sábado, 28 de março de 2020

ALMANAQUE DO SAMBA (ANDRÉ DINIZ)*

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Geraldo Pereira

Baiana que entra na roda
só fica parada
não canta, não samba,
não bole nem nada
não sabe deixar a mocidade louca...
GERALDO PEREIRA, “Falsa baiana”

O mineiro Geraldo Theodoro Pereira, tal qual Wilson Batista, viveu da boemia, dos amores intensos e da busca desenfreada pelo reconhecimento de sua arte.
Corria o ano de 1955. O compositor, ambientado em Mangueira – onde foi aluno de violão de Cartola –, já sofria havia algum tempo de cólicas intestinais, evacuando sangue e com crises sistemáticas de vômito. Ainda assim não parava de percorrer o circuito etílico das noites cariocas. Em uma dessas noitadas boas, resolveu sair para conversar com o cantor Nelson Gonçalves, no bar Capela, situado na sua querida Lapa.
A noite parecia calma quando Geraldo e Madame Satã, famoso malandro da área, começaram um bate-boca. A discussão descambou para briga; o corpulento Geraldo levou um soco no rosto, tropeçou, caiu e bateu com a cabeça no meio-fio. Apesar de socorrido por amigos, não sairia com vida do Hospital dos Servidores da Prefeitura.
Antes desse dia fatídico para a música popular, a biografia de Geraldo Pereira registrava composições que consolidaram seu prestígio de atilado criador no âmbito popular. Em 15 anos de atividade, Geraldo revigorou o samba, com soluções harmônicas sofisticadas e originalidade melódica. Foi um dos mestres do que os pesquisadores chamam de samba sincopado. Segundo o estudioso da cultura negra e compositor Nei Lopes, o samba sincopado é “variante do samba-choro, de fraseado sinuoso, rico em notas”, estilo que, após as composições de Geraldo, teve vida nas obras de “Jota Cascata, Padeirinho, Luiz Grande e João Nogueira”.
Cantado por muitas vozes, Geraldo teve no intérprete Ciro Monteiro seu principal divulgador. Relevando as estripulias do compositor, Ciro foi sempre seu ombro amigo e chamado por ele de “padrinho.” Começou a gravá-lo em 1940, com “Acabou a sopa”, e foi o responsável pelo lançamento de dois dos seus maiores sambas, “Falsa baiana” e “Escurinho”, respectivamente primeiro e último sucessos da carreira de Geraldo Pereira.
Corroborando a sabedoria popular de que “filho bonito tem muitos pais”, existem diversas versões sobre a criação de “Falsa baiana”. A mais provável é a de que a música tenha sido inspirada no episódio em que Roberto Martins, compositor amigo de Geraldo, chegando horas atrasado a um baile, encontrou sua mulher sentada, vestida de baiana, na entrada. Para aliviar o clima, ele teria comentado: “Mas o que é isso? Você está parecendo uma falsa baiana.” Geraldo, que estava ao lado, memorizou o mote e dias depois compôs o maior sucesso de sua carreira.


