PROFÍCUAS PARCERIAS

Gabaritados colunistas e colaboradores, de domingo a domingo, sempre com novos temas.

ENTREVISTAS EXCLUSIVAS

Um bate-papo com alguns dos maiores nomes da MPB e outros artistas em ascensão.

HANGOUT MUSICARIA BRASIL

Em novo canal no Youtube, Bruno Negromonte apresenta em informais conversas os mais distintos temas musicais.

domingo, 23 de setembro de 2012

QUANDO OS SENTIMENTOS SE LIQUEFAZEM EM UM MAR DE TÊNUES MELODIAS

Imbuída de requinte e sensibilidade, Miriam Bezerra apresenta um álbum de estreia totalmente autoral, cujo lirismo mistura-se aos ritmos genuinamente brasileiros, adornando o vigoroso "... E que a tristeza seja chuva".
Por Bruno Negromonte


Nascida no litoral de São Paulo, mais precisamente em Santos, a cantora Miriam Bezerra traz em sua composição algo cosmopolita que ao mesmo tempo não se desvencilha daquilo que compõe a sua essência. Nas faixas presentes em "... E que a tristeza seja chuva", seu primeiro disco, é possível perceber as suas genuínas raízes caiçaras, impregnadas ora em suas melodias, ora em suas letras, cujo registros eternizam-se agora em seu debute fonográfico. De múltiplos talentos, Miriam é cantora, compositora, atriz, intérpretes de jingles publicitários e, além de todas essas características, traz consigo algo maior dentro de si pela natureza, particularmente pelo assustador e encantador mar. Talvez, some-se a isso, o fato da cantora e compositora ter nascido na costa paulista e ter essa intrínseca relação com o litoral. A justificativa plausível para este tipo de comportamento talvez seja fundamentada a partir daqueles que possuem uma sensibilidade aguçada e respeitoso encanto pelo mar, tal qual nomes da estirpe do saudoso Dorival Caymmi(1914 - 2008).

Tendo o mar como norteador do seu lirismo e inspiração, banhando de maneira substancial a sonoridade e poesia existente em seu trabalho, Miriam soma a isso ao amor; expoente maior em sua vida e que se faz de modo tão evidente nesta taurina. Amor este que se evidencia pela música de longas datas, pois ainda criança ela já demostrava um notório interesse estando intrinsecamente associada à sua vida até mesmo por motivos diversos, dentre um que merece destaque: Seu José e de Dona Regina, progenitores da clã Bezerra, tiveram 10 filhos, e esta família grande propiciou a artista conhecer as heranças e tesouros de um Brasil profundo, particularmente centrado no Nordeste brasileiro, torrão natal de seus pais. A mãe, uma pessoa de extrema criatividade, cantava canções que ela mesmo inventava e canções de roda de infância na Paraíba, assimilada de maneira pra lá de espontânea pela futura cantora, pois Miriam gostava e prestava bastante atenção à mãe. Já o pai, militar e regente da banda do quartel era admirador de uma gama de ritmos, que iam desde boleros até os frevos de Pernambuco, sua terra. E assim, esse ambiente trouxe de maneira bastante arraigada a música para a vida da cantora santista, tanto que hoje ela é dona de múltiplos talentos.



A timidez e a vergonha fez com que o indescritível e prazeroso ofício de subir ao palco fosse protelado, fazendo com que Miriam Bezerra só viesse a apresentar-se ao grande público tempo depois de já ter feito diversas atividades, dentre as quais política e teatro amador. Além de ter escrito poesias, contos e ter cursado um pouco de Letras, Filosofia entre outros projetos enquanto fomentava seu sonho. Um belo dia, resolve dar vazão a esse desejo e sobe no palco para nunca mais deixar, e endossando essa decisão, resolve cursar canto popular pela Universidade Livre de Música e Artes Cênicas ao longo desses vinte anos de palco. Vale ressaltar que a versatilidade evidencia-se logo no começo dessa pretensa carreira, pois a artista além de cantar em espetáculos teatrais, eventos, espaços culturais e diversas casas noturnas; também compôs diversas trilhas sonoras de vários espetáculos teatrais, dentre eles "Direito de Escolha", com direção de Esther Góes; "É o Bicho - A Ordem Natural das Coisas", com direção de Rosi Campos.
Nesse período a artista recebeu o "Prêmio Pagu" de Melhor Trilha Sonora Infantil e Adulta, além do "Prêmio Estadual Plínio Marcos", de Melhor Trilha Sonora do Ano (2002), além de também ter participado de grupos como o “Trovadores Urbanos”, o “Flor da Terra” (desenvolvendo um trabalho em torno da música regional brasileira) e o “Canto da Lua”, dedicado ao universo das serestas. Este "know-how" evidencia-se em seu trabalho de estreia intitulado "E que a tristeza seja chuva", álbum independente da cantora do litoral paulista, cujo a tecitura se faz a partir da valorização de uma sonoridade essencialmente brasileira, trazendo consigo retalhos de um país heterogeneamente rico em suas nuances rítmicas; além de vir imbuído de uma característica interessante: um lirismo digno das grandes compositoras existentes em nosso país e que se evidencia nas treze faixas de autoria de Miriam neste debute fonográfico.


