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segunda-feira, 9 de maio de 2011

20 ANOS SEM GONZAGUINHA

Por Bruno Negromonte

No último dia 29 de abril completaram-se 20 anos que um dos maiores compositores da nossa MPB saiu de cena para fazer parte do hall das inesquecíveis estrelas da nossa música popular, em uma constelação de grandes nomes o de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior se destaca.

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, ou simplesmente Gonzaguinha, nasceu em 22 de setembro de 1945, no Rio de Janeiro, filho legítimo de Luiz Gonzaga, o rei do baião, e Odaléia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil.

"Venho de Odaléia uma profissional daquelas que furam cartão e de vez em quando sobem no palco; ela cruzou com meu pai e de repente eu vim" (Gonzaguinha)

A mãe morreu de tuberculose ainda muito moça, com apenas 22 anos de idade, deixando Gonzaguinha órfão aos dois anos, e o pai, não podendo cuidar do menino porque viajava por todo Brasil, entregou-o aos padrinhos "Dina" (Leopoldina de Castro Xavier) e Xavier (Henrique Xavier), baiano do violão das calçadas de Copacabana, do pires na zona do mangue, morro de São Carlos "foram eles que me criaram e por isso eu toco violão". (Gonzaguinha)




As primeiras letras Gonzaguinha aprendeu numa escola local, mas as verdadeiras lições de vida recebeu pelas ladeiras do morro. Quando garoto, para conseguir algum dinheiro, carregava sacolas na feira.

Moleque Luizinho – seu apelido de infância, ia aprontando das suas. Pipas, peladas, bolinha de gude, pião e os acidentes da infância. Como as três vezes em que furou o olho esquerdo. Na primeira, com uma pedrada, depois, com um estilingue e, na quina da cama, com isso perdeu 80% da visão desse olho.

No carnaval fugia com Pafúncio, um vendedor de caranguejos que morava nas redondezas e era membro da ala de compositores da Unidos de São Carlos, a partir daí, o samba estaria definitivamente em sua vida. Nas ruas do Estácio, Gonzaguinha ia crescendo, entre a malandragem dos moleques de rua e o carinho da madrinha.

Do pai, recebia o nome de certidão, dinheiro para pagar os estudos e algumas visitas esporádicas. Imerso no dia-a-dia atribulado da população, Gonzaguinha ia aprendendo a dureza de uma vida marginal, a injustiça diária vivida por uma parcela da sociedade que não tinha acesso a nada.

O aprendizado musical se fez em casa mesmo, ouvindo o padrinho tocar violão e tentando fazer o mesmo:
"Sempre toquei um instrumento e poderia chegar a tocar bem, sendo um músico profissional, coisa que não sou. Sou um compositor e um intérprete que também toca violão, mais não sou músico nem tenho intenção de me arvorar a sê-lo" (Gonzaguinha)

Quando pequeno, Gonzaguinha ouvia Lupicínio Rodrigues, Jamelão e as músicas de seu pai. Gostava de bolero e era assíduo freqüentador de programas sertanejos. Ouvia também muita música portuguesa, pois D. Dina sua madrinha e mãe adotiva, era filha de portugueses e manteve-se ligada às tradições familiares.

Aos catorze anos, Gonzaguinha escrevia sua primeira composição: Lembranças da Primavera. Pouco mais tarde , compôs Festa e From U.S of Piauí, que seu pai gravaria em 1967.

Em 1961, Gonzaguinha, que estava completando 16 anos, foi morar com o pai em Cocotá. Xavier e Dina não podiam dar estudos para o garoto, que queria estudar economia.



Neste ano Gonzaguinha estudou muito, desde então jamais repetiu um ano, lia todos os jornais e guardava tudo num saco de estopa, ele dizia que esses jornais podiam ajudar ele nos estudos. Só depois de formado é que ele jogou tudo fora.

Trancado no quarto, estudava economia e tocava violão. Quando saía, ia para a praia jogar futebol, sua outra paixão. Como já fizera no morro de São Carlos, esquecia dos horários e nunca vinha almoçar.

