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sábado, 13 de agosto de 2011

BETO GUEDES, 60 ANOS

Alberto de Castro Guedes. Este é o nome do cantor, multinstrumentista e compositor mineiro nascido em Montes Claros (MG) em 13 de agosto de 1951.

Por Marcelo Janot


O cantor e compositor Beto Guedes (filho de Godofredo Guedes, seresteiro e compositor) teve a sua iniciação musical ainda na adolescência, quando ao lado dos irmãos e do hoje também cantor e compositor Lô Borges tocava no grupo "The Beavers", além de outros "conjuntos" musicais, dentre os quais "Os Bructos".

Em 1970, aos 18 anos de idade, participou do V Festival Internacional da Canção (FIC) com a música "Feira Moderna", composta em parceria com Fernando Brant. Nesse mesmo ano, essa composição foi gravada pelo Som Imaginário no primeiro LP do grupo, lançado pela Odeon, sendo sua primeira composição a ser gravada em disco.

A música e os aviões sempre tiveram muito em comum na vida de Beto Guedes. Quando pegou num instrumento ela primeira vez - aos oito anos, em Montes Claros (MG), sua cidade natal - ele não seria capaz de adivinhar que um dia voaria tão alto na carreira de músico. E nem que conseguiria pisar num avião de verdade - seu medo de voar contrastava com a obsessão por aeromodelismo. O tempo livre de Beto sempre foi dividido entre os aviõezinhos de brinquedo e a paixão pelos instrumentos herdada do pai, Godofredo Guedes, músico e compositor, responsável pela maioria dos bailes e serestas de Montes Claros.



O gosto pela música estava diretamente ligado aos Beatles. Em 1964, aos 12 anos, quando o quarteto de Liverpool já era febre no mundo inteiro, Beto, morando em Belo Horizonte, juntou-se aos vizinhos para formar o grupo, The Bevers (com repertório dedicado aos Beatles, obviamente). Os vizinhos, no caso, eram os irmãos Márcio, Yé e Lô Borges. A Beatlemania durou toda a adolescência e ainda incluiu um outro grupo, Brucutus, que animava festinhas durante as férias em Montes Claros. No final da década, mais amadurecidos, Beto e Lô começaram a compor e participar de festivais. Em 1969, quando foram ao Rio participar do Festival Internacional da Canção com a música "Feira Moderna", bateram na porta do conterrâneo Milton Nascimento. A acolhida de Milton não poderia ter sido mais proveitosa. A amizade e a admiração profissional mútua fizeram com que ele convidasse Beto Guedes para participar do antológico LP "Clube da Esquina", de 1972. Neste primeiro disco do grupo, Beto participou tocando baixo, viola de 12 cordas, guitarra, percussão, atuando no coro, e cantando ao lado de Milton Nascimento as faixas "Saídas e Bandeiras nº 1" e "Saídas e Bandeiras nº 2", ambas de Milton e Fernando Brant, e "Nada será como antes", de Milton e Ronaldo Bastos. A partir daí o mineiro de Montes Claros começava a ganhar projeção junto com uma turma talentosa, que incluía nomes como Wagner Tiso, Ronaldo Bastos e Toninho Horta.

A safra de novos músicos mineiros era completada por Flávio Venturini, Sirlan, Vermelho, Tavinho Moura, entre outros, que Belo foi encontrar quando decidiu voltar a BH. As gravadoras passaram a abrir os olhos e em 1973 a Odeon resolveu bancar o LP "Beto Guedes/Danilo Caymmi/Novelli/Toninho Horta". A Beto, coube um quarto do disco. Não era muito, mas para ele, era o suficiente. Perfeccionista e naquela altura ainda muito inseguro, não conseguia acreditar no valor de suas músicas, embora a gravadora já lhe acenasse com ofertas para gravar um disco solo. O LP "Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta" (EMI-Odeon), incluiu duas composições suas: "Caso você queira saber" e "Belo horror".

Participou ainda do LP "Minas", de Milton Nascimento (um marco na carreira do cantor), com uma importante atuação na faixa "Fé cega, faca amolada", parceria de Milton com Ronaldo Bastos, onde sua voz soa "como um eco ao canto de Milton" (Cf. Jairo Severiano e Zuza Homem de Melo, "A canção no tempo" vol. 2, p. 210.), tendo alcançado popularidade no ano de 1975.