A proposta de valorização da música brasileira mostra-se evidente já na primeira faixa intitulada "Cantiga de menina" cujo o arranjo dos violões de Ayrthon Boka Luiz Marcos dão uma textura especial a canção. Outra característica visível no álbum é a exaltação ao amor e as relações afetivas, presente em canções como "Olhos e sinais", "Sonho azul"(retratando o amor de modo pueril) e "Sem avisar" (faixa que relata as consequências de um inesperado sentimento). O modo singelo de observar as relações afetivas também mostra-se em "Riso de paz" e as reminiscências do litoral associadas a esse nobre sentimento surgem em "Do mar e seus encantos". As incongruências também presentes nas relações afetivas são cantadas em verso e prosa em faixas como "Pra renascer" e "Desilusão". O disco continua abordando outros temas com toda a sutileza e lirismo presentes nas composições da multi artista. A abordagem de um tempo que não volta mais surge em "Saudades de mim" e, munida de metáforas a artista também apresenta, "Novo dia", canção cujo o título do álbum é extraído do seu bojo e é mais uma canção a tratar das relações afetivas. O álbum ainda conta com canções como "Sinal fechado" (título homônimo a uma composição do Paulinho da Viola), "Minha senhora" e "Mãe natureza". 



O álbum conta com a participação dos músicos Ayrthon Boka (violões), Luiz Marcos (violões, guitarras e vocal), Maicira Trevissan (flautas), Douglas Alonso (percussão), Débora Paiva e Viviane Davóglio (vocais), Wellington Moreira (bateria), Reginaldo Feliciano (baixo), Iuri Salvagnini (piano e synth strings), João Poleto (saxofone), Arizinho 7 cordas (violão 7 cordas) somando forças ao compromisso com a beleza melódica e o rico verso nos diversos gêneros presentes em "E que a tristeza seja chuva" tais quais samba, samba-canção, bossa nova, toadas entre outros.

Miriam nos remete a uma época em que as compositoras prezavam pela beleza melódica e o verso bem elaborado a partir de um exacerbado lirismo, tais quais artistas como Fátima Guedes, Dolores Duran e tantas outras, que por esses tipos de características acabaram tornando-se atemporais. A própria artista admite que a música que faz alimenta-se do universo feminino para tornar-se forte e verdadeira. Isso talvez se dê devido a mais forte figura presente em suas reminiscências: Dona Regina, musa inspiradora de um amor e encantamento que serviram como força-motriz para a sua vigorosa composição e bem estruturadas melodias. Pura emoção em melodias e versos intrinsecamente entrelaçados com uma riqueza e sutileza de marca maior, fazendo desse novo nome do cenário musical brasileiro alcançar um merecido destaque a partir de suas intensas e delicadas interpretações. Canto e talento ímpar e definido de modo magistral pelo jornalista e crítico musical Julinho Bittencourt: "(...) prenhe de talento e totalmente desprovido de qualquer arrogância artística."



Maiores Informações:

O álbum pode ser adquirido através dos seguintes endereços: 
Discoteka - Multishop - Tel: 11 5906-0456 
Liv.Cultura - Market Place - Tel: 11 3474-4033 
Livraria Cultura - Villa-Lobos - Tel: 11 3024-3599 
Ponto do Livro - Tel: 11 2337-0506 

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

JULIA BOSCO - ENTREVISTA EXCLUSIVA

A cantora e compositora Julia Bosco esperou o tempo certo para dar vazão a um desejo que veio amadurecendo ao longo dos anos, e nessa sua nova escolha trouxe um repertório bastante confessional e intimista.

Por Bruno Negromonte 


Julia, que aos quatro anos já ouvia Billie Holiday, cresceu envolta a música de excelente qualidade produzida em sua própria casa, pois a cantora e compositora é filha do cantor e compositor mineiro João Bosco, artista com mais de 40 anos de carreira e dono de clássicos da MPB como "Papel maché", "Dois pra lá, dois pra cá", "Corsário", entre outros.

Depois de abandonar uma bem sucedida carreira executiva em uma multinacional para dedicar-se exclusivamente a música, Júlia vem apresentando o seu álbum de estreia intitulado "Tempo", título adequadamente preciso para a artista mostrar-se de maneira plena em sua nova escolha, trazendo consigo um repertório confessional e intimista, onde o amor rege de maneira plena no decorrer das faixas presentes neste debute fonográfico, além de peculiaridades que o público leitor pode conferir na matéria publicada recentemente aqui em nosso espaço intitulada "O TEMPO CERTO DE JULIA BOSCO".

Neste segundo momento, Júlia Bosco atenciosamente nos concede esta entrevista exclusiva onde fala um pouco sobre a receptividade do público com o seu disco de estreia, de sua parceria musical e afetiva com o músico Fabio Santanna, da condição de ser filha do João Bosco, um dos maiores nomes da nossa música entre outras coisas que vocês poderão conferir abaixo! Boa leitura!


