller Ao Vivo" (disco póstumo lançado em 2006). 

A lembrança desses dois ícones do rock nacional se deu para contextualizar o trabalho de uma artista que vem procurando o seu lugar ao sol nesse gênero predominantemente masculino mas que destaca nomes femininos que merecem destaque desde a década de 50 perpassando pelos ícones anteriormente citados até os dias atuais, com nomes como o da baiana Pitty, artista que vem se destacando no cenário nacional desde o lançamento em 2003 do seu primeiro álbum: "Admirável Chip Novo".




É nesse contexto caudaloso, porém predominantemente masculino, que Rhana Abreu vem procurando alcançar o seu lugar ao sol a mais de uma década, quando lançou o seu primeiro trabalho. Sua carreira fonográfica teve início em 1999 com o single intitulado "Jogo duplo", composto por faixas que já demostram a veia roqueira da artista em regravações carregadas de autenticidade como as das versões para "Down em mim" (Cazuza), "Quero voltar para Bahia" (Odibar - Paulo Diniz) e "Fala" (João Ricardo - Luhli), regravada em 1999 por Ritchie em seu cd e dvd "Outra Vez (ao vivo no estúdio)". No ano seguinte é lançado o seu primeiro cd composto por todas as 7 faixas existentes do single mais 6 faixas, dentre elas uma versão da canção "Minha flor, meu bebê" (Cazuza - ) lançada em 1987 no álbum "Ideologia". A boa receptividade do trabalho deu margem para que em 2001 fosse lançado mais um registro fonográfico de Rhana: "Cidadã civilizada", disco que conta com 10 faixas e de cunho bastante pessoal.

De 2001 até 2009 houve um  hiato na carreira fonográfica de Rhana, porém a artista não abandonou a música e dedicou-se neste período, dentre outras coisas, ao seu lado autora que veio aflorar em "JoRhana D'arc", álbum que traz duas parcerias da cantora com o produtor,  guitarrista e diretor geral do disco Gustavo Fernandes. A música de trabalho deste disco "Onde estão os homens?" a levou ao Programa do Jô.

Atualmente vem na divulgação do seu mais recente trabalho intitulado "Episódio", trabalho que conta com uma quantidade maior de composições de sua autoria, totalizando cinco canções e somando novas parcerias com Rodrigo PelotEduardo ChermontEsdras BedaiEduardo Pitta, além é claro do parceiro Gustavo Fernandes nas faixas "Uau!", "Gosto do novo", "Afrodite"e "Episódio" (canção que dá nome a mais um título na discografia da artista). O disco conta ainda com "Pensando em você", de autoria do guitarrista Rodrigo Pelot e "Vamos voar para a lua", de Esdras Bedai e Eduardo Pitta. Além de regravações como "Exagerado" (canção da lavra do cantor e compositor Cazuza, que deu título ao seu primeiro álbum solo), "Por Enquanto" (Renato Russo) e "Me diga" (Nando Reis). Somando forças a esses compositores e instrumentistas ainda estão presentes também no disco estão Fabiano Matos (bateria), Octávio Soares (Baixo), Daniel Gonzaga (órgão), Fred Nascimento (violões).

A artista, que de Ana Lúcia adotou como nome artístico Rhana por influência do paranormal Thomaz Green Morton e por questões numerológicas, vem de modo autêntico, fazendo a sua história no cenário musical brasileiro. "Episódio" é a prova disto, mesmo pecando na ausência do um vigor maior nas releituras das duas canções presentes no repertório da Cássia Eller, como muitos saudosistas irão analogamente observar.



Maiores informações:

Site Oficial - www.rhanaabreu.com.br

Facebook - https://www.facebook.com/rhanaabreu  

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DEIXANDO AFLORAR O LADO COMPOSITORA, PATRÍCIA TALEM FLERTA COM A SONORIDADE POP SEM PERDER A ELEGÂNCIA

Artista que possui sedimentada carreira no exterior agora volta o seu talento e sofisticação para um álbum totalmente autoral.

Por Bruno Negromonte


Depois de abordar a música mineira, a bossa e o jazz em uma simbiose perfeita em seu segundo álbum intitulado "Olhos", disco sofisticado voltado para o mercado exterior e que conta com algumas participações especiais e versões para clássicos da MPB e músicas em inglês, como por exemplo a canção "For Your babies", do repertório do famoso grupo inglês Simple Red.  Patricia que apesar de ter passado pela experiência da noite paulista obteve notoriedade maior quando chegou na América do norte, particularmente nos EUA, onde seu reconhecimento se deu tanto pelo público quanto pela imprensa especializada, prova disto foi a indicação do seu primeiro álbum em duas categorias ao Press Award 2010 (Melhor Álbum e Melhor Tour). Outro aspecto relevante é também o reconhecimento nos grandes circuitos musicais americanos e da Europa, onde frequentemente participa de espetáculos em cidades como Miami, Nova York e Los Angeles. A soma desses aspecto sedimentaram a sua carreira por terras estrangeiras de modo muito mais consistente do que aqui em seu próprio país, prova disto é o lançamento de "Olhos" ainda este ano na China, por exemplo.

Agora Talem procura investir em sua carreira no Brasil através do seu terceiro CD intitulado "Sorte", disco que leva este título devido a mudança de diversos aspectos em relação a vida profissional da cantora, que agora foca uma consolidação profissional também em seu país. Sorte é ter a possibilidade de ganhar espaço, fãs e admiradores no Brasil. A minha música de trabalho leva o nome do disco e fala de uma mudança de atitude, de otimismo”, disse Patrícia Talem.


Para atingir este objetivo a cantora e compositora vem impregnada de renovação, a começar pela sonoridade, mostrando um lado diferenciado dos trabalhos que antecedem este álbum a partir de uma linguagem mais pop em parceria com  o produtor e guitarrista Sandro Albert; gaúcho radicado nos EUA há 15 anos e que já atuou com nomes como Milton Nascimento, Airto Moreira entre outros. O álbum começou a ser delineado de modo interessante como relata a cantora: "Este álbum Sorte nasceu de forma nada planejada – estava de férias, quando meu amigo Sandro Albert ligou, para desejar um Feliz 2011, e aproveitou para mostrar algumas músicas que estava compondo, para uma cantora de NY, chamada Natalie. Eu gostei das músicas e resolvi me aventurar nas letras, por diversão pura .. e aí, não é que ele gostou ?? Rs... então começamos a fazer mais e mais músicas, na intenção de futuramente registrá-las em um disco... Na época, eu estava lançando Olhos, meu segundo álbum... como todos sabem, seguindo uma linha jazzística, que tanto amo. Sorte veio me desafiar a entrar em um universo mais pop, e a experiência foi simplesmente deliciosa, espero de verdade que curtam...". Dez meses depois o álbum estava pronto a partir de letras que foram inspiradas em histórias pessoais e de pessoas de seu convívio.

O lado intérprete da artista desta vez não vigora nas treze canções presentes no disco, o que se vê é a vazão do lado compositora (que em parceria com Sandro Albert) assina todas as faixas do projeto, e mesmo destoando da sonoridade apresentada nos trabalhos antecessores, apresenta originalidade nesta contraposição percorrido por Patricia no exterior. Já as letras procuram trazer as relações afetivas e o amor como eixo principal, como é o caso de "Juro não querer teu male "Último adeus" (canções que retratam a desilusão amorosa após o fim de um relacionamento), "Prece ao vento" (letra que aborda um relacionamento que chegou ao fim, mas que é norteada pela esperança de uma possível volta). Há canções que abordam o amor de modo menos denso, tais quais "Sonho bom", "Quero você", "Par" e "Teu bem teu mal." Canções com tendências radiofônicas também encontram-se no disco tal qual "Sorte" (faixa escolhida como a música de trabalho e que anda sendo executada em diversas rádio de todo o país) e "Bailar". O disco ainda conta com "Compasso", "À toa" e "Estação", canções também regidas pelo amor. Apenas "Viagem" destoa da temática que rege o disco, apresentando, respectivamente, as belezas do sudeste do Brasil

A ficha técnica do álbum fica a cargo de Sandro Albert (que além de assinar todas as faixas com a cantora e executar guitarras e violões também é o produtor e arranjador do disco), Torcuato Mariano (Mixagem), Marco da Costa (bateria), Erick Escobar (pianos e órgão), Sérgio Carvalho (baixo), Chrystian Galante (percussão), Caroline Shaw e Courtney Orlando (violinos), Caleb Burhans (viola), Clarice Jensen (cello) e Lupa Maouze (vocais). O disco ainda conta com a participação do baixista Michael O'Brien e do tecladista Jota Rezende.

E assim uma das mais bonitas vozes da novíssima geração da nossa MPB busca seu lugar ao sol no mercado fonográfico brasileiro destacando-se com este novo projeto, arriscando em uma nova roupagem sonora, deixando de lado um pouco do seu lado intérprete e investindo também no lado compositora. O álbum é mais do que uma promessa para ingressar no mercado brasileiro. Eu estou me expondo, arriscando e mostrado além da minha música, as minhas letras”, afirmou a artista. O álbum "Sorte" chega ao mercado nacional pelo selo Palco, com distribuição da Radar Records 


Maiores informações:

Site Oficial - http://patriciatalem.com/inicio.html

Sondcloud - http://soundcloud.com/patricia_talem

Myspace - http://www.myspace.com/patriciatalem

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O CD físico pode ser adquirido através dos seguintes endereços:





Submarino - http://www.submarino.com.br/produto/111180534/cd-patricia-talem-sorte


O álbum digital pode ser comprado abaixo:

Itunes - https://itunes.apple.com/us/album/sorte/id515021381

Amazon - http://www.amazon.com/Sorte/dp/B007ZMCAAE/ref=sr_1_1?s=music&ie=UTF8&qid=1349753198&sr=1-1&keywords=sorte+talem

Emusic -
http://www.emusic.com/listen/#/album/patricia-talem/sorte/13355848/

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

OITO MESES APÓS A MORTE DE WANDO, VIÚVA COMEÇA A ORGANIZAR ACERVO DO ARTISTA

Renata Costa Lana e Souza pensa em organizar um memorial.