Quatro anos foi o tempo necessário para que criasse asas próprias. Em 1977, ele finalmente levantou vôo, a bordo do LP "A Página do Relâmpago Elétrico" (EMI). O título foi sugestão do parceiro Ronaldo Bastos, depois que este viu no álbum de um colecionador de fotos de aviões da 2ª guerra, uma imagem do avião "Relâmpago Elétrico". Tá na cara que Beto, fanático por aviõezínhos de brinquedo, adorou a sugestão. O disco, que tinha a colaboração de vários amigos mineiros, chamou a atenção por revelar seus dotes como cantor, já que até então, ele era conhecido apenas pela versatilidade de multiinstrumentista. O tímido sucesso das músicas "Lumiar" e "Maria Solidária" foi suficiente para que o disco chegasse às 21 mil cópias vendidas, três vezes mais do que calculava a gravadora.



Mal sabiam eles, que "Lumiar" viraria um dos hinos da juventude cabeluda paz-e-amor e pró-natureza. E que Beto seria um dos ídolos dessa geração, principalmente após o lançamento de seu segundo álbum, "Amor de Índio". A faixa-título, dele e de Ronaldo Bastos, integrava o espírito de todo o disco. Versos como "A abelha fazendo o mel/Vale o tempo em que não vôou" ou "Todo dia é de viver/Para ser o que for/E ser tudo", segundo Beto, expressavam o lado primitivo e puro que ainda havia em cada uma das pessoas, como um canto de louvor à vida.

Quando lançou seu terceiro disco, "Sol de Primavera", em 1979, alcançou também grande repercussão, principalmente com a faixa que dá nome ao disco, que recebeu letra de Ronaldo Bastos e arranjo de Wagner Tiso, além disso já tinha uma legião de fãs no eixo Rio-São Paulo. Mas nunca abandonou a mineirice que se tornara sua marca registrada. Botava o pé na estrada - de carro, porque não perdia o medo de voar - , mas continuava morando em Belo Horizonte, onde tinha a tranqüilidade para se dedicar aos brinquedinhos voadores e às novas composições. Era na janela, esperando o anoitecer que as idéias surgiam. E amadureciam tanto, que seus álbuns demoravam no mínimo dois anos para sair. O quinto deles, "Viagem das Mãos", de 1984, foi um marco em sua carreira. Àquela altura, Beto Guedes já era um artista de primeira linha, com vendagens oscilando entre 50 e 60 mil cópias e uma marca sonora registrada. Mas este álbum trazia a canção que, junto com "Amor de Índio", seria o maior sucesso de sua carreira: "Paisagem da Janela", de Lô Borges e Fernando Brant. Ao mesmo tempo, representava o estouro nacional do compositor, que naquele momento superava o medo de voar e, pasmem, já cogitava pilotar um ultraleve construído por ele mesmo!

A viagem de Beto alcançara as alturas, e o ápice acabou sendo "Alma de Borracha", que, lançado em 1986, finalmente lhe rendeu um Disco de Ouro com a venda de 200 mil cópias e o reconhecimento no exterior. O título do disco (tradução de "Rubber Soul") homenageava os Beatles, enquanto o repertório trazia uma grata surpresa: a faixa "Objetos Luminosos", primeira parceria com seu mentor e padrinho musical Milton Nascimento. O Rio de Janeiro - cidade onde fez shows antológicos e sempre teve recepção calorosa do público - foi o local escolhido para a gravação de um disco ao vivo, no final de 1987. Resultado: 400 mil cópias vendidas de um álbum que além dos grandes sucessos consta com a participação do cantor e compositor Caetano Veloso.

Ao todo, foram cinco anos longe dos estúdios. Em 1991, Beto Guedes voltou a gravar. Com a meticulosidade de sempre, ele cuidou de cada detalhe de "Andaluz", seu oitavo disco e último contrato com a EMI-Odeon. Um disco em que o uso de sintetizadores dava um chega pra lá em alguns instrumentos barrocos tão utilizados pelo compositor em trabalhos anteriores. No ano seguinte, era de se esperar que Beto caísse na estrada mais uma vez. Mas ele preferiu trocar o violão pelo macacão de mecânico e passou a dedicar cada vez mais à sua paixão por aviões, só que construindo um monomotor de verdade. Foram mais sete anos restritos a shows esporádicos e muita reflexão.