Você de um ambiente familiar extremamente propenso ao desenvolvimento de alguma habilidade artística. Seu pai um dos maiores nomes da nossa música, seu irmão compositor, ensaísta e um dos apresentadores da Rádio Batuta, sua mãe artista plástica. Neste contexto é algo até natural um certo espanto por você não está neste contexto desde cedo. Quando houve essa decisão de dar início à sua carreira e você trouxe esse comunicado à família Bosco quais foram as palavras proferidas por eles que mostraram a você que esse era de fato a sua escolha certa?

Julia Bosco - “Até que enfim”. Foi isso que eu ouvi. Não porque existisse a cobrança, mas porque era o que se esperava que eu fizesse: arte. Pois bem, levei o tempo que precisei, e então mergulhei segura.


Há uma estória de que você desde tenra idade ouvia grandes nomes do mundo do jazz, pedindo inclusive para dormir ao som de nomes como Billie Holiday e outras divas da música. Seu interesse por música restringia-se as audições ou você interessou-se em dado momento na aprendizagem de algum instrumento?

JB - Sim, sempre tive um ouvido musical afiado e com forte tendência a morrer de amores por cantoras de jazz. Quando mais nova, criança ainda, fiz aulas de flauta, violão e piano. Na entrada da adolescência, um pouco antes até, fui tomada por uma anarquia absoluta e larguei praticamente todos os hábitos que tinha para me dedicar a conhecer a musica punk! Era uma coisa de criança mesmo, bem inocente, chega a ser melancólico lembrar, pois eu tinha um grande amigo que era de um jovem movimento punk, ainda é meu amigo e é um jornalista querido, mas éramos tão novos e tão cheios de sonhos revolucionários! Sonhos que não davam em nada: acabávamos as noites nas casas de nossos pais ouvindo Sex Pistols e comendo pizza, como se fôssemos mudar o mundo. Nessa época eu interrompi os estudos de instrumentos completamente e nunca mais os retomei, até poucos meses atrás.


O fato de você ter amadurecido esta sua decisão para o momento que achou mais conveniente dar vazão me remeteu ao Honoré de Balzac e a sua publicação "A Mulher de Trinta Anos", onde por coincidência a protagonista salve engano também chamasse Julia. A concepção defendida por Balzac de que a mulher nessa faixa etária está emocionalmente amadurecida para viver suas relações em plenitude condiz também com o seu momento atual? O disco de certo modo é o reflexo dessa plenitude?

JB - Com certeza absoluta. Ganhei este livro aos 29 e o que já vinha dando sinais de acontecer acabou ficando mais evidente: uma grande mudança estava a caminho. Os trinta caíram sobre mim como aquelas bigornas dos desenhos animados, sabe? Direto na testa! E eu fui ao chão na hora, mas me levantei rapidamente pensando nas soluções possíveis para tanta angustia e tanto questionamento. Todas as respostas levavam ao mesmo caminho: a música. O conteúdo do disco Tempo, de uma certa forma, procura passear por estes momentos como um enredo que se desenvolve sobre um tema, que na verdade é a minha própria existência.


Ser filha do João Bosco, artista este que nos últimos 40 anos acabou tornando-se um expoente para toda uma geração de artista da MPB, não acabou fazendo da expectativa (principalmente da imprensa especializada) algo que demandou uma responsabilidade maior na concepção deste seu trabalho?

JB - Não sei que tipo de expectativa isso gera nas pessoas ou na imprensa. A expectativa que gera em mim é a melhor possível, a de estar seguindo passos parecidos com os que meu pai seguiu tantos anos atrás, quando começou a trilhar seu próprio caminho. Onde isso vai me levar, ainda não sei dizer, e nem quero! Prefiro curtir o passeio... Meu pai é um sujeito sensacional, um grande artista, mas é acima de tudo um exemplo de trabalhador disciplinado e entregue ao seu ofício, é nisso que me inspiro, porque nossos estilos não são parecidos para que as comparações sejam possíveis.


Como se deu o seu processo de composição das faixas do disco? 

JB - No que diz respeito à prática da composição, este foi, e ainda é, o exercício mais complexo dessa mudança toda na minha vida. Sempre escrevi, mas sou prolixa, exagerada, e fazer música é realmente um teste à minha capacidade organizacional! Ter um espaço onde as coisas precisam caber para fazer sentido, ter uma divisão, uma melodia, um ritmo, tudo isso foi novidade frente ao que eu compreendia como processo criativo puramente. E neste ponto, aliás, em todos os pontos que envolvem este disco, ter a parceria do Fabio Santanna foi condição fundamental para que as coisas acontecessem. Tudo que compus, foi em parceria com ele. Sem isso, acho que ainda não teria conseguido. Bater cabeça faz parte do processo, e neste ponto também estou amadurecendo. Quero conseguir compor sozinha, apesar de amar compor em parceria... Com relação às musicas, propriamente ditas, todas trazem um tom confessional de propósito, mas ao mesmo tempo em que são pessoais, são facilmente transferíveis., pois falam de relacionamentos, de auto-conhecimento, de vivencias e experimentações... E quem não passa por isso? Todo mundo.


