PROGRAMAÇÃO - DIA 02
Didier Lockwood
Nascido numa família de artistas, Didier Lockwood começou a tocar aos 6 anos e já era um pianista premiado na adolescência. Nos anos 70, eletrificou seu violino, influenciado por Jean-Luc Ponty. Logo depois, ingressou na Magma, uma banda de jazz-rock que fez um tremendo sucesso na Europa. Pupilo do legendário violinista Stéphane Grappelli, Didier foi convidado, aos 21 anos, pelo pianista Dave Brubeck para tocar com ele no Carnegie Hall, em Nova York. Dono de uma carreira brilhante e eclética, este violinista francês já atuou com alguns intérpretes da pesada, como Miles Davis, Herbie Hancock e os irmãos Wynton e Branford Marsalis. Em quase 50 anos de carreira, Didier Lockwood realizou mais três mil shows, gravou 30 álbuns e deu três voltas ao mundo em turnês.
Para ouvir Didier Lockwood:
Para saber mais sobre o músico:
Programação - Dia 02 (QUARTA-FEIRA)
Concerto - DIDIER LOCKWOOD E RICARDO HERZ - Convento de São Francisco (João Pessoa/PB) (20h30)
PROGRAMAÇÃO - DIA 03
Fernando Sodré
A obra de Fernando Sodré confirma, mais uma vez, a tradição mineira de fornecer ótimos instrumentistas para o cenário popular. Junto ao seu luthier, o jovem desenhou uma viola caipira de 14 cordas, cujos principais atributos são o timbre único e maior extensão harmônica. É por essas e outras que o nome do violeiro vem conquistando público e crítica nos últimos anos. Além do trabalho original, Sodré é um hábil tocador de viola caipira. Influenciado pela música de Tom Jobim, Raphael Rabello, Milton Nascimento, Pat Metheny e Paco de Lucia, lançou dois álbuns fora de série: 'Fernando Sodré' e 'Rio de Contrastes'. No primeiro, interpreta canções próprias, parcerias e relê temas conhecidos. No segundo, experimenta uma formação bem inusitada para viola: baixo fretless, bateria, violão e gaita. Apaixonado pela música instrumental brasileira, o violeiro trabalha com afinco para aprimorar o instrumento e valorizar a composição. Acostumado a misturar cordas com o bandolinista Hamilton de Holanda, o baixista Thiago do Espírito Santo e o violonista Daniel Santiago, três bambas da atualidade, Fernando Sodré apresentará temas como “Baião quebrado” e “Calangada”, ambas dele, na Mostra Internacional de Música em Olinda.
Para ouvir Fernando Sodré:
Art Metal Quinteto
Cinco dos mais experientes músicos de sopros do país, eles traduzem o Brasil de idéias nítidas e você percebe de longe como valorizam a tradição em suas escolhas sonoras. Sim, estamos falando de David Lopes e Maico Lopes (trompetes), Antonio Augusto (trompa), Marco Della Favera (trombone) e Eliezer Rodrigues (tuba), que há 15anos aperfeiçoam juntos, a sonoridade do Art Metal Quinteto. O trabalho começa bem antes dos requintes interpretativos: eles sabem garimpar como ninguém um repertório nacional feito exclusivamente para metais. Em três álbuns que caíram no gosto da imprensa, um deles feito em parceria com a Banda Anacleto de Medeiros, o quinteto resgatou a memória de compositores relevantes, porém desconhecidos ou esquecidos, entre eles os famosos Bonfiglio de Oliveira e o próprio Anacleto mais João Elias da Cunha, Zulmira Canavarros e os amazônicos Ernesto Dias Theóphilo Magalhães, Cincinato Ferreira Júnior, Meneleu Campos e Henrique Gurjão. 'Da renascença ao jazz' foi um dos melhores discos instrumentais de 1995 e o recente 'Dezenovevinteum – Uma história para ouvir' (2008) é considerado um documento sonoro da produção brasileira para metais do final do século XIX até os dias que correm. Depois de se apresentar nas melhores salas de concerto do país, gravar para rádio e televisão e receber convites para apresentar ao vivo os achados de sua intensa pesquisa, o Art Metal fará um concerto na MIMO no dia 3 de setembro, às 19h, na Igreja do Rosário dos Homens Pretos de Olinda. Imperdível, claro!
