Simpática, bonita e talentosa. Filha de pai famoso, ela surge como uma das grandes revelações da nova MPB.
Guarde este nome: Júlia Ribas. Você ainda vai ouvi-lo muito. E, por conseqüência, cantar as músicas desta bela mulher que, sem dúvida, podemos chamar de “artista de pedigree”. Sim, o sobrenome denuncia de imediato. Júlia é filha de Marku Ribas, autor de Zamba Bem, clássico do samba-rock, já revisitado por Lino Crizz e Marco Mattoli, entre outros.
Sem dúvida ela é uma das revelações de destaque do efervescente cenário musical mineiro. Sua mais recente apresentação em terra natal aconteceu no Parque Municipal de Belo Horizonte diante de aproximadamente 4 mil pessoas. Júlia foi um dos destaques da sexta edição do Conexão Telemig Celular, festival com artistas selecionados em etapas eliminatórias que passou por seis cidades do interior de Minas Gerais. Embora ainda esteja em busca por um lugar ao sol, a cantora pode ser considerada uma veterana. E, o que é melhor, ela sabe muito bem o que quer. “Desde 2003 resolvi parar de fazer shows em barzinho. Quero mostrar meu trabalho em outros lugares”, diz a cantora, que começou aos 8 anos com o grupo infantil Os Passarinhos Cantores. De lá pra cá, muita coisa aconteceu. O berço artístico em que nasceu sempre pontuou a vida de Júlia. “Minhas referências vêm de casa, tenho uma família materna musical, ligada nas festas das Catiras. Além do meu pai, minha avó também me influenciou. Ela gostava das folias, dos cânticos, que ela assobiava enquanto bordava”, conta.
Apesar de acompanhar o pai em turnês desde pequena, Júlia lembra bem daquele friozinho na barriga que marcou a estréia. “Meu primeiro show foi em 1998, quando eu tinha 18 anos. Foi só com samba de Noel, Cartola, Zé Ketty, Lamartine... A música brasileira foi um trampolim para meus ouvidos”. Dona de uma voz suave e poderosa, hoje Júlia alia trabalho e dedicação em busca de seu sonho. Recentemente, ela lançou Brasiliando, primeiro disco de sua carreira e fruto do programa de patrocínio à cultura Natura Musical em Minas Gerais. Samba, bossa e suingue pontuam cada música deste caldeirão sonoro. “Queria fazer algo diferente dos shows. Queria algo mais simples e tranqüilo”. No repertório escolhido pela cantora estão doze músicas produzidas ao lado de diversos parceiros.
Mas alguém pode perguntar: e o pai, não participa? É claro que ele não ficou de fora desse importante momento profissional e pessoal da filha. Sobre a participação de Marku Ribas em seu disco, Júlia explica que nada tinha sido planejado. “Estava catalogando as músicas inéditas dele e percebi que tinha letras lindas, melodias em diversos CDs caseiros sem letra, mas todas de grande identificação comigo.” A colaboração paterna rendeu, ainda, In London, uma das mais bonitas canções do disco. Para o futuro, Júlia só pensa em levar sua música para o maior número de pessoas possível. Talento, simpatia e brasilidade ela tem de sobra. Afinal, como diz o famoso verso de uma consagrada criação de Milton Nascimento e Fernando Brant, dois ilustres mineiros admirados por todo país: “todo artista tem de ir aonde o povo está...”
Júlia Ribas - Brasiliando (2005)
01 - Fora do horário comercial (Bid / Marku /Arnaldo Antunes)02 - Girassóis (Marku)
03 - Samba sim (Marku / Makely Ka)
04 - Sempre amor (Marku)
05 - Jogo Fora (Tattá Spalla / Makely Ka)
06 - Seu pai (Arthur Maia)
07 - Vou mandar em você (Marku)
08 - Comédia (Tattá Spalla)
09 - In London (Marku / Júlia Ribas)
10 - Fêmea Brasileira (Marku)
11 - Brasiliando (Marku / Sinésio Bastos)
12 - Cardeal Teodoro (Jr. Bocca)
13 - Bônus Track - Sempre amor
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