A primeira composição em versos brancos (sem rima), considerada pelos pesquisadores é a canção intitulada "Súplica", de José Marcílio, Otávio Gabus Mendes e Déo, gravada por Orlando Silva: "Aço frio de um punhal foi seu amor pra mim/ Não crendo na verdade implorei, pedi/ As súplicas morrerão sem eco, em vão/ Batendo nas paredes frias do apartamento".
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sexta-feira, 30 de maio de 2008
DICAS DA MUSICARIA
Francisco César Gonçalves, o Chico César, nasceu em Catolé do Rocha (PB) e formou sua primeira banda aos 10 anos de idade. Aos 16, foi para João Pessoa, onde passou a integrar o grupo Jaguaribe Carne, que fazia música e poesia experimental. Em 1984, mudou-se para São Paulo, onde passou a trabalhar como jornalista e a se apresentar em pequenos bares e teatros alternativos.
Em 1995, lançou seu primeiro CD, Aos Vivos, que trazia o grande sucesso de sua carreira, Mama África. No ano seguinte, lançou o CD Cuzcuz Clã, pelo qual ganhou o Prêmio Sharp de melhor cantor e o prêmio da APCA de melhor compositor. Com o sucesso deste disco, saiu definitivamente do undergorund paulista e passou a ser reconhecido nacionalmente.
Chico César lançou ainda os discos Beleza Mano (1997), Mama Mundi (1999) e Respeitem meus Cabelos, Brancos (2002). Suas composições já foram interpretadas por alguns dos maiores nomes da música brasileria. Entre eles: Maria Bethânia (A Força que Nunca Seca), Gal Costa (Quando eu Fecho os Olhos), Daniela Mercury (À Primeira Vista) e Ana Carolina (Mais que isso). Em 2005, a Biscoito Fino lança De uns Tempos pra cá, sexto disco de sua carreira. No ano seguinte lança seu primeiro DVD cantos e encontros de uns tempos pra cá e agora no ano de 2008 lança essa dica da musicaria pra vocês: Francisco, Forró y Frevo.
O disco impressiona pela ótima qualidade da safra de inéditas de Chico, que enfatiza a afinidade rítmica do reggae com o xote em faixas como ‘Comer na Mão’ e ‘Ociosa’. O álbum tem tom festivo. Já na faixa de abertura, o frevo ‘Girassol’, as guitarras de Fernando Catatau sinalizam a intenção do artista — que produziu o CD ao lado de BiD — de buscar outras sonoridades para o gênero.
Em ‘Pelado’, frevo que protesta de forma espirituosa contra a industrialização do Carnaval baiano, Chico integra a pulsação da guitarra baiana — a cargo de Armandinho, referência do instrumento — com os metais típicos dos frevos tocados nas ruas de Pernambuco.
Embora dirigido ao mercado de festas juninas, o disco tem forte munição para a folia em frevos como ‘Humanequim’ (faixa de longa passagem instrumental), ‘Armando’ e ‘Solto na Buraqueira’. Os metais estão em brasa nestes temas de pique carnavalesco.
Dentro do universo forrozeiro, o CD prioriza xotes como ‘Feriado’, mas ‘Abaeté, Abaiacu e Namorado’ tem levada rápida que evoca os xaxados. Nos versos, Chico César recorre à metáfora para abordar de forma sutil os crimes praticados contra homossexuais na Lagoa do Abaeté, ponto de encontros gays em Salvador (BA).
“Deus me proteja de mim e da maldade de gente boa”, suplica o compositor no xote ‘Deus me Proteja’, em que requisita a voz e a sanfona nobres de Dominguinhos. Outro convidado do CD, Seu Jorge canta ‘Dentro’ em registro tão grave e suave que lembra Arnaldo Antunes. A letra, aliás, é pura poesia.
Única regravação incluída entre as inéditas de Chico César, a ‘Marcha da Cueca’ — parceria de Livardo Alves com Carlos Mendes e Celso Teixeira — reaparece unida em ‘medley’ com a ‘Marcha da Calcinha’, parceria de Chico e Pedro Osnar, de alto teor erótico. “Música eletrônica sem energia não dá”, sentencia Chico em verso de ‘Eletrônica’, outra faixa de um disco que prova que, se utilizados com moderação, os timbres eletrônicos têm muito a oferecer. O arraial moderno de Chico César é animado.
A INDÚSTRIA FONOGRÁFICA MORREU...
A revista Rolling Stone é uma das mais influentes do meio musical. Um excelente artigo escrito em duas partes explica como uma indústria que tem o consumo de seu produto aumentando absurdamente está perdendo dinheiro e falindo.
Baseada em um modelo de venda de pacotes de músicas, em mídias físicas, por praticamente um século, é uma indústria que não inovou seu modelo de negócios, tentou bloquear a tecnologia de todas as formas, matou o Napster, processou pais de crianças de 9 anos e vovós, foi atrás de indivíduos, provedores de internet, usou muito dinheiro e lobby pesado em cima de políticos. Enfim, utilizaram todo o músculo da sua máquina de fazer dinheiro para parar a tecnologia digital e novas formas de distribuição.
O resultado de praticamente 10 anos de luta? A vendas de CDs continuam caindo e apenas esse ano despencaram quase 17%. Nem mesmo os grandes sucessos são fonte de renda garantida mais. A tecnologia atropelou os gigantes da indústria como se fossem barquinhos de papel contra uma tsunami.
E a virada, segundo o artigo, foi justamente na época da morte do Napster. Para quem não tem idéia do que foi o Napster, uma rápida explicação: era um serviço, com servidores centrais, onde pessoas do mundo inteiro e de forma gratuita podiam compartilhar arquivos de música. Os arquivos ficavam na máquina dos usuários do sistema e o Napster apenas mantinha um mapeamento do que cada pessoa possuía. Era muito rápido, pois tudo era catalogado de forma central. A RIAA entrou pesado com processos e o Napster deixou órfãos quase 40 milhões de usuários. Detalhe: a RIAA não foi capaz de substituí-lo e houve um hiato de 2 anos até o lançamento do iTunes.
O resultado desse tempo foi a sofisticação dos programas e redes Peer-to-Peer, ou pessoa-a-pessoa, descentralizado, sem empresas ou servidores centrais. Essencialmente, não havia empresas para serem processadas e a RIAA resolveu atacar os próprios usuários do sistema, numa das piores jogadas de relações públicas da história. A antipatia conquistada da mídia e do mercado consumidor foi enorme, e baixar músicas, mesmo de forma ilegal, tornou-se um movimento de resistência. Quando o iTunes surgiu, o sucesso foi praticamente imediato, mas o controle de distribuição foi entregue a um terceiro, a Apple.
A RIAA defende-se dizendo que processar indivíduos é uma forma de informar que o download ilegal de músicas é ilegal. Parece não ter dado resultado, já que os números têm aumentado. E fica sempre a mesma pergunta no ar: porque esses caras estão falindo? Há interesse no produto, nos artistas e centenas de milhões de aparelhos capazes de reproduzir MP3 estão no mercado. A resposta é fácil: o modelo de negócios está errado.
O artigo ainda vai mais longe, dizendo como as empresas irão sobreviver, através de outros tipos de licenciamento, como filmes, seriados, games, shows, etc.
Anos atrás, praticamente qualquer pessoa ligeiramente mais informada sobre o Napster, sabia que não tinha volta. Mas não é culpa apenas das gravadoras. As grandes redes varejistas e artistas também ameaçavam as gravadoras, com multas sobre perda de lucratividade caso as pessoas conseguissem músicas a preços mais em conta do que em lojas. Resultado de quem remou contra a maré? Artistas que lutaram, ficaram mal vistos com os fãs e continuaram sendo copiados do mesmo jeito. Os varejistas de música? Estão fechando as portas em massa e o fato é fácil de explicar: quando foi a última vez que saímos de uma loja com um lançamento?
NOVO CD DO SIMONINHA NA PRAÇA!
No momento em que a história de seu pai, Wilson Simonal, volta à tona no imperdível documentário Ninguém Sabe o Duro que Dei, Wilson Simoninha lança seu quarto CD, Melhor, produzido por seu irmão Max de Castro para o selo S de Samba. Em seu terceiro álbum de inéditas, o primeiro desde Sambaland Club (2002), Simoninha recebe convidados como Seu Jorge (em Ela É Brasileira, parceria do anfitrião com Jorge e com o mano Max que traz Luiz Vagner na guitarra) e Cláudio Zoli (em Eu Sei que Você Vai me Entender e em Sossega, parceria inédita de Wilson Simoninha com o ídolo Jorge Ben Jor). O time de músicos convidados inclui Proveta - que toca clarinete em Balanço (Balanço Bom É Coisa Rara) - e William Magalhães, cujo piano adorna Rei da Luta, de Jair Oliveira, e A Saideira (Samba Negro). No mix de soul, pop, samba e bossa que costura o repertório, há ainda inéditas autorais como Samba Novo e 26 de Dezembro. Além de O Homem de Gelo, regravação do repertório da carioca Banda Bel, e de parcerias com Pierre Aderne (Mareio) e Jair Oliveira (Navegador de Estrelas). A faixa que inspirou o título do disco é a balada É Bom Andar a Pé (Melhor). O último projeto fonográfico do artista foi MTV Apresenta Wilson Simoninha Canta Jorge Ben Jor, editado em 2005, mas somente em DVD.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
MOMBAÇA
O nome foi escolhido pelo próprio artista pra que ninguém tivesse dúvida ao que ele veio. A inspiração foi a cidade litorânea no Quênia, país da África ocidental, que forjou o pseudônimo artístico do cidadão mais musical do jardim 07 de abril, Paciência (bairro da zona oeste do Rio de Janeiro). Isso acontenceu quando ele ainda cursava a faculdade de história no início dos anos 80. No fundo, ele só queria um nome que, de cara, revelasse as suas preocupações com os temas sociais da África e do Brasil, parece até que já sabia que a sua opção pela música o levaria alugares de culturas tão diversas como Austrália, África do sul, Estados Unidos, Botswana, Quênia e Togo.
Nascido de uma família de músicos, Mombaça começou a cantar aos 5 anos de idade na Igreja Batista do bairro onde nasceu e foi criado. O primeiro disco da carreira foi gravado em 1999 e foi intitulado de MOMBAÇA, que foi lançado no ano 2000 e contou com a participação de sua amiga e parceira Mart'nália, com quem ele dividiu a faixa queixumes. O segundo veio em 2002 e responde pelo título de AFRO MEMÓRIA.
Nascido de uma família de músicos, Mombaça começou a cantar aos 5 anos de idade na Igreja Batista do bairro onde nasceu e foi criado. O primeiro disco da carreira foi gravado em 1999 e foi intitulado de MOMBAÇA, que foi lançado no ano 2000 e contou com a participação de sua amiga e parceira Mart'nália, com quem ele dividiu a faixa queixumes. O segundo veio em 2002 e responde pelo título de AFRO MEMÓRIA.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
CENTENÁRIO DE SÍLVIO CALDAS
hoje, dia 23 de maio de 2008, se é comemorado o centenário de um dos maiores nomes da música popular brasileira da primeira metade do século XX: Sílvio Caldas.