Para saber mais sobre o grupo:
Ricardo Herz
Vencedor do Júri Popular e terceiro lugar do Prêmio Visa 2004 - Edição Instrumental, o paulistano Ricardo Herz tem uma sólida formação acadêmica e atua tanto na música erudita quanto na popular. Estudou na Berklee College of Music em Boston, EUA, e no Centre des Musiques Didier Lockwood, na França. Violinista, compositor e arranjador de mão cheia, vem divulgando seus dois primeiros discos ('Violino popular brasileiro', de 2004, com direção artística do bandolinista Hamilton de Holanda e 'Brasil em 3 por 4', de 2007, com arranjos autorais para valsas famosas). Além do trabalho solo, Ricardo Herz é integrante da Orquestra do Fubá, dedicada ao forró, do grupo Tekere, de jazz afro-brasileiro, e do duo com Didier Lockwood. Atualmente, é professor de música brasileira do curso de Didier.
Para ouvir Ricardo Herz:
Para saber mais sobre o músico:
Programação - Dia 03 (QUINTA-FEIRA)
Concerto - FERNANDO SODRÉ - Convento de São Francisco (Olinda/PE) (18h)
Mostra de Cinema - Orquestra dos Meninos - Pátio da Igreja da Sé (18h30)
Concerto - ART METAL QUINTETO - Igreja Rosário dos Homens Pretos (Olinda/PE)(19h)
Concerto - DIDIER LOCKWOOD E RICARDO HERZ - Igreja da Sé (Olinda/PE)(20h30)
PROGRAMAÇÃO - DIA 04
St Petersburg String Quartet
Colecionadores de prêmios e aplausos no mundo inteiro, o St Petersburg String Quartet vai abrir as comemorações pelos seus 25 anos em Olinda. Formado pelas violinistas Alla Aranovskaya e Alla Krolevich, pelo violoncelista Leonid Shukayev e pelo violista Boris Vayner, o quarteto é um dos mais bem cotados no ranking de duas revistas especializadas, a americana Stereo Review e a inglesa Gramophone. Dizem que uma coletânea de clássicos só está realmente completa quando traz gravações destes músicos extraordinários, que atuaram em grandes orquestras e estudaram com grandes mestres. Entre 1999 e 2003, ocuparam o cobiçado posto de quarteto residente do Oberlin Conservatory of Music. É o mais antigo conservatório americano e um dos mais conceituados, famoso também pelo rigor dos exames adicionais. Em 2005, duas peças se moveram no xadrez, tornando o jogo mais brilhante: em janeiro, Boris Vayner assumiu a viola do grupo e em outubro, a violinista Alla Krolevich retornou ao quarteto após um longo intervalo, vivido em Israel. De lá para cá, juntos, os quatro aperfeiçoaram a excelência em repertórios complexos, de Mozart e Beethoven, de Schubert e Ravel. Também são diversos os lugares onde fizeram recitais nas últimas temporadas - Alemanha, México e em festivais nos Estados Unidos, incluindo o célebre Lincoln Center, em Nova York. No ano passado, tocaram em Washington, no Schleswig-Holstein Music Festival e no Amsterdam Concertgebouw. Para a MIMO, o St Petersburg String Quartet prepararou peças de Tchaikovsky, Schostakovski e Mendelssohn. Bravo!
Para saber mais do St Petersburg String Quartet:
Duo Milewski
Professor da MIMO para Iniciantes, Jerzy Milewski é um violinista polonês naturalizado brasileiro. Foi considerado um prodígio aos seis anos, quando começou a estudar música. Cursou a Academia de Música de Varsóvia e tocou nos mais importantes teatros da Europa, da Ásia e das Américas com a Orquestra de Câmara Nacional da Polônia. Há quase 40 anos mora no Brasil com a mulher, a pianista Aleida Schweitzer. Juntos, desenvolvem concertos didáticos em escolas e universidades. Jerzy já tocou e gravou com o violonista Raphael Rabello, o pianista Luiz Eça, o cantor e compositor Paulinho da Viola, o flautista Altamiro Carrilho e o acordeonista Sivuca. É um difusor da obra do violinista mineiro Flausino Vale e da música polonesa.
