Dono de um suingue que pode ser comparado aos grandes nomes do samba rock e soul nacional, Sabiá concede-nos esta entrevista exclusiva para os nossos leitores.
Influenciado pelos grandes nomes de nossa música popular brasileira, tais como Wilson Simonal, Jorge Benjor e Tim Maia, este carioca é dono de um talento nato que o destaca dentro do atual cenário musical brasileiro. João, que ganhou destaque depois de sua participação no reality-show musical Fama (exibido na globo entre os anos de 2002 a 2005) é um artista que soube trilhar um caminho conciso o suficiente para desvincular seu nome rapidamente do programa no qual participou e o projetou. Atualmente, trilhando seu próprio caminho, Sabiá já possui dois álbuns gravados e diversas composições, além de participações em novelas e seriados de TV. Esta é a sua segunda participação em nosso espaço, a primeira foi através da pauta intitulada MINHA TERRA TEM PALMEIRAS ONDE CANTA UM SUINGADO SABIÁ (http://musicariabrasil.blogspot.com.br/2012/02/minha-terra-tem-palmeiras-onde-canta-um.html), onde, de forma sintetizada, é abordada a sua vida e carreira. E apesar de está em fase de produção do seu terceiro álbum (sem título ainda definido), João Sabiá gentilmente disponibilizou-se a nos conceder esta pequena entrevista, onde fala, dentre outras coisas, o ídolo que foi determinante na escolha de sua profissão.
Em sua biografia é possível ver a música presente desde cedo. Há músicos em sua família ou essa predileção se deu exclusivamente pelo fato da rotina da casa do pequeno João?
João Sabiá - Meu Pai era guitarrista e chegou a gravar um disco com sua banda nos anos 60. Depois mudou de profissão mas não abandonou a música. Eu e meu irmão fomos criados com o violão por perto e com bons discos na vitrola.
Nomes como Bebeto, Jorge Ben, Tim Maia e Wilson Simonal fazem-se muito presente em sua sonoridade. De todos esses grandes nomes do samba-rock e soul nacional qual aquele cujo som foi determinante para que você escolhesse a profissão que hoje abraçou?
JS - Wilson Simonal. Ele me fez quede ser cantor. O Jorge BenJor me fez querer ser compositor. O Tim Maia me apresentou a Soul Music e o Bebeto me ensinou o veneno da viola suingada… Todos foram muito importantes.
Artistas de reality-shows musicais como o que propagou você, com raras exceções não conseguem manter as luzes dos holofotes voltadas para si por muito tempo como você as vêm mantendo. Além de talento você teria mais algum ingrediente desta fórmula de sucesso?
JS - Não existe fórmula do sucesso, existe o trabalho verdadeiro. A minha teoria é de que se você tem boas ideias, faz tudo com verdade e trabalha seriamente, o ofício aparece e a história se desenrola. Grandes investimentos, sorte e carinha bonita as vezes fazem a diferença, mas não sustentam uma carreira por muito tempo.
“Pisando de Leve” é um álbum que nasceu no furor de sua exposição junto ao programa da Rede Globo, já “My black, My Nêga” vem em um segundo momento onde há bem menos exposição do seu nome. Como tem sido a receptividade do público quanto a esse trabalho?
JS - Não posso reclamar da receptividade de ambos os discos. Hoje vejo que eles são executados e conhecidos de uma forma bem igualitária. Nos shows, quando apresento as músicas autorais, fica bem visível esse envolvimento do público com os dois trabalhos.
A banda 5 no brinco o acompanha de longas datas desde antes mesmo de sua aparição a nível nacional. Hoje depois de 2 álbuns lançados e um projeção de âmbito internacional ela continua firme e forte com você. Gostaria que você falasse um pouco sobre ela e como se deu essa parceria.
JS - Na verdade a banda 5 no Brinco foi fundada por mim em 2003 e sempre foi um projeto que eu capitaneava… Depois do FAMA assumi a carreira solo mas resolvi continuar com o nome da banda. Desde então muitos músicos passaram por aqui e todos contribuíram de alguma forma para a concepção do som da banda. O disco acaba sendo sempre o ponto de partida para a sonoridade dos shows, mas nos ensaios sempre agregamos novas ideias e colaborações da rapaziada. O Léo Guimarães, que produziu o "My Black My Nega" comigo, assina a direção musical do grupo.
Seu mais recente trabalho “My black, My Nêga” é um álbum essencialmente autoral e que tem por característica a sua parceria com o seu irmão Guiga. Como se deu esse processo de concepção do álbum?
JS - Eu e meu irmão sempre estamos compondo alguma coisa nova. Como eu havia gravado o "Pisando de Leve" em 2004/2005 e lançado em 2006, comecei a trabalhar no "My Black" em 2008 com muitas músicas na mão. Assumi que o disco seria autoral e que meu único parceiro seria meu irmão. Quis ter uma identidade forte no trabalho. Fui fundo na mistura do Samba com o Soul e Funk usando como referência os grandes mestres do estilo. Fiz um disco de "balanços bazucas"!
Como se dá o seu processo de composição (seja de maneira solitária ou em companhia de algum parceiro)?
JS - Não tenho um processo fechado para compor, mas geralmente começo tocando violão, cantando algumas músicas que gosto e fico busco alguma melodia ou frase. A partir dai tudo pode acontecer. A fagulha da composição pode aparecer a qualquer momento, basta manter a atenha ligada e se permitir brincar.
Como se deu essa sua incursão em novelas e seriados como ator?
JS - Depois do Fama, em 2004, fui procurado pela atriz e coach Maria Clara Fernandes para um teste como ator na minissérie "Hoje é dia de maria" (TV Globo). Falei que não tinha experiência no assunto mas não foi problema para eles. Acreditei e fui. Passei no teste e ganhei uma nova carreira. Ainda tive a sorte de ser abençoado gravando minha primeira cena com a diva Fernanda Montenegro sendo dirigido por Luiz Fernando Carvalho. Depois disso uma coisa puxou a outra.
Há pretensões de conciliar a carreira de cantor e compositor com a de ator? Há novos projetos de dramaturgia em vista?
JS - Sim. Já faço essa conciliação a 8 anos…rs As novidades são um longa metragem que participei chamado "A Novela das 8" do diretor Odilon Rocha e que estreia em março nos cinemas. Acabei de filmar um seriado produzido pela Gullane Filmes para a Rede Record que provavelmente irá ao ar em maio. Acredito que minha carreira de ator está apenas começando.
Quais são as expectativas quanto a 2012 em relação a novos projetos?
JS - Estou gravando meu terceiro disco ainda sem título definido. Quero continuar a agenda de shows e fazer o lançamento deste novo trabalho. Levar meu som para o maior número de pessoas que eu conseguir, é o meu caminho!
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Contato para shows:
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