Sílvio Antônio Narciso de Figueiredo Caldas nasceu noRio de Janeiro, 23 de maio de 1908 Nasceu e foi criado no bairro de São Cristóvão, na rua São Luís Gonzaga, filho de Antônio Narciso Caldas, carioca, dono de pequena loja de instrumentos musicais, afinador e consertador de pianos e compositor com várias músicas publicadas, assinando-se A. N. Caldas. Foi praticamente criado por uma vizinha, que no Carnaval formava o Bloco da Família Ideal com parentes e amigos. O pequeno Sílvio, chamado de Rouxinol da Família Ideal, cantava cavalgando o pescoço dos remadores de São Cristóvão. Participava de festas, dançava e sapateava nas mesas dos bares, e cantava nas reuniões do Largo da Cancela. Foi amigo desde essa época de Índio, que morava em São Cristóvão. Com seis anos cantou um samba de bloco no Teatro Fênix, levado pelo pai, durante conferencia literária. Começou a trabalhar aos nove anos como aprendiz de mecânico e, aos 16, em 1924, saiu de casa para trabalhar na capital paulista. Em Catanduva, SP, foi leiteiro. Exerceu outras atividades: lavador de carros, cozinheiro de turma, motorista de caminhão e mecânico de manutenção dos caminhões das obras da estrada Rio-São Paulo, atual Via Dutra. Em 1927 estava de volta ao Rio de Janeiro e foi ouvido numa seresta por Milonguita (Antônio Gomes), cantor de tangos, que o levou a Rádio Mayrink Veiga. Em 1929 passou a cantar na Rádio Sociedade. Começou a gravar no inicio de 1930, na Victor. A primeira e a segunda gravações, os sambas Amoroso (com Quincas Freire) e Alo, meu bem (Carlos de Almeida), foram lançadas no segundo e terceiro discos, respectivamente, e no primeiro saiu o desafio Tracuá me ferr6 (Sátiro de Melo). Numa de suas gravações na Brunswick, o samba Ioiô deste ano (Henrique Vogeler), para o Carnaval de 1931, pôs uma pequena bossa, "eba!", que foi notada por Ary Barroso, suficiente para que o levasse para a revista musical Brasil do amor (Marques Porto e Ary Barroso), no Teatro Recreio. Na revista lançou o samba Faceira (Ary Barroso), seu primeiro sucesso também em disco. Nesse ano gravou o samba Gira, em dueto com Carmen Miranda, e com Elisa Coelho Batuque e o samba Terra de iaiá, todos de Ary Barroso, e o samba Mão no remo (Ary e Noel Rosa); e, para o Carnaval de 1932, os sambas É mentira, oi e Um samba em Piedade, também de Ary Barroso. Nesse ano atuou nas revistas musicais Angu de caroço e Brasil da gente. Gravou ainda o samba Se eu fora rei (sua autoria) e o samba-canção Maria (Ary Barroso e Luís Peixoto), um clássico. Cantou como exclusivo do Programa Case na Rádio Philips. Voltaria à Rádio Mayrink Veiga e em outras épocas seria contratado da Rádio Nacional, da Tupi e de outras emissoras. No Carnaval de 1933 lançou a marcha Segura esta mulher (Ary Barroso) e o samba E ela não jurou (André Filho). Depois, o samba Lenço no pescoço (Wilson Batista), iniciador da polemica musical Wilson x Noel Rosa. Foi também a Argentina, com a companhia de revistas de Jardel Jercolis. No Carnaval de 1934 fez grande sucesso com o samba Vou partir (João de Barro) e a marcha Linda lourinha (idem). Nesse ano começou a compor com Orestes Barbosa. A primeira música foi o samba Sem você, gravado por Aurora Miranda. Ele mesmo gravou da parceria as valsas Santa dos meus amores e Serenata, lançadas em 1935, pela Odeon. Em 1935 lançou de sua parceria com Orestes as valsas Torturante ironia e Quase que eu disse, e outras duas, Soluço e Vestido das lagrimas, foram gravadas por Floriano Belham. No Carnaval desse ano venceu o concurso oficial, na categoria marcha, com Coração ingrato (Nássara e Frazão). Marcou sucesso no ano com as valsas Ha um segredo em teus olhos (Gastão Lamounier e Osvaldo Santiago) e Boneca (Benedito Lacerda e Aldo Cabral) e os sambas O telefone do amor (Benedito Lacerda e Jorge Faraj) e Arrependimento (com Cristóvão de Alencar). Também atuou no filme Favela dos meus amores, de Humberto Mauro. Em 1936 gravou com Orestes Barbosa as valsas O nome dela não digo e Meu erro e atuou no filme Carioca maravilhosa, de Luís de Barros. Em 1937 teve êxito no Carnaval com a marcha A menina presidência (Nássara e Cristóvão de Alencar) e com mais duas parcerias com Orestes Barbosa, a valsa Arranha-céu e a canção Chão de estrelas, esta um clássico, cujo titulo original era Sonoridade que acabou, modifica- do por Guilherme de Almeida. Nesse ano lançou ainda, em dueto com Carmen Miranda, o samba Fon-fon (João de Barro e Alberto Ribeiro) e o congo Quando eu penso na Bahia (Ary Barroso e Luís Peixoto), bem como o samba Meu limão, meu limoeiro (M. P., arranjo de José Carlos Burle), em duo com Gidinho (seu irmão Gildo). No Carnaval de 1938 foi escolhido Cidadão Samba e gravou a marcha Pastorinhas (Noel Rosa e João de Barro), vencedora na categoria do concurso carnavalesco oficial. Ficou então breve tempo na Columbia, na qual gravou três discos com seis músicas, entre elas a valsa Flor de lótus (com Alberto Ribeiro), o samba- canção Mentes ao meu coração (Francisco Malfitano) e a valsa-canção Suburbana (com Orestes Barbosa); depois voltou a RCA Victor, com sucessos já no primeiro disco, as valsas Falsa felicidade e Sorris de minha dor (ambas do estreante Paulo Medeiros). No Carnaval de 1939 venceu com a marcha Florisbela (Nássara e Frazão) o concurso oficial, deixando em segundo lugar A jardineira (Benedito Lacerda e Humberto Porto). Nesse ano gravou os sambas Pra que mentir (Noel Rosa), Cessa tudo (Lamartine Babo e Celso Macedo), Da cor do pecado (Bororó) e a valsa Deusa da minha rua (Newton Teixeira e Jorge Faraj). Em 1940 foram sucessos o fox-canção Mulher, as valsas Velho realejo (ambas de Custodio Mesquita e Sadi Cabral), Kátia (Georges Moran e Vítor Bezerra) e O amor é assim (Sivan Castelo Neto), a marcha-rancho Andorinha (sua autoria) e o samba Preto velho (Custodio Mesquita e Jorge Faraj). Em 1941 lançou os sambas Rosinha (Heber de Bôscoli e Mário Martins), em trio com Orlando Silva e Ciro Monteiro, e Morena boca de ouro (Ary Barroso). No ano seguinte gravou os sambas Sereia (Nássara e Dunga), Duas janelas (Wilson Batista e Jorge Faraj) e Meus vinte anos (com Wilson Batista). Em 1943 registrou Modinha (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira), a canção Serrana (Alberto Costa e José Judice), os sambas Promessa (Custodio Mesquita e Evaldo Rui) e A vida em quatro tempos (Custódio e Paulo Orlando). Em 1944 participou do filme carnavalesco Tristezas não pagam dividas, de José Carlos Burle. Gravou também os sambas Como os rios que correm pro mar e Valsa do meu subúrbio (ambos de Custodio Mesquita e Evaldo Rui) e o samba Algodão (Custodio e Davi Nasser). Em 1945 atuou no filme carnavalesco Não adianta chorar, de Watson Macedo e fez sucesso no Carnaval com o samba Fica doido varrido (Benedito Lacerda e Frazão). Em 1946 foi para a Continental e gravou a canção Minha casa (Joubert de Carvalho), o fado-tango O despertar da montanha (Eduardo Souto), de 1919, mas cantado pela primeira vez com os versos de Francisco Pimentel. Em 1947 fez sucesso no Carnaval com a marcha-rancho Anda Luzia (João de Barro) e, depois, com o choro Pastora dos olhos castanhos (Horondino Silva e Alberto Ribeiro) e o samba Não chores assim (com Alberto Ribeiro).
Nesse ano participou do filme Luz dos meus olhos, de José Carlos Burle. Em 1951 foi para a gravadora Sinter e criou novo sucesso, o samba Nos braços de Isabel (com José Judice). Em 1953 num mesmo disco lançou dois sucessos, a canção Silencio do cantor (Davi Nasser e Joubert de Carvalho) e Flamboyant (Joubert de Carvalho). Em 1954, na Columbia, lançou a canção Poema dos olhos da amada (Vinícius de Moraes e Paulo Soledade). No ano seguinte, gravou as duas ultimas composições de sua parceria com Orestes Barbosa, o samba-canção A única rima, engavetado desde 1936, e a valsa-canção Turca do meu Brasil, que finalmente resolvera musicar, totalizando 14 músicas. Em 1957 ganhou o concurso Canções para o Dia das Mães do jornal O Globo com a valsa-canção Canção para a mamãe (Lila Santana) e fez sucesso com Viva meu samba (Billy Blanco). Em 1959 lançou o samba Pistom de gafieira (Billy Blanco), um dos destaques do ano. Pela Columbia lançou os LPs Cabelos brancos (1959), Eternamente (1960), Sílvio Caldas em pessoa (1960), Titio canta para você (1963) e Canta o seresteiro (1966). Pela Copacabana saiu o álbum duplo Elizeth Cardoso e Sílvio Caldas (1971), pela RGE, o LP Isto e São Paulo (1960), apenas com composições de Lauro Miller, e, na RCA Victor, o LP Sílvio Caldas e Pedro Vargas ao vivo no Canecão (1977). Em sua longa trajetória teve diversos slogans, sendo os mais conhecidos O Caboclinho Querido (dado por César Ladeira) e Titio. Em 1992 recebeu a Medalha de Machado de Assis, concedida por unanimidade pela Academia Brasileira de Letras, por proposta de Jorge Amado. Viveu seus últimos 40 anos em seu sitio de Atibaia SP, onde morreu em 03 de Fevereiro de 1998.
Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira
Eis aqui alguns de seus sucessos:
- As Pastorinhas (João de Barro e Noel Rosa) (1938)
- Acorda, Escola de Samba (Benedito Lacerda e Herivelto Martins) (1935)
Boneca (Aldo Cabral e Benedito Lacerda) (1934)
Chão de Estrelas (de sua autoria c/Orestes Barbosa) (1937)
Como os Rios Que Correm pro Mar (Custódio Mesquita e Evaldo Ruy) (1943)
Da Cor do Pecado, Bororó (1939)
Deusa da Minha Rua (Jorge Faraj e Newton Teixeira) (1939)
Faceira (Ari Barroso) (1931)
Florisbela (Frazão e Nássara) (1939)
Inquietação (Ari Barroso) (1934)
Lenço no Pescoço (Wilson Batista) (1933)
Maria (Ari Barroso e Luiz Peixoto) (1939)
Mimi (Uriel Lourival) (1933)
Minha Casa, Joubert de Carvalho (1946)
Minha Palhoça (J. Cascata) (1935)
Modinha (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira) (1943)
Morena Boca de Ouro (Ari Barroso) (1940)
Mulher (Custódio Mesquita e Sadi Cabral) (1940)
Na Aldeia (de sua autoria c/Caruzinho e De Chocolat) (1933)
Quando Eu Penso na Bahia (Ari Barroso e Luiz Peixoto), duo c/Carmen Miranda (1938)
Serenata (de sua autoria c/Orestes Barbosa) (1934)
Três Lágrimas (Ari Barroso) (1940)
Velho Realejo (Custódio Mesquita e Sadi Cabral) (1940)
terça-feira, 20 de maio de 2008
DICAS DA MUSICARIA
GANHA-SE POUCO, MAS É DIVERTIDO - CRISTINA BUARQUE CANTA WILSON BATISTA
Compositor que duelou com ninguém menos que Noel Rosa na célebre polêmica de sambas na década de 30, o campista Wilson Batista (1913-1968) tem sua obra revista pela cantora do ramo Cristina Buarque, que fez sucesso com uma música da Velha Guarda da Portela (Quantas Lágrimas) e foi casada com o bamba de Botafogo, Mauro Duarte. Na meticulosa seleção de repertório do disco, produzido por Hermínio Bello de Carvalho, entram desde os clássicos (Louco, Emília, Oh! Seu Oscar, O Bonde de São Januário, Rosalina, Mundo de Zinco) acoplados num pot-pourri com o reforço luxuoso de Paulinho da Viola, Chico Buarque e Roberto Silva, até pepitas menos conhecidas, mas saborosas pela picardia como as cenas de bondes ...E o 56 Não Veio, Lá Vem o Ipanema, o retrato malandro de Inimigo do Batente e o lado político de sua obra em Comício em Mangueira e Cabo Laurindo ("Amigo da verdade, defensor da igualdade/ dizem que lá no morro/ vai haver transformação/ camarada Laurindo estamos à sua disposição"). Cristina está solta, cantando bem com um acompanhamento refinado de Maurício Carrilho (sete cordas), Luciana Rabello (cavaquinho), João Lyra (violão), Ronaldo (bandolim) e Altamiro Carrilho (flauta) entre outros. O disco traz até uma inédita parceria dos desafetos Wilson e Noel (Deixa de Ser Convencida) e um depoimento do mítico pandeirista e compositor João da Bahiana (1887-1974), um dos patriarcas do samba, na faixa Não Era Assim. Obra-prima para quem não é ruim da cabeça ou doente do pé. (Tárik de Souza)
FAIXAS:
1 - Sambei 24 horas
(Haroldo Lobo - Wilson Batista)
2 - Ganha-se pouco, mas é divertido
(Ciro de Souza - Wilson Batista)
3 - Eu não sou daqui (Eu sou de Niterói)
(Ataulfo Alves - Wilson Batista)
4 - Fui eu
("Marina" Batista - Dunga)
5 - Boca de siri
(Germano Augusto - Wilson Batista)
6 - ...E o 56 não veio
(Haroldo Lobo - Wilson Batista)
• Lá vem o Ipanema ("Marina" Batista-Roberto Roberti-Arlindo Marques Jr.)