Na década de 1990, lançou apenas dois discos, "Andaluz" (1991) e "Dias de Paz" (1998).

Em 2004, lançou o CD "Em algum lugar", com músicas inéditas.



Em 2010 foi gravado o segundo DVD do cantor e compositor mineiro Beto Guedes, "Outros Clássicos" (Biscoito Fino) traz composições menos conhecidas da obra do artista. Isso porque os maiores sucessos já haviam sido lembrados no primeiro trabalho audiovisual de Guedes, "50 Anos ao Vivo", lançado em 2001.

Desta vez, há espaço para sucessos como "Veveco, Panelas e Canelas", "O Medo de Amar" e "A Página do Relâmpago Elétrico", além de faixas que somente os fãs vão lembrar, tais como "Rio Doce", a instrumental "Nena" e "Meu Ninho", com participação especial de Daniela Mercury. Também lançado em CD, o projeto foi gravado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, em julho do ano passado.

Suas composições foram gravadas por vários artistas, dentre eles constam nomes como Elis Regina ("O medo de amar é o medo de ser livre", com Fernando Brant); Simone ("O sal da terra", com Ronaldo Bastos), e Milton Nascimento ("Canção do novo mundo", com Ronaldo Bastos), entre outros.


Depoimentos sobre Beto Guedes

"Beto, o homem dos mil instrumentos, da voz emocionada e de melodias ricas de som e ritmo. Esse é um cara em quem aposto e acredito desde que conheci. Faz parte de uma turma radicada em Minas, que canta como vive: trocando idéias, participando uns dos trabalhos dos outros; mas individualmente, cada um com seu próprio segredo. Cada novo trabalho traz surpresas e sempre me deixa emocionado. Aliás, também a todas as pessoas que sabem ouvir (o que também é um Dom). Tô com ele e não abro. Menos na arte de pilotar um Ultra-leve juntos, porque eu posso ser doido, mas não tanto. Força Beto. Sai da toca e mostra pro mundo. Todos nós precisamos. Beijos - Compadre Nascima" (Milton Nascimento)


"Beto Guedes é um dinossauro da Música Popular Brasileira. Apesar de ser poucos anos mais velho do que eu, quando eu apenas começava, garoto ainda, navegando os mares de nossa música a bordo d'A Barca do Sol, Beto Guedes e seus companheiros de Clube da Esquina já eram referência, fonte de inspiração e estímulo à nossa vontade de criar.

Suas melodias repletas do romantismo mineiro, seu requinte harmônico e seu descompromisso formal, sua voz única e misteriosa, unindo uma sensação de fragilidade a uma profunda expressão, eram e continuaram a ser até hoje, norte para nossas aspirações de fazer uma música que pudesse ser universal e brasileira, e que fosse capaz de enriquecer o espírito das pessoas, ampliar os horizontes de um povo tão belo como é o brasileiro. Minhas identificações com Beto Guedes sempre foram enormes.Minha primeira aproximação

com a música popular foi através da desenfreada paixão pelos Beatles, claramente compartilhada por Beto. Assim foi repleto de alegria que recebi o convite de Ronaldo Vianna, diretor artístico da Epic-Sony para produzir este novo disco de Beto Guedes. Foi maravilhoso trabalhar a nova safra de Beto, e, especialmente, poder recriar e regravar seus eternos sucessos, como por exemplo "Sol de Primavera", "Amor de lndio", "Lumiar", "Belo Horror", que com nova letra virou "Asas". Foi um baluarte em minha adolescência musical e é um dos exemplos neste disco de se poder resgatar uma obra-prima, registrada com uma série de limitações técnicas em sua gravação original. É quase uma ópera-rock-progressivo, gravada por Beto com o 14Bis em quatro pistas, e que agora toma roupagem sinfônica, gravada em 48 pistas, com a participação de mais de 80 músicos, incluindo dois arranjadores, três bateristas, dois baixistas e três guitarristas, utilizando-se toda a mais moderna tecnologia que se possa contar atualmente.Foi altamente gratificante redescobrir "Pedras rolando", minha canção favorita neste disco, com sua pujança e sua letra que, embora tão representativa de uma época específica, os anos 70, permanece atualíssima. Tomou parte deste disco um primeiro time do nosso cenário atual, com participações de Milton Nascimento, Djavan e Toni Garrido, entre outros. Arranjadores entre os que mais admiro, como Cristóvão Bastos, Lincoln Oliveti, Eduardo Souto, Wagner Tiso e a revelação do enorme talento de Marcelo Martins, músicos do mais alto nível como o pianista Paulo Calasans, guitarristas Luiz Brasil e Celso Fonseca, baixistas Artur Maia, Fernando Nunes e a revelação de Alberto Continentino, bateristas Marcelo Costa, Robertinho Silva, Jorge Gomes e Cesinha, entre tantos outros instrumentistas que abrilhantaram esta produção.Tive a oportunidade de assinar, além da produção, alguns dos arranjos orquestrais neste disco, e assim dar vasão mais efetivamente à grande paixão que me desperta a música deste importante criador que é Beto Guedes." (Jaques Morelenbaum)