Por Ricardo Daehn




Eu sabia de tudo. Dizia pra ele: ‘Sei mais de você do que você mesmo’”, conta Renata Costa Lana e Souza, enquanto remexe nas lembranças daquele que foi o grande amor dela, o cantor Wando. O ritual de achar coisas relacionadas à carreira e de vasculhar em discos, à caça de alguma música, ganha outra conotação oito meses depois da morte dele, em fevereiro (por parada cardiorrespiratória). Designada inventariante, a mineira, que teria se casado com ele em 1º de setembro, ordena as ideias sem “nada de muito concreto” para prestar homenagem à memória do cantor. “Parece cedo, para mim, mas devo isso a ele. Eu quero fazer isso, talvez organizar um memorial. As coisas são dele, não são minhas: merecem um destino público”, diz ela, que esteve por “sete intensos anos” ao lado de Wando.

Para além da relação de união estável, a intimidade com o homem que, nas palavras dela, “sabia fazer o simples ficar interessante e valorizava o sentimento popular”, veio de forma paulatina e atravessou 22 anos. “Ele foi meu primeiro namorado, quando estava no auge da carreira, mas, pela família conservadora — e ele era 25 anos mais velho do que eu —, decidiu se afastar”, explica Renata, a terceira mulher de Wando.

Vídeos caseiros, 19 discos de ouro, sete de platina e “um contêiner enorme”, com 15 mil calcinhas, estão no legado a ser administrado por ela, que não esquece do testamento maior: “Ele sempre foi verdadeiro, nunca perdeu a essência humilde e a boa índole. Me respeitava e me fazia muito feliz”. O produto do assédio das fãs — marcado pela tempestade de calcinhas nos palcos —, pelo que conta a viúva, nunca gerou desavença. “Wando tinha aquele personagem, mas era tranquilo, consciencioso e muito responsável. Ele era tranquilo e me dava segurança”, enfatiza.

Quem vê a quantidade de objetos (cerca de 70), com todos os CDs, LPs e fitas-cassetes — além das reportagens relacionadas ao cantor, guardadas por Renata —, acredita numa obsessão de fã. Sim, o traço de inconstestável admiração até existe, mas tratou-se de algo conquistado. Se hoje, aos 41 anos, Renata conta que fez poucas viagens relacionadas a turnês, aos 19, quando viu o primeiro show, nem era fã.

Minha irmã Raquel — que era caída pelo ídolo — e minha mãe insistiram para irmos ao show, no Canecão (Rio). Mas foi noutra apresentação, em Belo Horizonte, no Palácio das Artes, que tudo se firmou”, explica a viúva. Falou mais alto o encanto pelo homem que, no documentário sobre música brega Vou rifar meu coração (recém-estreado nas telas), ressalta a lástima sentida por qualquer amante que nunca tenha dado flores a uma mulher.

Idas sistemáticas a sebos, para a coleta de tudo que fosse relacionado a Wando, fizeram parte da rotina de Renata, anteriores, talvez, ao momento mais intenso de ousadia: uma calcinha de renda foi sacada da bolsa e parou nas mãos do cantor que entoou Nas curvas do seu corpo. “Ele era carismático demais, em dois minutos te conquistava. É como o Carlos Colla (compositor de vários sucessos de Roberto Carlos) cravou: Wando era único”, observa, para emendar com perceptível timidez: “Dizem que ele era muito apaixonado por mim”.

Curiosamente, somente depois de um longo desencontro — no qual Wando seguiu consolidado na música e Renata chegou a se casar e ficar viúva —, a antiga paixão, inflamada à base de Tenda dos prazeres, foi reacesa. “A gente se gostava muito, mas naquele período não era o momento. Recomeçamos maduros”, avalia.

Nascido em Cajuri (MG), Wando morreu quase três semanas depois do quinto aniversário da filha Maria Sabrina. “A festa foi significativa, algo me disse para fotografar, senão a gente não teria registros de felicidade. Depois de uns dias, ele passou mal, foi internado, e fiquei 12 dias com ele, pelo dia inteiro. Ele morreu, comigo”, diz a psicóloga. No atual momento, Renata busca “lutar pela memória de Wando e pela dignidade da minha filha”.

Enquanto enfrenta problemas na Justiça, confrontada com os demais herdeiros (“Nada que não tenha solução no entendimento”, sublinha), Renata Costa Lana e Souza — que tem registros fotográficos de objetos que não estão em sua posse (como a coleção de violões) — começa a vislumbrar a possibilidade de estabelecer um memorial num lugar “bem astral”, como o Rio, ou “num centro muito importante para a música”, como Belo Horizonte. “Fiquei satisfeita que o enterro tenha sido em Minas. Ele era muito mineiro: aquele tipo come-quieto, que não fazia nada de alarde.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

PEDRO MORAES - ENTREVISTA EXCLUSIVA

Artista que vem galgando espaços cada vez mais significativos no exterior, Pedro Moraes vem apresentando "Claroescuro", álbum conceitual que retrata a genuína diversidade cultural existente em nosso país perpassando por alguns dos diversos ritmos que constituem nossa música.

Por Bruno Negromonte


Recentemente apresentamos ao público leitor do Musicaria Brasil o cantor e compositor carioca Pedro Moraes, artista que vem ganhando um significativo espaço no cenário musical internacional em países como os Estados Unidos e a índia, onde teve seu álbum lançado pelo selo Rock´nd Raaga, sendo o primeiro álbum brasileiro a ser distribuído por terras indianas. Por falar em América do Norte, o jornal norte-americano Boston Globe, já é um dos dez melhores cd's, a nível mundial, deste ano. No Brasil, Pedro ganhou notoriedade a nível nacional desde a sua participação no programa "Som Brasil" onde interpretou dois clássicos de seu conterrâneo Cartola e participou de grupos como o Umbandocomo vocalista do "É com esse que eu vou", grupo expoente da nova geração do samba no bairro carioca da Lapa como pode-se conferir a partir da matéria A CATARSE MUSICAL DE PEDRO MORAESGentilmente, Pedro nos concedeu esta pequena entrevista onde fala, dentre outras coisas, receio para a receptividade do próximo registro fonográfico e de como o seu trabalho chegou a ser lançado na índia, como vocês podem conferir no bate-papo a seguir! Boa leitura!



A música o acompanha desde a infância ou foi algo que só veio a surgir em um dado momento de sua vida? Como se deu o seu envolvimento tanto com a composição quanto com o instrumento?

Pedro Moraes - Meus pais se conheceram num samba de roda, na Bahia. Minha mãe, então estudante de medicina, espraiando seus solares dotes vocais para (é o que diz a lenda familiar, sempre mais interessante do que os fatos) pagar mais uma rodada de cerveja a seus amigos, e meu pai, o aparente turista que saca de um agogô e... bom, pode-se dizer que a música surgiu na minha vida anos antes da própria vida.
Crescendo, sempre se ouviu e tocou muita música em casa. Música brasileira, samba, choro, clássicos... principalmente do período Barroco ao Romântico (a música erudita do século XX entrou no meu radar bem mais tarde). Os primeiros acordes ao violão, foi meu pai quem ensinou.
A composição veio mais tarde. As primeiras canções... tinha já uns dezoito anos. E a idéia de que poderia vir a tornar-me um músico profissional ainda tardaria bastante a se manifestar. Boa parte dos meus amigos músicos já tinham sua banda de rock, ou animavam a roda de violão em sua adolescência. Eu era um tímido.


Em sua biografia artística conta que você chegou a apresentar-se nas noites cariocas nos mais diversos locais. Você chegou a utilizar essas suas apresentações nos bares e afins do Rio de Janeiro como laboratório de algumas composições suas? Se sim, como era a reação do público presente?

PM - Quando sentia confiança, lançava canções minhas entre os clássicos... A reação geral não revelava muito. Na chamada noite, a maior parte das pessoas está mais ocupada com seus copos e papos e flertes do que com a música... a não ser que esta seja imediatamente interativa (sirva para dançar ou cantar junto).
No entanto, sempre havia uma ou outra pessoa mais atenta que vinha falar comigo, às vezes genuinamente emocionada: "aquela música era sua mesmo?" E fui com isso aprendendo que minhas canções tinham mais vocação para tocar indivíduos atentos do que agitar imediatamente públicos aleatórios... De lá pra cá, mesmo tendo aprendido uns tantos truques do ofício da coletividade, aqueles indivíduos atentos seguem sendo meu foco e meu norte.


A intérprete de jazz mexicana Magos Herrera impulsionou a sua carreira (que encontrava-se ainda, de certo modo, no início) quando resolveu gravar duas composições de sua autoria. Como chegou ao conhecimento dela as suas composições?

PM - Quando Magos me conheceu, de fato não havia ainda uma "carreira". Pensava que viria a ser um psicólogo, um professor, um intelectual... Eu havia tirado um ano sabático de minha faculdade de Psicologia, estava vivendo na Índia, e foi lá que a conheci, apresentado por amigos em comum que haviam ouvido, e gostado, de canções minhas. Ela buscava repertório para seu primeiro CD de carreira e, apaixonada por música brasileira (Magos é casada com um baterista de São Paulo, e fala um português excelente!) encontrou nas minhas canções uma expressão contemporânea daquela MPB que era um norte tão central para seu projeto.

Alguns meses depois, recebi um e-mail dela (de onde eu estava, precisava viajar uns quarenta minutos de riquixá até a Lan House mais próxima, o que multiplicava a emoção das notícias) pedindo permissão para gravar as canções. Uma delas, Xote de Manhã, faz parte do Claroescuro.

Por falar em exterior, por lá a sua carreira tem sido bastante exitosa, chegando inclusive a alcançar países como Sri Lanka e a índia. Falo isso porque o seu disco, tornou-se o primeiro álbum brasileiro a ser distribuído por um selo indiano: o Rock´nd Raaga. Como essa distribuição aconteceu?

PM - Fui convidado, em 2008, pelas Embaixadas Brasileiras na Índia e Sri Lanka para uma turnê de apresentações por aqueles dois países, em festivais de cultura que estavam acontecendo por lá. O dono do selo me conheceu num show em Goa (estado da Índia que mais lembra o Brasil, com suas igrejas coloniais portuguesas, praias, e uns tantos habitantes que ainda falam Português) e fez a proposta. Não tenho certeza de como foi a carreira do disco por lá, mas deve ter falado a um mercado bem específico... Os indianos não têm muito contato com a música ocidental, e o que sabem do Brasil é pouco mais do que "Ronaldo, Ronaldinho, Kaká" etc... Mas não deixa de ser um símbolo forte, o de plantar uma bandeirinha naquele país que, em termos populacionais, são quatro Brasis!!