Tempo” é uma das canções de autoria do Fabio Santanna que já estava pronta antes da concepção do disco. Há mais alguma canção que foi elaborada antes da pré-produção do álbum e que no caminho em que o trabalho estava seguindo contextualizou-se com o projeto?

JB - Sim, uma que se chama Confusão, e que o Fabio fez para mim na noite em que me conheceu e achei bacana registrar a primeira percepção que ele teve sobre mim, antes do meu amadurecimento; e outra que se chama Mutantes, que ele já havia trazido para eu conhecer e era a cara de nós dois juntos, então foi incorporada naturalmente ao disco.


Você tem dois grandes compositores na família que é o seu pai e o seu irmão, porém você procurou elaborar um trabalho essencialmente constituído pelo seu universo. No momento em que você estava montando o repertório não cogitou a possibilidade de inserir algo produzido nem por seu pai nem pelo Francisco?

JB - Não foi preciso, as composições brotaram dentro de um sentido mesmo, como se eu quisesse contar uma história e aqueles fossem os capítulos. Mas eu teria pedido ou cogitado sem o menor pudor, se tivesse vontade ou contexto. Isso não é uma questão, é uma oportunidade. Quem sabe no próximo!


Houve uma reviravolta significativa em sua vida, pois você saiu de um emprego de uma empresa conceituada como a Petrobras para dar vazão ao desejo de seguir uma profissão que é preciso matar um leão a cada dia para manter-se nela. Ao decidir abandonar toda a estabilidade ao longo desses últimos oito anos houve algum tipo de receio?

JB - Houve e ainda há. Mas a gente tem que fazer as coisas mesmo quando não tem certeza, pelo menos quando se trata de tentar ser aquilo que a gente acredita que é. Abri mão de um estilo de vida em detrimento de um outro, que ainda não me deu o mesmo retorno financeiro, mas já me faz muito mais feliz e realizada.


Sua relação com o Fabio nos remete a um exemplo clássico dentro de nossa música que é o casal Rita Lee e Roberto de Carvalho. Ele se fez a essência deste álbum participando da concepção nas diversas fases existentes. Você estaria hoje nesta condição de cantora se o Fabio não tivesse surgido em sua vida?

JB - O Fabio diz que cantora nasce cantora, e que ele sempre soube o que eu era e tudo que eu ainda posso ser. Diz ele que no dia em que eu descobrir, ninguém me segura! Acho bacana ter um parceiro assim, que me dá tanta força, e nem quero pensar em como seria se ele não tivesse surgido, quero aproveitar que ele surgiu e colher os frutos que estamos plantando juntos. Quanto ao casal mencionado, somos muito fãs dos dois e os temos como exemplos, chega a dar orgulho estar numa questão como essa junto a eles...


Como tem sido a receptividade nos locais que você tem levado “Tempo” e quais as expectativas para esse segundo semestre em relação a sua carreira? 

JB - A receptividade com o disco foi bacana, mas o que tem me surpreendido é a receptividade com os shows. As pessoas adoram o show, chegam a se emocionar em alguns momentos e eu fico sempre me perguntando: de onde é que isso vem? Depois quando elas chegam para falar comigo, eu entendo! Sempre me dizem que eu faço o show com um jeito de quem sempre quis tanto estar ali, fazer aquilo, que chega a ser libertador para quem assiste. Que bom, porque eu mesma entro num transe e quase nem me lembro depois... 

Para o segundo semestre a expectativa, aliás, a grande esperança, é de que este disco, projeto independente, consiga levar seu show a outros estados brasileiros fora do eixo Rio-São Paulo. Esse é o meu maior desejo.



Maiores Informações:

Twitter - @Julia_Bosco 


Contato:
Agenciamento - Flávia Souza Lima | Planetário Produções:
mailto:planetarioproducoes@gmail.com?Subject=Julia%20Bosco - Tel.: (21) 9139.0777 - (21)8017.0000 

Assessoria de Imprensa - Fabiane Pereira | Valentina Assessoria de Comunicação e Marketing:


O álbum pode ser adquirido através dos seguintes endereços:


Livraria Cultura:

Saraiva:



Manaus (AM):
Saraiva Shopping Manauara

Salvador (BA):
Livraria Cultura
Pérola Negra - nova - Tel: 71 3336-6997

Fortaleza (CE):
Livraria Cultura

Brasília (DF):
Livraria Cultura - Brasilia - Tel: 0 XX (61) 3410-4033
Livraria Cultura - Brasilia / Lago Norte

Belo Horizonte (MG):
Discomania - Edu - Tel: 31 3227-6696
Discoplay - Tel: 31 3222-0046

Belém (PA):
Ná Figueredo-Estação - Tel: 91 32123421

Recife (PE):
Passadisco - Tel: 81 3268 0888

Curitiba (PR):
Livraria Cultura Curitiba
Só Música - Tel: (41) 3222-4339

Rio de Janeiro (RJ):
FNAC Barra - Tel: 21 2109-2000
Livraria Cultura - Rio de Janeiro
Livraria da Travessa - Leblon - Tel: 21 3138-9600
Marimba - Tel: 21 2205-7739