"Que camarada mais inspirado, meu Deus!" é uma exclamação que ouço sempre quando alguém está do meu lado ouvindo as canções do Beto Guedes. O Beto tem este dom magnífico que é o de inventar um som; o de inventar um acorde, uma frase melódica, uma melodia.

Não posso imaginar como é que uma coisa como esta pode acontecer a uma pessoa: pensar numa frase e ela sair como o ruído de uma brisa, de um vento nas montanhas, de uma onda do mar quebrando na areia, de um canto de pássaro; não posso imaginar como alguém pode pensar uma canção... Beto Guedes é um grande pensador de canções.E tem mais o rapaz: aquela qualidade que transforma um músico inspirado num compositor: ele tem estilo!Reconhece-se uma canção de Beto Guedes ao fim do seu primeiro verso melódico. Assim como quem reconhece, por exemplo, o Cole Porter, o Dorival Caymmi, o Henry Mancine ou - last but not least - o Martinho da Vila.

Quando imagino estilo, as coisas que me vêm à cabeça são de uma concretude clara: penso no uso de determinadas cores numa pintura; na leveza de um traço num desenho; na força de uma linha saída do bico da velha pena de aço... Acho fantástico isto de se ter estilo em música. O que me fez ouvir o Beto com o maior encantamento.

Beto é meu conterrâneo - Ahhhááá!!! explica-se! - e devo mencionar aqui outra suas qualidades (uma que Mário de Andrade elogiava no geral): sua universalidade.

As canções do Beto, que comovem a todos indistintamente, são universais justamente porque são particulares. Ele canta e encanta os mineiros (que entendem cada uma de suas notas e cada uma de suas palavras: "Isto é comigo!") como encanta os cariocas e os paulistas, os brasileiros e os residentes, todos que ouvem seus discos, seja aqui no Brasil ou em qualquer outro lugar para onde levo alguns deles, quando viajo pelo mundo. Tudo o que estou dizendo poderá ser confirmado quando você ouvir as canções do seu novo CD, "Dias de Paz" (o que lhe acenta como título) e começar a sentir um Beto mais maduro e mais inspirado ainda. E, o que é muito importante, em belíssima companhia: os arranjos e a produção do Jaquinho Morelenbaum. Mas esta é uma outra história..." (Ziraldo)


"O Beto é desses caras que já nasceram prá música. Seu pai, o grande Godofredo deixou pro filho toda uma influência de música mineira (modinhas, valsas, etc.) Beto juntou toda essa riqueza com os Beathes, Crosby e Still e o som Pop dos anos 60/70, e criou uma música bela, que tem a sua cara, que mexe com o coração e a sensibilidade das pessoas.Feliz de quem conhece o trabalho de Beto Guedes." (Toninho Horta)


"Sou super tiete de Beto. Dele já gravei "Luz e Mistério." Acho um cara fantástico e super autêntico. É um artista que consegue estar sempre fazendo algo interessante e bonito. Tem uma integridade artística que me emociona.

Foi incrível quando ele me chamou pra gravar no seu disco. Abri um sorriso de orelha a orelha. Não via a hora de gravar. Ficou chocante. O timbre bateu bem demais.