Trio de Câmara Brasileiro
Dizem que o Brasil é o país dos violonistas. Faz sentido. Impossível esquecer as heranças musicais de Baden Powell, Raphael Rabello, Dino Sete Cordas e Canhoto da Paraíba. Canhoto, por exemplo, revive agora no álbum de estreia do Trio de Câmara Brasileiro. Formado em 2003 pelo violonista e diretor musical Caio Cezar, pelo bandolinista Pedro Amorim e pelo cavaquinista Alessandro Valente, o conjunto vai arremessar na MIMO, em primeiríssima mão, o repertório de 'Saudade de Princesa'. Em 1997, Caio e Canhoto, amigos de longa data, se reencontraram em Recife e partiram para uma série de concertos juntos, cujo objetivo maior era transformar as apresentações num disco de inéditas. Na época, Canhoto sofreu um acidente vascular cerebral e ficou com o lado esquerdo do corpo paralisado. Caio assumiu a tarefa sozinho e localizou 25 composições jamais gravadas do amigo. Chamou Pedrinho e Alessandro para desbravar estes choros, valsas e canções da melhor qualidade. Os três imprimiram um tratamento camerístico nas refinadas melodias de Canhoto, cuja sonoridade é, ao mesmo tempo, simples e complexa, singular e plural, regional e universal. Olinda assistirá a este concerto com maravilhas como “Visitando Recife”, “Tua imagem” e “Reencontro com Paulinho”, feita para o amigo e admirador Paulinho da Viola. Das inéditas, o público terá o gostinho de ouvir o choro “Agudinho”, a valsa “Sorriso de Vitorinha” e a faixa-título, homenagem à de Princesa Isabel, cidade-natal do grande Canhoto da Paraíba.
Toninho Horta
As canções de Toninho Horta são adoradas até por quem desconhece a autoria. Guitarrista, compositor e arranjador de uma sofisticação sem igual, o mineiro busca inspiração nas coisas mais simples da vida, como a cadelinha Diana e o jipe Manuel. Certa vez, o guitarrista americano Pat Metheny escreveu que seus acordes desafiam a lei da gravidade - porque sobem quando o previsível seria descer às notas mais graves. Em poucas palavras: ele é um virtuose com pleno domínio harmônico e melódico. Considerado um dos músicos mais influentes do século XX, Toninho entrou duas vezes na seleção dos dez maiores guitarristas de jazz, da revista inglesa Melody Maker. Toninho Horta nasceu em Belo Horizonte e seu primeiro instrumento foi o bandolim, por incentivo do pai, o maestro e funcionário público João Horta. Aos 10 anos, já tentava desvendar os mistérios do violão e, aos 14, emplacou 'Flor que cheira a saudade' no vinil do conjunto de Aécio Flávio. No mesmo ano, foi apresentado a um garoto que tocava baixo e tinha um vozeirão, chamado Milton Nascimento. Logo depois, conheceu a turma que criaria o legendário Clube da Esquina: Fernando Brant, Márcio Borges, Nelson Ângelo e os irmãos Beto e Lô Borges. Com eles e mais alguns, escancarou as portas do eixo Rio-São Paulo para os artistas mineiros. No Brasil, Toninho acompanhou Elis Regina, Chico Buarque, Gal Costa, João Bosco, Nana Caymmi, Edu Lobo e Joyce, entre muitos outros. Lá fora, dividiu a cena com músicos consagrados como Wayne Shorter, Gary Peacok e Toots Thielemann. Já gravou cerca de 20 discos individuais e com parceiros do tamanho de Arismar do Espírito Santo e Flávio Venturini. E toda essa experiência você vai assistir na MIMO.