Porto Alegre (RS):
Liv. Cultura RS - Tel: 51 3028-4033

São Bernardo do Campo (SP):
Merci Discos II - Tel: 11 4368-8569

São Paulo (Capital) (SP):
Banana Music - Tel: 11 3085-8877
Baratos Afins - Tel: 11 3223-3629
Compact Blue - Tel:
Discoteka Cultural - Multishop Vila Mari - Tel: 11 5906-0456
FNAC - Tel: 11 4501-3000
Laserland - Tel: 11 3082-0922
Liv.Cultura - Market Place - Tel: 11 3474-4033
Livraria Cultura - Paulista - Tel: 11 3170-4033
Livraria Cultura - Shopp Bourbon Pompeia - Tel:
Livraria Cultura - Villa-Lobos - Tel: 11 3024-3599
Livraria do Espaço Unibanco SP - Tel: 11 3141-2610
Mini Box - Tel: 11 3101-7392
Painel Musical - Shopping Ibirapuera - Tel: 11 5561-9981


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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A NOVA GERAÇÃO DA MÚSICA GAÚCHA NO PROJETO ESCUTA - O SOM DO COMPOSITOR


Escuta – O Som do Compositor começa com um encontro de compositores situados em Porto Alegre que dividirão o palco pra mostrar ao público as suas canções. Sem necessariamente buscar uma unidade estética ou ideológica entre os participantes, o que se quer no Escuta é achar os inevitáveis pontos de contato entre uma geração, estabelecer diálogos e descortinar a cena musical da cidade a partir da individualidade de cada compositor. Pra isso, trará as canções nas suas formas mais simples: cruas, sem arranjos, com foco nas harmonias, melodias e letras.

O primeiro evento acontece nos dias 15 e 16 de setembro, na Galeria La Photo, e conta com doze compositores (seis por noite) que naturalmente foram se aproximando e desenvolveram esta ideia. Mas o Escuta não é só duas noites em setembro e não quer se resumir a esses doze compositores. O que se pretende é que, a partir dessa primeira experiência, outras confluências aconteçam, e que a esse grupo ainda venham se juntar outros compositores.


Conheçam um pouco sobre cada um deles:


Clarissa Mombelli logo que lançou seu primeiro disco “Volta no Tempo” foi convidada a realizar uma turnê pela Europa que aconteceu entre outubro e novembro de 2010. A cantora e compositora está trabalhando nas gravações de seu segundo disco. O primeiro single do novo álbum, “Essa Chuva” foi lançado junto a uma ação de distribuição gratuita de CDs pela cidade. Conheçam um pouco mais sobre o trabalho da Clarissa clicando Aqui.





Gisele De Santi - A cantora foi vencedora nas categorias intérprete de mpb e revelação do Prêmio Açorianos 2010, ano no qual houve o lançamento de seu primeiro disco, que recentemente foi lançado no Japão pelo selo Disques Dessinee. Também autora do hit que conquistou rádios e trilha de novela, “Do Lado de Cá”, interpretado pela banda Chimarruts e teve a canção “E Eu” gravada em 2012 pela cantora paulista Negra Li.




Romes Pinheiro - Suas letras trazem a visão distorcida de uma realidade comum, falam de amores, preconceito, cotidiano e dor de uma forma agridoce onde cada vírgula é pensada e os pontos quase nunca são finais. Em 2010 montou o espetáculo “Máquina de Fazer Maluco”. A falta de freios na hora de compor faz com que o espetáculo seja um apanhado de influências que o compositor sofre e sofreu.




João Ortácio - Integrou vários projetos, mas acabou por priorizar o trabalho com os Renascentes, banda em que compõe, canta e toca guitarra e com os Subtropicais. Musicou doze poemas de Manuel Bandeira cuja análise do processo de composição serviu como trabalho de conclusão do curso de Letras.




Rodrigo Panassolo - Músico, compositor e produtor musical, foi indicado ao açorianos de melhor trilha sonora pelo espetáculo DOSPÉSÀCABEÇA e premiado pela produção musical do disco Ziringuindin, de Zilah Machado, ao lado de Gelson Oliveira. Tem composições gravadas por diversos artistas e lança seu primeiro disco em 2012.




Thiago Ramil - A composição musical pode ser conceituada como a tradução dos pensamentos que habitam o espaço entre a cabeça e o coração e são expressos através de letras e melodias pela voz e pela mão do autor. Nesse sentido, as autorias de Thiago Ramil, por meio de suas palavras-figuras ilustradas em versos e timbres, brincam no universo do imaginário para provocar e instigar o íntimo daqueles que o escutam.




Saulo Fietz - Cantor e compositor nascido em Porto Alegre. Um artista simples e profundo! Sua arte é criada com base em suas vivências. Criou a música que virou tema do Forúm Social Mundial 2010. É um compositor que não se considera um musico, pois não tem conhecimento da teoria musical. É um artista que canta e compõe sua arte de maneira "primordial".