Apesar de você ser carioca, há em algumas composições suas uma proximidade muito evidente com o Nordeste tanto na sonoridade (xotes e frevos) quanto nas participações presentes no álbum (Alcione e André Rio). Conte-nos um pouco sobre essa sua relação com essa região do nosso país.

PM - Bom, além dessa relação forte com a Bahia (minha mãe e minha mulher são baianas), o sentido musical nordestino sempre foi vital na minha biografia auditiva e autoral. Na minha primeira viagem ao Recife, fui virado ao avesso pela potência, pelo lirismo, pela inteligência do que se faz por lá. A melancolia do frevo canção, o modalismo com aquela tristeza árabe/ibérica do baião... tudo isso formava a camada primeira, a tampa da panela de pressão: natural que o CD de estréia fosse carregado dessas cores!

Do período anterior a sua carreira solo você traz as experiências pela passagem dos grupos Umbando, além de também participar, como vocalista, do "É com esse que eu vou", grupo expoente de uma nova geração que vem surgindo no reduto do samba, o tradicional bairro carioca da Lapa. Você chegou a trazer dessas experiências anteriores algo que reflete-se hoje no “Claroescuro”?

PM - Sem dúvida! O Umbando foi a primeira convivência próxima com compositores, que também eram músicos e instrumentistas muito mais experientes do que eu -- Rodrigo Penna Firme e Christiano Sauer, irmãos queridos. O sentido da montagem carinhosa, cerebral, de uma canção em sua estrutura-arranjo, o fazer parte de um organismo muito maior do que meu corpo e minha voz, uma banda -- isto aprendi com o Umbando. O "É com esse" me jogou no mundo como violonista e intérprete, me ensinou a esperteza do baile, da pulsação do público, da narrativa do prazer. Foi, digamos, minha faculdade de música. Com o "É com esse" conheci minhas primeiras turnês, meus primeiros palcos grandes, e minha primeira gravação profissional, o disco Samba do Baú, com direção musical de Afonso Machado, um verdadeiro mestre arranjador do samba e do choro.

No “Claroescuro” há duas regravações: “Dora” (Dorival Caymmi)  e "With a little help from my friends" (Lennon e MCartney) como se deu a escolha dessas duas únicas regravações do álbum?

PM - Foram as últimas canções a entrarem no repertório, encerrando o processo de anos como "work in progress", com sucessivas tiragens e pré-lançamentos do Claroescuro... São gravações com humor e afeto de duas referências e diretrizes clássicas, metonímias do eixo da grande canção brasileira (Caymmi, o gênio da raça), e do eixo internacionalista, diria que, de certo modo, tropicalista, que também está presente na minha formação musical, os Beatles.

Como foi receber a notícia que o jornal norte-americano Boston Globe havia eleito o seu disco como um dos dez melhores cd's, a nível mundial, de 2012?

PM - Para ser justo, vale dizer que a lista se referia à categoria (muito curiosa) de CDs de world music... que é a categoria que abraça tudo o que é música popular não anglo-saxônica. Foi uma alegria imensa! Principalmente por sentir que o Claroescuro não é um disco que só me diz respeito, mas que carrega a musicalidade e o amor de muitos e muitos artistas que realmente costuraram o corpo à alma do disco. Faço questão de citar Armando Lôbo, Thiago Amud, Daniel Marques, Ricardo Sá Reston e Marcelo Caldi, que criaram ou contribuíram decisivamente com os arranjos e a produção musical do CD. Levar o Claroescuro mundo afora também significa levar um pouco da potência musical destes e de muitos outros artistas que eu admiro e de quem eu tenho orgulho imenso para ouvidos abertos mundo afora.

A divulgação do “Claroescuro” vem ocorrendo em diversas capitais brasileiras, além de diversos países mundo a fora. Há, de sua parte, a intenção da captação de imagens para um possível dvd ou alguma coisa nesse sentido?

PM - Venho captando imagens de shows, com a melhor qualidade que posso, tanto no Brasil quanto no exterior, e até o fim deste ano, vou disponibilizar uma série de vídeos -- que, de certa forma, retratam a biografia do Claroescuro -- gratuitamente através da internet.

Esse seu primeiro registro fonográfico teve, digamos, uma depuração interessante até chegar a versão definitiva que hoje se encontra sempre elogiado tanto pela crítica especializada quanto também pelo público. Toda essa receptividade não gera, de certo modo, um certo receio para o próximo registro fonográfico?

PM - Confesso que já estou ansioso para entrar em estúdio e gravar meu próximo CD. Não tenho receios quanto à receptividade futura -- ela é sempre uma incógnita -- mas sim o receio que assoma a cada vez que uma folha em branco, uma nova canção, enfrenta minha própria exigência, cada vez mais alta. Às vezes sinto que estou exigindo demais do mistério. Mas não posso evitar.



Maiores Informações:
Sites Oficiais:
Twitter - @claroescuro

Contato:
Assessoria de Imprensa - Fabiane Pereira | Valentina Assessoria de Comunicação e Marketing:
fabiane.pereira@valentinacomunicacao.com.br?
Tel.:(21) 9844.1130 - (21) 8248.5000


O álbum pode ser adquirido através dos seguintes endereços:


Livraria Cultura:

Saraiva:


Salvador (BA):
Livraria Cultura

Fortaleza (CE):
Livraria Cultura

Brasília (DF):
Livraria Cultura - Brasilia - Tel: 0 XX (61) 3410-4033
Livraria Cultura - Brasilia / Lago Norte

Belo Horizonte (MG):
Saraiva MegaStore Independência Shopping
Avenida Independência, 3600
CEP: 36025-290 - Juiz de Fora - MG
Telefone: (32) 3241-2099
Fax: (32) 3241-1614

Saraiva Megastore Shopping Diamond Mall
Av. Olegario Maciel, 1600 - Lojas 16 a 21 - Nivel Bernardo Guimarães Lourdes
CEP: 30180-111 - Belo Horizonte - MG
Telefone: (31) 3292-9363 / (31) 3292-9373
Fax: (31) 3292-9124

Saraiva MegaStore Center Shopping Uberlândia
Av. João Naves de Ávila, 1331 - Santa Monica
CEP: 38400-100 - Uberlândia - MG
Telefone: (34) 3210-1068 / (34) 3210-3319
Fax: (31) 3292-9124


Recife (PE):
Passadisco - Tel: 81 3268 0888

Rio de Janeiro (RJ):
FNAC Barra - Tel: 21 2109-2000
Livraria Cultura

Porto Alegre (RS):
Liv. Cultura RS - Tel: 51 3028-4033

São Paulo (Capital) (SP):
FNAC - Tel: 11 4501-3000
Liv.Cultura - Market Place - Tel: 11 3474-4033
Livraria Cultura - Paulista - Tel: 11 3170-4033
Livraria Cultura - Shopp Bourbon Pompeia - Tel:
Livraria Cultura - Villa-Lobos - Tel: 11 3024-3599


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sábado, 13 de outubro de 2012

MILTON NASCIMENTO, 70 ANOS

Por Maria Dolores*


Dia vinte e seis de outubro de 1942, seis horas da tarde, a hora do ângelus. Na rádio toca a Ave Maria e nos corredores da Casa de Saúde de Laranjeiras um choro divide o silêncio com a melodia. É um bebê que acaba de nascer, seu nome: Milton do Nascimento...

Milton Nascimento passou os dois primeiros anos da sua vida num sobrado na rua Conde de Bonfim, na Tijuca, Rio de Janeiro, onde sua mãe, Maria do Carmo do Nascimento, trabalhava como doméstica. Desde o primeiro dia em que chegou ali, recém-nascido, tornou-se membro da família Pitta Silva, apadrinhado pelos donos da casa, Edgard e Augusta, e criado sob os cuidados e o carinho das filhas do casal, Lília e Dulce, principalmente Lília. Era ela quem passava a maior parte do tempo na companhia do menino e que lhe deu o apelido de Bituca, em uma referência aos bicos que fazia ao ser contrariado. Foi nesses primeiros anos, cercado pelo amor da mãe e das pessoas da família, que Milton começou a mostrar seu entrosamento com a música, ao descobrir o piano antes mesmo de completar um ano. Bastava Lília iniciar seus estudos no instrumento e o pequeno engatinhava até ela, ficava de pé, apoiando-se no banquinho, e balançava o corpo no ritmo da melodia. Ela então o colocava sobre o colo para que ele pudesse se divertir, brincando com as teclas brancas e pretas do instrumento.





Em 1945, com pouco mais de dois anos de idade, a vida de Milton vira de ponta cabeça. Sua mãe morre em decorrência de uma tuberculose e ele vai morar com a avó materna na cidade mineira de Juiz de Fora. É a primeira vez que se vê longe do sobrado da Conde de Bonfim e, apesar do carinho da avó biológica, não consegue se adaptar ao novo lar. A sensação é de tristeza, e banzo. Com saudades da antiga família, passa parte do dia sentado na calçada, na esperança de que alguém vá buscá-lo. Lília, que havia se casado e mudado para Três Pontas, ao sul de Minas Gerais, sente que algo não vai bem com Milton. Conversa com o marido Josino e os pais Augusta e Edgard. O jovem casal vai então a Juiz de Fora pedir à avó do garoto que o deixe morar com eles. Assim a nova família segue o caminho de volta para a pequena cidade de Minas Gerais. 

Apesar de enfrentar o preconceito por ser um negro criado por uma família de brancos, Milton tem uma infância feliz no interior mineiro, rodeado por amigos, e pela música. Se antes sua vocação musical se revelava apenas nas brincadeiras com o piano, em Três Pontas passa a ocupar a maior parte do seu tempo. Aos cinco anos ganha uma gaita dos pais e, pouco depois, uma sanfona de quatro baixos. Sua diversão preferida é sentar-se na escada da varanda da casa e tocar a sanfona e a gaita ao mesmo tempo, com ajuda dos joelhos para segurar a gaita. Como os instrumentos possuem poucos recursos, completa as notas ausentes com a voz. Da varanda passa para os palcos das quermesses, acompanhando a mãe Lília. E é ainda na varanda onde ensaia os primeiros passos como compositor, criando histórias musicais que divertem os amigos e vizinhos. Um deles, Wagner Tiso, esconde-se na serraria em frente à casa de Milton para ouvi-lo tocar. Mas é só na adolescência que os dois se tornam amigos e montam o grupo vocal “Luar de Prata”, justamente quando Milton ganha seu primeiro violão. Na verdade, o instrumento havia sido um presente de sua avó e madrinha Augusta para a filha Lília. Entretanto, é ele quem recebe a encomenda e a leva direto para o quarto. Empolgado ao vê-lo tocar e dono de uma oficina elétrica, Josino eletrifica o violão do filho. 