Em dezembro de 61, ocorreu o primeiro acidente automobilístico de sua vida, em viagem com o pai e uma amigo, a caixa de mudança do carro enguiçou, isso ocorreu no Rio, em direção a Miguel Pereira, Gonzagão ficou um mês hospitalizado, e Gonzaguinha só sofreu um grande susto.

Os desentendimentos com Helena, esposa de Gonzagão, fizeram com que o menino acabasse sendo interno em um colégio. Talvez tenha sido a partir daí que o "homem" Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior tenha começado a se delinear. Não só concluiu o Curso Clássico, como ingressou na Faculdade de Ciências Econômicas Cândido Mendes (Rio de Janeiro). Aquele que tinha tudo para não dar em nada, começava a mostrar o cidadão consciente social e politicamente.

O começo da amizade com Ivan Lins e alguns outros teve inicio na rua Jaceguai, na Tijuca onde morava o psiquiatra Aluízio Porto Carrero, um homem que gostava de levar pessoas a sua casa para longas conversas, jogos de cartas ou uma roda de violão.

Foi nesta casa que Gonzaguinha conheceu Ângela, sua primeira esposa, mãe dos seus dois filhos mais velhos, Daniel e Fernanda .

Das rodas de violão na casa do psiquiatra nasceu o M.A.U. (Movimento Artístico Universitário) e
dele faziam partes nomes como Ivan Lins, Aldir Blanc, Paulo Emílio, César Costa Filho. "Éramos um Grupo com pretensões de romper as barreiras do mercado de trabalho, com a consciência de que os festivais não projetavam ninguém" (Ivan Lins). O MAU acabaria sugado pela TV Globo que em 1971 lançava o programa "Som livre exportação".

Nos primeiros dois meses as coisas caminharam bem e o grupo fez grande sucesso. Passando esse período, na hora da renovação do contrato, a Globo só queria Ivan Lins, Gonzaguinha e
César Costa Filho. No início eles procuraram manter-se unidos , "na base do ou assina todo mundo ou ninguém assina". Passados os primeiros dias, as grandes somas envolvidas, as diferenças pessoais e outros fatores cindiram o grupo. O programa continuou por mais algumas semanas, comandado por Ivan lins, que foi o que mais vacilou na defesa do grupo.

"Não era uma questão de eu ser mais ou menos forte que o Ivan. É uma questão estrutural. Só isso. A minha imagem de antipatia não permitia que as pessoas tentassem me cooptar. Isso me deixava muito distante". (Gonzaguinha)

Foi nessa época que se difundiu a imagem de Gonzaguinha como um artista agressivo, chegando
um jornalista a chamá-lo de "cantor rancor". Para o compositor, sua agressividade foi criada pelo sistema para ele vender mais.

Em 1973, Gonzaguinha participou do programa Flávio Cavalcanti apresentando a música Comportamento Geral num dos concursos promovidos pelo programa. Os jurados ficaram apavorados com a letra que dizia "Você deve aprender a baixar a cabeça e dizer sempre muito obrigado/ São palavras que ainda te deixam dizer por se homem bem disciplinado/ Deve pois só fazer pelo bem da Nação tudo aquilo que for ordenado".

Muita polêmica, uma advertência da censura mas, em compensação, o compacto gravado pelo compositor, que estava encalhado nas prateleiras das lojas, esgotou-se em poucos dias e logo Gonzaguinha pulava do quase anonimato para as paradas de sucesso na Rádio Tamoio e era convidado para gravar um novo disco.

Como era de se prever naqueles anos de chumbo, a divulgação da música logo foi proibida em todo o território nacional e Gonzaguinha "convidado" a prestar esclarecimentos no DOPS. Seria a primeira entre muitas visitas do compositor ao orgão público. Para gravar 18 músicas, Gonzaguinha submeteu 72 à censura - 54 foram vetadas!

Apesar de toda a perseguição, Gonzaguinha nunca deixou de divulgar seu trabalho: quer seja em discos onde driblava os censores com canções alegóricas, quer seja em shows onde, além de cantar as músicas que não podiam ser tocadas nas rádios, Gonzaguinha não se continha e exprimia suas opiniões e sua preocupação com os rumos que a nação tomava.