Ed Lannes - Cantor e compositor que já teve passagem pelo teatro, já gravou dois discos, uma com a Bandinha Di Dá Dó que será lançado em 19 de setembro e com a Opereta Pé de Pilão, prêmio Açorianos de melhor disco infantil de 2009.






Alexandre Kumpinski - É vocalista e guitarrista da banda Apanhador Só e com ela lançou dois discos (Apanhador Só de 2010 e Acústico-Sucateiro de 2011) pelos quais foi indicado ao Prêmio Açorianos de Música como melhor compositor do gênero Pop/Rock.





Leo Aprato é compositor e tem mostrado seu trabalho principalmente em Porto Alegre, com canções de sua autoria individualmente ou em parceria. Em 2010, Leo participou do projeto Descoletivo, juntamente com outros compositores e atualmente trabalha no lançamento do seu primeiro EP, "Minha Confusão", que conta com as canções "Branditt", "Gracias", "Orgasmo" e "Descoloriu".





Ian Ramil é música nova, cheia daquele frescor corajoso (e encorajante) de quem embasa a criação nos alicerces do passado e ao mesmo tempo não se apega a ele, buscando uma linguagem musical atual e instigante, impregnada de personalidade. Em 2011 e 2012 fez shows em Porto Alegre, no Rio de Janeiro, em Pelotas e São Paulo. Em 2013 lançará seu primeiro disco.





Alércio nasceu em Pelotas em 1988. Aos dez bateu sua primeira canção na portátil Lettera 82 de seu avô, esquecido, só voltou a compor doze anos depois. Infiltrou suas músicas em dois discos da Canastra Suja, banda de blues em que toca baixo. Quis ser poeta mas acabou compositor.





Serviço:

ESCUTA - O Som do Compositor 


Quando: 
15 e 16 de setembro 

Abertura do espaço às 18h 

Início dos shows às 19h 

Quem:
Primeira noite - Alércio, Alexandre Kumpinski, Clarissa Mombelli, Ed Lannes, Ian Ramil e Leo Aprato 
Segunda noite - Gisele De Santi, João Ortácio, Rodrigo Panassolo, Romes Pinheiro, Saulo Fietz e Thiago Ramil 

Onde: 
LA PhOTO Galeria e Espaço Cultural
Travessa da Paz, 44, bairro Farroupilha, Brique da Redenção
galarialaphoto@gmail.com 



Quanto: 
R$10 por dia antecipado 
R$18 pros dois dias antecipado 

Ponto de venda:
Café Cantante (R$15 na hora) 


Maiores informações:

terça-feira, 11 de setembro de 2012

MIMO - DIÁRIO DE BORDO 2012

Ao longo dos anos, a Mostra Internacional de Música em Olinda tem se mostrado cada vez mais vigorosa e com um público cada mais sedento por música de qualidade.

Por Bruno Negromonte



Depois de trazer informações sobre o primeiro dia da MIMO restou-me fazer um breve apanhado dos dias que sucederam a estreia daquele que já é considerado como um dos maiores festivais de música do Brasil. A cada novo ano a Mostra Internacional de Música em Olinda inova-se o suficiente para acolher mais adeptos às suas propostas; e com isso sedimenta-se como um dos porto seguro musicais de qualidade musical inquestionável em nosso país e nesta nona edição as coisas não dissonaram das edições anteriores chegando ao final do evento com sucesso tanto de público quanto de crítica. Essa afirmativa fundamenta-se em um público cada vez mais cativo e que a cada novo soma-se em maior número a um total dos mais 200 mil pessoas que já prestigiaram o festival ao longo de quase uma década, além dos mais de mais de 100 concertos apresentados desde a sua primeira edição em 2004. Isso já traz embasamento suficiente para considerarmos tal evento como indispensável ao calendário turístico de Olinda e a tendência natural é que venha também, em breve, as outras cidades envolvidas. Este ano, somando todos os concertos realizados no Nordeste, a MIMO contou com 23 concertos (três a menos que em 2011) e um público que compareceu em massa para alguns dos diversos principais concertos assim como também ao ao Festival MIMO de cinema, que este ano trouxe cerca de 24 filmes entre curtas e longa-metragens. Isso sem contar com as oficinas, workshops e outras atividades existentes nas etapas educativas da mostra.



Nesta nona edição o público presente pode acompanhar nomes como Richard Bona, Marcos Valle, Chucho Valdés, Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz, Arismar Espírito Santo, Cyro Baptista, Duo Assad, Romero Lubambo, Arnaldo Batista, Calíope, Sylvain Luc, Duo Milewski, Paraphernalia, Projeto CCOMA, Borromeo, Projeto Coisa Fina, Maria João e Mário Laginha, Orquestra Contemporânea de Olinda entre outras atrações do cenário musical não só brasileiro, mas mundial, pois dentro do festival não há fronteiras, apesar da organização do evento procura dar uma atenção especial para a música brasileira, como explica a produtora, curadora musical e coordenadora da mostra Lu Araújo: "Há uma atenção para a música produzida no Brasil e acima de tudo para o repertório brasileiro em relação às orquestras."