Cabritada mal sucedida

O tema do cabrito sempre foi muito utilizado nos sambas cariocas. Além de cobiçado por sua apetitosa carne, o cabrito era capturado, pelos morros da cidade, para que seu couro fosse usado em pandeiros, surdos, cuícas... Monsueto e Jorge de Castro escreveram sobre “O couro do falecido”: “Um minuto de silêncio/ para o cabrito que morreu/ se hoje a gente samba/ é que o couro ele nos deu...” Gallotti, Magrinho e Fábio Barreto compuseram nos últimos anos “Cabrito dá bode”: “...Sou madeira de lei/ não tenho o rei na barriga/ onde tem cabritada/ convida o dono que é pra não ter briga/ corta bem os miúdos/ pra rechear a buchada/ não esqueça de esticar o couro/ pra incrementar a nossa batucada...” O popular Zeca Pagodinho fez sucesso com “Ai que conflito/ roubaram o cabrito do seu Benedito...”. Geraldo Pereira não passou incólume pela temática do cabrito saboroso e sonoro. Logo após
uma confusão na casa de seu amigo Bento, no morro da Mangueira, com a chegada da polícia – que acabou com a festa alegando que o cabrito havia sido roubado –, Geraldo compôs com Wilton Wanderley “Cabritada malsucedida”: “Bento fez anos/ e para almoçar me convidou/ me disse que ia matar um cabrito/ onde tem cabrito eu tou/ e quando o comes e bebes começou/ no melhor da cabritada/ a polícia e o dono do bicho chegou...”
“Escurinho” foi gravada em 1955, ano da morte de Geraldo Pereira, e é mais um exemplo de discórdia que acaba em samba. A letra conta a trajetória de um escurinho comportado, bom-moço, que sai pelos morros comprando brigas – à semelhança de certos “desafetos” de Geraldo: “O escurinho era um escuro direitinho/ agora está com a mania de brigão/ parece praga de madrinha/ ou macumba de alguma escurinha/ que lhe fez ingratidão.”
Cuidado, amigo leitor, para não confundir “Escurinho” com “Escurinha”, que o próprio Geraldo gravou em 1952. O sucesso desta última foi um fato raro na cultura musical da época, visto que ela praticamente não teve divulgação. A música se impôs pela qualidade. “Escurinha/ tu tem que ser minha/ de qualquer maneira/ te dou meu boteco/ te dou meu barraco/ que tenho no morro de Mangueira...”
Apesar de frequentar o Café Nice, o Capela e o Serrador com os amigos, Geraldo gostava mesmo era de beber sozinho em “pés-sujos” da Mangueira e da Lapa e nas quitandas do Engenho de Dentro. Na Mangueira tinha vários amigos e frequentou muito os sambas na casa de Alfredo Português, figura importante em sua vida e na própria comunidade. Com os amigos sambistas, circulava pelas gafieiras cantando suas próprias músicas. Ia do tradicional Elite Clube, na praça da República, até o charmoso Mimoso Manacá, no Centro da cidade de Niterói. 
O imbróglio da compra e venda de sambas também aparece nas relações profissionais de Geraldo Pereira. A começar pelo sucesso, ainda no início da carreira, de uma parceria com Wilson Batista, o samba de breque “Acertei no milhar”. A parceria duvidosa – para muitos a música é só de Wilson – teve enorme êxito na voz de Moreira da Silva e depois na de Jorge Veiga: “Etelvina (minha nêga)/ acertei no milhar/ ganhei 500 contos, não vou mais trabalhar/ Você dê toda roupa velha aos pobres/ e a mobília podemos quebrar/ Etelvina vai ter outra lua-de-mel/ você vai ser madame/ vai morar num grande hotel...”


Café Nice: “O maior mercado de música popular do mundo”