7 - Inimigo do batente
(Germano Augusto - Wilson Batista)
8 - Gênio mau
(Rubens Soares - Wilson Batista)
9 - Deixa de ser convencida
(Wilson Batista - Noel Rosa)
10 - Pot-pourri:
• Lá vem Mangueira (Wilson Batista-Haroldo Lobo-Jorge de Castro)
• Cabo Laurindo (Wilson Batista-Haroldo Lobo)
• Comício em Mangueira (Wilson Batista-Germano Augusto)
11 - Diagnóstico
(Germano Augusto - Wilson Batista)
12 - Tenho que fugir
(Germano Augusto - Wilson Batista)
13 - Não era assim
(Haroldo Lobo - Wilson Batista)
14 - Pot-pourri:
• Louco (Ela é seu mundo) (Wilson Batista-Henrique de Almeida)
• Emília (Wilson Batista-Haroldo Lobo)
• Oh! Seu Oscar (Wilson Batista-Ataulfo Alves)
• O bonde de São Januário (Wilson Batista-Ataulfo Alves)
• Mundo de zinco (Wilson Batista-Nássara)
WILSON BATISTA
"Eu nasci num clima quente
Você diz a toda gente
Que eu sou moreno demais
Não maltrate o seu pretinho
Que lhe faz tanto carinho
E no fundo é um bom rapaz..."
Com esses versos de autoria de Marino Pinto e Wilson Batista (figura a ser destacada nessa postagem) inicio a explanação sobre um dos principais nomes da música brasileira de todos os tempos, principalmente se nos vertemos para o samba da primeira metade do século XX. Essa canção citada acima foi um dos grandes sucessos de Wilson quando gravada por orlando Silva entre os anos 30 e 40.
Filho de um guarda municipal de Campos, Wilson Batista de Oliveira (Campos, 3 de julho de 1913 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1968)ainda menino participou, tocando triângulo, da Lira de Apolo, banda organizada por seu tio, o maestro Ovídio Batista. Ainda na cidade natal, fez parte do Bando, para o qual compunha algumas músicas e, pretendendo aprender o ofício de marceneiro, freqüentou o Instituto de Artes e Ofícios.
No final da década de 1920, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro. Passou então a freqüentar os cabarés da Lapa e o Bar Esquina do Pecado, na Praça Tiradentes, pontos de encontro de marginais e compositores, tornando-se amigo dos irmãos Meira, malandros famosos da época, cuja amizade lhe valeu várias prisões. A seguir, começou a trabalhar como eletricista e ajudante de contra-regra no Teatro Recreio.
Com 16 anos, fez seu primeiro samba, Na estrada da vida, lançado por Aracy Cortes no Teatro Recreio e gravado em 1933 por Luís Barbosa. Seu primeiro samba gravado foi Por favor, vai embora (com Benedito Lacerda e Osvaldo Silva), pela Victor, na interpretação de Patrício Teixeira, em 1932. A partir de então, passou a fazer parte da Orquestra de Romeu Malagueta, como crooner e ritmista (tocava pandeiro).
Em 1933, Almirante gravou sua batucada Barulho no beco (com Osvaldo Silva) e três intérpretes (Francisco Alves, Castro Barbosa e Murilo Caldas) divulgaram seu samba Desacato (com Paulo Vieira e Murilo Caldas), que fez muito sucesso.
Sempre freqüentando o mesmo ambiente de boêmia, fez a apologia do malandro no seu samba Lenço no pescoço, já gravado em 1933 por Sílvio Caldas, que deu início à famosa polêmica com Noel Rosa, o qual respondeu no mesmo ano com Rapaz folgado, contestando a identificação do sambista com o malandro. Sua réplica a Noel veio no samba Mocinho da Vila, recebendo então como resposta, em 1934, Feitiço da Vila (de Noel Rosa e Vadico). Continuando a polêmica, compôs Conversa fiada, ao qual Noel contrapôs, em 1935, o samba Palpite Infeliz. O caso terminou com dois sambas seus, Frankenstein da Vila e Terra de cego, que não tiveram resposta. Os dois polemistas conheceram-se entre um e outro desafio e tornaram-se amigos. As músicas dessa polêmica foram reunidas, em 1956, num LP de dez polegadas da Odeon, cantadas por Roberto Paiva e Francisco Egídio - Polêmica.
Continuando sua vida de boêmio-compositor, vendendo sambas e fazendo parcerias "comerciais", conheceu, no Café Nice, na Avenida Rio Branco, o cantor e compositor Erasmo Silva, com quem formou um conjunto, com Lauro Paiva ao piano e Roberto Moreno na percussão. Com o conjunto, realizou apresentações em Campos RJ e, de volta ao Rio de Janeiro, formou, em 1936, uma dupla com Erasmo Silva - a Dupla Verde e Amarelo - que participou da vocalização da orquestra argentina Almirante Jonas, que estava de passagem no Rio de Janeiro, seguindo com ela para Buenos Aires, Argentina, onde ficaram por três meses, ainda em 1936. De volta ao Brasil, trabalharam durante mais de um ano na Rádio Atlântica, de Santos SP, e, depois, na Record, da capital paulista, onde também gravaram, com as Irmãs Vidal, pela Columbia, seu primeiro disco, com Adeus, adeus (Francisco Malfitano e Frazão) e Ela não voltou (dos mesmos compositores e mais Aluísio Silva Araújo). Obtendo certo sucesso, seguiram para uma temporada em Porto Alegre RS, voltando a São Paulo para trabalhar na Rádio Tupi.
A fama viria em 1938, quando a dupla foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro, mas já no ano seguinte, com a ida de Erasmo Silva para Buenos Aires, a dupla se desfez. Em 1939 foi apresentado por Germano Augusto ao bicheiro e malandro conhecido por China, a quem venderia muitas músicas. Nessa época, sua temática sofreu modificações, ditadas não só pela associação a novos parceiros, mas principalmente pela influência direta de uma portaria governamental que proibia a exaltação da malandragem.
Ainda em 1939, fez com Ataulfo Alves Mania da falecida e Oh! seu Oscar, samba que se destacou no Carnaval de 1940, vencendo o concurso de músicas carnavalescas do Departamento de Imprensa e Propaganda do governo federal, tendo sido gravado por Ciro Monteiro, intérprete que lançou em disco, também no mesmo ano, os seus sambas Tá maluca (com Germano Augusto) e O bonde de São Januário (com Ataulfo Alves), este último grande sucesso no Carnaval de 1941.
Consagrado desde então, iniciou, com diversos parceiros famosos, uma série de composições, retratando tipos cariocas, que conseguiram êxito na maioria dos Carnavais dos vinte anos seguintes. Ainda em 1940, Moreira da Silva gravou Acertei no milhar (com Geraldo Pereira), que se tornou um dos clássicos do samba de breque; em 1941, Vassourinha lançou em disco outra música sua que se destacou no Carnaval de 1942, Emília, feita com Haroldo Lobo, seu parceiro ainda em Rosalina, destaque carnavalesco de 1945.
Homenageando a torcida do Vasco da Gama, apesar de rubro-negro, compôs com Augusto Garcez No boteco do José, que, na gravação de Linda Batista, fez sucesso no Carnaval de 1946. Três anos depois se destacaria com Pedreiro Valdemar, feito com Roberto Martins e gravado por Blecaute, e, em 1950, obteria enorme êxito com Balzaquiana (com Nássara), lançado em disco por Jorge Goulart. Sua marcha Sereia de Copacabana e o seu samba Mundo de zinco (ambos com Nássara), este gravado por Jorge Goulart, foram muito cantados nos Carnavais de 1951 e 1952, respectivamente.
Para o Carnaval de 1956 compôs com Jorge de Castro a marcha Todo vedete, que teve problemas com a censura por suas referências ao baile dos travestis do Teatro João Caetano; com o mesmo parceiro fez, para o Carnaval dos dois anos seguintes, Vagabundo e Marcha da fofoca, sendo esta última gravada pelo radialista César de Alencar. O Carnaval de 1962 foi um dos últimos de que participou, lançando, em gravação de César de Alencar, Cara boa, marcha feita com Jorge de Castro e Alberto Jesus.
Boêmio até o fim da vida, nos seus últimos anos trabalhou como fiscal da UBC (União Brasileira de Compositores), entidade que ajudou a criar.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilson_Batista"
Que eu sou moreno demais
Não maltrate o seu pretinho
Que lhe faz tanto carinho
E no fundo é um bom rapaz..."
Com esses versos de autoria de Marino Pinto e Wilson Batista (figura a ser destacada nessa postagem) inicio a explanação sobre um dos principais nomes da música brasileira de todos os tempos, principalmente se nos vertemos para o samba da primeira metade do século XX. Essa canção citada acima foi um dos grandes sucessos de Wilson quando gravada por orlando Silva entre os anos 30 e 40.
Filho de um guarda municipal de Campos, Wilson Batista de Oliveira (Campos, 3 de julho de 1913 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1968)ainda menino participou, tocando triângulo, da Lira de Apolo, banda organizada por seu tio, o maestro Ovídio Batista. Ainda na cidade natal, fez parte do Bando, para o qual compunha algumas músicas e, pretendendo aprender o ofício de marceneiro, freqüentou o Instituto de Artes e Ofícios.
No final da década de 1920, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro. Passou então a freqüentar os cabarés da Lapa e o Bar Esquina do Pecado, na Praça Tiradentes, pontos de encontro de marginais e compositores, tornando-se amigo dos irmãos Meira, malandros famosos da época, cuja amizade lhe valeu várias prisões. A seguir, começou a trabalhar como eletricista e ajudante de contra-regra no Teatro Recreio.
Com 16 anos, fez seu primeiro samba, Na estrada da vida, lançado por Aracy Cortes no Teatro Recreio e gravado em 1933 por Luís Barbosa. Seu primeiro samba gravado foi Por favor, vai embora (com Benedito Lacerda e Osvaldo Silva), pela Victor, na interpretação de Patrício Teixeira, em 1932. A partir de então, passou a fazer parte da Orquestra de Romeu Malagueta, como crooner e ritmista (tocava pandeiro).
Em 1933, Almirante gravou sua batucada Barulho no beco (com Osvaldo Silva) e três intérpretes (Francisco Alves, Castro Barbosa e Murilo Caldas) divulgaram seu samba Desacato (com Paulo Vieira e Murilo Caldas), que fez muito sucesso.