De início vieram as etapas educativa iniciadas dois dias antes do começo dos concertos e que trouxeram diversas atividades divididas em algumas categorias ao longo da semana. Essa proposta já fez com que a MIMO até a oitava edição já beneficiasse cerca de 1000 pessoas em nas cidades envolvidas como sede do evento, procurando levar a partir deste contexto a música não só para aqueles que se dirigiam aos diversos espetáculos e oficinas apresentadas, mas também para as escolas públicas, onde a MIMO vem fazendo um trabalho bastante interessante de formação de público ao longo desses anos.

Para que o evento ocorresse da maneira bem-sucedida como vem ocorrendo desde o seu início, além da competência a Lume Arte contou-se com o apoio de centenas de profissionais (tanto das cidades sedes quanto advindos do Rio de Janeiro - sede da produtora), além da assessoria pernambucana da "Trago Boas notícias", nas pessoas da Aline Feitosa, Juuliana Renepont, Dulce Mesquita e Elayne Bione e que foram fundamentais para a nossa cobertura deste evento.


2º dia

"Eu dedico esta apresentação ao saudoso e querido José Roberto Bertrami que partiu recentemente." (Marcos Valle)


Diferente da primeira noite da mostra, onde na abertura centenas de pessoas compareceram ao concerto protagonizado pelo camaronês Richard Bona, o francês Sylvain Luc e o brasileiro Marco Suzano; a segunda noite teve um público um pouco mais escasso. Talvez por conta da noite chuvosa, onde fez com que o público não prestigiasse um dos melhores espetáculos do festival: Paraphernalia com a participação do cantor Marcos Valle e da cantora Patrícia Alvin. Comandado por Bernardo Bozízio e sua guitarra, o grupo trouxe muito suíngue para a o Convento de São Francisco em um chuvoso início de noite. Porém, o ponto alto do espetáculo se deu justamente com a presença do cantor, compositor e instrumentista Marcos Valle, autor de clássicos como "Os grilos" (canção executada na apresentação) e "Azimuth", outra presente no set-list da participação do músico carioca.


Em seguida apresentou-se o paulista Cyro Baptista e uma turma da pesada o acompanhando, dentre eles o violonista Romero Lubambo, que por vezes roubou a cena do espetáculo devido ao seu virtuosismo ao violão. Cyro trouxe, para deleite da plateia, diversos nuances percussivos na apresentação do trabalho "Villa-Lobos/Vira-Loucos", onde mistura suas técnicas percussivas com clássicos do cancioneiro brasileiro compostos pelo saudoso maestro e compositor carioca Heitor Villa-Lobos.

Isso sem contar com a apresentação da Orquestra Experimental de Câmara na Igreja da Misericórdia e do concerto da noite de abertura na capital paraibana nesta mesma data. Além disso, a noite contou também com a exibição dos curta e longas-metragens em três locais diferentes na cidade de Olinda que acabaram com um escasso público devido ao céu nublado que ameaça banhar as ladeiras do sítio histórico. 



3º dia

"Cê tá pensando que eu sou loki, bicho?" (Arnaldo Baptista)

Na programação do terceiro dia do festival estava presente um dos espetáculos mais esperados da MIMO: Arnaldo Baptista.  O artista que dispensa maiores apresentações veio como primeira atração da MIMO na capital pernambucana e trouxe consigo um público maior que o esperado para o teatro de Santa Isabel. O espaço que conta com pouco mais de 650 lugares estava completamente tomado pelo público recifense e ainda havia fora do recinto por volta de 200 pessoas que não conseguiram entrar, mesmo alguns estando de posse dos ingressos. Segundo os organizadores não penas estar de posse do ingresso, mas também chegar ao local da apresentação que pontualidade, pois a própria direção do teatro não permitiu que ninguém entrasse após o fechamento das portas. No set-list canções da lavra do artista como "Corta jaca", "Balada do louco", "Será que eu vou virar bolor?", "Não estou nem aí", "Benvinda", e "Posso perder minha mulher, minha mãe, desde que eu tenha o rock and roll", entre outras. Ao som de canções como "Somewhere over the rainbow" Baptista apresentou-se ao piano tendo como cenário ao fundo algumas de suas pinturas. Sem os telões externos (impossibilitado por problemas técnicos) restou ao público que não teve a oportunidade de assistir ao espetáculo a frustrante volta para casa ou dar uma esticada até Olinda, pois a noite ainda prometia outros espetáculos.

Na Igreja da Misericórdia, em Olinda, no início da tarde ainda teve o Duo Milewski, formado pelo violinista polonês Jerzy Milewski e a pianista brasileira Aleida Schweitzer. No Mosteiro de São Bento (com um público bem menor) a apresentação da noite ficou a cargo do grupo Calíope,considerado pela crítica, de maneira unânime, como um dos melhores conjuntos vocais em atividade no Brasil e para o público presente eles mostraram que a crítica especializada de fato tem razão.

Olinda ainda contou com o concerto do Projeto CCOMA, um duo de jazz instrumental e contemporâneo do sul do Brasil no Seminário de Olinda e também, como atração principal na noite olindense, o Duo Assad, que formado pelos irmãos Sérgio e Odair Assad trouxe ao público presente números de João Pernambuco, Ernesto Nazareth, Piazzolla, Gnattali entre outros. Já o público paraibano ficou com o espetáculo do grupo Borromeu na Basílica das Neves na capital paraibana.