Para ouvir Toninho Horta:
Para saber mais sobre o músico:
Orquestra Sinfônica de Barra Mansa
'Orquestra Residente' do Curso de Regência do maestro Isaac Karabtchevsky, a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa (OSBM) é formada por 105 jovens músicos. Advinda do projeto ‘Música nas Escolas’, a OSBM atende 22 mil crianças e adolescentes em 72 escolas da rede municipal de ensino de Barra Mansa. A Orquestra é compostas por 105 músicos, e interpreta um vasto repertório e, inclusive, já apresentou peças de compositores americanos em primeira audição no Brasil. No currículo, destaque para os recitais que fizeram ao lado de solistas, como os pianistas Maria Clodes Jaguaribe, Gustavo Torres e Virginia Hogan e a violoncelista alemã-israelense Ina Joost. Em 2007, foram aplaudidos de pé no Rio International Cello Encounter. Foi a glória para os bolsistas da orquestra, todos entre 14 e 24 anos, naturais de Barra Mansa. Em 2008, acompanharam na MIMO a cantora lírica Eliane Coelho, carioca radicada há três décadas na Europa.
Programação - Dia 04 (Sexta-feira)
Concerto - ST. PETERSBURG STRING QUARTETO - Mosteiro de São Bento (Olinda/PE)(18h)Concerto - DUO MILEWSKI - Ordem Terceira do Carmo (Recife)(17h)
Mostra de Cinema - Nós Somos um Poema - Seminário de Olinda (18h)
Concerto - TRIO DE CÂMARA BRASILEIRO - Convento de São Francisco (Olinda/PE)(18h30)
Mostra de Cinema - Música é Perfume (Maria Bethânia) - Pátio da Igreja da Sé (18h30)
Concerto - TONINHO HORTA - Seminário de Olinda (Olinda/PE)(19h)
Concerto - ORQUESTRA SINFÔNICA DE BARRA MANSA - Igreja da Sé (Olinda/PE)(20h30)
PROGRAMAÇÃO DIA 05
Quinteto Sopro Brasil
O Quinteto Sopro Brasil é um dos mais promissores grupos de câmara do Nordeste. Seus integrantes são professores do Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco e mantém prósperas carreiras individuais. Com apenas dois anos atuando no cenário artístico, o grupo já fez diversas apresentações em Pernambuco e realizou a primeira turnê internacional passando por várias universidades dos Estados Unidos como Memphis, Iowa, Amherst, New York e Greenville. Focado na pesquisa e execução de repertórios brasileiros para a formação que reúne flauta, trompa, clarineta, oboé e fagote, o Quinteto passeia por obras dos séculos XVIII, XIX e XX, com especial ênfase nos compositores brasileiros contemporâneos.
Antonio Nóbrega
Artista ímpar, Antonio Nóbrega é cantor, rabequeiro, brincante, dançarino e pesquisador. Natural de Recife, estudou violino clássico e canto lírico. Nos anos 70 participou do Quinteto Armorial, com o qual gravou quatro discos e excursionou pelo mundo divulgando a música tradicional nordestina. A partir de 1976 começa a conceber seus próprios espetáculos, misturando dança, artes cênicas e música. Pesquisador de dança e música brasileira, radicou-se em São Paulo em 1983 e ajudou a implantar o Departamento de Artes Corporais da Unicamp. Nóbrega revelou-se um fenômeno, ao conseguir unir a arte popular com a sofisticação. Tem vários CDs gravados e um DVD “Lunário Perpétuo”, no qual apresenta um raro momento de magia ao cantar o romance de Riobaldo e Diadorim, extraído de Grande Sertão: Veredas, do escritor Guimarães Rosa. Formada pelo bandolinista Marco César, a Orquestra Retratos do Nordeste apresenta uma formação instrumental de Cordas Dedilhadas, inédita na América Latina. Muito elogiada por seu alto nível artístico, a orquestra concentra suas forças na ampliação, execução e divulgação da música nordestina popular erudita.