Sempre freqüentando o mesmo ambiente de boêmia, fez a apologia do malandro no seu samba Lenço no pescoço, já gravado em 1933 por Sílvio Caldas, que deu início à famosa polêmica com Noel Rosa, o qual respondeu no mesmo ano com Rapaz folgado, contestando a identificação do sambista com o malandro. Sua réplica a Noel veio no samba Mocinho da Vila, recebendo então como resposta, em 1934, Feitiço da Vila (de Noel Rosa e Vadico). Continuando a polêmica, compôs Conversa fiada, ao qual Noel contrapôs, em 1935, o samba Palpite Infeliz. O caso terminou com dois sambas seus, Frankenstein da Vila e Terra de cego, que não tiveram resposta. Os dois polemistas conheceram-se entre um e outro desafio e tornaram-se amigos. As músicas dessa polêmica foram reunidas, em 1956, num LP de dez polegadas da Odeon, cantadas por Roberto Paiva e Francisco Egídio - Polêmica.
Continuando sua vida de boêmio-compositor, vendendo sambas e fazendo parcerias "comerciais", conheceu, no Café Nice, na Avenida Rio Branco, o cantor e compositor Erasmo Silva, com quem formou um conjunto, com Lauro Paiva ao piano e Roberto Moreno na percussão. Com o conjunto, realizou apresentações em Campos RJ e, de volta ao Rio de Janeiro, formou, em 1936, uma dupla com Erasmo Silva - a Dupla Verde e Amarelo - que participou da vocalização da orquestra argentina Almirante Jonas, que estava de passagem no Rio de Janeiro, seguindo com ela para Buenos Aires, Argentina, onde ficaram por três meses, ainda em 1936. De volta ao Brasil, trabalharam durante mais de um ano na Rádio Atlântica, de Santos SP, e, depois, na Record, da capital paulista, onde também gravaram, com as Irmãs Vidal, pela Columbia, seu primeiro disco, com Adeus, adeus (Francisco Malfitano e Frazão) e Ela não voltou (dos mesmos compositores e mais Aluísio Silva Araújo). Obtendo certo sucesso, seguiram para uma temporada em Porto Alegre RS, voltando a São Paulo para trabalhar na Rádio Tupi.
A fama viria em 1938, quando a dupla foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro, mas já no ano seguinte, com a ida de Erasmo Silva para Buenos Aires, a dupla se desfez. Em 1939 foi apresentado por Germano Augusto ao bicheiro e malandro conhecido por China, a quem venderia muitas músicas. Nessa época, sua temática sofreu modificações, ditadas não só pela associação a novos parceiros, mas principalmente pela influência direta de uma portaria governamental que proibia a exaltação da malandragem.
Ainda em 1939, fez com Ataulfo Alves Mania da falecida e Oh! seu Oscar, samba que se destacou no Carnaval de 1940, vencendo o concurso de músicas carnavalescas do Departamento de Imprensa e Propaganda do governo federal, tendo sido gravado por Ciro Monteiro, intérprete que lançou em disco, também no mesmo ano, os seus sambas Tá maluca (com Germano Augusto) e O bonde de São Januário (com Ataulfo Alves), este último grande sucesso no Carnaval de 1941.
Consagrado desde então, iniciou, com diversos parceiros famosos, uma série de composições, retratando tipos cariocas, que conseguiram êxito na maioria dos Carnavais dos vinte anos seguintes. Ainda em 1940, Moreira da Silva gravou Acertei no milhar (com Geraldo Pereira), que se tornou um dos clássicos do samba de breque; em 1941, Vassourinha lançou em disco outra música sua que se destacou no Carnaval de 1942, Emília, feita com Haroldo Lobo, seu parceiro ainda em Rosalina, destaque carnavalesco de 1945.
Homenageando a torcida do Vasco da Gama, apesar de rubro-negro, compôs com Augusto Garcez No boteco do José, que, na gravação de Linda Batista, fez sucesso no Carnaval de 1946. Três anos depois se destacaria com Pedreiro Valdemar, feito com Roberto Martins e gravado por Blecaute, e, em 1950, obteria enorme êxito com Balzaquiana (com Nássara), lançado em disco por Jorge Goulart. Sua marcha Sereia de Copacabana e o seu samba Mundo de zinco (ambos com Nássara), este gravado por Jorge Goulart, foram muito cantados nos Carnavais de 1951 e 1952, respectivamente.
Para o Carnaval de 1956 compôs com Jorge de Castro a marcha Todo vedete, que teve problemas com a censura por suas referências ao baile dos travestis do Teatro João Caetano; com o mesmo parceiro fez, para o Carnaval dos dois anos seguintes, Vagabundo e Marcha da fofoca, sendo esta última gravada pelo radialista César de Alencar. O Carnaval de 1962 foi um dos últimos de que participou, lançando, em gravação de César de Alencar, Cara boa, marcha feita com Jorge de Castro e Alberto Jesus.
Boêmio até o fim da vida, nos seus últimos anos trabalhou como fiscal da UBC (União Brasileira de Compositores), entidade que ajudou a criar.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilson_Batista"
segunda-feira, 19 de maio de 2008
BANDA MANTIQUEIRA - PARTE 2
Integrantes:
NAILOR AZEVEDO (PROVETA)(sax-alto, sax-soprano, clarinete, arranjos e composições)
Pode-se dizer, sem medo de errar, que PROVETA ocupa lugar de destaque na galeria dos principais músicos do Brasil.
Aprendeu as notas musicais, antes das letras do alfabeto. De calça-curta, aos 6 anos de idade, tocava clarinete na banda da sua cidade natal – Leme-SP. Passou depois a tocar em bailes no conjunto liderado por seu pai o tecladista e acordeonista Geraldo Azevedo e em outros grupos musicais da região.Mudou-se para São Paulo e, aos dezesseis anos de idade, já integrava a orquestra do Maestro Sylvio Mazzucca, famosa em todo o Brasil.
Foi convidado para acompanhar os principais artistas do Brasil – Milton Nascimento, Gal Costa, Edu Lobo, Raul Seixas, Guinga, Jane Duboc, Joyce,César Camargo Mariano,Maurício Carrilho, Yamandú Costa, etc. e também artistas internacionais como, Joe Wiiliams, Anita O’Day, Bobby Short, Benny Carter, Natalie Cole, Ray Conniff, Sadao Watanabe, entre outros.
Atua intensamente nos estúdios de gravação como instrumentista e arranjador, tendo participado de centenas de gravações dos mais importantes artistas brasileiros.
EDSON ALVES(baixo-elétrico, violão, arranjos e composições)
No violão, seu pai, Jucy Alves, foi o primeiro professor. Completou seus estudos musicais no Conservatório Musical Villa-Lobos.
Assumiu a carreira musical profissionalmente e, desde então, tem atuado junto aos mais importantes estúdios como arranjador, compositor e instrumentista. Tem, também, participado de vários shows com artistas nacionais e internacionais, entre eles: Burt Bacharat, Ray Conniff, Shirley Bassey, Chico Buarque, Simone, Rolando Boldrin, João Gilberto, Cartola, Dominguinhos e Antônio Nóbrega.
Gravou três discos instrumentais com arranjos de clássicos da MPB e composições próprias: “Meu Violão Brasileiro”, “Preamar” e “Rádio”, este último lançado recentemente na Europa.
Faz arranjos e orquestrações para diversos artistas e conjuntos, atua no ramo publicitário compondo e fazendo arranjos para trilhas e “jingles”. Desenvolve também intensas atividades pedagógicas.
LUIZ CARLOS XAVIER COELHO PINTO (GUELLO)(percussão)
GUELLO é um dos mais destacados e requisitados percussionistas brasileiros. No início dos anos 80, foi membro fundador do Grupo Livre Percussão. Há mais de duas décadas, vem integrando os mais importantes grupos musicais brasileiros,Banda Mexe com Tudo, Orquestra Popular de Câmara,a banda de cantora Mônica Salmaso, Trio Bonsai, Trio de Toninho Ferraguti, Grupo Sossega Leão, BANDA MANTIQUEIRA, entre outros.
Gravou com a cantora Zizi Possi o CD “Valsa Brasileira” que ganhou o prêmio de melhor disco de 1994 e fez turnê pelo Brasil, Estados Unidos e Europa. Com a cantora Joyce, gravou, em 1998, o CD “Astronauta” que contou também com a participação de renomados músicos como, Romero Lubambo, Joe Lovano, Dori Caymmi, Mulgrew Miller, Tutty Moreno, entre outros.
WALMIR DE ALMEIDA GIL(trompete e flugelhorn)
Bacharel em trompete pela Mozarteum Paulista, WALMIR GIL começou a tocar trompa, aos 10 anos de idade, na banda de música Lira Musical Pedro Salgado, em São Paulo, da qual era regente o seu avô Capitão PM Sebastião Gil. Na mesma banda, mudou de instrumento e passou para o trompete. Percorreu o caminho que a grande maioria dos músicos percorre: tocando em bailes, casas noturnas e acompanhando artistas.
É um dos mais notáveis trompetistas brasileiros.Integrou bandas de consagrados artistas, entre elas a da cantora Ângela Maria, Djavan, Guinga, Gal Costa, César Camargo Mariano, Simone, Fafá de Belém, etc. E também acompanhou artistas internacionais como Anita O’Day, Bobby Short, Natalie Cole, Sadao Watanabe, Benny Carter,entre outros.
Participa muito freqüentemente de gravações em estúdios.
JOSÉ FRANCISCO DE LIMA (FRANÇOIS DE LIMA)(trombone de válvulas)
Começou a tocar com 10 anos de idade, na Banda Mirim de Rudge Ramos, na região do ABC Paulista. Na juventude, integrou bandas de baile e veio a profissionalizar-se tocando em casas noturnas e clubes.
Junto com Proveta e Walmir Gil, formou o Sambop Brass, grupo instrumental que fez bastante sucesso no meio musical paulistano e que é, na verdade, o embrião da BANDA MANTIQUEIRA.
Formou também seu grupo – FRANÇOIS e BANDA – e com ele realizou apresentações nas unidades do SESC de São Paulo e também no Chile e Uruguai.Integrou, ainda, bandas de renomados músicos brasileiros como, Djavan, Gal Costa, Fafá de Belém, Flora Purim, entre outros.
É sempre chamado para participar de gravações nos melhores estúdios do Brasil.
É o primeiro trombone da BANDA MANTIQUEIRA, muito elogiado pela criatividade dos seus improvisos e pelo suíngue da sua interpretação.
JARBAS ALVES BARBOSA JUNIOR (guitarra elétrica)
JARBAS BARBOSA iniciou seus estudos de violão com o professor Gilberto Varella. Após 3 anos, estudou violão clássico com o professor Henrique Pinto e, no CLAM, com o professor José Pires Neto, estudou guitarra durante 6 meses.
Fez aperfeiçoamento em análise harmônica, harmonização em bloco, arranjo e análise estrutural com os professores Cláudio Leal Ferreira, Roberto Sion e José Máximo Sanches.
Foi integrante da banda PÉ ANTE PÉ, com a qual gravou 2 discos e participou do Festival de Jazz de Brasília. Com a banda ZONAZUL, participou do Festival de Jazz do Rio de Janeiro, tocando ao lado de George Benson.
Já dividiu o palco com renomados artistas brasileiros, entre eles: Alceu Valença, Altamiro Carrilho, Raul de Souza, Johnny Alf, Guinga, Gal Costa, Moacir Santos, Hermeto Pascoal, João Bosco, etc.
ODÉSIO JERICÓ DA SILVA (trompete e flugelhorn)
JERÍCO nasceu na cidade de Petrolina-PE, na divisa com o estado da Bahia. Sua formação musical vem das bandas e orquestras de frevo de Pernambuco. Em 1959, veio para São Paulo aonde deu impulso à sua carreira profissional.
Notável solista e improvisador, integrou o que havia de melhor nas bandas e orquestras de São Paulo – Osmar Milani, Carlos Piper, Sylvio Mazzucca, Nelson Ayres, Élcio Álvares, Hector Costita - nas décadas de 60 e 70. Tocou, também, com importantes artistas internacionais como Sammy Davis Jr, Les Elgart, Earl Hines, Nico Fidenco, Julio Iglesias, entre outros.