4º dia

"Essa mostra dá oportunidade de culturas diferentes se integrarem harmonicamente. As igrejas abrem as portas para o público sentir e respirar música. Incrível" (Telespectadora presente no espetáculo do cubano Chucho Valdes



No penúltimo dia do festival houve a primeira noite de apresentações no palco montado na praça do Carmo (mesmo local em que se apresentou em 2011 o grupo franco-argentino Gotan Project) e isso fez com que as principais ladeiras e ruas de Olinda ficassem tomadas por um público ávido por boa música, somado a isso, as luzes e cores refletidas nos templos, trouxeran à cidade toda uma peculiaridade, onde até o público cativo sentiu-se em um novo lugar, acolhido de maneira ímpar pelas notas musicais que soavam das igrejas como foi o caso das pessoas presentes ao concerto dos portugueses Maria João e Mário Laginha no Seminário de Olinda. O penúltimo dia contou ainda com a Banda Sinfônica do Centro de Educação Musical de Olinda apresentando-se na Igreja São João dos Militares e do grupo Borromeo, que depois de uma excelente apresentação em João Pessoa trouxe para a capital pernambucana o espetáculo apresentado na noite anterior. Por falar na capital paraibana, a data contou com a apresentação do Projeto Coisa Fina e a sua reverência ao maestro Moacir Santos.

Vale salientar que pela manhã houve o concerto "MIMO in Concert" como encerramento das Oficinas de Formação de Orquestra no Teatro de Santa Isabel, local este que às 17 horas abriu suas portas mais uma vez para receber o público e o espetáculo da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa.

Ao longo da noite a cidade continuou embuida de bastante sonoridade, pois trouxe para a catedral da Sé o instrumentista Chucho Valdes, um dos maiores pianista de jazz do mundo com mais de 50 anos de carreira e com oito Grammys na bagagem. O espetáculo contaria com Egberto Gismonti, mas, por recomendação médica, infelizmente ele teve que cancelar tal compromisso. Além do artista cubano a penúltima noite do evento trouxe para a praça do Carmo a Orquestra Contemporânea de Olinda e o lançamento do segundo trabalho de estúdio do grupo intitulado "Pra Ficar". O disco que foi produzido pelo cantor, compositor e guitarrista Arto Lindsay (ex-integrante do grupo The Lounge Lizards) foi apresentado ao público presente cujo repertório o grupo mesclou com o trabalho anterior e algumas releituras de canções como "Ciranda de maluco", composição do pernambucano Otto. A praça do Carmo estava tomada por um público pra lá de heterogêneo.


5º dia

Para um festival que busca ressignificar o uso do patrimônio histórico estar em Olinda e agora Ouro Preto é estar nas duas cidades mais importantes do país” (Lu Araújo, idealizadora da MIMO).


O último dia da MIMO foi o que menos houve concertos como tradicionalmente vem acontecendo, na data do dia 09 de setembro houve apenas três. Porém foram três apresentações que prometiam encerrar o festival com chave de ouro. Por volta das 18 horas no Convento de São Francisco apresentou-se Andrea Luisa Teixeira. Em mais um ano, o público compareceu de maneira que todos os convites que dão acessos aos espetáculos encerraram-se em pouco tempo no local de distribuição, comprovando assim que em mais um ano o evento foi sucesso absoluto. A noite seguiu com a penúltima apresentação do Festiva ocorrida no Seminário de Olinda e que tinha como atração o virtuoso multi instrumentista Arismar do Espírito Santo. O músico que toca contrabaixo, guitarra, violão, piano e bateria mostrou porque foi considerado em 1998 pela revista Guitar player um dos dez melhores guitarristas do nosso país.


E encerrando com chave de ouro o evento, a praça do Carmo recebeu o espetáculo do músico soteropolitano Letieres Leite e de sua Orkestra Rumpilezz. Ogrupo que traz consigo uma sonoridade pra lá de brasileira e contagiante. Composta por cinco metais e 16 instrumentistas de sopro, o grupo regido por Letieres trouxe refinados arranjos usando para isso as peculiaridades rítmicas e percussivas da música de matriz africana. 

Que em 2013, no décimo ano de existência da mostra, venham tantas gratas surpresas quanto estas que vêm acontecendo ao longo desses nove anos de existência da MIMO, evento este que traz para as seculares Igrejas das cidades uma alegria peculiar a cada novo ano. Parabéns ao público e a receptividade com a qual sempre acolheu o evento, a qualidade das apresentações e daqueles que passam o ano preparando o evento para um público cada vez maior. Mais uma vez agradeço em particular a equipe da Trago Boa Notícia (Aline Feitosa, Juliana Renepont, Dulce Mesquita e Elayne Bione), responsável pela assessoria de imprensa local.


Obs: O crédito de todas as imagens presentes nesta pauta são atribuídas a equipe do Ateliê Santo Lima.

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