O “Luar de Prata” apresenta-se em bailes da cidade e região, e faz uma participação na Rádio Clube Três Pontas, cantando sucessos dos The Platters, boleros, música americana e tchá tchá tchá. O grupo evolui para “Milton Nascimento e Seu Conjunto” e no início da década de sessenta Milton e Wagner montam com outros amigos o “W’s Boys”, em Alfenas. Em razão da banda Milton muda seu nome artístico para Wilton. Fazem tanto sucesso que os dois são convidados a integrar o “Conjunto Holliday”, liderado por Rogério Lacerda, em Belo Horizonte. Em 1963, ao terminar o curso de comércio, iniciado após o ginasial, o carioca então definitivamente mineiro muda-se para Belo Horizonte e instala-se em uma pensão do Edifício Levy, onde conhece a família Borges. Além do “Holliday”, integra o conjunto de bailes “Célio Balona”. O que ganha como músico, entretanto, não é suficiente para se manter, por isso trabalha durante o dia como datilógrafo em um escritório das Centrais Elétricas de Furnas.


Em 1964 monta com Wagner Tiso e Paulinho Braga o “Berimbau Trio”, no qual estréia como contrabaixista. No intervalo de uma das apresentações do grupo faz amizade com Márcio Borges, que o incentiva a compor. Milton resiste e só depois de assistir a três sessões seguidas do filme “Jules et Jim”, de François Truffaut, compõe suas três primeiras músicas, parcerias com Márcio: “Crença”, “Novena” e “Gira Girou”. Ainda nesse período grava o compacto “Barulho de Trem”, com o Holliday, e o elepê “Quarteto Sambacana”, com Pacífico Mascarenhas. Em 1966 participa do Festival Berimbau de Ouro, em São Paulo, defendendo “Cidade Vazia”, de Baden Powell e Lula Freire. Fica em quarto lugar e decide se transferir para a cidade. No mesmo ano, Elis Regina grava “Canção do Sal”. Apesar de começar a ser reconhecido pelo meio musical, Milton passa muitas dificuldades em São Paulo. Para tentar animá-lo, os irmãos Adilson e Amílton Godoy, de quem havia se tornado amigo, levam-no a um centro espírita no dia da festa de São Cosme e Damião. Lá, Milton é avisado por uma entidade que sua vida passará por uma reviravolta em pouco tempo.


No entanto, ele não está disposto a buscar nos festivais o trampolim para a reviravolta anunciada. Decepcionado com o clima competitivo dos eventos, decide nunca mais participar de um, mas em 1967 conhece Agostinho dos Santos durante uma de suas apresentações em um bar da capital paulista. Agostinho, a pretexto de gravar em seu próprio disco, pede ao novo amigo uma fita com três músicas e as inscreve no Festival Internacional da Canção. As três são classificadas, Milton é eleito melhor intérprete e uma delas, “Travessia”, fica em segundo lugar, tornando-se uma das músicas mais conhecidas e gravadas de Milton, no Brasil e no exterior. A partir de então, a carreira de Milton Nascimento deslancha. O mineiro que havia subido ao palco do FIC como um estreante com o mérito de ter classificado três músicas sai como um nome de peso da música brasileira, com contratos para gravar no Brasil e nos Estados Unidos.





Os primeiros discos reafirmam-no como compositor inovador e intérprete excepcional. Com o terceiro elepê, “Milton”, em 1970, suas músicas têm uma guinada pop/rock com a entrada do grupo “Som Imaginário”, que o acompanha com guitarras elétricas e teclados. Dois anos depois o trabalho, sempre em conjunto com os parceiros e amigos, com Lô Borges principalmente, culmina no álbum duplo “Clube da Esquina”, que acaba por batizar um dos maiores e mais importantes movimentos da Música Popular Brasileira. Nos anos seguintes o “clube” se expande e surgem novos membros, de velhos amigos a estrelas internacionais, como Wayne Shorter, Herbie Hancock, James Taylor, Jon Anderson, Naná Vasconcelos, Ron Carter, Peter Gabriel, Pat Metheny, Gil Goldstein, Jack Dejohnette, Mercedes Soza, Fito Paez, Hubert Law, Sting, Paul Simon e Duran,Duran. Maurice White, do grupo “Earth, Wind and Fire” declarou que tanto as músicas quanto o conjunto foram inspirados nos falsetes de Milton Nascimento.




Em quase cinco décadas de carreira desde o FIC e “Travessia” Milton Nascimento se consolida como um dos mais expressivos e importantes compositores e intérpretes, no Brasil e em todo o mundo. Em 1990 torna-se o primeiro brasileiro a chegar ao topo da lista de World Music da Revista “Billboard”, com o álbum “Txai”, e nos dois anos seguintes é escolhido o “World Beat Artist of the Year” pela revista “DownBeat”, sendo eleito no primeiro ano pelo público, e no ano seguinte, pelos críticos. Com um Grammy em 1998, por seu disco “Nascimento”, Grammys Latinos e inúmeros outros prêmios importantes no Brasil e no exterior, mas, sobretudo por fazer parte da vida e dos sonhos de pessoas de todos os cantos, indo aonde o povo está, sua música se firma nas esquinas do mundo e se propaga, construindo uma das histórias mais sólidas e férteis da música contemporânea, com muitas páginas por serem escritas. 

*Autora do livro “Travessia – A vida de Milton Nascimento”.






Discografia Oficial

Barulho de trem - Conjunto Holiday (Compacto - 1964)
Faixas:
01 - Barulho de trem (Samba) (Milton Nascimento)
02 - Aconteceu (Samba) (Milton Nascimento - Wagner Tiso)
03 - Férias (Chá chá chá) (Wagner Tiso)
04 - Noite Triste (Samba-canção) (Milton Nascimento e Mauro Oliveira)



Milton Nascimento (1967)


Faixas:
01 - Travessia (M. Nascimento e Fernando Brant)
02 - Três Pontas (M. Nascimento e Ronaldo Bastos)
03 - Crença (M. Nascimento e Marcio Hilton Borges)
04 - Irmão de fé (M. Nascimento e Marcio Hilton Borges)
05 - Canção do sal (Milton Nascimento)
06 - Catavento (Instrumental) (Milton Nascimento)
07 - Morro Velho (Milton Nascimento)
08 - Gira, girou (M. Nascimento e Marcio Hilton Borges)
09 - Maria, minha fé (Milton Nascimento)
10 - Outubro (M. Nascimento e Fernando Brant)


Courage (1969)

Faixas:
01 - Bridges (Travessia) (Milton Nascimento, Fernando Brant e Gene Lees)
02 - Vera Cruz (Milton Nascimento e Márcio Borges)
03 - Três Pontas (Milton Nascimento e Fernando Brant)
04 - Outubro (October) (M. Nascimento e Fernando Brant)
05 - Courage (Milton Nascimento, Márcio Borges e Paul Williams)

06 - Rio Vermelho (Milton Nascimento, Danilo Caymmi e Ronaldo Bastos)
07 - Gira Girou (Round and Round) (Milton Nascimento e Marcio Borges)
08 - Morro Velho (Milton Nascimento)
09 - Catavento (Milton Nascimento)
10 - Canção do Sol (Milton Nascimento)




Milton Nascimento (1969)
Faixas:
01 - Sentinela (M. Nascimento - F. Brant)
02 - Rosa do ventre (M. Nascimento - F. Brant)
03 - Pescaria (Dorival Caymmi) / O mar é meu chão (Dori Caymmi-Nelson Motta)
04 - Tarde (Márcio Borges - M. Nascimento)
05 - Beco do Mota (M. Nascimento - F. Brant)
06 - Pai Grande (Milton Nascimento)
07 - Quatro luas (Nelson Ângelo - Ronaldo Bastos)
08 - Sunset Marquis 333 Los Angeles (M. Nascimento - F. Brant)
09 - Aqui, oh! (Toninho Horta - F. Brant)
10 - Travessia (M. Nascimento - F. Brant)


Milton  (1970)
Faixas:
01 - Para Lennon e McCartney (Márcio Borges - Lô Borges - Fernando Brant)
02 - Amigo, amiga (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
03 - Maria Três Filhos (Milton Nascimento - Fernando Brant)
04 - Clube da Esquina (Márcio Borges - Lô Borges - Milton Nascimento)
05 - Canto latino (Ruy Guerra - Milton Nascimento)
06 - Durango Kid (Toninho Horta - Fernando Brant)
07 - Pai Grande (Milton Nascimento)
08 - Alunar (Márcio Borges - Lô Borges)
09 - A felicidade (Tom Jobim - Vinícius de Moraes)
10 - Tema de Tostão (Milton Nascimento)
11 - O homem da sucursal (Milton Nascimento - Fernando Brant)
12 - Aqui é o país do futebol (Milton Nascimento - Fernando Brant)
13 - O jogo (Pacífico Mascarenhas)



Clube da Esquina (1972)