Profissionalmente foi muito importante. Obrigado Beto." (Zizi Possi)


"Beto é o que há de bom gosto na música brasileira. Seu "rock" é de primeiríssima qualidade.
Sem contar ainda com o enorme carisma e a sinceridade com os amigos.
Beijos do Wagão." (Wagner Tiso)



"Beto sempre foi pra mim, além de amigo e companheiro, um exemplo de integridade musical no panorama da música brasileira. Um dos músicos mais intuitivos que conheço, antes de tudo, um criador nato." (Flávio Venturini)


"Ai, Viramundo de minha vida, que vira Minas pelo avesso, sem revelar aos meus olhos o seu mais impenetrável mistério! Ai, Minas de minha alma, alma do meu orgulho, orgulho de minha loucura, acendei uma luz no meu espírito, iluminai os desvãos de meu entendimento e mostrai-me onde se esconde esse mineiro maravilhoso, esse meu irmão desvairado que no fundo vem a ser a melhor razão existir".

Assim implorei a Geraldo Viramundo, personagem do romance "O Grande Mentecapto", que me dissesse o que vem a ser mineiro. Pergunte a um deles para ver só: - Se sou mineiro? Uai, é conforme...(Toda resposta é conforme: sabe-se lá por que estão perguntando?)

Para ser mineiro, basta ter nascido em Minas? O que é Minas, afinal? O próprio poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade confessou num poema:

"Ninguém sabe Minas
Só os mineiros sabem. E não dizem
Nem a si mesmos o irrevelável segredo
Chamado Minas".

Sendo assim, quem disse que sou mineiro, afinal? Só por ter nascido na capital de Minas? Neste caso o sol também é, já que nasce todo dia em tão belo horizonte.

Pois basta ouvir Beto Guedes, para ver como ele é mineiro, e quanto!

Dos melhores que Minas já produziu. É ouvi-lo, e concluir que ele transportou para as suas admiráveis criações musicais o que a nossa eterna Minas Gerais tem de melhor". (Fernando Sabino)



Discografia completa - Beto Guedes


Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta (1973)
Faixas:
01 - Caso você queira saber (Márcio Borges - Beto Guedes)
02 - Meu canário vizinho azul (Toninho Horta)
03 - Viva eu (Novelli - Wagner Tiso)
04 - Belo Horror (Flávio Hugo - Márcio Borges - José Geraldo - Beto Guedes)
05 - Ponta Negra (José Carlos Pádua - Danilo Caymmi)
06 - Meio a meio (Novelli)
07 - Manuel, o audaz (Toninho Horta - Fernando Brant)
08 - Luiza (Novelli)
09 - Serra do mar (Danilo Caymmi - Ronaldo Bastos)



A página do relâmpago elétrico (1977)
Faixas:
01 – A Página do Relâmpago Elétrico (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
02 – Maria Solidária (Milton Nascimento e Fernando Brant)
03 – Choveu – Beto Guedes e Ronaldo Bastos
04 – Chapéu de Sol (Beto Guedes e Flávio Venturini)
05 – Tanto (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
06 – Lumiar (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
07 – Bandolim (Beto Guedes)
08 – Nascente (Flávio Venturini e Murilo Antunes)
09 – Salve Rainha (Zé Eduardo e Tavinho Moura)
10 – Belo Horizonte (Godofredo Guedes)



Amor de índio (1978)
Faixas:
01 – Amor de Índio (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
02 – Novena (Milton Nascimento e Marcio Borges)
03 – Só Primavera (Beto Guedes e Marcio Borges)
04 – Findo Amor (Tavinho Moura e Murilo Antunes)
a) Vinheta l (Beto Guedes)
05 – Gabriel (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
06 – Feira Moderna (Fernando Brant, Beto Guedes e Lô Borges)
07 – Luz e Mistério (Beto Guedes e Caetano Veloso)
08 – O Medo de Amar É O Medo de Ser Feliz (Beto Guedes e Fernando Brant)
09 – Era Menino (Beto Guedes, Tavinho Moura e Murilo Antunes)
10 – Cantar (Godofredo Guedes)



Sol de Primavera (1979)
Faixas:
01 - Sol De Primavera (Beto Guedes & Ronaldo Bastos)
02 - Como Nunca (Luiz Guedes, Thomas Roth & Murilo Antunes)
03 - Cruzada (Tavinho Moura & Márcio Borges)
04 - Rio Doce (Beto Guedes, Tavinho Moura & Ronaldo Bastos)
05 - Pedras Rolando (Beto Guedes & Ronaldo Bastos)
06 - Roupa Nova (Milton Nascimento & Fernando Brant)
07 - Norwegian Wood (This Bird Has Flown) (John Lennon & Paul McCartney)
08 - Pela Claridade Da Nossa Casa (Beto Guedes, Murilo Antunes & Márcio Borges)
09 - Monte Azul (Beto Guedes)
10 - Casinha De Palha (Godofredo Guedes)