Em 1975, Gonzaguinha dispensou os empresários e essa atitude foi fundamental para sua carreira, segundo Gonzaguinha a vantagem detrabalhar independente dos empresários está nos contatos que o artista mantém com várias pessoas, o que concorre para recuperar se a base humana do trabalho.

O ano de 1975 foi particularmente importante na vida do compositor: tendo contraído tuberculose, Gonzaguinha viu-se obrigado a passar oito meses em casa e aproveitou o tempo para meditar e refletir sobre si mesmo. Neste período acabou chegando a algumas conclusões importantes.

"Achei que devia retomar toda uma espontaneidade em termos de apresentação, de estar no palco como se estivesse em qualquer outro lugar" (Gonzaguinha)

O ano de 1975 também marcou o início das suas excursões pelo Brasil, em que rodou todo o país de violão. Com isso, conseguiu solidificar as bases nacionais de sua arte e descobriu a importância de seu pai, na música popular brasileira.

Em 1976, Gonzaguinha gravou o LP Começaria Tudo Outra Vez. O disco, de acordo com o próprio autor, representou a capacidade de voltar ao início da carreira, retomar a espontaneidade perdida e "assumir a coerência de um trabalho que vem se estendendo há muito tempo"

Em 1981 nasceu Amora Pêra, filha de Gonzaguinha e da Frenética Sandra Pêra.

Depois disso, sua carreira constituiu um coleção de sucessos, tanto nas apresentações ao vivo como nos diversos LPs que lançou, entre os quais Gonzaguinha da vida (1979), Coisa Mais Maior de Grande (1981), Alô, Alô Brasil (1983), em toda essa trajetória, Gonzaguinha tem demonstrado, ao lado de qualidades artísticas indiscutíveis, uma grande
coerência de idéias sobre a arte, a vida e a dimensão política do homem.

Seus últimos 12 anos de vida, Gonzaguinha passou-os ao lado de Louise Margarete Martins
- a Lelete. Desta relação nasceu Mariana, sua caçula. Até hoje Lelete e Mariana vivem em Belo Horizonte, cidade onde Gonzaguinha viveu durante dez anos.

A vida em Minas, mais calma, com longos passeios de bicicleta em torno da lagoa da Pampulha, marcou um período mais introspectivo de sua carreira. O músico dedicava-se a pesquisar novos sons dividindo-se entre longos períodos em casa e demoradas turnês de shows pelo país.

A mais importante dessas turnês talvez tenha sido com o show "Vida de Viajante", ao lado do pai Luiz Gonzaga, em 1981. Não apenas um show, "Vida de Viajante" selou o reencontro de pai e filho, a intersecção de dois estilos, o Brasil sertanejo do baião encontrando o Brasil urbano das canções com compromisso social e uma só paixão - o palco.

Se "Todo artista tem de ir aonde o povo está", lá estavam pai e filho deixando mágoas, desavenças, ressentimentos na poeira das estradas. Viajando juntos por quase um ano, mais do que se perdoaram - tornaram-se amigos. Não houve reconciliação, houve compreensão.

O acidente que tirou a vida de Luiz Gonzaga Júnior, aconteceu na manhã do dia 29 de abril de 1991 , ocorrido no quilômetro 30 da BR-280, entre os municípios de Renascença e marmeleiro, na região sudoeste do Paraná e a cerca de 420 quilômetros de Curitiba.

O Monza dirigido por Gonzaguinha bateu de frente no caminhão F-4000 com placa de Marmeleiro(PR), Gonzaguinha ainda chegou a ser levado a policlínica São Francisco de Paula, em Francisco Beltrão onde chegou sem vida

Os passageiros que viajavam com o Cantor, seu empresário Renato Manoel Duarte e Aristide Pereira da Silva, foram internados na mesma policlínica em estado de coma, ambos tiveram traumatismo craniano. O Renato foi o único sobrevivente.