Faixas:
01 - Tudo que você podia ser (Márcio Borges - Lô Borges)
02 - Cais (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
03 - O trem azul (Lô Borges - Ronaldo Bastos)
04 - Saídas e Bandeiras nº 1 (Milton Nascimento - Fernando Brant)
05 - Nuvem cigana (Lô Borges - Ronaldo Bastos)
06 - Cravo e canela (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos) (Interpretação: Lô Borges / Milton Nascimento)
07 - Dos cruces (Carmelo Larrea)
08 - Um girassol da cor de seu cabelo (Márcio Borges - Lô Borges)
09 - San Vicente (Milton Nascimento - Fernando Brant)
10 - Estrelas (Márcio Borges - Lô Borges)
11 - Clube da Esquina nº 2 (Lô Borges - Milton Nascimento)
12 - Paisagem na janela (Lô Borges - Fernando Brant)
13 - Me deixa em paz (Ayrton Amorim - Monsueto) (Interpretação: Alaíde Costa / Milton Nascimento)
14 - Os povos (Márcio Borges - Milton Nascimento)
15 - Saídas e Bandeiras nº 2 (Milton Nascimento - Fernando Brant)
16 - Um gôsto de Sol (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
17 - Pelo amor de Deus (Milton Nascimento - Fernando Brant)
18 - Lilia (Milton Nascimento - Fernando Brant)
19 - Trem de doido (Márcio Borges - Lô Borges)
20 - Nada será como antes (M. Nascimento - Ronaldo Bastos)
21 - Ao que vai nascer (M. Nascimento - F. Brant)


Milagres dos peixes (1973)

Faixas:
01 - Os escravos de Jó (Milton Nascimento-Fernando Brant)
02 - Carlos, Lúcia, Chico e Tiago (Milton Nascimento)
03 - Milagre dos peixes(Milton Nascimento - Fernando Brant)
04 - A chamada (Milton Nascimento)
05 - Pablo nº 2 (Milton Nascimento-Ronaldo Bastos)
06 - Tema dos Deuses (Milton Nascimento)
07 - Hoje é dia de El-rey (Márcio Borges-Milton Nascimento)
08 - A última sessão de música (Milton Nascimento)
09 - Cadê (Ruy Guerra-Milton Nascimento)
10 - Sacramento (Milton Nascimento-Nelson Ângelo)
11 - Pablo (Milton Nascimento-Ronaldo Bastos)



Milagres dos Peixes (Ao vivo)

Faixas:
01 - A matança do porco - (Milton Nascimento)
• Xá-mate - (Wagner Tiso-Nivaldo Ornelas)
02 - Bodas - (Ruy Guerra - Milton Nascimento)
03 - Milagre dos peixes - (Milton Nascimento - Fernando Brant)
04 - Outubro - (Milton Nascimento - Fernando Brant)
05 - Sacramento - (Milton Nascimento - Nelson Ângelo)
06 - Nada será como antes - (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
07 - Hoje é dia de el rey - (Márcio Borges - Milton Nascimento)
08 - Sabe você - (Carlos Lyra - Vinicius de Moraes)
09 - Viola violar - (Márcio Borges - Milton Nascimento)
10 - Cais - (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
11 - Clube da esquina - (Márcio Borges - Lô Borges - Milton Nascimento)
12 - Tema dos deuses - (Milton Nascimento)
13 - A última sessão de música - (Milton Nascimento)
14 - San Vicente - (Milton Nascimento - Fernando Brant)
15 - Chove lá fora - (Tito Madi)
16 - Pablo - (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)


Minas (1975)

Faixas:
01 - Minas (Novelli)
02 - Fé cega faca amolada (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
03 - Beijo partido (Toninho Horta)
04 - Saudade dos aviões da Panair (Conversando no bar) (Milton Nascimento - Fernando Brant)
05 - Gran Circo (Márcio Borges - Milton Nascimento)
06 - Ponta de Areia (Milton Nascimento - Fernando Brant)
07 - Trastevere (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
08 - Idolatrada (Milton Nascimento - Fernando Brant)
09 - Leila (Venha ser feliz) (Milton Nascimento)
10 - Paula e Bebeto (Caetano Veloso - Milton Nascimento)
11 - Simples (Nelson Ângelo)
12 - Norwegian wood (McCartney - Lennon)
13 - Caso você queira saber (Márcio Borges - Beto Guedes)




Wayne Shorter e Milton Nascimento – Native Dancer (1975)


Faixas:
01 - Ponta de Areia (Milton Nascimento, Fernando Brant)
02 - Beauty and the beast (Wayne Sorther)
03 - Tarde (Milton Nascimento, Fernando Brant)
04 - Miracle of the fishes (Milton Nascimento, Fernando Brant)
05 - Diana (Wayne Shorter)
06 - From the lonely afternoons (Milton Nascimento, Fernando Brant)
07 - Ana Maria (Wayne Shorter)
08 - Lilia (Milton Nascimento)
09 - Joanna's theme (Herbie Hancock)



Milton (1976)

Faixas:
01 - Raça - (Race) (Milton Nascimento - Fernando Brant)
02 - Fairy tale song - (Cadê) (Ruy Guerra - Milton Nascimento)
03 - Francisco - (Milton Nascimento)
04 - Nothing will be as it was - (Nada será como antes) (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
05 - Cravo e canela - (Clove and cinnamon) (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
06 - The call - (A chamada) (Milton Nascimento)
07 - One coin - (Tema de Tostão) (Milton Nascimento)
Participação: Maria de Fátima
08 - Saídas e Bandeiras - (Exits and Flags) (Milton Nascimento - Fernando Brant)
09 - Os povos - (The people) (Márcio Borges - Milton Nascimento)


Geraes (1976)

Faixas:
01 - Fazenda (Nelson Ângelo)
02 - Calix Bento (Folclore)
03 - Volver a los 17 (Violeta Parra)
04 - Menino (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
05 - O que será (À flor da pele) (Chico Buarque)
06 - Carro de boi (Cacaso - Maurício Tapajós)
07 - Caldera (Nelson Araya)
08 - Promessas do Sol (Milton Nascimento - Fernando Brant)
09 - Viver de amor (Toninho Horta - Ronaldo Bastos)
10 - Lua girou (Folclore)
11 - Circo Marimbondo (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
12 - Minas Geraes (Novelli - Ronaldo Bastos)
13 - Primeiro de maio (Chico Buarque - Milton Nascimento)
14 - O cio da terra (Chico Buarque - Milton Nascimento)



Milton Nascimento & Chico Buarque - Compacto Simples (1977)

Faixas:
01 - Cio da Terra
02 - Primeiro de Maio


Clube da esquina 2


Faixas - Disco 01:
01 - Credo (Milton Nascimento - Fernando Brant)
02 - Nascente (Flávio Venturini - Murilo Antunes)
03 - Ruas da cidade (Márcio Borges - Lô Borges)
04 - Paixão e fé (Tavinho Moura - Fernando Brant)
05 - Casamiento de negros (Polo Cabrera - Folclore)
06 - Olho d'água (Paulo Jobim - Ronaldo Bastos)
07 - Canoa, canoa (Nelson Ângelo - Fernando Brant)
08 - O que foi feito deverá (Milton Nascimento - Fernando Brant)
• O que foi feito de Vera (Milton Nascimento-Márcio Borges)
09 - Mistérios (Maurício Maestro - Joyce)
10 - Pão e água (Márcio Borges - Roger Mota - Lô Borges)
11 - E daí (Ruy Guerra - Milton Nascimento)


Faixas - Disco 02:
01 - Canção amiga (Milton Nascimento)
02 - Cancion por la unidad de Latino America (Pablo Milanes - Chico Buarque)
03 - Tanto (Beto Guedes - Ronaldo Bastos)
04 - Dona Olímpia (Your moon) (Toninho Horta - Ronaldo Bastos)
05 - Testamento (Milton Nascimento - Nelson Ângelo)
06 - A sede do peixe (Para o que não tem solução) (Márcio Borges - Milton Nascimento)
07 - Léo (Chico Buarque - Milton Nascimento)
08 - Maria, Maria (Milton Nascimento - Fernando Brant)
09 - Meu menino (Ana Terra - Danilo Caymmi)
10 - Toshiro (Novelli)
11 - Reis e rainhas do maracatu (Tema dos Estudantes do Samba de Três Pontas)
(Novelli - Fran - Milton Nascimento - Nelson Ângelo)
12 - Que bom, amigo (Milton Nascimento)


Journey To Down (1979)

Faixas:
01 - Pablo II (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
• Pablo (Milton Nascimento-Ronaldo Bastos-Jim Price)
02 - Idolatrada (Milton Nascimento - Fernando Brant)
03 - Maria Maria (Milton Nascimento - Fernando Brant)
04 - Journey to dawn (Márcio Borges - Milton Nascimento)
05 - O cio da terra (Chico Buarque - Milton Nascimento)
06 - Paula e Bebeto (Caetano Veloso - Milton Nascimento)
07 - Maria três filhos (Milton Nascimento - Fernando Brant)
08 - Credo (Milton Nascimento - Fernando Brant)
09 - A louca (Milton Nascimento)


Sentinela (1980)



Faixas:
01 - O velho (Vinheta) (Milton Nascimento)
02 - Peixinhos do mar (Folclore)
03 - Tudo (H. Fattoruso - R. Rada - Milton Nascimento)
04 - Canção da América (Milton Nascimento - Fernando Brant)
05 - Sueño con serpientes (Silvio Rodrigues)
06 - Roupa Nova (Milton Nascimento - Fernando Brant)
07 - Povo da raça Brasil (Vinheta) (Milton Nascimento - Fernando Brant)
08 - Sentinela (Milton Nascimento - Fernando Brant)
09 - Cantiga (Caicó) (Lobos - Villa - Folclore - Milton Nascimento - Teca Calazans)
10 - Bicho homem (Milton Nascimento - Fernando Brant)
11 - Itamarandiba (Milton Nascimento - Fernando Brant)
12 - Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco (Leila Diniz - Milton Nascimento)
13 - Peixinhos do mar (Vinheta) (Folclore)



Caçador de Mim (1981)

Faixas:
01 - Crescente (Wagner Tiso)
• Cavaleiros do Céu (Riders in the sky) (S.Jones-Vrs. Haroldo Barbosa)
02 - Amor amigo (Milton Nascimento - Fernando Brant)
03 - De magia, de dança e pés (Milton Nascimento)
04 - Notícias do Brasil (Os pássaros trazem) (Milton Nascimento - Fernando Brant)
05 - Vida (M.Nascimento - F.Brant)
06 - Caçador de mim (Luiz Carlos Sá - Sergio Magrão)
07 - Sonho de moço (Francis Hime - M.Nascimento)
08 - Nos bailes da vida (M.Nascimento - F.Brant)
09 - Coração civil (M.Nascimento - F.Brant)
10 - Bela bela (Ferreira Gullar - M.Nascimento)