Contos da lua vaga (1981)
Faixas:
01 - O Sal da Terra (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
02 - Tesouro da Juventude (Tavinho Moura e Murilo Antunes)
03 - Boa Sorte (Luiz Guedes, Thomas Roth e Márcio Borges)
04 - Contos da Lua Vaga (Beto Guedes e Márcio Borges)
05 - Rio Doce (Beto Guedes, Tavinho Moura e Ronaldo Bastos)
06 - Vevecos, Panelas e Canelas (Milton Nascimento e Fernando Brant)
07 - Quatro (Beto Guedes e Márcio Borges)
08 - Sete Flautas (instrumental) (Beto Guedes)
09 - Dona Julia (instrumental) (Luiz Guedes e Beto Guedes)
10 - Canção do Novo Mundo (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
11 - Noite sem Luar (Godofredo Guedes)


Viagem das mãos (1984)
Faixas:
01 - O Amor não Precisa Razão (Beto Guedes, Ronaldo Bastos e Ricardo Milo)
02 - Balada dos Quatrocentos Golpes (Márcio Borges, Thomas Roth e Luiz Guedes)
03 - Viagem das Mãos (Tavinho Moura e Márcio Borges)
04 - Rádio Experiência (Tunai e Milton Nascimento)
05 - Quando te Vi (Meredith Wilson - versão de Ronaldo Bastos)
06 - Paisagem da Janela (Lô Borges e Fernando Brant)
07 - No Céu, com Diamantes (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
08 - Izabel (Beto Guedes e Murilo Antunes)
09 - Nena (Beto Guedes)
10 - Um Sonho (Godofredo Guedes)



Alma de borracha (1986)
Faixas:
01 - Flor da Razão (Beto Guedes, Márcio Borges e Ronaldo Bastos)
02 - Calor Humano (Beto Guedes, Dalto e Ronaldo Bastos)
03 - Tudo em Você (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
04 - São Paulo (Luiz Guedes e Thomas Roth)
05 - Quando a Saudade não se Vai (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
06 - Lágrima de AmoR (Luiz Guedes e Márcio Borges)
07 - Objetos Luminosos (Milton Nascimento, Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
08 - Alma de Borracha (Telo Borges e Márcio Borges)
09 - Amormeuzinho (Tavinho Moura e Fernando Brant)
10 - Choro de Pai (Instrumental) (Beto Guedes e Tadeu Franco)



Ao vivo (1987)
Faixas:
01 - Overture
01.1 - Canção do Novo Mundo (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
01.2 - Fé Cega, Faca Amolada (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos)
01.3 - Cruzada (Tavinho Moura e Márcio Borges)
02 - Balada dos 400 Golpes (Luiz Guedes, Thomas Roth e Márcio Borges)
03 - Tudo em Você (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
04 - Luz e Mistério (Beto Guedes e Caetano Veloso)
05 - Amor de Índio (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
06 - Quando Te Vi (Till There was You) (Meredith Wilson - versão Ronaldo Bastos)
07 - Gabriel (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
08 - Lumiar (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
09 - Canção do novo Mundo (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
10 - Roupa Nova (Milton Nascimento e Fernando Brant)
11 - Sol de Primavera (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
12 - O Sal da Terra (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)



Andaluz (1991)
Faixas:
01 - Andaluz (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
02 - Olhos de Jade (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
03 - A Mulher (Beto Guedes e Fernando Brant)
04 - Meu Ninho (Wagner Tiso e Ronaldo Bastos)
05 - Coração é a Lei (Luiz Guedes, Beto Guedes e Paulo Flexa)
06 - Leo, o Menino (Instrumental) (Renato Vasconcelos)
07 - Qualquer Palavra é Amor (Luiz Guedes e Paulo Flexa)
08 - Garotos (Vinícius Cantuária)
09 - Pago pra Ver (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
10 - M16 ( Ariazinha) (Instrumental) (Beto Guedes)
11 - Choro de Pai (Beto Guedes e Tadeu Franco)
12 - Tem Cego que Vê (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)



