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sábado, 4 de dezembro de 2010

25 ANOS SEM O REI DOS DISCOS

Teixeirinha, como era popularmente conhecido, é até hoje um dos maiores nomes em vendagem do mercado fonográfico nacional mesmo tendo partido em um dia como o de hoje (04 de dezembro) a 25 anos atrás. Seu corpo está sepultado no cemitério da Santa Casa em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Por Bruno Negromonte




Seu nome era Vítor Mateus Teixeira, mais ficou popularmente conhecido no Brasil como Teixeirinha. Ficou muito conhecido também pela "alcunha" de o "Rei do Disco", isso tudo por conta dos recordes alcançados pela vendas de seus álbuns (que curiosamente, ainda continua até os dias atuais, mesmo depois de tantos anos de falecido).

Biograficamente a história de Teixeirinha foi de uma infância bastante adversa. Perdeu seus progenitores em um curto intervalo de 02 anos (quando estava com sete anos seu pai, que era carreteiro por profissão, faleceu, logo em seguida, dois anos depois, também perdeu sua mãe, em um fatídico incêndio). Os anos passaram, e em 1960 Teixeirinha alcança estrondoso êxito nas paradas de sucesso com a canção "Coração de Luto", música esta que descreve toda a sua triste infância e destaca principalmente a trágica perda de sua mãe. O lançamento dessa canção alcançou um patamar talvez não imaginado por Teixeirinha. Todo o Brasil a conheceu a música rapidamente e ele chegou a vender milhões de cópias. O sucesso foi absoluto e isso ocasionou inúmeras regravações (dentre as quais a do Caetano Veloso no álbum Tropicália) e fez com que o single de "Coração de Luto" tornasse um dos mais vendidos de toda a história fonográfica mundial. Em 1961 conheceu na cidade de Bagé (RS) a cantora Mary Terezinha, que em seguida tornou-se sua efetiva companheira e quem lhe deu 6 filhas e 3 filhos, Marisa Sirley; Liria Luisa; Victor Filho; Margareth; Elizabeth; Lisete Fátima; Márcia Bernadeth; Alexander e Liane Ledurina.

Numa soma geral, Teixeirinha alcançou records de venda de discos e se mantém até hoje (25 anos depois de sua morte) como um dos artistas brasileiro e mundial de vendagens mais expressivas. Para se ter uma ideia, até 1983 vendeu 88 milhões de cópias (Estima-se que até os dias atuais tenha ultrapassado a marca de 120 milhões de cópias em todo o mundo). Vale ressaltar que Teixeirinha também incursionou por outras manifestações da arte, chegando a atuar no cinema, contando inclusive a sua biografia no filme Coração de Luto, de 1967. Uma curiosidade sobre o músico e cineasta gaúcho é que Teixeirinha e Mazzaropi foram os maiores fenômenos populares do cinema sul-americano regional. No caso específico de Teixeirinha seus filmes chegaram a superar 1,5 milhões de espectadores, obtidos apenas nos três estados do sul do país. Isso se explica porque geralmente eram co-produzidos por distribuidores e exibidores locais, que lhes asseguravam a permanência em cartaz.

Gaúcho, Teixeirinha sempre procurou seguir a linha mais popular da música de seu estado, tornando-se um ícone do estilo até os dias atuais. Isso pode ser percebido em outra de suas canções mais famosas intitulada "Querência Amada", que traz em sua introdução uma dedicatória ao pai e acabou se tornando um hino informal ao Rio Grande do Sul.

Fica aqui então a ideia de que esse gaúcho nem sequer cogitou a possibilidade de um dia ser tão reverenciado quanto ele acabou sendo pelo povo de sua terra; será que ele imaginou que iriam fazer a ele tantas homenagens quanto as que tem sido ao longo dessa data onde lembramos os 25 anos de seu falecimento? O engraçado é que vivo Teixeirinha fazia um sucesso meio à margem do cerne central dos grandes nomes da música brasileira. Morto, transformou-se em uma figura lendária.

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