Para ouvir Antonio Nóbrega
Para saber mais sobre o músico:
Programação - Dia 05 (Sábado)
Concerto - ST. PETERSBURG STRING QUARTET - Basílica do Carmo (Recife) (17h)
Concerto - QUINTETO SOPRO BRASIL - Igreja Rosário dos Homens Pretos (Olinda/PE)(18h)
Mostra de Cinema - Raphael Rabello - Seminário de Olinda (18h)
Mostra de Cinema - Um Homem de Moral (Paulo Vanzolini) - Pátio da Igreja da Sé (18h30)
Concerto - ANTONIO NÓBREGA E ORQUESTRA RETRATOS DO NORDESTE - Seminário de Olinda (Olinda/PE) (19h)
Concerto - BUENA VISTA SOCIAL CLUB STARS - Palco Praça do Carmo (Olinda/PE)(21h30)
PROGRAMAÇÃO DIA 06
Orquestra MIMO
Os concertos enlevam o público, mas as ações educativas da MIMO semeiam as carreiras artísticas dos jovens músicos que vêm a Olinda na intenção de praticar músicas de câmara e orquestral e desbravar repertórios. Para tanto, uma equipe de instrumentistas com vasta experiência didática e interpretativa, atuante nos cenários popular e erudito em suas diversas formações, se reúne para comandar as Oficinas de Formação de Orquestra. E o primeiro resultado deste trabalho é uma orquestra formada por alunos dos cursos. Nesta edição, a Orquestra MIMO será regida pelo Maestro Duda, que também ocupará a cadeira de 'Compositor Residente' do festival.
Orquestra Sinfônica do Recife
A Sinfônica do Recife, a mais antiga orquestra do país em atividade ininterrupta, prestes a fazer 80 anos de existência, será regida na MIMO pelo maestro Isaac Karabtchevsky. Fundada pelo maestro Vicente Fittipaldi com esforços de Walter Cox e do compositor Ernani Braga, a OSR realiza uma média de 32 concertos anuais, divididos em oficiais, especiais, multimídias, populares (estes, ao ar livre) e comunitários (que levam repertórios clássicos às comunidades). Sob os cuidados de seu diretor artístico e regente titular Osman Gioia, a OSR gravou em 2005 o premiado CD “Sivuca Sinfônico” e, em 2008, “Pixinguinha Sinfônico Popular” (Série Pixinguinha), todos bastante elogiado pela crítica especializada. Nome que dispensa apresentações, o paulistano Isaac Karabtchevsky nasceu numa família russa e se tornou a maior referência em regência no Brasil. São incontáveis as suas contribuições para o segmento, nos cerca de 40 anos de carreira. É diretor musical da Orchestre National des Pays de la Loire, na França e, no Brasil, é diretor artístico e regente titular da Orquestra Petrobras Sinfônica do Rio de Janeiro e da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.
Jam da Silva
Natural de Recife, Jam da Silva é bem mais do que baterista ou percussionista, instrumentos que domina de olhos fechados e, quase, de mãos atadas. Isso porque o material de suas composições vem do sons da rua. O artista anda para cima e para baixo com um computador portátil e grava nele todos os ruídos que instigam a sua percepção, sejam conversas em ônibus, orações em mesquitas, o passo ritmado de um pescador no beira mar. E, embora tenha estudado na Universidade da Música por cinco anos, são as ruas que fornecem régua e compasso para suas invenções. Um mosaico de texturas e timbres para pandeiros, cuícas, berimbau e bateria é o fundamento da arte deste pernambucano arretado. Ele se propõe a permitir que sobressaia a organicidade da música, usando pedais analógicos e percussão eletrônica, esgarçando os tempos, repetindo frases, distorcendo o som dos instrumentos. Acertos e erros tem a mesma importância para ele, que prima pela selvageria sonora. O resultado está em trilhas de filmes, gravações de cantoras como Roberta Sá e Elba Ramalho, e nos discos 'Contraditório?', da Orchestra Santa Massa, fundada por ele com DJ Dolores, e 'Dia Santo', o primeiro solo, lançado este ano. A mistura de Jam também está marcada a baqueta e couro no trabalho de artistas de fora, entre eles os angolanos WySA e Paulo Flores e os franceses Seb Martel e Massilia Sound System. Surpreenda-se com “Capoeirando”, “Samba devagar”, “Chuva de areia” e “Dia Santo”, de Jam da Silva, na MIMO! Para saber mais de Jam da Silva:
Para ouvir Jam da Silva:
Joana Boechat
pianista, 24 anos, mineira de Belo Horizonte, iniciou seus estudos musicais aos 4 anos de idade. Foi aluna das professoras Rosiane Lemos e Celina Szrvinsk, se formando bacharel em piano pela UFMG. Conquistou o 1º lugar no Concurso de música de câmara Jovens Cameristas Petrobrás, em Londrina -PR (2007); o 3º lugar nos concursos : Concurso Nacional de Araçatuba- SP (2003) e no Prinses Christina Concours, Holanda (2002); o 2º lugar e prêmio de melhor Sonatina Clássica no Concurso Nacional de Governador Valadares (1997); o 2º lugar no Concurso Nacional de Araçatuba (1998). Em 2000, foi classificada no Concurso Jovens Solistas da UFMG. Participou em masterclasses com os professores: Washington Barella, Fany Solter, Mirta Herrera (Argentina), Luiz Senize, Paolo Giacometi (Itália), Michael Ühde (Alemanha), Nahim Marun.
Para ouvir Joana Boechat:
David Linx
David Linx é belga. Aprendeu música ainda pequeno, quando se apaixonou pelo piano e por cantar Ella Fitzgerald. Decidiu pelo canto e acertou em cheio: atualmente é considerado a maior expressão do canto jazzístico na Europa. Sua brilhante carreira passeia por contribuições a artistas como Toots Thielemans, Billy Cobham, Didier Lockwood, Richard Galliano, Ivan Lins, Omara Portuondo, James Baldwin, L’Orquestre de Count Basie, Ray Lema, Maria João e Mario Laginha. Gravou 19 discos e dirigiu os álbuns do cubano Erick de Armas e do brasileiro Ricardo Teté. Atualmente, prepara o CD “Paris”, onde atrizes como Catherine Deneuve, Charlotte Rampling, Hanna Schygulla e Emmanuelle Béart cantam cada uma em um bairro da cidade luz.
Para ouvir David Linx
Para saber mais sobre o músico
Sérgio Krakowski
Autodidata no pandeiro e matemático por formação, Sergio Krakowski é um jovem criativo e atento às tendências sonoras. Aprendeu e tocou muito na Lapa, reduto musical e boêmio do Rio de Janeiro, onde ainda se apresenta regularmente. Como integrante do quinteto instrumental Tira Poeira, já acompanhou os cantores Maria Bethânia, Lenine e Beth Carvalho, entre outros grandes nomes da música popular brasileira. Também é membro dos grupos Anjos da Lua e Orquestra Republicana. Em duo com o DJ Sanny Pitbull vem realizando os bailes ChoroFunk , misturando a tradição do primeiro com as batidas do segundo. Nos últimos anos, Sergio tem crescido perante os ouvidos internacionais ao se apresentar e ministrar workshops em festivais na Itália, França, Suécia, Alemanha e Inglaterra. Este ano, fará um concerto completamente inédito para o público brasileiro, ao lado do pianista cubano Gonzalo Rubalcaba e do cantor belga David Linx.
Para ouvir Sérgio Krakowski:
Gonzalo Rubalcaba
Gonzalo nasceu em Cuba. Filho do pianista Guillermo Rubalcaba, assimilou a música através de gravações dos mestres do jazz americano dos anos 40 a 70. Sua carreira ganhou notoriedade a partir de uma visita a Havana do lendário trompetista Dizzy Gillespie, que impressionado com o seu talento, lhe abriu as portas do mercado internacional. Ganhador de dois Grammys, lançou mais de 10 discos e viaja pelo mundo em apresentações em salas de concerto e festivais.