Na década de 1930, havia um lugar no Rio de Janeiro onde os compositores, cantores e músicos de rádio batiam ponto diariamente: o Café Nice. Situado na avenida Rio Branco, 174, tinha dois ambientes. Um mais requintado, onde se serviam lanches, chás e bebidas finas, e outro onde eram vendidos cafezinhos e médias com pão com manteiga, local preferido pela turma do rádio. Até fechar suas portas, em 1956, o Café Nice representou o ponto de encontro mais importante da música popular brasileira. Lá vendiam-se músicas, formavam-se parcerias, fechavam-se contratos. Cantor que não comparecesse ao Nice tinha dificuldade de renovar seu repertório. O mesmo ocorria com compositores, que sem frequentar o local não vendiam suas composições. No Nice imperava a já citada máxima de Sinhô de que “samba é igual a passarinho: é de quem pegar”. Veja o episódio relatado pelo jornalista e assíduo frequentador do café Nestor de Hollanda. Ao oferecer um motivo carnavalesco, “Quem tem culpa tem medo”, para Haroldo Lobo, este o alertou: – Não fale. A ideia é ótima! Se alguém ouvir, vai roubá-la. Parece até que você não conhece o Nice! Nestor olhou em volta e não achou nenhum compositor. Havia, adiante, em outra mesa, apenas um velhinho, inteiramente desconhecido, estranho ao meio. E comentou:
– Calma, Haroldo. Ninguém me ouviu.
– Até as paredes do Nice têm ouvidos para roubar ideias...
Tomaram o cafezinho, conversaram mais um pouco e decidiram ir para um lugar mais tranqüilo, a fim de terminar a parceria. Chegando à Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, rumaram para uma sala vazia. Logo à entrada, o compositor Zé da Zilda chamou-os:
– Vejam o tema que estou para o carnaval.
Cantou:
– “Quem tem culpa, tem medo...”
Haroldo perguntou, surpreso:
– Quem te deu essa ideia?
– Foi o pobre de um velhinho, que veio agora do Nice. Até larguei 20 cruzeiros de gorjeta...
Em entrevista ao Pasquim, Kid Morengueira (alcunha de Moreira da Silva) reconheceu que comprou de Geraldo Pereira outro samba de breque, o famosíssimo “Na subida do morro”, acrescentando seu chapeleiro Ribeiro Cunha na parceria:
“O PASQUIM: Ele vendeu pra você?
MOREIRA: Isso mesmo. Um conto e trezentos era dinheiro!
O PASQUIM: Você assinava contrato, como é que é?
MOREIRA: Era verbal. Geraldo Pereira era de briga, né? Se fizesse uma sujeira com ele, ele arrebentava o cara todo.
O PASQUIM: Não havia a hipótese de você dar o dinheiro e depois o sujeito engrossar?
MOREIRA: Não. O sambista real, quando ele dá a palavra, acabou. Não tem problema.”
A exemplo desta, muitas parcerias das músicas de Geraldo foram fictícias.
As letras de Geraldo Pereira contam boa parte de sua vida e os inúmeros amores que viveu, e lembram muitos dos principais cenários que frequentava: os trens de subúrbio, as gafieiras, as rodas de malandragem, as subidas sinuosas dos morros. Ouvir seus sambas, seja nas contemporâneas vozes de João Nogueira e Luiz Melodia – seus fãs incondicionais – ou mesmo nos redutos de samba da cidade que adotou como sua, nos remete ao alto-astral do festivo “Oh! Que samba bom/ Oh! que coisa louca/ Eu também tô aí, tô aí/ que é que há/ também tô nessa boca/ Eu neste samba/ vou me acabar/ num samba desses/ vale a pena a 
gente entrar”. Vale a pena entrar ouvindo Geraldo Pereira!


Samba de breque

O samba de breque surgiu na voz de Moreira da Silva, em 1936, com a música “Jogo proibido”, de Tancredo Silva. Caracterizado por paradas repentinas (breque) e pela introdução de comentários falados referentes ao tema cantado, o samba de breque teve também no cantor Jorge Veiga um dos seus grandes representantes.


Ary Barroso

Brasil, meu Brasil brasileiro
meu mulato inzoneiro,
vou cantar-te nos meus versos
ARY BARROSO, “Aquarela do Brasil”