Durante 28 anos, fez parte da orquestra da SBT – Sistema Brasileiro de Televisão e participa de gravações em estúdios.
UBALDO VERSOLATO(sax barítono, flauta e píccolo)
Iniciou seus estudos musicais em 1968,na Banda Mirim Baeta Neves, em São Bernardo do Campo, sua cidade natal. Profissionalizou-se em 1979, tocando em bandas de música, conjuntos de baile, orquestras de dança, shows com renomados artistas nacionais e internacionais, tais como Tom Jobim, Roberto Carlos, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Paulinho da Viola, Nana Caymmi,Leila Pinheiro, Sivuca, Milton Nascimento, Les Elgart, Ray Conniff e muitos outros.
Sua carreira registra participação em centena de gravações de cantores dos mais variados gêneros e em grupos de música instrumental, além de trilhas publicitárias e de cinema.
Desde 1990, faz parte da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo e, desde 1997, da BANDA MANTIQUEIRA.
Caracteriza-se por sua versatilidade, tocando do sax barítono ao píccolo, passando pelo sax soprano, alto e tenor e, ainda, flauta e clarinete.
VALDIR JOSÉ FERREIRA (trombone de vara)
Iniciou seus estudos do instrumento, em 1975, numa banda de música de São Bernardo do Campo-SP, com o professor Romilso Curvelo da Silva. Em 1980, entrou na Escola Municipal de Música de São Paulo e teve como professores Gasparo Pagliuso, Gilberto Gagliardi, Naomi Munakata e Osvaldo Lacerda.Nessa época, começou sua carreira profissional e passou a integrar importantes grupos musicais como a Banda Savana, o LF Combo, do pianista Laércio de Freitas e acompanhar renomados artistas como Milton Nascimento, Natalie Cole, Ivan Lins, Caetano Veloso e outros. Tem, ainda, intensa atividade nos estúdios de gravação.
Participa da BANDA MANTIQUEIRA desde a sua formação e também é professor de trombone na Fundação das Artes de São Caetano do Sul.
WESLEY IZAR (LELO)(bateria)
Começou a tocar profissionalmente, aos 14 anos de idade, em bandas que se apresentavam pelo interior do estado de São Paulo. Aos 17 anos, concorreu a uma bolsa de estudo pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e obteve o 1º lugar. Cursou em São Paulo a CLAM (Centro Livre de Aprendizagem Musical), aonde, depois, passou a lecionar.
Sua carreira profissional registra participações em grupos das mais diversas formações – LF Combo, do pianista e Maestro Laércio de Freitas, Hector Costita Banda, Banda do Maestro Nelson Ayres, Banda Savana do Maestro Branco, e bandas de apoio de artistas como Cauby Peixoto, Milton Nascimento, Johnny Alf, Martinho da Vila, Beth Carvalho, entre outros. Em 1985,fez temporada de 6 meses no Japão, com seu trio de música brasileira.Lidera o grupo Lelo Izar Quinteto, com apresentações regulares nas melhores casas de jazz de São Paulo.
É o baterista da BANDA MANTIQUEIRA, desde a sua formação.
FREDERICO PENTEADO NETO (FRED PRINCE)(percussão)
Começou tocando tamborim em grupos de samba do seu bairro paulistano, Casa Verde. Depois, integrou inúmeras bandas de apoio de uma gama variada de artistas – Wilson Simonal, Jair Rodrigues, Beth Carvalho, Martinho da Vila, Alcione, Velha Guarda da Portela, Língua de Trapo, Baden Powell, Trio Mocotó, Originais do Samba, etc.
Participou das gravações dos depoimentos de Braguinha, Paulinho da Viola e Marçal, para o programa Ensaio, do jornalista Fernando Faro, da TV Cultura de São Paulo.
Durante 5 anos, fez parte da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo.
Grava com muita freqüência nos principais estúdios de gravação de São Paulo.
VINICIUS ASSUMPÇÃO DORIN(sax-tenor e flauta)strong>Vinicius Dorin é também integrante do grupo do Hermeto Pascoal, tendo realizado vários concertos no Brasil e no exterior.
Está preparando a gravação do primeiro CD do seu grupo, com o qual vem apresentando-se desde 2000. Nesse CD, as músicas são todas de sua autoria.
É presença constante nos estúdios de gravação. Seus últimos trabalhos incluem CDs gravados com Hermeto Pascoal, o baterista Nenê, Arismar do Espírito Santo, Fernando Corrêa, entre outros.
Como professor, deu aulas no CLAM, no Conservatório de Tatuí e na Oficina do Bove em São Paulo. Freqüentemente é convidado para realizar workshops e ministrar cursos nos principais festivais de música como os de Ouro Preto, Campos do Jordão, Tatuí, Itajaí, Londrina, etc.
Vinicius é, ainda, excelente pianista.
CARLOS ANTÔNIO MALAQUIAS(sax-tenor e flauta)
Cacá Malaquias começou a aprender música aos 8 anos de idade tocando clarinete na banda de música de Carnaíba, em Pernambuco, sua cidade natal. Banda que era dirigida por seu pai – o professor de música, tocador de tuba e violão, seresteiro, compositor e arranjador Petronilo Malaquias.
Aos 10 anos, passou a tocar sax alto e, por um período de 10 anos, participou de várias formações musicais tocando forró pé-de-serra com os sanfoneiros da região do Pajeú. Em 1978, mudou-se para São Paulo e teve a oportunidade de relacionar-se com importantes músicos, como o baixista Pedro Ivo, o Maestro Branco, Walmir Gil, Proveta, Roberto Sion, Guilherme Vergueiro, Nico Assumpção, entre outros.
Como instrumentista, participou de inúmeras gravações em trabalhos de variados artistas nacionais e internacionais como Raul Seixas, Leila Pinheiro, Leandro e Leonardo, Trio Mocotó,Ray Conniff, Natalie Cole, Julio Iglesias e de avançados movimentos musicais como o Lira Paulistana, a banda JAZZCO e festivais como o MPB SHELL da Rede Globo.
Fez curso de aperfeiçoamento musical com Cláudio Leal Ferreira e Armando Ferrante.
NAHOR GOMES OLIVEIRA(trompete e flugelhorn)
Nahor Gomes começou sua carreira em 1977 na cidade de Itu (SP). Em 1982, mudou-se para São Paulo e ingressou no grupo Placa Luminosa. A partir daí, sua carreira registra trabalhos com vários renomados artistas nacionais e internacionais, entre os quais pode-se citar Roberto Carlos, Armando Manzzanero, Daniela Mercury, Rita Lee, Elba Ramalho, Caetano Veloso, João Donato, César Camargo Mariano, etc.
Foi primeiro trompete da banda do 150 Night Club e da banda da boite Gallery – templos da boa música de São Paulo. Além de primeiro trompete da BANDA MANTIQUEIRA, é o primeiro trompete da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo.
Atua intensamente nos estúdios de gravação, tendo participado de inúmeros trabalhos com os mais variados artistas do Brasil.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
CURIOSIDADES DA MPB
A toada de Joubert de Carvalho MARINGÁ tem uma história engraçada. É comum no mundo inteiro cidades emprestarem seus nomes a canções (como por exemplo new york, new york; Alagoas e tantas outras).
O difícil é uma canção inspirar o nome de uma cidade, como foi o caso de "MARINGÁ". O fato ocorreu em 1947, quando Elizabeth Thomas, esposa do presidente da companhia de melhoraments do norte do Paraná, sugeriu que a composição desse nome a uma cidade recém constuída pela empresa, E que em breve se tornaria uma das mais prospéras do estado.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
terça-feira, 13 de maio de 2008
ÂNGELA MARIA - 80 ANOS
Abelim Maria da Cunha, nome verdadeiro de Angela Maria, nasceu no dia 13 de maio de 1928, em Conceição de Macabu, distrito de Macaé-RJ.
"Na Igreja Batista do Bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, em 1950, Abelim Maria da Cunha era a primeira voz no coro. O Reverendo Albertino Coutinho da Cunha, Pastor da Igreja, gostava da voz de sua filha. Todos os seus filhos cantavam durante os cultos religiosos. Mas a voz de Abelim era a mais ouvida. Depois, quase um escândalo na família. Abelim cantando "músicas profanas" em programas de calouros. Ela estava cansada de trabalhar em uma fábrica, inspecionando lâmpadas. Estava cansada do salário baixo - 600 cruzeiros velhos por mês, e ainda de ir para a escola, à noite, lá mesmo no Estácio. Ela queria ser cantora de rádio, fazer sucesso, queria ser Dalva de Oliveira. Ganhava todos os programas de calouros. Mas ninguém queria contratá-la. Era a cópia de Dalva de Oliveira. E isso ela também já não agüentava, estava cansada de ouvir: "Você só ganha prêmios em programas de calouros porque imita Dalva de Oliveira e o público gosta dela. Sinto muito, prefiro o original". Um dia, como nas novelas, Abelim começou a ser Angela, cantora profissional. Foi ser crooner no Dancing Avenida, largou escola, Fábrica, Igreja, deixou tudo para ganhar a "Fortuna" de três mil cruzeiros velhos por mês. E três meses depois Angela Maria esqueceu a letra, saiu do ritmo e, quase chorando, cantou Fuga, um Samba-canção de Renato de Oliveira, no seu primeiro programa como artista exclusiva da Rádio Mayrink Veiga. Teve o prazo de uma semana para criar um repertório próprio e deixar de imitar Dalva de Oliveira. Pensou que ia perder o emprego e todo o dinheiro que ia ganhar: quatro mil cruzeiros velhos por mês. Daí em diante, o sucesso. Músicas que marcavam época. O apelido de Sapoti, dado pelo Presidente Getúlio Vargas. Charuto na boca, sentado no jardim de uma mansão de um milionário carioca, Getúlio olhou para Angela e disse: "Menina, você tem a voz doce e a cor do sapoti". Os tempos passaram. Angela foi ficando esquecida embora tenha sempre mantido o seu público. Mesmo não estando nas paradas de sucesso, sempre foi uma das cantoras que mais venderam e vendem disco no Brasil. Um dia, passei na Rua Major Sertório, em São Paulo. Ouvi uma voz cantando Babalú. Era Angela Maria. Essa música ela é obrigada a cantar porque para alguns é um teste. Querem ver se a voz de Angela mudou. Entrei na boate. Perguntei para Angela por que estava cantando ali. E ela: - Por que? Não canto pra bacana. Bacana não compra disco. No Brasil quem compra disco é o povo. Talvez este seja o segredo de sua popularidade. Uma pesquisa mostrou que Angela é a cantora mais popular do Brasil. E Angela está aí, com todo o poder de sua voz. Agora os bacanas é que procuram para ouvi-la. Apesar de ser chamada de cafona. Mas Angela não liga para isso. Ela sabe que tem voz. E não é mais a da Dalva ou de qualquer outra cantora. É de Angela Maria. E essa voz influenciou muita gente. Uma das vozes mais bonitas do Brasil".
Arthur Laranjeira. Cronista da Folha de São Paulo - Rádio, TV e Discos - Julho de 1971.
Citações:
Personalidades
FRANCISCO ALVES
"Você será, francamente, a mais linda voz do país." Revista o Cruzeiro - 1951
MILTON NASCIMENTO
"Sem as vozes que ele ouviu, quando era aprendiz. Como pode sua voz ser uma Elis? Sem o anjo que escutou a Maria Sapoti. Quando é que seu cantar iria se abrir?" Trechos da música 'A Feminina Voz' -2003
CHICO BUARQUE
"Angela é todas numa só voz"
ELIS REGINA
"Realmente devo ter descoberto que podia ser cantora quando ouvi Angela Maria. Comecei a minha carreira de cantora imitando descaradamente e é com extrema felicidade que confesso isso. Até hoje, em certos momentos das minhas apresentações eu saco na minha voz a voz da Angela Maria. Ela é pra mim a maior cantora que o Brasil já teve." 1980
SÍLVIO DE ABREU
"Me lembro perfeitamente de quando a ouvi pela primeira vez e alguma coisa me fascinou de tal maneira, que a tenho acompanhado até hoje. Às vezes mais perto, outras apenas observando de longe que o seu talento sobrevive a todas as críticas, a todos os modismos."