Para ouvir Gonzalo Rubalcaba
Para saber mais sobre o músico:
Programação - Dia 06 (Domingo)
Concerto - ORQUESTRA MIMO ENCERRAMENTO DAS OFICINAS DE FORMAÇÃO DE ORQUESTRA - Igreja da Sé (Olinda/PE)(11h30)
Concerto - ENCONTROS (Coreto da Praça) - Praça do Carmo (Olinda/PE)(16h)
Concerto - ORQUESTRA SINFÔNICA DO RECIFE - Basílica do Carmo (Recife)(17h)
Mostra de Cinema - No Tempo de Miltinho - Seminário de Olinda (18h)
Concerto - JOANA BOECHAT - Convento de São Francisco (Olinda/PE)(18h30)
Mostra de Cinema - Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Dei - Pátio da Igreja da Sé
(18h30)
Concerto - JAM DA SILVA - Seminário de Olinda (Olinda/PE)(19h)
Concerto - GONZALO RUBALCABA, DAVID LINX & SERGIO KRAKOWSKI - Igreja da Sé (Olinda/PE)(20h30)
PROGRAMAÇÃO DIA 07
Grande Cia Brasileira de Mystérios e Novidades
A Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades é formada por artistas de teatro e circo que desenvolvem um trabalho contemporâneo de teatro de rua. Com suas coreografias em pernas-de-pau, a Cia. busca recuperar a linguagem musical e gestual dos antigos atores/músicos populares, inscrevendo-se na categoria do Circo Dramático, que inclui teatro, dança e música. Foi criada nos anos 90, na cidade de São Paulo, quando a diretora Ligia Veiga retornou ao Brasil depois de cinco anos atuando no Teatro Pirata, companhia italiana de teatro de rua. Tem em seu repertório espetáculos que envolvem música ao vivo, teatro de rua, perna-de-pau, elementos brasileiros da tradição, pesquisa das raízes culturais brasileiras, contribuindo assim para a preservação da memória cultural do país, num trabalho surpreende e de rara beleza.
Quarteto Radamés Gnattali
Compositores com a verve de Heitor Villa-Lobos e Radamés Gnattali sempre serão lembrados pela genialidade de suas criações. Por isso, o Quarteto Radamés Gnattali elegeu as obras de Villa-Lobos para, meio século após sua morte, viajar com eles Brasil adentro e mundo afora. Só este ano já encantaram platéias em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, no Brasil, Cidade do Cabo e Pretoria, na África do Sul, e Asunción, no Paraguai. Isso sem falar nos 15 Concertos Didáticos que apresentaram no Piauí, Acre e Mato Grosso, baseados no 'Guia Prático', de Villa-Lobos. Apontado como um dos mais vibrantes e dinâmicos de sua geração, o quarteto se destaca pela versatilidade com que combina o repertório tradicional e a missão de difundir a música brasileira de concerto. Além da técnica impecável, um dos pontos altos do trabalho é a facilidade de se comunicar com o público. O álbum de estréia foi elogiado pela revista inglesa The Strad em virtude da “interpretação enérgica, temperada por um toque nostálgico” que eles fazem das composições de Cláudio Santoro e Camargo Guarnieri.
Para saber mais sobre o grupo:
Quinteto Sopro Brasil
O Quinteto Sopro Brasil é um dos mais promissores grupos de câmara do Nordeste. Seus integrantes são professores do Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco e mantém prósperas carreiras individuais. Com apenas dois anos atuando no cenário artístico, o grupo já fez diversas apresentações em Pernambuco e realizou a primeira turnê internacional passando por várias universidades dos Estados Unidos como Memphis, Iowa, Amherst, New York e Greenville. Focado na pesquisa e execução de repertórios brasileiros para a formação que reúne flauta, trompa, clarineta, oboé e fagote, o Quinteto passeia por obras dos séculos XVIII, XIX e XX, com especial ênfase nos compositores brasileiros contemporâneos.