“O menino iluminado hoje atravessa o mar/ com a minha Ilha, nessa Aquarilha do Brasil/ Marcou gerações, ligou corações”, cantam os versos da escola de samba da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, em homenagem a Ary Evangelista Barroso, um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos.
Nascido em Ubá, Minas Gerais, Ary Barroso ficou órfão muito cedo e aos 18 anos migrou para o Rio de Janeiro, trazendo na bagagem o rigoroso aprendizado musical que teve com sua tia Ritinha.
Tia Ritinha tocava piano nas sessões dos filmes mudos do cinema Ideal e ensinou as técnicas e teorias que sabia para o sobrinho, obrigando-o a fazer a escala musical no teclado com um pires no dorso da mão. Se o pires caísse, era castigado com vara de marmelo. Aos poucos os exercícios foram permitindo que o agitado Ary executasse Wagner, Chopin e Beethoven.
Vivendo nos frenéticos anos 1920 da cidade carioca, Ary deixou de lado a recém-iniciada faculdade de direito (só iria se formar em 1930, na turma de Mário Reis) e mergulhou no rico, complexo e diversificado universo cultural do Rio. Trabalhou no teatro de revista, nos cines e na radiodifusão. O múltiplo Ary foi pianista, compositor, radialista, comentarista, humorista e político. Tornou-se, no decorrer de sua história, devido à sua fortíssima personalidade, um polemista contumaz e crítico acirrado da vida pública brasileira.
Tocando em cines como o Odeon e o Palais, apresentando-se em orquestras ao estilo big band, escrevendo para o teatro musicado, Ary aprimorou sua musicalidade e passou a compor sambas bem batucados, com melodias grandiosas, orquestrais.
A música “Aquarela do Brasil”, composta no início de 1939 numa noite de chuva torrencial que obrigou o boêmio compositor a ficar em casa, foi seu maior sucesso, tendo sido registrada nas vozes de Francisco Alves, Tom Jobim, Elis Regina, Caetano Veloso, Bing Crosby e Frank Sinatra, entre outras dezenas de nomes. “Aquarela” virou praticamente o segundo hino nacional e acabou por levar seu autor para as trilhas sonoras dos filmes de Walt Disney que falam sobre o Brasil.
Foi nesse estilo de samba, classificado como de exaltação – com final apoteótico e versos que enaltecem nosso povo, nossas tradições e nossas riquezas naturais de modo ufanista, afinado com o período estado-novista de Vargas –, que Ary encontrou sua melhor performance. Logo vieram outras composições com a mesma temática: “Onde o céu é mais azul”, “Canta Brasil”, “Brasil moreno”. 
Vale registrar que foi Ary o compositor não baiano que mais cantou a terra de Caymmi e Jorge Amado. “No tabuleiro da baiana”, gravado em disco pela amiga Carmen Miranda, “Na Baixa do Sapateiro”, samba que fez parte do filme Você já foi à Bahia?, de Walt Disney, interpretada por Bing Crosby, e “Faixa de cetim”, gravada por Orlando Silva em 1942, fecham o ciclo das obras-primas de Ary sobre a terra de todos os santos.