RICARDO CRAVO ALBIN
"Rainha absoluta de vendagem de disco durante toda a década de 50, Angela Maria enfrentou todas as crises e modismos da MPB durante quatro décadas, saindo ilesa, permanente e renovada. Surpresa para os fãs? Cercar à frente da orquestra e dizer, com a emoção exata, das alegrias e angustias dessa ou daquela canção, vinda do nosso ou de outros continentes."
FERNANDO CÉSAR
"Angela é patrimônio nacional. Quanto à voz e à afinação ela é dessas figuras sem paralelo como Pelé, Dilinger, São Francisco de Assis, cada qual com seu instrumento. O meu ouvido, refúgio alpino de maledicentes jamais ouviu uma dissidência quanto a isso."
HEBE
"...com sua doce, cálida e envolvente voz"
"Angela Maria, a incomparável, a doce intérprete que arrebata com sua voz cálida e sensual, uma das maiores e mais autênticas expressões artísticas do cenário musical brasileiro."
LÚCIO RANGEL
"Angela Maria, que apareceu num dos períodos mais movimentados da nossa música popular, logo despertou a atenção dos ouvintes de todo o Brasil. Cantando músicas de sabor nitidamente popular, com a voz de extraordinária beleza, suas interpretações eram marcadas pelo seu temperamento romântico bem verde-e-amarelo. O timbre de sua voz sabia transmitir todas as nuances que seu temperamento apaixonado exigia para a interpretação dos diversos números de seu repertório."
MARCOS LÁZARO
"Da tímida garota chamada Abelim Maria da Cunha, nascida numa família de crentes, que cantava no coro da Igreja Batista, não resta mais nada: hoje existe Angela Maria, a cantora que o IBOPE consagrou de uma vez por todas a mais popular de todo o Brasil, e contemplando o ano de vitória, foi eleita também pela crítica a melhor, ganhando com isso o prêmio Roquete Pinto que é considerado 'Oscar' brasileiro."
MÍDIA
Estado de Minas, 07/05/1996 - Repórter: Carlos Felipe.
A Mãezona da MPB
"Ela está entre os poucos intérpretes em todo o mundo que já ultrapassaram a marca de mais de 100 discos gravados. No Brasil, só Nelson Gonçalves figurava na lista. No mundo, entre estes centenários estão Elvis Plesley, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Count Basie e Bing Crosby. Para quem conhece Angela Maria, entretanto, isto não causa surpresa. Desde o início da carreira, quando cantava num coro de igreja protestante em Macaé, RJ, onde seu pai era pastor, ela luta com tenacidade para conquistar e manter o seu espaço. Seu timbre vocal espantava e emocionava as pessoas já naquele tempo."
Do LP "Angela Maria uma Voz para Milhões"
"A voz singular, de inconfundível beleza de Angela Maria aí está."
Discografia e Letras
Aqui você vai encontrar um pouco da discografia de Angela Maria.
1ª Fase na RCA Victor:
09/05/1951 - RCA Victor - 800788
Lado A: Sou Feliz - Samba (Augusto Mesquita / Ari Monteiro)
Lado B: Quando Alguém Vai Embora - Samba (Cyro Monteiro / Dias da Cruz)
1951 - RCA Victor - 800805 (1º Sucesso de Angela Maria)
Lado A: Sabes Mentir - Bolero (Othon Russo)
Lado B: Não Tenho Você - Samba-Canção (Paulo Marques / Ari Monteiro)
1951 - RCA Victor - 800847
Lado A: Balança, mas Não Cai - Marcha (Lourival Faissal / Chocolate)
Lado B: Segue - Samba (Paulo Marques / Aylce Chaves)
1951 - RCA Victor - 800854
Lado A: Meu Destino É Sofrer - Samba (Luiz Soberano / Antônio Bichara)
Lado B: Renunciei - Samba (Luiz de França / Cícero Nunes)
1952 - RCA Victor - 800873
Lado A: Eterno Amargor - Samba-Canção (Othon Russo / Paulo Marques)
Lado B: Meu Coração - Samba (Augusto Mesquita / Jayme Florence)
1952 - RCA Victor - 800915
Lado A: Doença de Amor - Toada (Altamiro Carrilho / José Freire)
Lado B: Paciência - Samba (Hélio Nascimento)
1952 - RCA Victor - 800932
Lado A: Nasceu para Mim - Samba (Aylor Chaves)
Lado B: Meu Dono Meu Rei - Samba (Dias da Cruz / Cyro Monteiro)
1952 - RCA Victor - 800954
Lado A: Desejo - Samba-Canção (Othon Russo / Paulo Marques)
Lado B: Recusa - Bolero (Herivelto Martins)
1952 - RCA Victor - 800983
Lado A: Sem Mágoas em Meu Coração - Samba-Canção (José Nunes)
Lado B: Prá que Saber - Choro-Canção (Arlindo Marques Júnior / Roberto Roberti)
1952 - RCA Victor - 800995
Lado A: Mestre da Vila - Samba (Paulo Marques / Othon Russo)
Lado B: Tenha Pena de Mim - Samba (Aldacyr Louro / Anicio Bichara)
1952 - RCA Victor - 801032
Lado A: Prece ao Senhor - Samba (Raimundo Olavo / Augusto Rocha)
Lado B: Matéria Plástica - Marcha (Wilson Batista / Jair Amorin)
1952 - RCA Victor - 801043
Lado A: Marcha do Soluço - Marcha (Waldemar de Abreu / Nássara)
Lado B: O Amor me Pegou - Samba (Ricardo Galeno / Mabel)
1952 - RCA Victor - 801073
Lado A: Presente de Natal - Marcha (Oscar Belandi)
Lado B: Nasceu Jesus - Canção (Hianto de Almeida)
1953 - RCA Victor - 801096
Lado A: Nem Eu - Samba-Canção (Dorival Caymmi)
Lado B: Só Vives prá Lua - Samba-Canção (Othon Russo / Ricardo Galeno)
1ª Fase na Copacabana:
1953 - Copacabana - 5107
Lado A: Sempre Tu - Beguine (Versão de Carlos Mário de Araújo)
Lado B: Fósforo Queimado - Samba-Canção (Paulo Menezes / Milton Legey / Roberto Lamego)
1953 - Copacabana - 5123
Lado A: É Ilusão - Bolero (Bizet - Arranjo de Renato César / Letra de Othon Russo)
Lado B: Orgulho - Samba-Canção (Waldir Rocha / Nelson Wedekind)
1953 - Copacabana - 5170
Lado A: Rua sem Sol - Samba-Canção (Mário Lago / Henrique Gandelman)
Lado B: Vida de Bailarina - Samba-Canção (Américo Seixas / Chocolate)
1954 - Copacabana - 5186
Lado A: Pedaço de Pão - Samba (Paulo Menezes / Milton Legey)
Lado B: Aquele Amor - Samba (Luiz Antônio)
1954 - Copacabana - 5217
Lado A: Foi um Sonho - Samba-Canção (Di Véras / Vero)
Lado B: Encantamento - Fox-Trot (Othon Russo / Nazareno de Brito)
1954 - Copacabana - 5241
Lado A: Só Desejo Você - Samba-Canção (Di Véras / Osmar Campos Filho)
Lado B: Joá - Samba-Canção (Arnaldo Amaral / A. Cordeiro)
1954 - Copacabana - 5290
Lado A: Recusa - Bolero (Herivelto Martins)
Lado B: Estava Escrito - Samba-Canção (Lourival Faissal)
1954 - Copacabana - 5327
Lado A: Rio É Amor - Samba (Bruno Marnet)
Lado B: Acordes que Choram - Samba (Othon Russo / Nazareno de Brito)
1954 - Copacabana - 5351
Lado A: Outros Natais - Samba-Canção (Cláudio Luiz)
Lado B: Não Chore, Linda Criança - Valsa-Canção (Guido Medina / Harri Marques)
1955 - Copacabana - 5358
Lado A: Eu Quero É Suar - Marcha (José Gonçalves / Zilda Gonçalves / Virgínia Belo)
Lado B: Minha Vez Chegou! - Samba (Manoel Pinto / José Batista / Rosa de Oliveira)
1955 - Copacabana - 5374
Lado A: Escuta - Samba-Canção (Ivon Cury)
Lado B: Talvez Seja Você (Sempre Só) - Samba-Canção (Paulo César / Gilberto Panicali)
1955 - Copacabana - 5413
Lado A: Coisas do Passado - Samba-Canção (Renato César / Nazareno de Brito)
Lado B: Caminhos Diversos - Samba-Canção (Haroldo Barbosa / Bidú Reis)
1955 - Copacabana - 5435
Lado A: Lábios de Mel - Toada (Waldir Rocha)
Lado B: Abandono - Samba-Canção (Nazareno de Brito / Betinho / Presyla Barros)
1955 - Copacabana - 5451
Lado A: Adeus Querido - Tango (Eduardo Patané / Floriano Faissal)
Lado B: Esquina da Vida - Samba-Canção (Carolina Cardoso de Menezes / Armando Fernandes)
1956 - Copacabana - 5524
Lado A: Fala Mangueira - Samba (Mirabeau / Milton de Oliveira)
Lado B: Ai, Amor - Samba (Manoel Casanova / Rosa de Oliveira / Arnaldo Passos)
1956 - Copacabana - 5540
Lado A: A Chuva Caiu - Toada (Antônio Carlos Jobim / Luiz Bonfá)
Lado B: Fel - Samba-Canção (Betinho / Heitor Carillo)
1956 - Copacabana - 5554
Lado A: Só Melancolia - Samba-Canção (Pedro Rogério / Lombardi Filho)
Lado B: Amor, Coisa Estranha - Toada (Baby / Amaury Medeiros)
1956 - Copacabana - 5632
Lado A: Fantasma da Felicidade - Samba-Canção (Silvino Neto)
Lado B: Moral da História - Toada (Betinho / Heitor Carillo)
1956 - Copacabana - 5644
Lado A: Alegoria ao Músico - Samba (Cyro Monteiro / Dias da Cruz)
Lado B: Eu Fui Ver - Samba (Ary Barroso)
1957 - Copacabana - 5703
Lado A: Rainha da Cor - Marcha (Milton de Oliveira / Fernando César)
Lado B: Aquela Criatura - Samba (Manoel Casanova / Rosa de Oliveira / Arnaldo Passos)
1957 - Copacabana - 5734
Lado A: Chegou a Escola - Samba (Milton de Oliveira / Vicente Amor / Ruthnaldo)
Lado B: Dominó - Marcha (Lupicínio Rodrigues / David Nasser)
1957 - Copacabana - 5739
Lado A: Parte - Samba-Canção (Betinho / Heitor Carillo)
Lado B: Amigo Ciúme - Samba-Canção (Lupicínio Rodrigues / Onofre Pontes)
1957 - Copacabana - 5807 ou 5817 ?