Cesar Camargo Mariano
Autodidata, Cesar Camargo Mariano desenvolveu uma carreira do mais alto calibre como pianista, arranjador, produtor e compositor, e é hoje um dos músicos brasileiros mais requisitados e celebrados em todo o mundo. No início dos anos 60, o jovem pianista já impressionava com seu swing, característica e habilidade de sua hoje legendária mão esquerda, e formou dois dos mais importantes Trios da época: “Samabalanço Trio” e “Som Três”. Dedicou-se por muitos anos como arranjador e produtor de Wilson Simonal e Elis Regina, o que lhe resultou em importante reconhecimento nacional e internacional. Também como produtor e arranjador, trabalha com a nata dos artistas brasileiros, entre eles, Chico Buarque, Tom Jobim, Ivan Lins, Ney Matogrosso, Nara Leão, Gonzaguinha, Gal Costa e João Bosco. Cesar Camargo Mariano lançou mais de 30 discos, sendo “Samambaia” considerado um dos 10 melhores discos de música instrumental já editados em todo o mundo. Entre suas mais de 200 composições, figuram as hoje clássicas “Samambaia”, “Cristal” e “Curumim”, gravadas também por grandes artistas como Yo-Yo Ma, Paquito D’Rivera, Clare Fisher e Ettore Stratta & The London Royal Philharmonic. Cesar é frequentemente requisitado a se apresentar, “solo” ou com seu grupo, em grandes teatros, festivais, jazz clubs e como solista convidado de importantes orquestras, no Brasil e no exterior. Atualmente morando nos Estados Unidos, Cesar tem colaborado com grandes nomes internacionais, desde a música clássica de Yo-Yo Ma até o Jazz sofisticado de Blossom Dearie, e composto trilhas sonoras para cinema e televisão. Entre vários prêmios nacionais e internacionais, Cesar Camargo Mariano recebeu dos Diretores da Academia de Artes e Ciências o prêmio especial “Lifetime Achievement Latin Grammy® Award” 2006, em reconhecimento à importância do conjunto de sua obra
Para ouvir Cesar Camargo Mariano:
Para saber mais sobre o músico:
Hermeto Pascoal
Conhecido como "o bruxo" ou "o mago" dos sons, é considerado um dos maiores gênios em atividade na música mundial. Multi-instrumentista, Hermeto Pascoal nasceu em Arapiraca, interior de Alagoas, e desde pequeno aprendeu a tocar flauta e sanfona. Aos 11 anos de idade já se apresentava em forrós e feiras na companhia do irmão. Passou a ficar conhecido a partir dos anos 60, por seu pioneirismo em experiências progressivas com ritmos nordestinos, como o baião e o xaxado, acrescentando a eles seqüências harmônicas contemporâneas, jazzísticas. Hermeto surpreende combinando sons experimentais, levando a música instrumental brasileira aonde jamais se sonhou chegar, sem comprometer o virtuosismo e a criatividade. Compõe de tudo: valsas, choros, maxixes.
No início da década de 70 gravou com Miles Davis e desde então participa regurlamente dos principais festivais dos Estados Unidos e Europa, onde é muito popular, especialmente entre músicos. Compôs peças sinfônicas, construiu instrumentos e gravou diversos discos por gravadoras diferentes.
Para ouvir Hermeto Pascoal
htttp://www.youtube.com/watch?v=lrFFEpick3A
Para saber mais sobre o músico:
Programação - Dia 07 (Segunda-feira)
Concerto - ORQUESTRA SINFÔNICA DE BARRA MANSA ENCERRAMENTO DO CURSO DE REGÊNCIA - Igreja da Sé (Olinda/PE)(11h30)
Concerto - GRANDE CIA. BRASILEIRA DE MYSTÉRIOS E NOVIDADES - Praça do Carmo (Olinda/PE)(16h)
Concerto - QUARTETO RADAMÉS GNATTALI - Igreja de São Pedro (Olinda/PE)(18h)
Mostra de Cinema - Quebrando Tudo - Seminário de Olinda (18h)
Concerto - QUINTETO DE METAIS NORDESTE - Igreja de Guadalupe (Olinda/PE)(18h30)
Mostra de Cinema - Palavra (En) Cantada - Pátio da Igreja da Sé (18h30)
Concertos - CESAR CAMARGO MARIANO - Seminário de Olinda (Olinda/PE)(19h)
Concerto - HERMETO PASCOAL - Igreja da Sé (Olinda/PE)(20h30)
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