Segundo um patrulheiro da policia rodoviária estadual, disse que possivelmente o sol atrapalhou a visão do motorista da caminhonete , pertencente a um matadouro. O motorista cruzou a pista para entrar numa estrada de terra que conduz ao matadouro e atingiu o Monza. No asfalto, ficou a marca da freada do automóvel por quase 50 metros.

Gonzaguinha seguia em destino a Foz do Iguaçu onde de lá tomaria um avião com destino a Florianópolis, para a realização de seis shows em Santa Catarina.



Repercussão na época da morte do Gonzaguinha

Ney Matogrosso
“É tão súbito que nem sei o que dizer. Éramos amigos e há, pouco tempo, chegamos a estar bem próximos mesmo sem ter trabalhado juntos. Mais do que seu trabalho, gostava dele como pessoa”

Fagner
“Era muito ligado a ele e a toda asua família. Tudo que posso dizer nesse momento é que estou chocado”

Joanna
“Gonzaguinha era um poeta contemporâneo, que abordava a alma feminina de uma forma completa. Através da palavra, desnudava o universo da mulher> Ele tinha a sensibilidade à flor da pele. Na minha obra é de extrema importância. Sempre esteve presente nos meus trabalhos, desde que fez a música "Agora" para o meu primeiro LP.”

Simone
“Era uma pessoa de quem gostava muito.Tinha um grande talento. Estou muito chocada agora para dizer mais alguma coisa”

Arquiles (MPB-4)
“Nós éramos muito amigos. Sempre tivermos uma ligação forte porque o MPB-4 gravou muitas músicas dele. Ele nunca nos negou uma composição inédita. Nossas posições políticas também eram parecidas”

Abel Silva“A música brasileira perde um grande compositor de apelo popular, que dizia ass coisas com muito precisão e coragem. As canções que ele deu para a Bethânia por exemplo vão ficar. Na última vez que o vi, ele disse: ‘tenho saúde, resto a gente tira de letra.”

Nana Caymmi
“Tinha um carinho grande pelo compositor e pelo ser humano. Vai ficar faltando um pedaço. À importância da obra dele é enorme. Com o tempo sentiremos falta de sua música. Ele lutava pela pátria. Sempre fui sua amiga e era muito ligada a ex-mulher dele, Ângela.Nossos filhos cresceram juntos. È horrível e inacreditável que isso tenha acontecido."


Discografia Gonzaguinha

Luiz Gonzaga Jr (1973) (EMI)

Faixas:
01 - Sempre Em Teu Coração – Gonzaguinha – (Gonzaguinha) (3:45)
02 - Minha Amada Doidivana – Gonzaguinha – (Gonzaguinha) (3:22)
03 - Página 13 – Gonzaguinha – (Gonzaguinha) (4:30)
04 - Romântico Do Caribe – Gonzaguinha – (Gonzaguinha) (3:01)
05 - Sim, Quero Ver – Gonzaguinha – (Gonzaguinha) (3:42)
06 - A Felicidade Bate A Sua Porta – Gonzaguinha – (Gonzaguinha) (3:11)
07 - Palavras – Gonzaguinha – (Gonzaguinha) (3:49)
08 - Moleque – Gonzaguinha – (Gonzaguinha) (4:26)
09 - Comportamento Geral – Gonzaguinha – (Gonzaguinha) (3:00)
10 - Insônia – Gonzaguinha – (Gonzaguinha) (2:06)
11 - Depois do Trovão – Gonzaguinha (Gonzaguinha) (Bônus)


Luiz Gonzaga Jr. (1974)

Faixas:
01 - É preciso
02 - Piada infeliz
03 - Meu coração é um pandeiro
04 - Uma família qualquer
05 - Pois é, seu Zé
06 - Rabisco n'areia
07 - Assum preto
08 - Amanhã ou depois
09 - Galope
10 - Desesperadamente

Gonzaguinha - Plano de vôo (1975)

