sábado, 22 de julho de 2017

PETISCOS DA MUSICARIA

Por Joaquim Macedo Junior


SEVERINO ARAÚJO – ORQUESTRA TABAJARA


Maestro Severino Araújo


A rigor, em país que guarda sua memória e zela por seus grandes valores, essa introdução seria desnecessária.

Por mim, reproduziria duas ou três grandes execuções da orquestra, regida por Severino Araújo, quem sabe lembrando “Espinha de Bacalhau”, “Nivaldo no Choro” e outros.

Desconfiando que muita gente desconheça sobre o que falo, vou descrever alguns dados para situar nossos leitores.

A Big Band (americana) ou Orquestra (Brasil) pode ser dividida em antes e depois de Severino Araújo e a Orquestra Tabajara.

Espinha de Bacalhau (Severino Araújo), com Orquestra Tabajara



Nascido em Limoeiro-PE, em 1917, morreu no Rio de Janeiro, em agosto de 2012 (95 anos). Foi músico, compositor, maestro e clarinetista.

Foi regente por cerca de 70 anos da Orquestra Tabajara, que assumiu aos 21 anos de idade. Eu disse 70 anos à frente da banda.

Um dos pioneiros na fusão de elementos do jazz e do choro na música brasileira, além de ter criado arranjos para Big Band de músicas dos mais variados ritmos, Severino começou a estudar com o pai, José Severino, conhecido como mestre “Cazuzinha”, que era mestre de banda militar e também dava aulas de música.

Em 1936, Severino Araújo foi para a Banda da Polícia Militar da Paraíba como primeiro clarinetista e a partir daí começou sua vida profissional. Um ano depois, compôs seu mais famoso choro: “Espinha de Bacalhau”, um dos mais executados no Brasil e no exterior e considerado peça de primeira linha. Agora, com o “Sujeito a Guincho”:


Substituiu o maestro Olegário de Luna Freire, com a morte deste, em 1938. Em agosto de 1944, foi para o Rio de Janeiro, a convite de Assis Chateaubriand.

Entre as suas mais de 50 composições, as mais conhecidas são: Espinha de Bacalhau, 1937; Gafanhoto Manco, 1937; Um Chorinho Modulante, 1937; Mumbaba, 1943; Um Chorinho Delicioso, 1947; Um Chorinho pra Você, 1947; Simplesmente, 1948; Mirando-te, 1950; Além do Horizonte, 1952; Pensando em Você, 1953; Um Chorinho em Montevidéu, 1955; Nivaldo no Choro, 1956.

Semana que vem tem mais...

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