Dias de paz (1998)
Faixas:
01 - Dias Assim (Beto Guedes e Chico Amaral)
02 - Lumiar (Beto Guedes / Ronaldo Bastos)
03 - Pedras Rolando (Beto Guedes / Ronaldo Bastos)
04 - Se Ela Deixar (Beto Guedes, Lulu Guedes e Chico Amaral)
05 - As Vitrines (Chico Buarque)
06 - Amor de Índio (Beto Guedes / Ronaldo Bastos)
07 - Sol de Primavera (Beto Guedes / Ronaldo Bastos)
08 - Dias de Chuva "Rainy Days And Mondays" (P.Williams / R.Nichols) (versão: Beto Guedes / Ronaldo Bastos)
09 - Espelhos D`Água (Dalto e Claudio Rabello)
10 - No Céu com Diamantes (Beto Guedes / Ronaldo Bastos)
11 - Maria Solidária (Milton Nascimento e Fernando Brant)
12 - Contos da Lua Vaga (Beto Guedes e Márcio Borges)
13 - O Sal da Terra (Beto Guedes / Ronaldo Bastos)
14 - Tristesse (Telo Borges e Milton Nascimento)
15 - Asas (Beto Guedes, Flávio Venturini, Vermelho e Márcio Borges)



Em algum lugar (2004)
Faixas:
01 - Até Depois (Luis guedes, Paulo Flexa e Thomas Roth)
02 - Sonhando o Futuro (Cláudio Venturini e Lô Borges)
03 - O Amor por Nós (Jimmy Webb, versão: Beto Guedes e Tadeu Franco)
04 - Um Sonho Pra Viver -(Renato Vasconcelos e Murilo Antunes)
05 - Outra Manhã (Beto Guedes e Murilo Antunes)
06 - Lamento Árabe (Godofredo Guedes)
07 - Em Algum Lugar (Frederick Rousseau, versão: Fernando Brant)
08 - Eu Te Dou Meu Coração (Beto Guedes, Léo Lopes e Ronaldo Bastos)
09 - Amor de Filho (Beto Guedes e Milton Nascimento)
10 - A Via Lactea (Lô Borges e Ronaldo Bastos)
11 - Tua Canção (Ronaldo Cotrim e Carolina Futuro)
12 - Vem Ver o Sol (Cláudio Faria)
13 - Júlia (Gabriel Guedes)



50 anos ao vivo (2001)
Faixas:
01 - Amor de Índio (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
02 - Era Menino (Beto Guedes, Tavinho Moura e Murilo Antunes)
03 - Dias Assim (Beto Guedes e Chico Amaral)
04 - No Céu com Diamantes (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
05 - Nascente (Flávio Venturini e Murilo Antunes)
06 - Quando Te Vi (Till there was you) (Meredith Wilson - Vers. Ronaldo Bastos)
07 - Cantar (Godofredo Guedes)
08 - As Vitrines (Chico Buarque)
09 - Gabriel (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
10 - Espelhos D`Água (Dalto e Cláudio Rabello)
11 - Feira Moderna (Fernando Brant, Beto Guedes e Lô Borges)
12 - Maria Solidária (Milton Nascimento e Fernando Brant)
13 - Lumiar (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
14 - Pedras Rolando (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
15 - O Sal da Terra (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
16 - Andaluz (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
17 - Sol de Primavera (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)



Outros clássicos (2011)
Faixas:
01 - O medo de amar é o medo de ser livre (Beto Guedes e Fernando Brant)
02 - Olhos de Jade (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
03 - Um sonho pra valer (Renato Vasconcelos e Murilo Antunes)
04 - Rio Doce (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
05 - Quatro (Beto Guedes e Márcio Borges)
06 - Boa sorte (Luiz Guedes, Thomas Roth e Márcio Borges)
07 - Só primavera (Beto Guedes e Márcio Borges)
08 - Luz e mistério (Beto Guedes e Caetano Veloso)
09 - Meu ninho (Wagner Tiso e Ronaldo Bastos)
10 - Nena (Beto Guedes)
11 - Tudo em você (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
12 - 0 A página do relâmpago elétrico (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
13 - Tanto (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
14 - Veveco - panelas e canelas (Milton Nascimento e Fernando Brant)
15 - O amor não precisa razão (Beto Guedes, Ronaldo Bastos e Ricardo Milo)
16 - Balada dos 400 golpes (Luiz Guedes, Thomas Roth e Márcio Borges)
17 - Lágrima de amor (Luiz Guedes e Márcio Borges)



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