Faixas:
01 - O Começo Da Festa
02 - Tá Certo, Doutor
03 - Gás Neon
04 - Quebra Pau
05 - Assim Que Seja, Amém
06 - Suor E Serragem
07 - Mundo Novo, Vida Nova
08 - Contos De Fadas
09 - Catatonia Integral
10 - Niel Cabeça De Bola
11 - Plano De Vôo
12 - Geraldinos E Arquibaldos


Começaria Tudo Outra Vez (1976)



Faixas:
01 - Eu nem ligo
02 - Picadeiro - Tudo pro meu próprio bem
03 - Erva rasteira
04 - Uma vida inteira - Senhor, senhora
05 - Um sabiá contou
06 - Espere por mim, morena
07 - Meu segredo - Asa branca
08 - Chão, pó, poeira
09 - Começaria tudo outra vez
10 - Um sorriso nos lábios


Moleque Gonzaguinha (1977)

Faixas:
01 - Dias de Santos e Silvas
02 - Teatro de Revistas
03 - Festa e Solidão
04 - Frutos
05 - O Caminho da Roça
06 - O Que Importa?
07 - Por aí
08 - Quintais/O Meu Aboio
09 - Festa/Moleque
10 - Pobreza Por Pobreza


Recado (1978)

Faixas:
01 - Por Aí
02 - O Que Foi Feito Devera
03 - Lindo
04 - Vaí Meu Povo
05 - Odaléia, Noites Brasileiras
06 - E Por Falar no Rei Pelé ?!
07 - Recado
08 - Pessoa
09 - Guerreiro São João
10 - Toda Dia
11 - Petúnia Resedá


Gonzaguinha da vida (1979)
Faixas:
01 - João do Amor Divino
02 - Com a Perna no Mundo
03 - Diga lá, Coração
04 - Por um Segundo (por Nana Caymmi)
05 - Artistas da Vida
06 - O Preto Que Satisfaz
07 - Não Dá Mais Pra Segurar (Explode coração)
08 - Desenredo (G.R.E.S. Unidos do Pau Brasil)
09 - Você Se Lembra Daquela Nega Maluca Que Desfilou Nua Pelas Ruas de Madureira? (O trem)
10 - Vida de Viajante
11 - Galopando
12 - A Vida do Viajante (Com Luiz Gonzaga)
13 - Mundo Novo, Vida Nova


De volta ao começo (1980)
Faixas:
01 - Questão De Fé
02 - Ponto De Interrogação
03 - A Marcha Do Povo Doido
04 - Libertad Mariposa/Lindo
05 - E Vamos À Luta
06 - Paixão
07 - Grito De Alerta
08 - Sangrando/Começaria Tudo Outra Vez
09 - Amanhã Ou depois/Achados E Perdidos/A Legião Dos Esquecidos
10 - A Cidade Contra O Crime
11 - Bié, Bié, Brasil
12 - Mulher E Daí?
13 - De Volta Ao começo/Pessoa
14 - Da Vida
15 - Da Maior Liberdade (Bonus)


Coisa Mais Maior de Grande - Pessoa (1981)
Faixas:
01 - Geraldinos e arquibaldos II
02 - Santa Maravilha
03 - O saco cheio de Noel
04 - Mergulho
05 - Eu entrego a Deus
06 - Pacato cidadao
07 - A fabrica de sonhos
08 - Fala Brasil


Caminhos do Coração (1982)
Faixas:
01 - O que é o que é
02 - Filho da proópria
03 - O começo
04 - Simples como a agua
05 - Maravida
06 - O boy
07 - Ser, fazer e acontecer
08 - Felicidade
09 - Simplesmente feliz
10 - Caminhos do coração



Alô, Alô Brasil (1983)
Faixas:
01 - Alô, alô Brasil
02 - Se eu quiser viver
03 - Todo boato tem um fundo musical
04 - Amor
05 - Um homem também chora
06 - Feliz
07 - Coração de plástico
08 - Nave especial
09 - Pelo Brasil
10 - Memória
11 - Tem de dia que de noite e assim mesmo
12 - Voa foguete


Grávido (1984)