Lado A: Pretexto - Samba-Canção (Horondino Silva / Augusto Mesquita)
Lado B: Oração Triste - Bolero (Amaury Medeiros / Baby)
1957 - Copacabana - 5846
Lado A: Gênio Ruim - Samba (Edu Rocha / Milton Legey / Sebastião Ramos)
Lado B: Vou Comprar pra Você - Samba (Haroldo Lobo / Milton de Oliveira)
1958 - Copacabana - 5867
Lado A: Voltei - Samba-Canção (Irany de Oliveira / Getúlio Macedo)
Lado B: Apaixonada - Samba (Lourival Faissal)
1958 - Copacabana - 5900
Lado A: João Valentão - Samba-Canção (Dorival Caymmi)
Lado B: Linda-Flor (Ai Ioiô) - Samba-Canção (Henrique Vogeler / Luiz Peixoto / Marques Porto)
1958 - Copacabana - 5931
Lado A: Papai, Mamãe e Eu - Conto infantil (Peterpan)
Lado B: Bicha Coirana - Toada (Luiz Vieira)
1958 - Copacabana - 5951
Lado A: Balada Triste - Samba-Canção (Dalton Vogeler / Esdras Silva)
Lado B: Doutor Batucada - Samba (Jaime Florence / Augusto Mesquita / Manoel da Conceição)
1958 - Copacabana - 5971
Lado A: Rolei - Samba (Paulo Aguiar / Milton Rocha)
Lado B: Eu Hein, Boi! - Marcha (Fausto Guimarães / Otolindo Lopes / Arnô Provenzano)
1958 - Copacabana - 5975
Lado A: Ontem e Hoje - Bolero (Irani de Oliveira / Getúlio Macedo)
Lado B: Tédio - Samba-Canção (Nazareno de Brito / Fernando César)
1958 - Copacabana - 5978
Lado A: Drume Negrita - Afro Cubano (E. Grenet)
Lado B: Deus me Perdoe - Samba-Canção (Augusto Mesquita / Manoel da Conceição)
1958 - Copacabana - 6006
Lado A: Piove - Fox-Balada (Modugno - Verdi)
Lado B: Morena Queimada (Bruno Marnet)
1958 - Copacabana - 6010
Lado A: Mamãe - Valsa (Herivelto Martins / David Nasser)
Lado B: Francisco Alves - Samba Canção (Herivelto Martins / David Nasser)
1959 - Copacabana - 6030
Lado A: Prece à Chuva - Toada (Carlos / Marina Schndt)
Lado B: Quem me Dera Ser a Voz do Vento - Samba Canção (Fernando César / Nívea Borges)
1959 - Copacabana - 6063
Lado A: Oração - Canção Sacra (Joubert de Carvalho)
Lado B: Volta para Mim, Jesus - Marcha-Rancho (Joubert de Carvalho)
1959 - Copacabana - 6068
Lado A: Ave Maria (Somma) - Com os Canarinhos de Petrópolis
Lado B: Panis Angelicus (César Frank)
1959 - Copacabana - 6070
Lado A: O Sono de Dolores - Samba (José Messias) - Com Angela Maria e Mara Silva
Lado B: O Sono de Dolores - Vários cantores: Gilberto Alves, Jairo Aguiar e outros
1959 - Copacabana - 6073
Lado A: La Violetera (José Padilha / Eduardo Montesinos)
Lado B: Cielito Lindo (D.P.)
1959 - Copacabana - 6085
Lado A: Canção Emocional - Beguine (Haroldo Eiras / Waldir Finoti)
Lado B: Faça o que Quiser - Samba-Canção (Luiz Bonfá / Antônio Maria)
1960 - Copacabana - 6091
Lado A: Canção do Desejo - Samba (Jair Amorin / Georges Moran)
Lado B: Quantas Palavras - Samba-Canção (Armando Cavalcante)
1960 - Copacabana - 6103
Lado A: Ingenuamente - Samba (Adelino Moreira)
Lado B: Ironia - Samba-Canção (Adelino Moreira)
1960 - Copacabana - 6112
Lado A: Sorriso da Mamãe - Valsa (Emanoel Gitany / Rubem Gomes)
Lado B: Mais uma Primavera - Canção de Aniversário (Peterpan)
1960 - Copacabana - 6117
Lado A: Noite Chuvosa - Samba-Canção (Britinho / Fernando César)
Lado B: Outro Amor para Toda Vida - Balada-Rock (Fernando César / Baden Powell)
1960 - Copacabana - 6178
Lado A: Ave Maria (Schubert) - Canarinhos de Petrópolis
Lado B: Ave Maria (Gounod) - Canarinhos de Petrópolis
1ª Fase na Copacabana com Numeração Especial:
1954 - Copacabana - 20019
Lado A: Ave Maria (Congresso Eucarístico de 1954)
Lado B: Panis Angelicus (Cesar Frank - Congresso Eucarístico de 1954)
1956 - Copacabana - 20022
Lado A: Serenata à Virgem Maria - Valsa (David Nasser / Herivelto Martins) - Com João Dias
Lado B: Papai Noel Esqueceu - Toada (David Nasser / Herivelto Martins) - Com João Dias
1956 - Copacabana - 20024
Lado A: Mamãe - Valsa (David Nasser / Herivelto Martins) - Com João Dias
Lado B: Não te Esqueças - Toada (Herivelto Martins / David Nasser / Ary Elliz) - Com João Dias
1956 - Copacabana - 20032
Lado A: Mentindo - Tango (Eduardo Patané / Lourival Faissal)
Lado B: Inspiração - Samba (Bruno Marnet)
1957 - Copacabana - 20036
Lado A: Flor de Madrid - Paso-Doble (Eduardo Patané)
Lado B: Intenção - Bolero-Mambo (Getúlio Macedo / Lourival Faissal)
1957 - Copacabana - 20038
Lado A: Deus te Abençoe, Papai - Valsa (Herivelto Martins / David Nasser) - Com João Dias
Lado B: É Quase Certo - Samba-Canção (Herivelto Martins / David Nasser) - Com João Dias
1957 - Copacabana - 20042
Lado A: Babalú - Motivo Afro-Cubano (Margarita Lecuona)
Lado B: O Samba e o Tango (Chegou a Hora) - Samba (Amado Régis)
Continental:
1961 - Continental - 17848
Lado A: Não Vou Chorar - Samba (Milton Legey / Edu Rocha / Paulo Menezes)
Lado B: A Lua É dos Namorados - Marcha (Armando Cavalcanti / Klécius Caldas)
1961 - Continental - 17876
Lado A: É Sempre a Mamãe (Irany de Oliveira)
Lado B: Mãezinha (Paulo Menezes)
1961 - Continental - 17884
Lado A: A Noiva (Joaquim Pietro - Versão de Fred Jorge)
Lado B: Poema do Coração (Renan França / Vera Falcão)
1961 - Continental - 17964
Lado A: Distância - Samba-Canção (Adelino Moreira)
Lado B: Borrasca - Samba-Canção (Adelino Moreira)
1961 - Continental - 17995
Lado A: Os Olhinhos do Menino - Toada (Luiz Vieira) - Do Filme "Caminho da Esperança"
Lado B: Meu Amor É um Pão - Samba (Paulo Menezes)
1961 - Continental - 18002
Lado A: Andorinha (Haroldo Lobo / Milton de Oliveira)
Lado B: Força Total (Armando Cavalcanti / Brazinha)
1961 - Continental - 18014
Lado A: Serenata (Schubert - Adaptação de Renê Bittencourt)
Lado B: Luz de Vela - Samba-Canção (Luiz Antônio / Jota júnior)
1961 - Continental - 18018
Lado A: Um Dia Virá (Adaptação de Nazareno de Brito ao Tema de Paganini)
Lado B: Juízo Final (Lúcio Cardim Filho)
1962 - Continental - 18041
Lado A: Quando a Chuva Chegar - Bolero (Fernando César / Britinho)
Lado B: Mais do que Sonhar - Bolero (Tcheikoviski - Adaptação de Fernando César)
1962 - Continental - 78029
Lado A: Lama - Samba-Canção (Paulo Marques / Ailce Chaves)
Lado B: La Boa - Cha Cha Cha (Carlos J. Reys / Felix Reynan)
1962 - Continental - 78158
Lado A: Graças (Gracias) - Bolero (G. Midiguilar / R. G. Velarde / Don Robert)
Lado B: Il Nostro Concerto - Slow (Biridi / Calabrese)
2ª Fase na RCA Victor:
1962 - RCA Victor - 802419
Lado A: Não me Perguntes - Samba-Canção (Adelino Moreira)
Lado B: Odeio-te Meu Amor - Samba-Canção (Adelino Moreira)
1962 - RCA Victor - 802429
Lado A: Garota Solitária - Cha Cha Cha (Adelino Moreira)
Lado B: Meu Ex-Amor - Samba-Canção (Adelino Moreira)
1962 - RCA Victor - 802463
Lado A: Em Noite de Luar - Samba-Canção (Ary Barroso / Vinícius de Moraes)
Lado B: Serenata do Assobiador (Martin Bottcher / Miguel Gustavo)
1962 - RCA Victor - 802489
Lado A: Eu Não Disse - Samba (Adelino Moreira)
Lado B: Beijo Roubado - Samba (Adelino Moreira)
1962 - RCA Victor - 802491
Lado A: O Arlequim de Toledo - Valsa (Hubert Giraud / Fernando Barreto)
Lado B: Foi Deus - Beguine (Alber Janes)
1962 - RCA Victor - 802508
Lado A: Benvindo Kennedy - Samba (Klécius Caldas / Ruthnaldo)
Lado B: Jacqueline - Marcha (João Francisco Gonçalves / Vitor Quintero)
1962 - RCA Victor - 802509
Lado A: A Lua É Camarada - Marcha (Armando Cavalcanti / Klécius Caldas)
Lado B: Aprendiz de Feiticeiro - Marcha (Haroldo Lobo / Milton de Oliveira)
1962 - RCA Victor - 802526
Lado A: Eu te Amo - Samba-Canção (Adelino Moreira / Nelson Gonçalves)
Lado B: Preciso de uma Companhia - Samba-Canção (Adelino Moreira)
1963 - RCA Victor - 802531
Lado A: Mulher e Chita - Cha Cha Cha (Adelino Moreira)
Lado B: Eu Acho Muito Engraçado - Samba-Canção (Adelino Moreira)
1963 - RCA Victor - 802551
Lado A: Maria das Ruas - Samba-Canção (Klécius Caldas / Armando Cavalcanti)
Lado B: O Bilhete - Samba-Canção (Jair Amorim / Evaldo Gouveia)
LPs de 10 Polegadas
- Estes LP's foram produzidos na década de 50.