Missa Dos Quilombos (1982)
Faixas:
01 - Abertura:
• Trancados na noite (Texto: P. Tierra)
• Peixinhos do mar (Adpt. Tavinho Moura)
• Marcha e canto a Maria (Adpt. Paulinho Carvalho)
• Baridjumokô - Povo Kayapó do A-Ukre (Paulinho Paiakan)
02 - A de ó (Estamos chegando) (Pedro Tierra - Pedro Casaldáliga - Milton Nascimento)
03 - Em nome de Deus (P.Tierra - P.Casaldáliga - M.Nascimento)
04 - Rito penitencial (Kyrie) (P.Tierra - P.Casaldáliga - M.Nascimento)
05 - Aleluiá (P.Tierra - P.Casaldáliga - M.Nascimento)
06 - Ofertório (P.Tierra - P.Casaldáliga - M.Nascimento)
07 - O Senhor é santo (P.Tierra - P.Casaldáliga - M.Nascimento)
08 - Rito da paz (Pedro Tierra - Pedro Casaldáliga - Milton Nascimento)
09 - Comunhão (Milton Nascimento)
10 - Raça (M.Nascimento - F.Brant)
11 - Ladainha (P.Tierra - P.Casaldáliga - M.Nascimento)
12 - Louvação à Mariana (P.Tierra - P.Casaldáliga - M.Nascimento)
13 - Marcha fina (De Banzo e de esperança) (M.Nascimento)
• Invocação à Mariama (D. Hélder Câmara)
14 - Pai Grande (M.Nascimento)
15 - Ony Saruê (Adpt. Negreiros)



Ânima - 1982



Faixas:
01 - Evocação das montanhas (Poema sonoro) (Henrique de Curitiba)
02 - Teia de renda (Tulio Mourão - Milton Nascimento)
03 - Ânima (Milton Nascimento - Zé Renato)
04 - Olha (Milton Nascimento)
05 - Coração brasileiro (Celso Adolfo)
06 - As várias pontas de uma estrela (Caetano Veloso - Milton Nascimento)
07 - Comunhão (Milton Nascimento - Fernando Brant)
08 - Certas canções (Tunai - Milton Nascimento)
09 - Filho (Milton Nascimento - Fernando Brant)
10 - Essa voz (Milton Nascimento - Fernando Brant)
11 - No analices (Vinheta) (Cláudio Cartier - Paulo César Feital)




Milton Nascimento Ao Vivo (1983)





Faixas:
01 - Coração de estudante (Wagner Tiso - Milton Nascimento)
02 - A noite do meu bem (Dolores Duran)
03 - Paisagem na janela (Fernando Fernando Brant - Lô Borges)
04 - Cuitelinho (Folclore)
05 - Caxangá (Milton Nascimento - Fernando Brant)
06 - Nos bailes da vida (Milton Nascimento - Fernando Brant)
07 - Menestrel das Alagoas (Milton Nascimento - Fernando Brant)
08 - Brasil (Milton Nascimento - Fernando Brant)
09 - Canção do novo mundo (Beto Guedes - Ronaldo Bastos)
10 - Um gosto de sol (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)

11 - Solar (Milton Nascimento - Fernando Brant)
12 - Para Lennon e McCartney (Márcio Borges - Lô Borges - Fernando Brant)
13 - Maria Maria (Milton Nascimento - Fernando Brant)





Montreux Night - Alceu Valença, Milton Nascimento e Wagner Tiso (1983)

Faixas:
01 - No balanço da canoa (Toinho de Alagoas) - Alceu Valença
02 - Fé cega, faca amolada (Milton N. - Ronaldo Bastos) - Milton Nascimento
03 - Banda da capital (Nivaldo Ornelas - Wagner Tiso) - Wagner Tiso
04 - Talismã (Alceu Valença - Geraldo Azevedo) - Alceu Valença
05 - Casinha de buinha (Alceu Valença) - Alceu Valença
06 - Ponta de areia (Milton N. - Fernando Brant) - Milton Nascimento
07 - Pelas ruas que andei (Alceu Valença - Vicente Barreto) - Alceu Valença
08 - Balão (Kledir Ramil - Luiz Alves - Wagner Tiso) - Wagner Tiso
09 - Maria, Maria (Milton N. - Fernando Brant) - Milton Nascimento




Encontros E Despedidas (1985)

Faixas:
01 - Portal da cor (Ricardo Silveira - M. Nascimento)
02 - Caso de amor (W. Tiso - M. Nascimento)
03 - Noites do sertão (M. Nascimento - Tavinho Moura)
04 - Mar do nosso amor (Tunai - M. Nascimento)
05 - Lágrima do Sul 
(Marco Antônio Guimarães - M. Nascimento)
06 - Raça (M. Nascimento - F. Brant)
07 - Pra eu parar de me doer (Milton Nascimento - Fernando Brant)
08 - Encontros e despedidas (M. Nascimento - F. Brant)
09 - Quem perguntou por mim (M. Nascimento - Fernando Brant)
10 - A primeira estrela (Tulio Mourão - Milton Nascimento - Tavinho Moura)
11 - Vidro e corte (M. Nascimento)
12 - Rádio Experiência (Tunai - M. Nascimento)



Corazón Americano - Mercedes Sosa/León Gieco/Milton Nascimento (1984)

Faixas:
01 - Rio de las penas (Gustavo Santaolalla) (Interp. Mercedes Sosa/Leon Gieco/Gustavo Santaolalla)
02 - Cancion para Carito (Antonio Tarragó Ros-L.Gieco) (Interp. Leon Gieco)
03 - Volver a los 17 (Violeta Parra) (Interp. Milton Nascimento/Mercedes Sosa/Leon Gieco)
04 - Circo marimbondo (M.Nascimento-R.Bastos) (Interp. Milton Nascimento)
05 - Casamiento de negros (V.Parra) (Interp. Milton Nascimento/Leon Gieco)
06 - Cio da terra (C.Buarque-M.Nascimento) (Interp. Milton Nascimento/Mercedes Sosa)
07 - Cio da terra (Version hablada) (C.Buarque-M.Nascimento) (Interp. Mercedes Sosa)
08 - Sueño con serpientes (Silvio Rodrigues) (Interp. Milton Nascimento/Mercedes Sosa)
09 - San Vicente (M.Nascimento - F.Brant) (Interp. Milton Nascimento/Mercedes Sosa)
10 - Cuando tenga la tierra (D.Toro - A.Petrocelli) (Interp. Mercedes Sosa)
11 - Solo le pido a Dios (L.Gieco) (Interp. Mercedes Sosa/Leon Gieco)
12 - Corazon de estudiante (Coração de estudante) ( W.Tiso - M.Nascimento) (Interp. Milton Nascimento/Mercedes Sosa/Leon Gieoco) 




A Barca Dos Amantes (1986)

Faixas:
01 - Nuvem cigana (Lô Borges - Ronaldo Bastos)
02 - Pensamento (Milton Nascimento - Fernando Brant)
03 - Nós dois (Luiz Avelar - Milton Nascimento)
04 - Lágrima do Sul (Marco Antônio Guimarães - Milton Nascimento)
05 - Louvação a Mariana (Pedro Tierra - Pedro Casaldáliga - Milton Nascimento)
06 - Amor de índio (Beto Guedes - Ronaldo Bastos)
07 - A barca dos amantes (Sergio Godinho - Milton Nascimento)
08 - Tarde (Márcio Borges - Milton Nascimento)
09 - Maria Maria (Milton Nascimento - Fernando Brant)


Milton Nascimento & RPM - Homo Sapiens / Feito Nós


Faixas:
01 - Homo Sapiens
02 - Feito Nós



Yauaretê (1987)

Faixas:

01 - Planeta Blue (Milton Nascimento - Fernando Brant)
02 - O vendedor de sonhos (Milton Nascimento - Fernando Brant)
03 - Yauaretê (Milton Nascimento - Fernando Brant)
04 - Cidade encantada (Nelson Ayres - Milton Nascimento)
05 - Meu mestre coração (Milton Nascimento - Fernando Brant)
06 - Dança dos meninos (Marco Antônio Guimarães - Milton Nascimento)
07 - Eldorado (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
08 - Carta à República (Milton Nascimento - Fernando Brant)
09 - Morro Velho (Milton Nascimento)
10 - Mountain (Cat Stevens - Márcio Borges - Milton Nascimento)
11 - Canções e momentos (Milton Nascimento - Fernando Brant)



Miltons (1988)

Faixas:
01 - River Phoenix (Carta a um jovem ator) (Milton Nascimento)
02 - Feito nós (Paulo Ricardo - Milton Nascimento)
03 - La bamba (Folclore)
04 - Fruta boa (Milton Nascimento - Fernando Brant)
05 - Semen (Milton Nascimento - Fernando Brant)
06 - Don Quixote (César Camargo Mariano - Milton Nascimento)
07 - San Vicente (Milton Nascimento - Fernando Brant)
08 - Sem fim (Cacaso - Novelli)
09 - Bola de meia, bola de gude (Milton Nascimento - Fernando Brant)



TXAI (1990)

Faixas:
01 - Abertura: Milton Nascimento - Fala de Davi Kopenawa Yanomami
02 - Txai (Márcio Borges - Milton Nascimento)
03 - Baú metoro (Ukre)
04 - Coisas da vida (Milton Nascimento - Fernando Brant)
05 - Hoeiepereiga
06 - Estórias da floresta (Milton Nascimento - Fernando Brant)
07 - Yanomami e nós (Pacto de vida) (Milton Nascimento - Fernando Brant)
08 - Awasi
09 - A terceira margem do rio (Caetano Veloso - Milton Nascimento)
10 - Benke (Márcio Borges - Milton Nascimento)
11 - Sertão das águas (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
12 - Que virá dessa escuridão? (Milton Nascimento - Fernando Brant)
13 - Curi curi (Tsaqu Waiãpi) (Fala de River Phoenix)
14 - Nozanina (Lobos - Roquette Pinto)
15 - Baridjumokô (Ukre)

O Planeta Blue Na Estrada Do Sol (1991)