A Pequena Notável

A portuguesa Maria do Carmo chegou ao Brasil com 18 meses de vida, em 1910. Em apenas 30 anos passou a simbolizar a exuberância tropical e ficou mundialmente conhecida como Carmen Miranda. Estreou em disco no ano de 1929 com o Trio Barros, cantando “Não vá simbora” e “Se o samba é moda”, ambas do compositor e violonista baiano Josué de Barros (seu padrinho musical). Em 1930, o compositor e doutor Joubert de Carvalho, encantado com a voz da “pequena notável”, como ficaria também conhecida, entrega-lhe a marcha-canção “Pra você gostar de mim”. O sucesso foi espantoso, e a marcha, que acabou conhecida como “Taí”, alcançou o montante de 35 mil cópias vendidas. Carmen foi acumulando sucessos, lançando músicas de Ary Barroso, Lamartine Babo, Cartola, Noel Rosa, Synval Silva e, sobretudo, Assis Valente, baiano que compôs músicas alegóricas próximas ao gosto da intérprete. O repertório de Carmen é tão forte na música popular brasileira que ainda pode ser apreciado nas vozes de Gal Costa (“Balancê”), Maria Alcina (“Alô, alô”), Marisa Monte (“South American Way ”) e Elis Regina (“Na batucada da vida”).
Na interpretação de “O que é que a baiana tem?”, de Dorival Caymmi, Carmen lançou o figurino mundialmente famoso como símbolo do Brasil.
Fantasiada de baiana, usando um chapéu decorado com frutas tropicais, saltos altíssimos e cheia de maneirismos, embarcou com seu talento e com o Bando da Lua, em 1939, para os Estados Unidos, onde se tornou em pouco tempo uma atriz pop, recebendo um dos maiores cachês de Hollywood. Participou dos filmes Serenata tropical, Uma noite no Rio, Aconteceu em Havana, Copacabana e Romance carioca, entre outros.
Sua viagem representou, no plano político, maior aproximação dos norte-americanos com países ao sul do golfo do México. A pretensão dos EUA de dominar todo o continente já havia sido sugerida pela Doutrina Monroe, em 1823, com o lema “A América para os americanos”. No decorrer do século XX, sinônimos para essa doutrina não faltaram: Doutrina da Boa Parceria, Doutrina das Novas Fronteiras, Política da Boa Vizinhança.
Uma faceta pouco mencionada do Ary compositor é a de suas letras românticas, que tratam de desamores e desencantos, com imagens fortes e versos ágeis. As antológicas “Camisa amarela”, “Folha morta”, “As três lágrimas”, “Caco velho” e “No Rancho Fundo” – esta em parceria com Lamartine Babo – ilustram bem esse seu lado.
O locutor paulista Celso Guimarães foi o precursor, em 1933, na Rádio Cruzeiro do Sul, dos programas de calouros. O termo “calouro” tem origem nos trotes a que os veteranos do Grêmio xi submetiam os alunos novatos da Faculdade de Direito de São Paulo, e foi proposto a Celso Guimarães pelo compositor e humorista Capitão Furtado.
No Rio de Janeiro, o programa de calouros atinge seu ápice com Calouros em desfile de Ary Barroso. Ary criou o temível gongo, manejado a um sinal seu para desclassificar o candidato. Aumentando o clima de humilhação, os calouros passaram a ter que se fantasiar no período pré-carnavalesco. A audiência era espetacular, o que fez com que os novatos cantores de rádio obrigatoriamente passassem pelos concursos (a partir da década de 1960, os programas de calouros migrariam para a televisão).
Outra faceta importante de Ary foi sua atuação como locutor esportivo no rádio. A convite de Paulo Roberto, locutor de renome na época, Ary iniciou sua carreira substituindo Afonso Scola, que adoecera na véspera de um Fla-Flu, em 1935.
Torcedor do Fluminense até ser barrado um dia na porta do clube, Ary virou a casaca e se tornou um dos rubro-negros mais fanáticos da história do clube. Chegou, certa vez, a largar o microfone seis minutos antes do término da partida entre Vasco e Flamengo para comemorar o tricampeonato do seu Mengão. Outra característica inusitada era que, em meio ao barulho da torcida, Ary informava o exato momento em que a bola balançava a rede tocando uma gaitinha!


Pérolas dos calouros de Ary
Ary : Seu nome?
Calouro: Sebastião da Silva, sim senhor...
Ary : Que vai cantar?
Calouro: Não vou cantar, não senhor. Vou executar, em solo de pistão, o chorinho “Pára-quedista”. É preciso pandeirista...
Ary : Que venha o pandeirista...
Calouro (para o pandeirista): Atenção: sol maior...
Ary : Vai cantar o quê, meu filho?
Calouro: Um sambinha de autor desconhecido: “Aquarela do Brasil”.

A inauguração do Maracanã, para a fatídica Copa do Mundo de 1950, deveu-se muito ao combativo político Ary, que usou de toda a sua influência para que o projeto de um grande estádio de futebol virasse realidade na cidade do Rio de Janeiro.
Ary nos deixou cerca de 260 composições – mais da metade, sambas. Sua contribuição ao gênero é inquestionável, como bem sabe a escola de samba União da Ilha do Governador, aquela mesma que no ano de 1988 evoluiu no seu desfile cantando: “A gaitinha tocando... é gol/ a galera vibrando... Mengô/ Na homenagem veio a paz, a emoção/ Minha Ilha, risque agora/ a saudade nesse chão.”






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