Isto é Angela Maria - RCA - BBL 3019
Sucessos de Angela Maria Nº 1 - Copacabana - CLP 2005
A Rainha Canta - Angela Maria - Copacabana - CLP 3000
Sucessos de Ontem na Voz de Hoje - Angela Maria - Copacabana - CLP 3008
Sucessos de Angela Maria Nº 2 - Copacabana - CLP 3017
Angela Maria Apresenta - Copacabana - CLP 3035
Sucessos de Angela Maria Nº 3 - Copacabana - CLP 3107
Compacto Simples
1ª Fase na Copacabana:
1954 - Copacabana - 0340
Lado A: Ave Maria no Morro (Herivelto Martins)
Lado B: Terra Seca - Samba-Canção (Ary Barroso)
Continental:
1961 - Continental - 33-200
Lado A: Serenata (Adaptação de René Bittencourt)
Lado B: Luz de Vela - Samba-Canção (Luiz Antônio e Jota Júnior)
2ª Fase na RCA Victor:
1963 - RCA Victor - LC-6007
Lado A: Ai, Mouraria (Frederico Valério e Amadeu do Vale)
Lado B: Foi Deus (Alberto Janes)
1963 - RCA Victor - LC-6051
Lado A: Oh! Meu Senhor (Mogol e Vianelo, versão de Armando Cavalcanti)
Lado B: Rua dos Meus Ciúmes (Frederico Valério, F. Santos e Nélson de Barros)
1964 - RCA Victor - LC-6065
Lado A: Esta Noite Não "Esta Noche" (Fanciulli / G. M. Longo / Hélio Justo)
Lado B: Samba Novo (Durval Ferreira / Newton Chaves)
2ª Fase na Copacabana:
1965 - Copacabana - 0422
Lado A: Lua Cheia - Marcha (Armando Cavalcanti / Klecius Caldas)
Lado B: Rainha de Sabá e Rei Salomão - Marcha (Haroldo Lobo / Milton de Oliveira)
1965 - Copacabana - 0433
Lado A: Falhaste Coração (Versão de Luiz Carlos Gouveia)
Lado B: Boneca (Celso Clovis / Antônio Marcos / Waldemar Soufalle)
1965 - Copacabana - 0468
Lado A: Eu Fui Água (Adelino Moreira)
Lado B: Pequenina... Mas Resolve (Adelino Moreira)
1966 - Copacabana - 0530
Lado A: Cu-cu-rru-cu-cu Paloma (Versão de Carlos Américo)
Lado B: Não Podes me Esquecer (Versão de Armando Quezada)
1966 - Copacabana - 0545
Lado A: Garotas do Rio (Adelino Moreira)
Lado B: Quer Dizer (Adelino Moreira / Celso Castro)
1966 - Copacabana - 0579
Lado A: Cinderela (Adelino Moreira)
Lado B: Longe de Você (Waldir de Azevedo e Iracy Zarur)
1966 - Copacabana - 0611
Lado A: Menina, Quem Foi Seu Mestre - Samba (Erasmo Silva)
Lado B: Boêmio na Calçada - Samba (Rubens Campos e Waldemar Silva)
1967 - Copacabana - 0580
Lado A: Esse Pagode é Brasa "É Uma Brasa... Mora" (Milton de oliveira e Ruthnaldo)
Lado B: Barra Limpa (T. Sampaio, M. Santos e Angela Maria)
1967 - Copacabana - 0619
Lado A: Saveiros (Dori Caymmi e Nelson Motta)
Lado B: Carnaval de Ontem (Dora Lopes, Zairo Marinozo e Mario Ginger)
1968 - Copacabana - 0632
Lado A: Eu Sou Alguém "Yo Soy Aquel" (Versão de Roberta Côrte Real)
Lado B: Janela (Jota Júnior)
1968 - Copacabana - 0679
Lado A: Rancho do Lalá (David Nasser e joão Roberto Kelly)
Lado B: Lua, Sempre Lua (Pedro Paulo de Leoni e César Siqueira)
1968 - Copacabana - 0708
Lado A: Caneca Furada (Dora Lopes, Flora Mattos e Luiz Cunha)
Lado B: Mangueira Fala Mais Alto (T. Sampaio, M. antos e Angela Maria)
1968 - Copacabana - 0738
Lado A: Lá Lá Lá (De La Caiva R. Araizo)
Lado B: Teus Olhos (João Roberto Kelly e Augusto Melo Pinto)
1968 - Copacabana - 0748
Lado A: Você Não Nasceu pra Mim (Nelson Ned)
Lado B: Eu "I - Who Have Nothing" (Donida / Mogol / Leiber / Stoller / Versão de Romeu Nunes)
1968 - Copacabana - 0788
Lado A: A Mulata na Passeata - Marcha (João Roberto Kelly e Angela Maria)
Lado B: Chê, Chê, Chê - Marcha (João Roberto Kelly e Angela Maria)
1968 - Copacabana - 0790
Lado A: Sayonara, Sayonara (Versão de Flávia Queiroz Lima)
Lado B: Murmura O Mar (Versão de Flávia Queiroz Lima)
1968 - Copacabana - 0801
Lado A: Só Nós Dois (Joaquim Pimentel)
Lado B: Vou para Nunca Mais Voltar (Adilson Adriano)
1969 - Copacabana - 0819
Lado A: Você Sabia Amor (Roberto Rei)
Lado B: Ali na Rua Mesmo Tive que Chorar (Nélson Ned)
1970 - Copacabana - 0854
Lado A: A Gente Resolve Depois (João Roberto Kelly e Angela Maria)
Lado B: Quero Morrer de Catapora (Elzo Augusto e Angela Maria)
1970 - Copacabana - 0888
Lado A: Outra Noite (Versão de L. Lobato)
Lado B: Os Argonautas (Caetano Veloso)
1970 - Copacabana - 0919
Lado A: Cara de Gata (Elzo Augusto e João Roberto Kelly)
Lado B: Esta Noite é Nossa (Ruthnaldo e Klécius Caldas)
1970 - Copacabana - 0922
Lado A: Brasil, Eu Adoro Você (Guerra Peixe e sua orquestra)
Lado B: Brasil, Eu Adoro Você (Guerra Peixe e sua orquestra)
1971 - Copacabana - 1030
Lado A: A Bíblia (Nélson Ned)
Lado B: É Sempre Assim (Adelino Moreira)
1971 - Copacabana - 1053
Lado A: Casamento da Zezé (Elzo Augusto e Angela Maria)
Lado B: É Tempo de Brincar (Adelino Moreira e Celso Castro)
1972 - Copacabana - 1076
Lado A: Moça Branca da Favela (Jorge Costa)
Lado B: Rio, Capital do Amor (Edison Borges e Tité)
1972 - Copacabana - 1111
Lado A: Eu Sou da Terra do Pelé (Olten Ayres e Cláudio de Barros)
Lado B: Rancho da Verdade "Canção Cor-de-rosa do Amor"(Elzo Augusto)
1972 - Copacabana - 1139
Lado A: Olerê Camará (Norival Reis e Joel Menezes)
Lado B: Amor com Flores (Monsueto Menezes)
1973 - Copacabana/Vitale - V-CS-015
Lado A: Falou Naná - Samba (Jorge Costa e Gentil Castro)
Lado B: É Bebé... - Marcha (Ruthnaldo e Milton de Oliveira)
1973 - Copacabana - 1152
Lado A: Amor que Não Presta Não Serve pra Mim (Anastácia)
Lado B: Atrás da Porta (Chico Buarque de Hollanda e Francis Hime)
1974 - Copacabana - 1419
Lado A: A Noite e a Despedida (Beto Scala e José Ribamar)
Lado B: Eu Vivo por Estar Contigo (Versão de Kátia Maria)
1975 - Copacabana - 1521
Lado A: Tango pra Tereza (Jair Amorim e Evaldo Gouveia)
Lado B: Depois do Amor (Benito Di Paula)
1975 - Copacabana - 1574
Lado A: Nota Dez (Evaldo Gouveia)
Lado B: Prá que Ficar (Jorge Costa e Homero Ferreira)
1977 - Copacabana - 1599
Lado A: Moça Bonita (Jair Amorim e Evaldo Gouveia)
Lado B: Vá, mas Volte (Wando)
1977 - Copacabana - 1642
Lado A: Canto Paraguaio (Jair Amorim e Evaldo Gouveia)
Lado B: Nosso Amor, Nossa Paz (Jair Amorim e Evaldo Gouveia)
EMI/ODEON:
1983 - EMI/ODEON - 31C006420302
Lado A: Horizontes (Antônio Marcos e Mário Marcos)
Lado B: Não Haverá Mais Uma Vez (Michael Sullivan e Paulo Massadas)
Discografia Normal
(LP's de 12 polegadas e/ou CD's)
Quando os Maestros se Encontram com Angela Maria - 1957 - Copacabana - CLP 11004 (Disponível em CD)
Quando os Astros se Encontram - Angela Maria/Waldir Calmon - 1958 - Copacabana - CLP 11021 (Disponível em CD)
Para Você Ouvir e Dançar - Angela Maria - 1958 - Copacabana - CLP 11025 (Disponível em CD)
Angela Maria com Orquestra - 1959 - Copacabana - CLP 11044 (Disponível em CD)
Angela Maria Canta Sucessos de David Nasser - 1959 - Copacabana - CLP 11094 (Disponível em CD)
Angela Maria Apresenta Fernando César e Seus Amigos - 1960 - Copacabana - CLP 11125 (Disponível em CD)
Angela Maria Uma Voz para Milhões - Quando a Noite Vem - 1961 - Continental - SLP 7001 (Disponível em CD)
Angela Maria - Não Tenho Você - 1961 - Continental - LPP 3179 (Disponível em CD)
Incomparável Angela Maria - 1962 - RCA Victor - BBL 1171 (Disponível em CD)
Angela Maria Canta para o Mundo - Volume 1 - 1962 - RCA Victor - BBL 1202 (Disponível em CD)
Angela Maria Canta para o Mundo - Volume 2 - 1963 - RCA Victor - BBL 1226 (Disponível em CD)
Presença de Angela Maria - 1963 - RCA - BBL-1248
Angela, a Maior Maria - 1964 - RCA - BBL 1286
Boneca - Angela Maria - 1965 - Som Indústria e Comércio S/A (Discos Copacabana) - COELP 40427 (Disponível em CD)
Angela Maria Interpreta Boleros - Com os Guaranis - 1966 - Beverly/ABW - BLP 81555 (Disponível em CD)
A Brasileiríssima Angela Maria - 1966 - Beverly/ABW - BLP 81556
O Samba Vem Lá de Cima - Angela Maria - 1967 - Copacabana - CLP 11490
Meu Amor é Uma Canção - 1967 - Som Indústria e Comércio S/A (Discos Copacabana) - CLP 11501
Angela Maria - A Grande Mentira (Tema da novela do mesmo nome) - 1968 - Copacabana - CLP 11548
Angela em Tempo Jovem - 1969 - Som Indústria e Comércio S/A (Discos Copacabana) - CLP 11572
Angela de Todos os Temas - 1970 - Copacabana - CLP 11600
Angela (Primeira música: Meu Tolo Coração) - 1971 - Som Indústria e Comércio S/A (Discos Copacabana) - CLP 11634
Angela Maria UA Latino - 1971 - United Artists Records - Gravado nos E.U.A. (Cantado em espanhol)
Angela (Primeira música: Guitarra, Toque Mais Baixo) - 1972 - Som Indústria e Comércio S/A (Discos Copacabana) - SOLP 40433
Angela (Primeira música: Tango pra Tereza) - 1975 - Som Indústria e Comércio S/A (Discos Copacabana) - COELP 40847 (Disponível em CD)
Angela Maria & Nelson Gonçalves - Um Show Histórico - CD Duplo Ao Vivo - 1975 - Digital Records - ASIN: 7896982588024 (Disponível APENAS em CD Duplo - Lançado em 2003)
Angela Maria (Primeira música: Canto Paraguaio) - 1977 - Som Indústria e Comércio S/A (Discos Copacabana) - COELP 40848 (Disponível em CD)
Os Mais Famosos Fados - 1977 - Beverly/ABW - BLP 81563 (Disponível em CD)
Os Mais Famosos Tangos - 1977 - Beverly/ABW - BLP 81564 (Disponível em CD)
Com Amor e Carinho - Angela Maria - 1978 - EMI/ODEON - 31C 062 421092
Angela & Timóteo Juntos - 1979 - EMI/ODEON - 31C 062 421157
Angela & Timóteo Juntos - 1979 - EMI/ODEON - 31C 062 421161
Apenas Mulher (Lançamento Histórico - 100o. LP de Angela Maria) - 1980 - EMI/ODEON - 31C 062 421192 (Disponível em CD)
Angela Maria - Estrela da Canção - 1981 - EMI/ODEON - 31C 062 421231 (Disponível em CD)
Angela e Cauby - 1982 - EMI/ODEON - 31C 062 421239 (Disponível em CD)
Sempre Angela - 1983 - EMI/ODEON - 31C 062 421256 (Disponível em CD)
Angela Maria (Primeira música: Velhos tempos) - 1985 - RGE - 303.6030 (Disponível em CD Duplo)
Angela Maria (Primeira música: Arrogância) - 1987 - RGE - 303.6065 (Disponível em CD Duplo)
Angela e Cauby ao Vivo no Imperator - 1992 - BMG - Ariola/RCA (Disponível em CD)
Angela Maria - Amigos - 1996 - Columbia - Sony Music - 237.106/1-479228 (Disponível em CD)
Angela Maria pela saudade que me invade - Um Tributo à Dalva de Oliveira - 1997 - Columbia - Sony Music - 758.359/2-488336 (Somente em CD)
Angela & Agnaldo - Sucesso Sempre! - 1999 - Columbia/Sony - CD 789.190/2-492325 (Somente CD)
Angela Maria - Disco de Ouro - 2003 - Lua Discos - MDC nº do CD AA0010000 (Somente CD)
Angela Maria & Nelson Gonçalves - Um Show Histórico - CD Duplo Ao Vivo - 2003 - Digital Records - ASIN: 7896982588024 (Disponível APENAS em CD Duplo - Gravado em 1975)
Obs: Ainda ficaram de fora inúmeros discos que fazem parte dessa carreira agraciada pelo sucesso.