No último mês de fevereiro o compositor carioca completou 60 anos de vida, destes mais de quarenta dedicados ao árduo e prazeroso ofício de compositor.
Com um leque de atividades culturais tal como a poesia e o teatro, o também autor e teatrólogo Paulo César Feital está com mais de 40 anos de composição e hoje é considerado como um dos autores mais atuantes da música popular ao longo destes últimos anos.
Aos 14 anos Feital compôs a primeira sua que seria gravada por alguém. E esse alguém nada mais era que o conceituado sambista Moreira da Silva. Depois dessa composição percorreu os caminhos comuns aos jovens compositores da época: Festivais estudantis e universitários.
Inspirado por nomes como Noel Rosa e Orestes Barbosa deu continuidade em sua carreira de compositor, e por volta do ano de 1973, iniciou uma parceria extremamente prolífera com o também compositor e violonista Cláudio Cartier. Dessa parceria nasceu clássicos do cancioneiro popular brasileiro como: "Saigon"; "Perfume Siamês"; "Dias de Lua"; "Cinelândia"; "No Analices"; "Meu Louco" e "Bolero de Neblina". Outros sucessos de Feital são as canções "40 anos", "O pleito" e "300 anos" (com Altay Veloso), "Flamboyant" (com Jota Maranhão) entre outros.
"Francisco não era de Assis mas criava seus sabiás,
E o som brasileiro pra mim era Tom pra Jobim cantar,
Poeta tinha moral,
E o povo tinha Moraes e outros tantos pluraes,
Esperança de paz,
Tão singular...". (Paulo César Feital e Elton Medeiros)
E o som brasileiro pra mim era Tom pra Jobim cantar,
Poeta tinha moral,
E o povo tinha Moraes e outros tantos pluraes,
Esperança de paz,
Tão singular...". (Paulo César Feital e Elton Medeiros)
Seu currículo é vasto. No Cinema, assinou as trilhas musicais, do curta metragem “Colônia Juliano Moreira”, e a incidental do longa “Lucio Flávio o Passageiro da Agonia”. Já no teatro, as trilhas de “Subo nesse Palco” e “Temporal”. Ainda no teatro, é autor das peças “Lua com Limão”, “O Primo do Presidente”, “Beto, filho de Mayra” e o infantil “Chorinho de Pelúcia”
Como diretor, esteve à frente de grandes espetáculos: “50 anos de Elizeth Cardoso”, “De amor é Bom” , “Xingu” e Farmacopéia” com João Nogueira,” 40 anos de Elis”, “Viva Clara” com Fagner, Chico Buarque, Beth Carvalho e João Nogueira, “15 anos de Carlinhos Vergueiro”, “Corrente de Aço” com Roberto Ribeiro,”... entre outros.
Feital foi incluído no livro “Antologia dos 50 Maiores Poetas Cariocas do Século” de Olga Savari; Antologia da Música Brasileira de Haroldo Costa no Dicionário da MPB de Ricardo Cravo Albim, e ganhou vários prêmios, como o “Sharp” de música, “Prêmio Castro Alves de Sonetos” Festival Internacional Latino Americano,etc.,
Com o compositor e instrumentista Jorge Simas, gravou seu 3º CD “Carta ao Rei”, com participações especiais de Chico Buarque, Paulo Moura , Leny Andrade, Selma Reis, Carlinhos Vergueiro, Rildo Hora e Cris Delanno
É autor da peça” E Daí, Isadora?” em parceria com a roteirista e psicanalista Eliza Maciel,direção de Bibi Ferreira, estrelada por Tânia Alves e Jalusa Barcellos.
Em 2003, gravou o cd “Ofício: Brasileiro” registro de sua obra e parcerias, pelo selo MECBR.
São mais de 300 músicas gravadas por vozes como: Milton Nascimento, Nana Caymmi,Chico Buarque, Emílio Santiago, Alcione, Beth Carvalho, Leny Andrade,MPB-4, Danilo Caymmi, Quarteto em Cy, João Nogueira, Zezé Mota, Cauby Peixoto, Pery Ribeiro, Tim Maia, Sandra de Sá, entre outros. Tem como parceiros, reconhecidos nomes do cenário musical do país: Roberto Menescal, Nelson Cavaquinho, Guinga, Suely Costa, Elton Medeiros, João Nogueira, Carlinhos Vergueiro, Gilson Peranzzetta, Jorge Aragão, Luiz Carlos da Vila, Lenine, Hélio Delmiro, Cristóvão Bastos, Jorge Simas, Cláudio Cartier, Altay Veloso, para citar alguns.
Apesar do pouco reconhecimento que geralmente é dado aos compositores como um todo, Feital assim como aqueles que se dedicam ao ofício de compor aquilo que muitas vezes queremos dizer, mas temos tal lirismo para abordar o tema como eles abordam. É por essas e outras que nomes como o de Paulo César Feital merecem ser lembrados pela passagem de qualquer data relevante, ainda mais quando se está completando 60 anos ao longo de 2011.
Apesar do pouco reconhecimento que geralmente é dado aos compositores como um todo, Feital assim como aqueles que se dedicam ao ofício de compor aquilo que muitas vezes queremos dizer, mas temos tal lirismo para abordar o tema como eles abordam. É por essas e outras que nomes como o de Paulo César Feital merecem ser lembrados pela passagem de qualquer data relevante, ainda mais quando se está completando 60 anos ao longo de 2011.
Conheci o Paulo quando eu tinha 15 anos de idade, ele com 25. Morávamos próximos no Leblon e pude testemunhar o talento que tinha para compor, muitas vezes, na madrugada, em um pequeno lenço de papel, depois de alguns choppes, e depois inacreditáveis notas de poesia. Parabéns ao meu amigo, que não vejo ha 20 anos,pois hoje moro em Teresopolis, mas sei que continua fazendo sucesso.
ResponderExcluirPaulo Ferraz
Por que Vc, 'anonimo' Paulo Ferraz, não provoca um encontro com Paulo Cesar Feital, se tiveram raizes plantadas no Leblon - anos naturalmente de muita boemia e criatividade...?
ResponderExcluirjoao pessoa pb