Faixas:
01 - Vevecos, panelas e canelas (Milton Nascimento - Fernando Brant)
02 - Um índio (Caetano Veloso)
03 - Planeta Blue (Milton Nascimento - Fernando Brant)
04 - Canção do sal (Milton Nascimento)
05 - Ponto de encontro (Milton Nascimento - Zé Renato)
06 - Luar do sertão(Catulo da Paixão Cearense)
07 - Brejo da Cruz (Chico Buarque)
08 - Quem é você? (Lyle Mays - Luiz Avellas)
09 - Beatriz (Chico Buarque - Edu Lobo)
10 - Estrada do sol (Dolores Duran - Tom Jobim)
11 - Hello goodbye (McCartney - Lennon)


Angelus (1993)

Faixas:
01 - Seis horas da tarde (Milton Nascimento)
02 - Estrelada (Milton Nascimento - Marcio Borges)
03 - De um modo geral (Milton Nascimento - Wilson Lopes)
04 - Angelus (Milton Nascimento)
05 - Coisas de Minas (Milton Nascimento - Wilson Lopes)
06 - Hello goodbye (McCartney - Lennon)
07 - Sofro Calado (Milton Nascimento - Régis Farias)
08 - Clube da esquina nº2 (Lô Borges - Milton Nascimento)
09 - Meu veneno (Milton Nascimento - Ferreira Gullar)
10 - Only a dream in Rio (James Taylor - Versão: Fernando Brant)
11 - Qualquer coisa a haver com o paraíso (Milton Nascimento - Flávio Venturinni)
12 - Vera cruz (Milton Nascimento - Marcio Borges)
13 - Novena (Milton Nascimento - Marcio Borges)
14 - Amor amigo (Milton Nascimento - Fernando Brant)
15 - Sofro Calado (Milton Nascimento - Régis Farias)




Amigo (1995)

Faixas:
01 - Que bom amigo (Milton Nascimento ) (Arranjo orquestral e regência: Nelson Ayres)
02 - Canção da América (Unencounter) (Milton Nascimento e Fernando Brant)
(Arranjo orquestral e regência: Nelson Ayres Arranjo corais: Túlio Mourão Regência corais: Túlio Mourão, Sueli Lauar e Veruska Wilkie)
03 - Eu sei que vou te amar (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) (Arranjo orquestral: Roberto Sion e Nelson Ayres Regência: Nelson Ayres)
04 - Coração de estudante (Wagner Tiso e Milton Nascimento) (Arranjo orquestral: Wagner Tiso Regência: Nelson Ayres)
05 - Estrelada (Milton Nascimento e Marcio Borges) (Arranjo orquestral e regência: Nelson Ayres)
06 - Veja esta canção (Milton Nascimento e Fernando Brant) (Arranjo orquestral e regência: Nelson Ayres)
07 - Simples (Nelson Ângelo) (Arranjo orquestral: Gil Jardim e Jether Garotti Regência: Gil Jardim)
08 - O cio da terra (Milton Nascimento e Chico Buarque) (Arranjo orquestral: Moacyr Santos Regência: Nelson Ayres Regência corais: Túlio Mourão, Sueli Lauar e Veruska Wilkie) 
09 - Paula e Bebeto (Milton Nascimento e Caetano Veloso) (Arranjo orquestral: Gil Jardim e Jether Garotti Regência: Gil Jardim)
10 - Bola de meia, bola de gude (Milton Nascimento e Fernando Brant) (Arranjo orquestral: Gil Jardim e Jether Garotti Regência: GIl Jardim Arranjo corais: Túlio Mourão Regência corais: Túlio Mourão, Sueli Lauar e Veruska Wilkie)
11 - Panis Angelicus (Cesar Frank) (Arranjo orquestral: Túlio Mourão Regência: Nelson Ayres Regência coral: Tonico Gontijo)
12 - Milagre dos peixes (Milton Nascimento e Fernando Brant) (Arranjo orquestral: Nelson Ayres e Cesar Camargo Mariano Regência: Nelson Ayres)


Nascimento (1997)

Faixas:
01 - Louva-a-Deus (Milton Nascimento - Fernando Brant)
02 - O cavaleiro (Wilson Lopes - Milton Nascimento)
03 - Guardanapos de papel (Léo Masliah)
04 - Cuerpo y alma (Eduardo Mateo)
05 - O rouxinol (Milton Nascimento)
06 - Janela para o mundo (Milton Nascimento - Fernando Brant)
07 - E agora, rapaz? (Dinho Caninana)
08 - Levantados do chão (Chico Buarque - Milton Nascimento)
09 - Ana Maria (Wayne Shorter)
10 - Ol'man river (Oscar Hammerstein - Jerome Kern)
11 - Os tambores de Minas (Márcio Borges - Milton Nascimento)
12 - Biromes y servilletas (Léo Masliah)



Tambores de Minas (1998)

Faixas:
01 - O que foi feito deverá (Milton Nascimento - Fernando Brant)
• O que foi feito de Vera (Milton Nascimento-Márcio Borges) (Participação: Elis Regina)
02 - Cavaleiros do céu (Riders in the sky - A cowboy legend) (S.Jones)
03 - Calix Bento (Folclore)
04 - Paula e Bebeto (Caetano Veloso - Milton Nascimento)
05 - Corsário (Aldir Blanc - João Bosco)
06 - Léo (Chico Buarque - Milton Nascimento)
07 - Caçador de mim (Luiz Carlos Sá - Sergio Magrão)
08 - Ponta de Areia (Milton Nascimento - Fernando Brant)
09 - O rouxinol (Milton Nascimento)
10 - E agora, rapaz? (Dinho Caninana)
11 - Guardanapos de papel (Birones y serwlletas) (Léo Masliah)
12 - Janela para o mundo (Milton Nascimento - Fernando Brant)
13 - Levantados do chão (Chico Buarque - Milton Nascimento)
14 - San Vicente (Milton Nascimento - Fernando Brant)
15 - Nos bailes da vida (Milton Nascimento - Fernando Brant)
16 - Os tambores de Minas (Márcio Borges - Milton Nascimento)
17 - Canções e momentos (Milton Nascimento - Fernando Brant)



Crooner (1999)

Faixas:
01 - Aqueles olhos verdes (Nilo Menendez - Adolfo Utrera)
02 - Certas coisas (Nelson Motta - Lulu Santos)
03 - Only you (B. Ram - A. Ram)
04 - Mas que nada (Jorge Ben)
05 - Frenesi (A. Dominguez)
06 - Não sei dançar (Alvin L.)
07 - Resposta (Samuel Rosa - Nando Reis)
08 - Beat It (Michael Jackson)
09 - Se alguém telefonar (Alcyr Pires Vermelho - Jair Amorim)
10 - Rosa Maria (Anibal Silva - Eden Silva)
11 - Castigo (Dolores Duran)
12 - Ooh child (S. Vincent)
13 - Lágrima flor (Billy Blanco)
14 - Barulho de trem (Milton Nascimento)
15 - Lamento no morro (Tom Jobim - Vinicius de Moraes)
16 - Pot-pourri:
O gato da madame (Armando Nunes - Carim Mussi)
Edmundo (In the mood) (J. Garland - A. Razaf - Vrs. Aloysio de Oliveira)
Cumanã (Cumana) (B. Allen - H. Espina - R. Hillman - Vrs. Aloysio de Oliveira)



Uma Travessia Musical (1999)

CD 01 - Faixas:
01 - Travessia
02 - Morro velho
03 - Para Lennon e McCartney
04 - San Vicente (Ao vivo)
05 - Cais
06 - Fé cega, faca amolada
07 - Minas
08 - Maria, Maria
09 - O cio da terra
10 - Canção da América (Unencounter)
11 - Coração de estudante (Ao vivo)
12 - Encontros e despedidas (Hubert Laws)
13 - O rouxinol (The Nightgale - Ao vivo)

CD 02 - Faixas:
01 - Clube da esquina
02 - Otrem azul
03 - Cravo e canela
04 - Nada será como antes
05 - Fazenda
06 - Cálix Bento
07 - Idolatrada
08 - Um girassol da cor do seu cabelo
09 - Nuvem Cigana
10 - Léo
11 - Canção amiga
12 - Pão e água
13 - Tudo o que você podia ser
14 - Canción por la unidad latino América

CD 03 - Faixas:
01 - Certas canções
02 - Tanto
03 - Caçador de mim
04 - Beijo partido
05 - Meu menino
06 - A felicidade
07 - Peixinhos do mar
08 - Amor de índio (Ao vivo)
09 - Paisagem da janela (Ao vivo)
10 - Sabe você
11 - A noite do meu bem (Ao vivo)
12 - Corsário (Ao vivo)
13 - Canção do novo mundo (Ao vivo)

CD 04 - Faixas:
01 - O que foi feito devera (de vera)
02 - O que será (À flor da pele)
03 - Me deixa em paz
04 - Viola enluarada
05 - Sueño con serpientes
06 - As várias pontas de uma estrela
07 - Comunhão
08 - Ponta de areia
90 - Solar
10 - Luar do sertão
11 - Circo marimbondo
12 - Nascente
13 - Sentinela
14 - Crescente / Cavaleiros do céu

CD 05 - Faixas:
01 - Volver a los 17
02 - Paula e Bebeto
03 - Menestrel das Alagoas
04 - Beco do mota
05 - Paixão e fé
06 - Promessas do sol
07 - Amor amigo
08 - Viver de amor
09 - Milagre dos peixes
10 - Itamarandiba
11 - A sede do peixe
12 - Animã
13 - Vida
14 - Roupa nova



Gil e Milton (2000)

Faixas:
01 - Sebastian (Gilberto Gil - Milton Nascimento)
02 - Duas sanfonas (Gilberto Gil - Milton Nascimento)
03 - Ponta de areia (Milton Nascimento - Fernando Brant)
04 - Bom dia (Gilberto Gil - Nana Caymmi)
05 - Trovoada (Gilberto Gil - Milton Nascimento)
06 - Something (George Harrison)
07 - Maria (Ary Barroso - Luiz Peixoto)
08 - Lar hospitalar (Gilberto Gil - Milton Nascimento)
09 - Yo vengo a ofrecer mi corazón (Fito Paez)
10 - Dora (Dorival Caymmi)
11 - Xica da Silva (Jorge Ben)
12 - Canção do sal (Milton Nascimento)
13 - Dinamarca (Gilberto Gil - Milton Nascimento)
14 - Palco (Vinheta) (Gilberto Gil)
15 - Baião da garoa (Hervé Cordovil - Luiz Gonzaga)

Trilha de ballet (Maria, Maria / Último trem) (2002)



Maria Maria - Último trem - Ballets para o grupo corpo - CD 01



CD duplo com as trilhas sonoras dos ballets "Maria Maria" e "Último Trem", que Milton compôs e gravou em 1976 e 1980 para o Grupo Corpo, de Belo Horizonte (MG), mas - até 2002 - não havia lançado em disco. Roteiro de Fernando Brant e coreografia de Oscar Araiz. Este CD marca o lançamento do selo de Milton: Nascimento. Faixas 6, 8 e 9: do disco MILAGRES DOS PEIXES (1973), que consta desta Discografia. Faixa 11: do disco MILTON (1970), que também consta desta Discografia. Como os músicos não estão especificados por faixa na ficha técnica deste CD, a autora desta Discografia buscou os músicos nos discos citados e identificou os das outras faixas que são originais do ballet. Em alguns casos a identificação fica impossibilitada pelo fato de haver mais de um músico tocando o mesmo instrumento.