Faixas:
01 - Lindo lago do amor
02 - Grávido
03 - Nem o pobre nem o rei
04 - Rosa povo
05 - Cabeça
06 - Meninos eu vi
07 - Days after that day
08 - Sonhos Brasis
09 - Nunca pare de sonhar
10 - Lindo lago do amor



Olhos de Lince - Trabalho de Parto (1985)
Faixas:
01 - Vinheta - Zoeira
02 - Deixa Dilson e vamos Nelson
03 - Jornada do prazer
04 - Mamao com mel
05 - Maravilhas banais
06 - Coracao mineiro
07 - O homem falou
08 - Trabalho de parto
09 - Janeiro ainda - Possibilidades
10 - Belo balao
11 - Bom dia
12 - Vinheta - Tudo certo



Geral (1987)
Faixas:
01 - Comecaria tudo outra vez
02 - Caminhos do coração
03 - Eu apenas queria que você soubesse
04 - Morro de saudade
05 - Ponto de interrogação
06 - Cê me ama
07 - Espere por mim, morena
08 - Pulsação tropical
09 - Recado
10 - Forro do Gonzagão
11 - Geral
12 - E vamos a luta
13 - Com a perna no mundo
14 - Galope
15 - Sangrando



Corações Marginais (1988)
Faixas:
01 - Tanacara
02 - Mágica
03 - Corações marginais
04 - É
05 - Tudo
06 - Q.S.A.
07 - Rai
08 - Meninos do Brasil
09 - Acalma
10 - Primavera: começo


Luizinho de Gonzagão Gonzaga Gonzaguinha (1990)
Faixas:
01 - Baiao
02 - Guarda
03 - Humanos
04 - Respeita Januario
05 - Asa branca
06 - Gonzaga
07 - Uma vez por semana
08 - Borboleta prateada
09 - Avassaladora
10 - Olha pro ceu
11 - Vida do viajante


Gonzaguinha e Gonzagão Juntos (1991)
Faixas:
01 - A Vida do Viajante
02 - Mariana
03 - From United States Of Piaui
04 - Não Vendo, Nem Troco
05 - Eu e Minha Branca
06 - Diz Que Vai Virar
07 - A Triste Partida
08 - Pense N'eu
09 - Pobreza Por Pobreza
10 - Lembrança de Primavera
11 - Erva Rasteira
12 - Festa


Cavaleiro solitário (1993)
Faixas:
01 - Cavaleiro solitario
02 - Oce i eu
03 - Um homem tambem chora
04 - Asa branca
05 - Gentileza
06 - Salve
07 - Fotografia
08 - Coracao
09 - Maravida
10 - Fliperama
11 - Explode coracao
12 - Comecaria tudo outra vez



Luiz Gonzaga Jr. (2001)
Faixas:
01 - Moleque
02 - Um abraco terno em voce, viu mae
03 - Por um segundo
04 - Plano Sensacional
05 - Felicia
06 - Eu quero
07 - Sanfona de Prata
08 - O trem
09 - Parada obrigatoria para pensar
10 - Africasiamerica
11 - Pobreza por Pobreza


Gonzagão e Gonzaguinha - A vida do viajante (Ao vivo)
Faixas:
01 - Sangrando
02 - Amanha ou depois
03 - Achados e perdidos
04 - Pequena memoria para um tempo sem memoria
05 - Comecaria tudo outra vez
06 - Apologia do jumento
07 - Acaua
08 - Assum preto
09 - A morte do vaqueiro
10 - Discanco em casa, moro no mundo
11 - Boiadeiro
12 - Vozes da seca
13 - Pau-de-arara
14 - Baiao de Sao Sebastiao
15 - Baiao
16 - Karolina com K
17 - Derramaro o gai
18 - Legua tirana
19 - Baiao da garoa
20 - Juazeiro
21 - Da vida
22 - Estradas
23 - Diga la, coracao
24 - Grito de alerta
25 - Da maior liberdade
26 - Com a perna no mundo
27 - Nao da mais pra segurar
28 - Respeita Januario
29 - Estrela de ouro
30 - Hora do adeus
31 - A vida do viajante

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