Faixas - CD 01:
01 - Maria Maria (1976) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
02 - Cozinha (1976) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
03 - Pilar (do pilá) (1976)(Jararaca - Milton Nascimento)
04 - Trabalho (Essa voz) (1976) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
05 - Lília (1976) (Milton Nascimento)
06 - A chamada (1973)(Milton Nascimento)
07 - Era rei e sou escravo (Texto) (1976) (Fernando Brant)
08 - Caxangá (Os escravos de jó) (1973) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
09 - Tema dos deuses (1973) (Milton Nascimento)
10 - Pot-pourri (1976)
Santos católicos x candomblés (texto) (Fernando Brant)
Raça (Fernando Brant - Milton Nascimento)
Tema dos deuses (Milton Nascimento)
Francisco (São Francisco) (Milton Nascimento)
Sentinela (Fernando Brant - Milton Nascimento)
11 - Pai grande (1970) (Milton Nascimento)
12 - Sedução  (1976) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
13 - Francisco (São Francisco) (1976) (Milton Nascimento)
14 - Maria solidária (1976) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
15 - De repente, Maria sumiu (Texto) (1976) (Fernando Brant)
16 - Eu sou uma preta velha aqui sentada ao sol (1976) (M. Nascimento - Sérgio Sant'anna)
17 - Boca a boca (1976) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
18 - Maria Maria (1976) (Fernando Brant - Milton Nascimento)


Maria Maria - Último trem - Ballets para o grupo corpo - CD 02



CD duplo com as trilhas sonoras dos ballets "Maria Maria" e "Último Trem", que Milton compôs e gravou em 1976 e 1980 para o Grupo Corpo, de Belo Horizonte (MG), mas - até 2002 - não havia lançado em disco. Roteiro de Fernando Brant e coreografia de Oscar Araiz. Este CD marca o lançamento do selo de Milton: Nascimento. Faixa 6: do disco GERAES (1976), que consta desta Discografia. Faixas 9 e 11: do disco CLUBE DA ESQUINA 2 (1978), que também consta desta Discografia. Como os músicos não estão especificados por faixa na ficha técnica deste CD, a autora desta Discografia buscou os músicos nos discos citados e identificou os das outras faixas que são originais do ballet. Como são dois os baixistas, fica impossível identificar em quais faixas cada um está tocando.


Faixas - CD 01:
01 - Pot-pourri (1980)
Abertura de "último trem" (Fernando Brant)
Minas (Novelli)
02 - Ponta de areia (1980) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
03 - Povo da raça Brasil (1980) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
04 - Pot-pourri (1980)
A viagem (Milton Nascimento)
Testamento (Nelson Angelo - Milton Nascimento)


05 - Encontros e despedidas (1980) (Milton Nascimento - Fernando Brant)
06 - A lua girou (1976)(Domínio público - Adaptação: Milton Nascimento)
07 - Bicho Homem (1980) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
08 - Decretos (Político) (1980)
 (Milton Nascimento) 
09 - Olho d'água (1978) (Paulo Jobim - Ronaldo Bastos)
10 - Último trem (1980)
 (Fernando Brant - Milton Nascimento) 

11 - E daí? (1978) (Milton Nascimento - Ruy Guerra)
12 - Saídas e bandeiras Nº 01 (1980)
 (Fernando Brant - Milton Nascimento) 
13 - O velho (1980) (Milton Nascimento)
14 - Bola de meia, bola de gude
 (1980) (Fernando Brant - Milton Nascimento) 
15 - Oração (1980) (Fernando Brant - Milton Nascimento)
16 - Itamarandiba (1980) 
 (Fernando Brant - Milton Nascimento)  
17 - Roupa nova 
(1980) (Fernando Brant - Milton Nascimento) 
18 - Ponta de areia (1980) (Fernando Brant - Milton Nascimento)


Milton Nascimento (Dubas) (2002)


Texto da capa do LP escrito por Edu Lobo e reproduzido no CD. CD com o título de TRAVESSIA. Relançamento em CD coordenado pelo próprio Milton Nascimento que, no encarte, escreve sobre cada uma das músicas. A ordem das músicas no CD é diferente da do LP original, que foi mantida aqui. No encarte do CD há um texto de Caetano Veloso,escrito originalmente para o prefácio do livro "Os Sonhos Não Envelhecem", de Márcio Borges, lançado pela Geração Editorial, em 1996. Luiz Eça, Bebeto, Dório e Ohana formavam, na época, o Tamba 4. Há cordas e sopros no disco para os quais não há créditos na ficha técnica.

Faixas:

01 - Travessia (M. Nascimento e Fernando Brant)
02 - Três Pontas (M. Nascimento e Ronaldo Bastos)
03 - Crença (M. Nascimento e Marcio Hilton Borges)
04 - Irmão de fé (M. Nascimento e Marcio Hilton Borges)
05 - Canção do sal (Milton Nascimento)
06 - Catavento (Instrumental) (Milton Nascimento)
07 - Morro Velho (Milton Nascimento)
08 - Gira, girou (M. Nascimento e Marcio Hilton Borges)
09 - Maria, minha fé (Milton Nascimento)
10 - Outubro (M. Nascimento e Fernando Brant)


Pietá (2002)

Faixas:
01 - A feminina voz do cantor (Milton Nascimento - Fernando Brant)
02 - Casa aberta (Chico Amaral - Flávio Henrique)
03 - Beleza e canção (Milton Nascimento - Fernando Brant)
04 - Tristesse (Telo Borges - Milton Nascimento)
05 - Quem sabe isso quer dizer amor (Márcio Borges - Lô Borges)
06 - Imagem e semelhança (Kiko Continentino - Milton Nascimento - Bena Lobo)
07 - A lágrima e o rio (Wilson Lopes - Milton Nascimento - Ricardo Nazar)
08 - Voa bicho (Telo Borges - Márcio Borges)
09 - Outro lugar (Elder Costa)
10 - Às vezes Deus exagera (Bruno Nunes)
11 - Cantaloupe Island (Herbie Hancock)
12 - Pietá (Chico Amaral - Milton Nascimento)
13 - Beira-mar novo (Folclore do Vale do Jequitinhonha)
14 - Meninos de Araçuaí (Telo Borges - Milton Nascimento)
15 - Boa noite (Chico Amaral - Milton Nascimento)
16 - Vozes do vento (Kiko Continentino - Milton Nascimento)



Novas Bossas - Milton Nascimento e Jobim Trio (2008)


Faixas:
01 - Tudo que você podia ser (Márcio Borges - Lô Borges)


02 - Dias azuis (Daniel Jobim)

03 - Cais (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos) 

04 - O vento (Dorival Caymmi)

05 - Tarde (Marcio Borges - Milton Nascimento)
06 - Brigas nunca mais (Tom Jobim - Vinícius de Moraes)
07 - Caminhos cruzados (Tom Jobim - Newton Mendonça)
08 - Inútil paisagem (Aloysio de Oliveira - Tom Jobim)
09 - Chega de saudades (Tom Jobim - Vinícius de Moraes)
10 - Medo De Amar (Vire Essa Folha) (Vinícius de Moraes)

11 - Velho riacho (Tom Jobim)


12 - Esperança perdida (Tom Jobim - Billy Blanco)

13 - Trem de ferro (Tom Jobim - Poema de Manuel Bandeira)

14 - Samba do avião (Tom Jobim)



Milton Nascimento e Belmondo (2009)


Faixas:
01 - Ponta de areia (Fernando Brant - Milton Nascimento)
02 - Canção do sal (Milton Nascimento)
03 - Milagres dos peixes (Fernando Brant - Milton Nascimento)
04 - Oração (Christophe Dal Sasso)
05 - Travessia (Fernando Brant - Milton Nascimento)
06 - Morro velho (Milton Nascimento)
07 - Nada será como antes (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
08 - Berceuse / Malila (Lionel Belmondo - Maurice Ravel)
09 - Conversando No Bar (Saudade Dos Aviões Da Panair) (F. Brant - Milton Nascimento)  
10 - Ponta de areia (Fernando Brant - Milton Nascimento) 

E a gente sonhando... (2010)

Faixas:
01 - E a gente sonhando... (Milton Nascimento)
02 - Flor de ingazeira (Francisco Bosco - João Bosco)
03 - O ateneu (Fernando Brant - Milton Nascimento)
04 - Do Samba, Do Jazz, Do Menino E Do Bueiro (Ismael Tiso Júnior - Miller Sol)
05 - Estrela, estrela (Vitor Ramil)
06 - Raras maneiras (Marcio Borges - Tunai)
07 - O sol (Antônio Júlio Nastácia)
08 - Espelhos de nós (Fernando Brant - Milton Nascimento)
09 - Me faz bem (Milton Nascimento)
10 - Resposta ao tempo (Aldir Blanc - Cristovão Bastos)
11 - Amor do céu, amor do mar (Milton Nascimento - Flávio Henrique)
12 - Gota de primavera (Milton Nascimento - Pedrinho do Cavaco)
13 - Adivinha o quê (Lulu Santos)
14 - Sorriso (Milton Nascimento)
15 - Olhos do mundo (Marco Elízeo Aquino - Heitor Branquinho)
16 - Eu pescador (Clayton Prósperi - Haroldo Jr.)


*Autora do livro “Travessia – A vida de Milton Nascimento”.